Desde o início da nova gestão de São Paulo, o tema arte urbana não saí das pautas dos grandes jornais. Alguns grafites começaram a ser apagados em importantes avenidas da capital paulista para a alegria de uns e para a tristeza de outros. Políticas á parte, a arte urbana realmente tomou conta das cidades brasileiras.
Começou a colorir seus muros ainda nas décadas finais do século passado como uma forma de subversão aos tradicionais padrões artísticos em vigor e foi ganhando espaço e fãs ao longo dos anos. Atualmente, o grafite ultrapassou as paredes dos muros e entrou nas paredes das galerias e museus.
Exemplo disso é a exposição do Ozi que comemora os 30 anos de arte urbana no Brasil. A mostra vem rodando algumas cidades brasileiras e chegou, na semana passada, às paredes da CAIXA Cultural de Brasília. Ozi é o nome artístico do paulistano Ozéas Duarte, um dos ícones da primeira geração que dominou a cena da arte urbana brasileira. A exposição tem curadoria do jornalista Marco Antonio Teobaldo.
O trabalho de Ozi se destacou no Brasil e no exterior por suas pesquisas sobre o estêncil – técnica comumente usada pelos artistas de rua – com estética pop. A mostra inclui, além de seus modelos de estêncil, quadros e instalação com um proposito comum: criticar o modelo desigual em que vivemos. São cem peças de tamanhos variados e que representam um inventário desta importante parte da street art brasileira: documentos, registros fotográficos, depoimentos e obras do artista em diferentes tipos de suporte, que datam desde 1984 até o período atual.
Para Marco Antonio Teobaldo, é um material raro sobre a história do grafite no Brasil. “Durante a pesquisa para realização da mostra, foram entrevistados artistas que fizeram parte daquela cena urbana inicial e novos artistas, que traçaram um panorama sobre a arte urbana no Brasil e a importância da obra de Ozi neste contexto”, explica.
Para quem se interessar
Ozi – 30 anos de Arte Urbana no Brasil.
Quando: de 10 de janeiro a 26 de fevereiro de 2017.
De terça-feira a domingo: das 9h às 21h.
Onde: CAIXA Cultural Brasília
SBS – Quadra 04 – lotes 3/4
Entrada Franca.