Conheça Giacomo Moor, um dos maiores talentos da atual geração de designers

Com diversas coleções de sucesso, Giacomo já trabalhou em parceria com grandes empresas e já foi eleito o melhor jovem designer do Salão do Móvel de Milão

A principal matéria-prima do designer Giacomo Moor é a madeira. De acordo com ele, a sua paixão cresceu em uma oficina de artesãos, onde ele costumava passar muito tempo durante os anos de faculdade. Nascido em 1981, Giacomo formou-se em Design Industrial pelo Politécnico de Milão e foi eleito o melhor jovem designer do Salão do Móvel de Milão, em 2016. Continue lendo…

A arquitetura de Viena pelas lentes de Zsolt Hlinka

A série de fotos Viennametry capturou os vazios inexplorados na arquitetura de Viena

O fotógrafo e gravurista húngaro Zsolt Hlinka passou anos fotografando a simetria das construções de Budapest. Agora, em sua mais recente série de fotos, Viennametry, ele buscou capturar os vazios inexplorados na arquitetura de Viena, cidade história e contemporânea. Continue lendo…

Gio Ponti, um dos mestres do Design

Ponti inovou e ajudou a estabelecer a Itália como um centro global do design no século 20

Gio Ponti é conhecido como uma das figuras mais influentes do design italiano e trabalhou como arquiteto, designer industrial e pintor. Ponti nasceu em Milão, em 1891, dos pais Enrico Ponti e Giovanna Rigone. Entrou no serviço militar durante a Segunda Guerra Mundial, onde foi capitão entre os anos de 1916 e 1918. Em 1921, graduou-se em Arquitetura pela Politécnica de Milão. Continue lendo…

O legado do dinamarquês Arne Jacobsen

Apesar de amar as formas, Jacobsen nunca abriu mão do conforto e criou peças que até hoje permeiam o imaginário popular

Arne Jacobsen nasceu em Copenhague, em 11 de fevereiro de 1902 e ainda hoje é conhecido como um dos maiores arquitetos europeus. Sua genialidade dava os primeiros sinais na infância: era ele quem ajudava na decoração de casa e pintava as paredes do próprio quarto. Antes de estudar arquitetura, trabalhou como pedreiro e até desejou ser pintor, sendo desencorajado pelos pais.

Jacobsen fez certo, então, ao optar pela arquitetura. Em 1925, quando ainda estudava na Academia Real de Artes em Copenhague, foi premiado com uma medalha de prata pela cadeira Paris, que projetou para a Exposição internacional de artes decorativas e industriais modernas, na França.

Como arquiteto, Jacobsen era conhecido por sua meticulosidade foi o primeiro a introduzir os conceitos do modernismo na Dinamarca, projetando um número considerável de edifícios. Desenhou dois dos projetos mais discutidos em seu tempo: a prefeitura de Aarhus e a sede do Banco Central de Copenhague. Um dos seus mais importantes edifícios é o Royal SAS Hotel, também em Copenhague, para o qual também desenhou todo o interior e mobiliário.

Jacobsen ficou famoso mundialmente pelo seu mobiliário, mas não gostava de ser chamado de designer, pois dizia que suas criações no campo de design serviam a seus projetos arquitetônicos. Designer ou não, as poltronas dele ficaram tão conhecidas que estão presentes no imaginário popular. Arne Jacobsen faleceu inesperadamente em 24 de março de 1971, mas seu legado permaneceu.

Entre suas criações mais famosas, estão a poltrona Egg e as Series 7 Chair (Cadeira Série 7), que trouxeram novos rumos à decoração moderna e ainda fazem parte das peças de mobília mais vendidas no mundo. O banquinho Ponto, como conhecemos no Brasil, foi chamado Dot Stool e também é concepção de Arne Jacobsen.

A obsessão do arquiteto pelos detalhes e os traços orgânicos fizeram com que Jacobsen criasse peças modernas e atemporais. Apesar de amar as formas, o arquiteto nunca se esqueceu do conforto. Por isso, parece que suas poltronas, ao mesmo tempo em que trazem modernidade para o ambiente, nos chamam para um longo descanso.

Cadeira Paris

Poltrona Egg

Série 7

Dot Stool

 

Semana de Design de Milão recebe mostra brasileira

A mostra “O Sentar Brasileiro” apresenta a cultura do nosso país em peças que exploram o ato de sentar do brasileiro

O Projeto Raiz de incentivo à internacionalização de designers nacionais, promovido pelo Sindicato das Indústrias do Mobiliário de Bento Gonçalves (Sindmóveis) e pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), participa da Semana de Design de Milão com a mostra “O Sentar Brasileiro”, composta por peças de mobiliário de renomados profissionais do nosso país.

A Semana de Design de Milão teve início no dia 17 deste mês e encerra-se no domingo, dia 22. A mostra brasileira, que tem sido uma das mais visitadas, apresenta a grande miscigenação e a cultura do nosso país, em peças que exploram o ato de sentar do brasileiro e a importância histórica dessa posição. “Alvo de tantos fluxos migratórios, o Brasil apresenta, até hoje, mesmo depois da grande onda ocidentalizante e universalizante do século XX, grande variedade de sentares”, afirmou a professora de História do Design, Ethel Leon.

Goiânia estará representada em Milão pelo arquiteto Leo Romano, que exibirá o banco em madeira de sua mais recente coleção, Para Ser Feliz, uma linha que traduz o desejo do arquiteto de criar móveis que celebram a alegria de viver. O desenho do móvel é limpo, minimalista e traz a madeira em sua forma mais volumosa, com finalização arredondada e uma peça de acrílico em um dos pés.

Além de Leo Romano, participam da mostra os designers e estúdios: Alessandra Delgado, Andrea Macruz, Aristeu Pires, Carol Gay, Daniela Ziegler, estudiobola, Fahrer, Faro Design, Gustavo Martini, Guto Indio da Costa, Jader Almeida, Larissa Batista, Lattoog, Marta Manente, NDT Design, Noemi Saga, Paulo Alves, Quadrante, Renata Rubim Design & Cores, Reboh Design, Roberta Rampazzo Design, Ronald Sasson, Tora Brasil e Wagner Archella.

O objetivo dessa iniciativa é fortalecer o posicionamento dos designers brasileiros no mercado internacional. Os produtos foram escolhidos por meio de uma curadoria especializada e destacam os principais aspectos do design brasileiro: criatividade, inovação e sustentabilidade. Após a Semana de Design de Milão, as peças vão para a Embaixada do Brasil em Londres, seguindo o cronograma de mostras itinerantes do Projeto Raiz.

Os espaços representados por Rachel Whiteread

A escultora inglesa ganhou reconhecimento mundial representando formas negativas

A arte de Rachel Whiteread se forma no vazio. A escultora não molda objetos, mas sim os espaços que existem em volta ou no interior deles, pois acredita que esses espaços são capazes de criar relações interpessoais. Ao moldar o interior de algum utensílio doméstico, como um armário, Rachel quer desmaterializá-lo, mas a mente de quem o vê é capaz de saber que, mesmo sem a aparência exterior, ali está um armário.

Por suas obras contemplativas, Rachel Whiteread foi a primeira mulher a ganhar, em 1993, o Turner Prize, prêmio dado anualmente a um artista inglês com menos de 50 anos. Rachel nasceu em 1963, em Londres, e iniciou seus estudos de pintura na  Brighton Polytechnic em 1982. Em 1985, começou a estudar o que realmente amava, na Slade School of Art University College: a escultura.

Durante sua formação como escultora, Rachel usava seu próprio corpo como objeto de trabalho, fazendo moldes de parte dele. Porém, em 1987, seu interesse deixa de ser o seu corpo, e Rachel passa a representar os espaços gerados pelos objetos. A partir daí, começou a moldar os espaços exteriores de colchões, o lado de baixo de mesas e cadeiras, o interior de armários, as marcas de livros nas estantes, os espaços entre tábuas, entre outros. Tudo isso usando materiais industriais, como gesso, borracha e poliéster.

Entre suas obras mais conhecidas, estão “House”, que representa o interior de uma casa burguesa da era vitoriana, em Londres; e o “Holocaust Memorial”, em Viena, dedicada aos judeus austríacos que morreram na Segunda Guerra Mundial.
Representando os espaços inabitados, Rachel ganhou reconhecimento mundial na década de 90, fazendo parte de um grupo conhecido como Young British Artists.

House, na zona do East End, em Londres

Holocaust Memorial representa o interior de uma biblioteca, alusão aos livros queimados pelos nazistas

 

O talento da família Bernardes

O arquiteto Thiago Bernardes lançou um documentário para manter viva a memória de seu avô

Thiago Bernardes, 46 anos, tornou-se um arquiteto conhecido e reverenciado por seus projetos de casas e hotéis com traços únicos. Em 2015, ganhou o prêmio Architizer, um dos mais importantes da arquitetura, por duas obras: Casa Delta e Capela Joá, ambas no Rio de Janeiro. Thiago também assina a obra do Museu de Arte do Rio, o MAR, inaugurado em 2013.

O talento de Thiago vem de berço: seu pai e seu avô, Cláudio e Sérgio Rodrigues, foram figuras muito importantes da arquitetura no Brasil. Sérgio Rodrigues é um capítulo à parte: seus projetos, que misturavam casas à paisagem, eram muito famosos e rivalizavam com os do mestre Oscar Niemeyer. Foi o maior arquiteto de moradias no Brasil entre os anos 40 e 50.

Já Cláudio Bernardes foi um dos precursores do uso de matéria-prima em seu estado natural: terra, palhas, bambus, cipós, madeiras e pedras. Sua arquitetura era intimamente ligada à natureza.

“Bernardes”

Com medo de que a história de sua família se perdesse, e com vontade de conhecer melhor suas raízes, Thiago Bernardes, em parceria com os diretores Gustavo Gama e Paulo Barros, lançou o documentário “Bernardes”, em 2014, contando a história de seu avô.

“O filme conta toda a trajetória de Sérgio Bernardes, passando por seu auge como arquiteto, até seu radicalismo de pensamento, trabalhando até para o regime militar (1964), quando construiu, por exemplo, o mastro da bandeira do Brasil, na Praça dos Três Poderes, em Brasília.

Sérgio faleceu em 2002 e seu filho, Cláudio, em 2000. Mas o legado dos dois continua vivo por meio de Thiago Bernardes, que também criou o Projeto Memória, um convênio de cooperação técnica com o Núcleo de Pesquisa e Documentação da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal do Rio de Janeiro, que inclui custódia e guarda do acervo de Sérgio Bernardes.

Guto Requena e a cultura digital

Guto Requena é considerado um dos novos representantes do design brasileiro com projeção internacional

Pode parecer contraditório, mas Guto Requena é obcecado na união de tecnologia e afeto. Em suas criações, memórias, paixões e cibercultura habitam em total harmonia. Recentemente, o foco de Requena tem sido arte pública interativa e sua paixão em hibridar o analógico ao digital.

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Castiglioni: uma das maiores referências do design industrial

O arquiteto e designer Achille Castiglioni misturava funcionalidade, beleza e humor em suas icônicas criações

Achille Castiglioni foi um dos maiores arquitetos e designers do século XX. Nascido em 1918, ele era o terceiro filho do escultor Giannino Castiglioni e de sua esposa Livia Bolla. Formou-se em Arquitetura no final da Segunda Guerra Mundial e foi muito influente na Itália, fazendo parte da geração de ouro dos designers industriais. Continue lendo…

A união de design e sustentabilidade com Maurício Arruda

O designer e arquiteto Maurício Arruda é uma das referências do design contemporâneo brasileiro

A preocupação com o meio ambiente e com o mundo que deixaremos para as próximas gerações perpassa por toda a obra do arquiteto, designer de produtos e apresentador de televisão Maurício Arruda. Focado em projetos econômicos e funcionais, Arruda aposta nos materiais sustentáveis e deixa sua mensagem por onde passa.

Graduado pela Universidade Estadual de Londrina e Mestre pela Universidade de São Paulo, Mauricio desenvolve pesquisas na área de arquitetura e design sustentável desde 2000. Também foi professor de Design de Interiores durante 10 anos e atualmente é apresentador do programa Decora, da GNT.

Hoje, Arruda é uma referência do design contemporâneo brasileiro, e acredita em projetos atemporais, materiais e em soluções duráveis. Em entrevista ao site Design Brasil, Arruda afirmou que seu trabalho é “influenciado pelo cotidiano, pelas ruas e pessoas que transitam nela”. Seus materiais preferidos de trabalho são os populares: “tecido, plástico e madeira. Busco com meus projetos e produtos uma reflexão, uma experiência nova e única”.

Em 2014, a coleção José, feita com materiais sustentáveis e inspirada nas feiras livres do Brasil, foi sucesso absoluto no exterior e trouxe um convite inovador para Arruda: criar peças conceituais para a Ikea, marca sueca conhecida internacionalmente por comercializar móveis modernos a preços baixos.

No Brasil, Arruda  tem uma de suas criações como parte do acervo de Design do Clube de Colecionadores do MAM – Museu de Arte Moderna de São Paulo, e também já desenvolveu coleções para a Tok&Stok. Há dois anos à frente do Decora, na GNT, Maurício Arruda tem a oportunidade de expor o seu trabalho na televisão e tem conquistado o público: “É uma é uma explosão de experiências incríveis. É supergratificante”, disse o arquiteto.

Cadeira Quintal