Semana de Design de Milão recebe mostra brasileira

A mostra “O Sentar Brasileiro” apresenta a cultura do nosso país em peças que exploram o ato de sentar do brasileiro

O Projeto Raiz de incentivo à internacionalização de designers nacionais, promovido pelo Sindicato das Indústrias do Mobiliário de Bento Gonçalves (Sindmóveis) e pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), participa da Semana de Design de Milão com a mostra “O Sentar Brasileiro”, composta por peças de mobiliário de renomados profissionais do nosso país.

A Semana de Design de Milão teve início no dia 17 deste mês e encerra-se no domingo, dia 22. A mostra brasileira, que tem sido uma das mais visitadas, apresenta a grande miscigenação e a cultura do nosso país, em peças que exploram o ato de sentar do brasileiro e a importância histórica dessa posição. “Alvo de tantos fluxos migratórios, o Brasil apresenta, até hoje, mesmo depois da grande onda ocidentalizante e universalizante do século XX, grande variedade de sentares”, afirmou a professora de História do Design, Ethel Leon.

Goiânia estará representada em Milão pelo arquiteto Leo Romano, que exibirá o banco em madeira de sua mais recente coleção, Para Ser Feliz, uma linha que traduz o desejo do arquiteto de criar móveis que celebram a alegria de viver. O desenho do móvel é limpo, minimalista e traz a madeira em sua forma mais volumosa, com finalização arredondada e uma peça de acrílico em um dos pés.

Além de Leo Romano, participam da mostra os designers e estúdios: Alessandra Delgado, Andrea Macruz, Aristeu Pires, Carol Gay, Daniela Ziegler, estudiobola, Fahrer, Faro Design, Gustavo Martini, Guto Indio da Costa, Jader Almeida, Larissa Batista, Lattoog, Marta Manente, NDT Design, Noemi Saga, Paulo Alves, Quadrante, Renata Rubim Design & Cores, Reboh Design, Roberta Rampazzo Design, Ronald Sasson, Tora Brasil e Wagner Archella.

O objetivo dessa iniciativa é fortalecer o posicionamento dos designers brasileiros no mercado internacional. Os produtos foram escolhidos por meio de uma curadoria especializada e destacam os principais aspectos do design brasileiro: criatividade, inovação e sustentabilidade. Após a Semana de Design de Milão, as peças vão para a Embaixada do Brasil em Londres, seguindo o cronograma de mostras itinerantes do Projeto Raiz.

Os espaços representados por Rachel Whiteread

A escultora inglesa ganhou reconhecimento mundial representando formas negativas

A arte de Rachel Whiteread se forma no vazio. A escultora não molda objetos, mas sim os espaços que existem em volta ou no interior deles, pois acredita que esses espaços são capazes de criar relações interpessoais. Ao moldar o interior de algum utensílio doméstico, como um armário, Rachel quer desmaterializá-lo, mas a mente de quem o vê é capaz de saber que, mesmo sem a aparência exterior, ali está um armário.

Por suas obras contemplativas, Rachel Whiteread foi a primeira mulher a ganhar, em 1993, o Turner Prize, prêmio dado anualmente a um artista inglês com menos de 50 anos. Rachel nasceu em 1963, em Londres, e iniciou seus estudos de pintura na  Brighton Polytechnic em 1982. Em 1985, começou a estudar o que realmente amava, na Slade School of Art University College: a escultura.

Durante sua formação como escultora, Rachel usava seu próprio corpo como objeto de trabalho, fazendo moldes de parte dele. Porém, em 1987, seu interesse deixa de ser o seu corpo, e Rachel passa a representar os espaços gerados pelos objetos. A partir daí, começou a moldar os espaços exteriores de colchões, o lado de baixo de mesas e cadeiras, o interior de armários, as marcas de livros nas estantes, os espaços entre tábuas, entre outros. Tudo isso usando materiais industriais, como gesso, borracha e poliéster.

Entre suas obras mais conhecidas, estão “House”, que representa o interior de uma casa burguesa da era vitoriana, em Londres; e o “Holocaust Memorial”, em Viena, dedicada aos judeus austríacos que morreram na Segunda Guerra Mundial.
Representando os espaços inabitados, Rachel ganhou reconhecimento mundial na década de 90, fazendo parte de um grupo conhecido como Young British Artists.

House, na zona do East End, em Londres

Holocaust Memorial representa o interior de uma biblioteca, alusão aos livros queimados pelos nazistas

 

O talento da família Bernardes

O arquiteto Thiago Bernardes lançou um documentário para manter viva a memória de seu avô

Thiago Bernardes, 46 anos, tornou-se um arquiteto conhecido e reverenciado por seus projetos de casas e hotéis com traços únicos. Em 2015, ganhou o prêmio Architizer, um dos mais importantes da arquitetura, por duas obras: Casa Delta e Capela Joá, ambas no Rio de Janeiro. Thiago também assina a obra do Museu de Arte do Rio, o MAR, inaugurado em 2013.

O talento de Thiago vem de berço: seu pai e seu avô, Cláudio e Sérgio Rodrigues, foram figuras muito importantes da arquitetura no Brasil. Sérgio Rodrigues é um capítulo à parte: seus projetos, que misturavam casas à paisagem, eram muito famosos e rivalizavam com os do mestre Oscar Niemeyer. Foi o maior arquiteto de moradias no Brasil entre os anos 40 e 50.

Já Cláudio Bernardes foi um dos precursores do uso de matéria-prima em seu estado natural: terra, palhas, bambus, cipós, madeiras e pedras. Sua arquitetura era intimamente ligada à natureza.

“Bernardes”

Com medo de que a história de sua família se perdesse, e com vontade de conhecer melhor suas raízes, Thiago Bernardes, em parceria com os diretores Gustavo Gama e Paulo Barros, lançou o documentário “Bernardes”, em 2014, contando a história de seu avô.

“O filme conta toda a trajetória de Sérgio Bernardes, passando por seu auge como arquiteto, até seu radicalismo de pensamento, trabalhando até para o regime militar (1964), quando construiu, por exemplo, o mastro da bandeira do Brasil, na Praça dos Três Poderes, em Brasília.

Sérgio faleceu em 2002 e seu filho, Cláudio, em 2000. Mas o legado dos dois continua vivo por meio de Thiago Bernardes, que também criou o Projeto Memória, um convênio de cooperação técnica com o Núcleo de Pesquisa e Documentação da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal do Rio de Janeiro, que inclui custódia e guarda do acervo de Sérgio Bernardes.

Guto Requena e a cultura digital

Guto Requena é considerado um dos novos representantes do design brasileiro com projeção internacional

Pode parecer contraditório, mas Guto Requena é obcecado na união de tecnologia e afeto. Em suas criações, memórias, paixões e cibercultura habitam em total harmonia. Recentemente, o foco de Requena tem sido arte pública interativa e sua paixão em hibridar o analógico ao digital.

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Castiglioni: uma das maiores referências do design industrial

O arquiteto e designer Achille Castiglioni misturava funcionalidade, beleza e humor em suas icônicas criações

Achille Castiglioni foi um dos maiores arquitetos e designers do século XX. Nascido em 1918, ele era o terceiro filho do escultor Giannino Castiglioni e de sua esposa Livia Bolla. Formou-se em Arquitetura no final da Segunda Guerra Mundial e foi muito influente na Itália, fazendo parte da geração de ouro dos designers industriais. Continue lendo…

A união de design e sustentabilidade com Maurício Arruda

O designer e arquiteto Maurício Arruda é uma das referências do design contemporâneo brasileiro

A preocupação com o meio ambiente e com o mundo que deixaremos para as próximas gerações perpassa por toda a obra do arquiteto, designer de produtos e apresentador de televisão Maurício Arruda. Focado em projetos econômicos e funcionais, Arruda aposta nos materiais sustentáveis e deixa sua mensagem por onde passa.

Graduado pela Universidade Estadual de Londrina e Mestre pela Universidade de São Paulo, Mauricio desenvolve pesquisas na área de arquitetura e design sustentável desde 2000. Também foi professor de Design de Interiores durante 10 anos e atualmente é apresentador do programa Decora, da GNT.

Hoje, Arruda é uma referência do design contemporâneo brasileiro, e acredita em projetos atemporais, materiais e em soluções duráveis. Em entrevista ao site Design Brasil, Arruda afirmou que seu trabalho é “influenciado pelo cotidiano, pelas ruas e pessoas que transitam nela”. Seus materiais preferidos de trabalho são os populares: “tecido, plástico e madeira. Busco com meus projetos e produtos uma reflexão, uma experiência nova e única”.

Em 2014, a coleção José, feita com materiais sustentáveis e inspirada nas feiras livres do Brasil, foi sucesso absoluto no exterior e trouxe um convite inovador para Arruda: criar peças conceituais para a Ikea, marca sueca conhecida internacionalmente por comercializar móveis modernos a preços baixos.

No Brasil, Arruda  tem uma de suas criações como parte do acervo de Design do Clube de Colecionadores do MAM – Museu de Arte Moderna de São Paulo, e também já desenvolveu coleções para a Tok&Stok. Há dois anos à frente do Decora, na GNT, Maurício Arruda tem a oportunidade de expor o seu trabalho na televisão e tem conquistado o público: “É uma é uma explosão de experiências incríveis. É supergratificante”, disse o arquiteto.

Cadeira Quintal

 

 

 

SP-Arte reúne seleção inédita de artistas nacionais e estrangeiros

O maior festival de artes da América Latina tem início no dia 11 de abril e reunirá mais de 140 expositores do Brasil e exterior

Será realizada, entre os dias 11 e 15 de abril, a 14ª edição do Festival Internacional de Arte de São Paulo, o SP-Arte, a maior feira de artes da América Latina. O evento reúne, anualmente, milhares de profissionais, colecionadores e amantes da arte para mostrar as obras e novidades de artistas brasileiros e internacionais. O público poderá conferir o festival a partir do dia 12. Continue lendo…

Confira a Mostra com obras do artista Farnese de Andrade

A exposição acontece na galeria Hacibe Hanum, no recém-inaugurado Instituto Leo Romano, Setor Sul, em Goiânia

Está aberta para a visitação do público, em Goiânia, a mostra com obras do pintor, escultor e ilustrador Farnese de Andrade (1926-1996). A exposição, que vai até o dia 4 maio, ocorre na Galeria de Arte Hacibe Hanum, no Instituto Leo Romano, Setor Sul. O horário de visitação é das 14h às 18h, de segunda à sexta e a entrada é gratuita.

O conjunto de obras reúne 16 trabalhos do artista que fazem parte do acervo do colecionador goiano Sebastião Aires de Abreu. A curadoria da exposição é da artista plástica Iêda Jardim, que escolheu os enigmáticos oratórios de Farnese das décadas de 60 e 70.

Vida e Obra de Farnese

Farnese de Andrade nasceu em Araguari (MG) e foi um artista livre de rótulos. Sua vida e seu trabalho se entrelaçaram, isso porque suas obras têm muito a ver com a sua vida e personalidade: Farnese era considerado um artista transgressor, de personalidade difícil e solitário. Além disso, revelou em suas obras memórias da infância e da vida em família.

Em 1942, mudou-se para Belo Horizonte, onde estudou desenho com Alberto da Veiga Guignard – pintor e professor brasileiro famoso por retratar paisagens mineiras –, na Escola do Parque. No fim da década de 40, Farnese se mudou para o Rio de Janeiro, onde trabalhou como ilustrador e começou a expor seus desenhos.

A partir de 1964, o artista passou a criar objetos ou assemblages (termo em francês usado para definir colagens com objetos tridimensionais) que marcaram sua carreira. Para criá-los, Farnese recolhia objetos nas praias, ruas e nos antiquários, acumulava-os em sua casa-ateliê, e trabalhava lentamente em cada peça.

Farnese trabalhava objetos com significados obscuros e, por isso, suas obras possuem uma aura mágica e enigmática que, a princípio, pode causar espanto. Como o próprio artista chegou a dizer “em arte, não existem regras ou dogmas definidos”, o que deixou transparecer em seus trabalhos, tornando sua obra singular e fortemente autoral.

Mostra Farnese de Andrade

Onde: Galeria de Arte Hacibe Hanum, Rua 131, Setor Sul, Goiânia

Quando: 27 de Março à 4 de maio, das 14h às 18h.

Entrada franca

Infinito particular de Oscar Oiwa

O arquiteto e artista Oscar Oiwa expõe sua obra na Japan House, em São Paulo

O mundo particular e fantástico de Oscar Oiwa – que mais parecem imitações surrealistas dos jardins japoneses – pode receber visitação a partir da próxima terça-feira (3) na Japan House, em São Paulo. O artista brasileiro de descendência japonesa expõe três telas: The Dream of the Sleeping World (2009), After Midnight (2010) e Invisible Sea (2010) e também a instalação Paraíso, feita dentro de um balão inflável em material vinilico com um desenho em 360 graus de uma paisagem projetada.

Oscar Oiwa é arquiteto, formado pela Universidade de São Paulo (USP), dedicado às artes. Possui obras em importantes acervos como do The National Museum of Modern Art, Museum of Contemporary Art, ambos de Tóquio, o Phoenix Museum of Art, o Prince Albert II of Monaco Foundation, entre outros. Oiwa se mudou para Tóquio, nos anos 1990, onde viveu por 11 anos.

A exposição Oscar Oiwa no Paraíso – Desenhando o Efêmero é um pouco do Japão no Brasil. Os visitantes são convidados a tirar os sapatos e caminhar no meio de suas obras e instalações artísticas – para que os visitantes virem parte do desenho. Segundo o artista, o projeto visa tirar as pessoas do meio das metrópoles para que elas se desliguem do excesso de informações que recebem nas ruas e façam parte de sua obra.

Oscar Oiwa no Paraíso – Desenhando o Efêmero
Onde: Japan House – Avenida Paulista, 52 (Piso Térreo)
Quando: 03 de abril – das 11h, às 13h e às 19h
Vagas limitadas.
As senhas estarão disponíveis para retirada na recepção uma hora antes de cada sessão.

Tidelli Off: últimos dias

Tidelli 30% Off


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