Artista do pop art Ed Ruscha

Ed Ruscha, após uma longa viagem pelos museus europeus, percebeu que sua criação não possuía vínculos com a arte dos séculos anteriores e passou a criar no estilo do Pop Art

A massificação da cultura popular capitalista e a crise da arte que se instaurou durante o século 20 foram os propulsores de um movimento criado na Inglaterra nos anos 1950 e difundido pelo mundo uma década depois por artistas norte-americanos. Um deles é Ed Ruscha, importante nome do Pop Art ainda vivo atualmente.

Ed Edward Ruscha nasceu no Nebraska em 1937, cresceu em Oklahoma, mas se destacou mesmo em Los Angeles. Mudou-se para a Califórnia em 1966 para estudar no Chouinard Art Institute (hoje o prestigiado California Institute of Arts) e vive Los Angeles atualmente, cidade que ganhou seu encanto.

“Quando cheguei em L.A vi que lá eles tinham uma cultura hot-rod, palmeiras, garotas de praia e um jazz progressivo ao mesmo tempo. Tudo isso me vislumbrou um futuro bastante atraente”. Foi ai que Ruscha  mergulhou no estilo de vida californiano e se envolveu na edição e produção de “Orb”, um jornal de arte e design – hoje seu trabalho artístico é representado pela Gagosian Gallery.

Los Angeles Modern Auctions (LAMA) 20th Century Modern Art & Design

A vida urbana serve de inspiração ao artista. Ruscha iniciou seus trabalhos criticando a massificação da imagem feita pelos veículos de comunicação e sempre usa a urbanidade como referência em suas obras. São desenhos pinturas e fotografias marcadas pela combinação da paisagem urbana e de uma linguagem própria para comunicar uma determinada experiência com a cidade – seu trabalho enfrenta a banalidade da vida urbana.

Seus mais conhecidos trabalhos são os quadros em que o artista mistura gravuras utilizando-se de paisagens e frases cotidianas. Em 1962, participou com Lichtenstein, Andy Wahrol, Robert Dowd, Phillipe Heffertin, Jin Diene, e Wayne Thiebaud da exposição New Painting of Common Objects considerada a primeira exposição da Pop Art no mundo.

Foi publicado o catalogue raisonée em quatro volumes sobre seu trabalho. Participou da Bienal de Veneza e teve retraospectiva no MoMa de Los Angeles, Centro Georges Pompidou, Museu Centro de Arte Reina Sofia, Madrid, Museum of Contemporary Art de Sidnei, Whitney Museum of American Art, Nova York e National Gallery, Washington.

Marte: a arquitetura inusitada dos Emirados Árabes

Os Emirados Árabes criam cidade que simula superfície de Marte


Os Emirados Árabes são conhecidos no mundo pela suntuosidade de sua arquitetura e pela ousadia de seus projetos. Este que vamos apresentar é, literalmente, de outro mundo. Fruto do desempenho de cientistas, engenheiros e designers do Centro Espacial Mohammed bin Rashid, o governo dos Emirados Árabes Unidos lançamento o projeto Mars Science City.

A ideia é criar uma cidade que simule uma possível ocupação humana na superfície de marte. Segundo eles, a cidade servirá como um modelo viável e realista desta ocupação e contará com complexos de laboratórios para estudos científicos e um museu, aberto ao público para visitação, que contará a histórias das maiores conquistas científicas dos homens.

A Mars Science City, que será desenvolvida dentro de uma cúpula de 500 mil m², será a maior cidade de simulação espacial já construída na terra. Aos designers coube a função de trazer para o planeta terra a imagem de Marte. Mas a cidade não é para brincadeira. O objetivo do projeto é possibilitar o desenvolvimento de pesquisas de estratégias de construção e de vida sob níveis específicos de calor e radiação encontrados no planeta Marte.

Dentro da Mars Science City a vida do dia-a-dia também será possível, já que o projeto inclui restaurantes, escolas e locais para moradia que serão ocupados pelos cientistas e suas famílias – tudo isto com as temperaturas próximas das sentidas em marte.  E o projeto não foi anunciado sem razão. Faz parte de um plano ainda mais grandioso anunciado pelo primeiro-ministro dos Emirados Árabes, o sheike Mohammed bin Rashid Al Maktoum, durante a 5ª Cúpula do Governo Mundial no início deste ano de que seu país pretende construir uma segunda ‘Dubai’  em Marte até 2117. Ousado, não?

Reprodução de Dubai em Marte

São Paulo ganha edifício todo construído com madeira certificada

Projeto de edificação a ser levantada na Vila Madalena será feito sem cimento e com o uso de madeira de certificação

Para muitos, o jeito tradicional de fazer casas está ultrapassado. Ou seja, não haveria necessidade de se utilizar mais o cimento e o tijolo para levantar uma grande obra. A vantagem? Usar formas menos prejudiciais ao meio ambiente, como a madeira (certificada, claro). Esta experiência, já usual em alguns países do mundo, vai ser testada na Vila Madalena, bairro tradicional de São Paulo.

O Brasil, entretanto, já vem se adaptando com a arquitetura bioclimática e não é de hoje. A união de técnicas como o uso da iluminação natural, plantas no interior e na fachada dos prédios e casa, aproveitamento da água da chuva, energia solar e outros faz com que edificações ganhem o título de construções verdes. Atualmente o Brasil é o quarto país do mundo em prédios verdes, ficando atrás somente dos Estados Unidos, China e Emirados Árabes.

Na zona oeste de São Paulo um edifício de 13 andares está sendo projetado, no papel, para ganhar o título de sustentável não apenas nas técnicas de aproveitamento da agua, energia e reciclagem do lixo. Querem usar em sua estrutura física apenas madeira certificada e nenhum cimento. Do lado de fora, seguindo a tendência dos prédios de jardins verticais, sua fachada será tomada por plantas.

O empreendimento está projetado para ser iniciado apenas em 2019, mas a ideia dos sócios da empresa de manejo florestal responsável pela iniciativa é de criar um espaço de convívio fluido entre o meio ambiente e as pessoas. O local receberá escritórios de coworking e restaurantes.

Art Basel Miami expõe obras de Hélio Oiticica

Entre os dias 7 e 10 de dezembro a 48ª edição da Art Basel Beach expões obras de grandes nomes da arte moderna, Helio Oiticica entre eles

Um show de arte na beira da praia todo mês de dezembro se tornou, ao longo dos últimos 48 anos, uma das principais atrações do calendário mundial. As principais galerias das américas, Europa, Ásia e África mostram o significativo trabalhos dos mestres da arte moderna e contemporânea e, ainda, os promissores artistas do futuro.

Este ano a Art Basel Beach, em Miami, será realizada entre os dias 7 e 10 de dezembro em toda a cidade, especialmente no Design District. O Brasil sempre marcou presença, seja pelas galerias mais importantes, ou por nossos artistas mais balados. Este ano quem tem presença garantida são as obra de Hélio Oiticica.

Hélio Oiticica morreu em 1980 e foi um dos principais nomes do movimento neoconcretista brasileiro. O artista iniciou seus estudos formais ainda menino em Nova York, e se apaixonou pelos encantos e desencantos da Big Apple – viveu de um delírio utópico de um dia poder juntar a cidade com seu país no continente vizinho. Lá conviveu com grandes nomes da cultura nova-iorquina como Yoko Ono e Andy Warhol. É que em 1971, Hélio partiu do Brasil ditadura para um exílio voluntário em Nova York.

A Galeria Lelong, que atua em Paris e Nova York, é a responsável por levar o trabalho do concretista à feira. Obras raras de Oiticica desenvolvidas junto ao Grupo Frente serão expostas no balneário norte-americano no mesmo ano que o país recebeu uma retrospectiva com 150 obras do artista.

Durante seus anos em Babilônio – como ele costumava chamar a cidade de Nova York – Oiticica fez curtas-metragens e se dedicou principalmente à escrita. Seu interesse por novas mídias e pelo rompimento com o concretismo fez com que Hélio difundisse em seus trabalhos, como em “Tropicália”, a ideia de que arte não é uma contemplação estática da tela, mas uma interação com seu espectador. Parte de seu trabalho foi realizada em parceria com os neoconcretistas do Rio de Janeiro, como Lygia Clark. Juntos formaram o Grupo Frente e encontraram a abstração geométrica e a experimentação artística.

TOP 100 Kaza reúne arquitetos goianos na Bahia

O prêmio TOP 100 Kaza reúne os nomes mais atuantes da arquitetura e design nacional e local em um encontro na praia do Forte, Bahia

 


Há dez anos a Revista Kaza realiza um evento que premia o melhor da arquitetura e do design de interiores no Brasil. A ideia é celebrar os escritórios mais atuantes das áreas durante um encontro realizado anualmente em algum resort paradisíaco do Brasil. Ao final, os escolhidos são homenagear pelo jornalismo da revista, que realiza uma matéria contando mais sobre o trabalho de cada um deles.

Este ano o evento tem data e local para acontecer: entre os dias 28 de setembro e 1º de outubro na Ilha do Forte, Bahia. O resultado dos selecionados para o evento foi divulgado em julho e importantes nomes goianos estão entre eles.

O Núcleo Goiano de Design convidou os arquitetos Leo Romano, Giovanni Borges, Adriana Mundim e Fernando Galvão, Tatiana Tavares e Alex Dalcin entre outros importantes representantes do design e da arquitetura local no dia 12 de julho para contar que estavam na lista – de um total de 15 profissionais – com passagem garantida para o Top100 KAZA.

A Tidelli Móveis e A Lot of Brasil fazem parte da lista de importantes marcas que compõe este evento. Aliás, o louge conceito do evento ficou sob responsabilidade da A Lot of Brasil. E praia e design da Tidelli nós sabemos que tem tudo a ver.

Decameron por Guilherme Wentz

A participação de Guilherme Wentz na elaboração da coleção Decameron 2017

A Decameron buscou experimentar em 2017. Não que a marca já não fosse conhecida por seu design inovador, um modernismo sofisticado, mas este ano a marca de Marcus Ferreira juntou também os designers Guilherme Wentz, a dupla Gabriela e Vinicius do Estúdio Ninho e Juliana Llussá para criar a coleção de móveis da temporada.

A parte que recaiu a Guilherme Wentz pode ser traduzida pela palavra leveza que, por meio de uma constante experimentação de materiais, alcançou um resultado sutil de um design para lá de sofisticado.

A transparência do vidro, a cerâmica aplicada ao mobiliário e as linhas geométricas precisas definem o que Wentz projetou. Os objetos da série de Guilherme surgem como uma continuação da história da sua marca, explorando outros pontos de vista com novos personagens. Confiram!

Casa Brasília: o design que convida à reflexão

Em mais uma participação na Casa Cor Brasília, Léo Romano toma como ponto de partida para a concepção do espaço o atual momento político do país

Foto: Jomar Bragança

A Casa Cor Brasília abriu hoje as portas para a sua 26º edição. Pelo terceiro ano consecutivo, a mostra ocupa o antigo centro médico localizado na QI 9 do Lago Sul, um espaço de 4 mil m² divididos em três pavimentos. Em 2017, os três pavimentos da Casa Cor serão ocupados por 44 ambientes e o goiano Leo Romano é o responsável por um deles.

Os trabalhos de Léo Romano em mostras de arquitetura se destacam. O arquiteto gosta de aproveitar a oportunidade para sair do lugar comum que é a simples projeção de um ambiente de uma casa – algo que ele já faz para seus clientes. Sem nenhum pré-requisito que não sua criatividade, usa as exposições como um espaço de experimentação.

Em São Paulo o espaço de Leo, batizado de Casa Brasil, foi um convite à reflexão, uma provocação que convida o visitante a pensar o momento pelo qual passa a política nacional. Em Brasília não foi diferente. O arquiteto usou o gancho deixado em sua passagem pela capital paulista e usou como ponto de partida para a concepção da Casa Brasília a atual situação política do país. Nada mais justo, já que agora a casa está no centro de todo o furação político: a capital federal.

A cor da cédula de 100 reais define a paleta de cores do ambiente. Assim, o cinza e o azul tomam as superfícies dos móveis e das paredes, piso e teto. O layout faz alusão aos espaços de convívio de uma casa, como a sala de estar e jantar. Leo é preciso na curadoria e exibe o melhor do design nacional. Peças de Jorge Zalszupin dialogam com Carlos Mota, Sérgio Rodrigues e do próprio arquiteto – desembarcadas em Brasília pelo Armazém da Decoração.

Contudo, é a arte quem define a atmosfera proposta. Nesse sentido, música e imagens nos despertam para a ganância do homem que tudo faz para o enriquecimento. Mais uma vez a artista Iêda Jardim é convocada para participar com os objetos de arte, que acabam por ser os elementos capazes de despertar o conceito pretendido por Leo. Ele é breve e preciso: faz do design de interiores seu discurso. Chama a atenção para o nosso tempo. Com poesia, mostra que a arte e o design também é um caminho para a conscientização e transformação humana.

 

O design no centro de Londres

Entre 16 e 24 de setembro Londres recebe a 15 edição do London Design Festival

Muito embora seja o mais comentado, o festival de design de Milão não é o único que meche com o calendário europeu. Esta semana, o assunto é Londres. A capital inglesa recebe, até o dia 24 de setembro, o London Design Festival com lançamentos e mostras do melhor da arte e do design.

O evento foi criado por Sir John Sorrell e Ben Evans com o intuito de levar a criatividade para Londres e desde 2003 o festival reúne grandes nomes e marcas concentradas especialmente no Brompton District. Este ano, o festival conta com 450 projetos ligados à arte e ao design realizados nos quatro cantos da cidade, incluindo museus e galarias de arte.

No Design Museum, reinaugurado ano passado em Kensington, será realizado o Set in Stone, projeto que reúne uma seleção de obras de oito designers convidados a explorar o potencial do mármore e das pedras calcárias. Outro destaque é para a instalação de Brodie Neill, Drop in the Ocean, feita com resíduos plásticos descartados nos oceanos. “Dentro de alguns anos, teremos mais pedaços de plástico flutuando nos mares que peixes nadando”, conta o designer, que usa sua arte para um alerta social e ambiental.

O afamado Victoria and Albert Museum é parceiro do London Design Festival sendo centro oficial do festival. O museu será contará com instalações e trabalhos exibidos por designers internacionais contemporâneos e ali será realizado palestras e workshops.

Casa Cor Brasília 2017

Esta semana a Casa Cor Brasília abre suas portar para a 26ª edição do evento na capital

Alcançando sua 26ª edição, a Casa Cor Brasília se prepara para mais uma temporada de mostra do melhor do design e da decoração nacional e internacional. As arquitetas Eliane Martins e Sheila Podestá seguem à frente do evento, como têm feito desde 2000, ano em que assumiram o comando do evento tanto na edição goiana como na da Capital Federal.

Este ano, a exposição será realizada a partir de 22 de setembro e segue até 8 de novembro, ocupando pela terceira vez consecutiva um antigo centro médico, localizado na QI 9 do Lago Sul. O espaço de 4 mil m², divididos em três pavimentos, abriga 44 ambientes projetados por grandes nomes do design, incluindo o de Léo Romano.

Cada ano o evento nacional define um tema para direcionar os profissionais e este ano “Foco no essencial” foi escolhido para guiar a mostra. A ideia que é que projetos, soluções e ideias sejam apresentadas pelos melhores profissionais do segmento levando o consumidor a se preocupar com o design e também sua função, forma, experiência e sobrevivência no cenário atual.

A busca pelo essencial é o questionamento do momento. “A tendência mundial é priorizar o que realmente importa e cortar o supérfluo em todas as áreas”, explica Sheila Podestá. Mas cada arquiteto tem uma visão do que realmente é essencial, e é isto que fez de cada ambiente da casa uma experiência única. Para a organizadora do evento, “essencial é focar no que faz você viver bem e te faz ser feliz”.

Serviço
Casa Cor Brasília 2017

Quando: de 22 de setembro a 08 de novembro de 2017
De terça a sexta das 15h às 22h e sábado, domingo e feriados das 12h às 22h
Onde: Comercial da QI 9 do Lago Sul
Quanto: R$ 48 inteira (Meia-entrada: R$ 24)

Imagens:Jomar Bragança

Designer cria luminária com suporte para planta

O servo Marko Vuckovic criou uma luminária que possibilita o cultivo de planta

Na era da sustentabilidade, ter plantas em casa é estar na moda. Pensando nisto o designer servo Marko Vuckovic criou uma peça de mobiliário para lá de inovadora. Batizada de grasslamp, a luminária traz em sua parte central uma espécie de vaso para o cultivo de plantas.

Parece complicado misturar energia elétrica e planta em uma mesma peça de decoração, mas a técnica usada pelo designer dispensa o uso de terra. A estrutura é capaz de cultivar cerca de 40 tipos diferentes de plantas que necessitam de um pouco de água, algumas vezes por dia.

As plantas são cultivadas por meio da técnica de hidroponia, que é o cultivo sem solo, onde as raízes recebem uma solução nutritiva balanceada que contém água e todos os nutrientes essenciais ao desenvolvimento da planta.

A parte da luminária é composta por uma abajur com 90 LEDs que geram 60W de energia. Sua estrutura foi criada para suporte de teto e também como abajur de mesa e luminária de pé. Segundo o designer, a inspiração foi a vontade de trazer a elegância para dentro da convivência das pessoas, que passam a maior parte do tempo entre quatro paredes.