Cinema em cor

Cinema “aconchegante” na Eslováquia chama a atenção pela decoração colorida

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Depois que a Netflix surgiu, o melhor cinema é aquele que fica dentro de casa. As televisões, de ultima geração, não ficam devendo muito para as salas de cinema e estes espaços estão tendo que se reinventar para atrair a atenção do público. O Blog AZ já falou um pouco sobre uma das saídas utilizadas pelo mercado: o cinema de luxo.

Os cinemas de luxo oferecem tratamento cinco estrelas para seus clientes: garçom para atender nas poltronas e muito conforto. Só que para chamar mesmo atenção do público, as sofisticadas salas vips investem em decoração e o Blog AZ está atendo a elas.

A mais recente a chamar a atenção do mundo do design foi o cinema Tulikino, projetado por Michal Stasko em Samorin-Cilistov, na Eslováquia. A sala se parece com o interior de um cubo mágico, aqueles cubos coloridos que os mais dedicados à matemática conseguem unir as cores em casa um de seus cantos.

A sala é bastante despojada e não se parece com nenhum dos cinemas de luxo que temos no Brasil. É que a ideia principal do espaço não é a de sofisticação, mas aconchego – inclusive essa é a tradução da palavra Tulikino que deu nome ao cinema. As poltronas foram substituídas por pufes dispostos em cabines duplas.
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Fotos: Divulgação

Corpo de Baile do design

Léo Romano leva sua nova coleção para seu espaço na edição comemorativa da Casa Cor Brasília 2016

Galeria Léo Romano (Foto: Joemar Bragança)

Galeria Léo Romano

“O que faz referência aos sonhos e fantasias” este é o conceito da palavra que inspirou Leo Romano em seu terceiro projeto de Casa Cor em 2016. A Casa Cor Brasília, inaugurada na semana passada, marca a terceira participação do arquiteto goiano na edição comemorativa do evento nacional, onde Léo cria uma atmosfera onírica inspirada em sua nova linha de móveis.

O arquiteto fez o espaço Braille, em São Paulo, e a Santa Casa Léo, em Goiânia. Na capital federal, abriu as portas da poética Galeria Léo. Como bem sabemos, o designer é um verdadeiro artista, por isso explora sempre seu lado mais poético quando participa de mostras e exposições. “A Casa Cor é um momento que podemos criar aquilo que muitas vezes não cabe nos projetos residenciais e comerciais”, contou Léo certa vez ao Blog AZ. Por isso ele gosta da experimentação.
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Nesta linha, suas criações exploram os sentidos. Este ano não poderia ser diferente. A Galeria Léo apostou na construção de um espaço sensorial capaz de despertar sensações. O balé foi seu ponto de partida. Inspirado em um grande corpo de baile, Léo transformou o clássico Lago dos Cisnes em mesas, espelhos, aparadores e objetos de decoração. A partir deles, desenhou o conceito do concerto que seria seu ambiente em Brasília.

O arquiteto desafia a percepção e cria um espaço suspenso no tempo e no ar, com porcelanas desenhadas à mão expostas de maneira inovadora em uma cena onírica. O ambiente ocupa um espaço de 108m², um dos 40 ambientes que formam a mostra do planalto central este ano.
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Fotos: Joemar Bragança / Divulgação

Casa Cor Brasília abre as portas em clima de festa

Casa Cor Brasília começou ontem a edição de 2016 e celebra seus 25 anos

Galeria Léo Romano (Foto: Joemar Bragança)

Galeria Léo Romano (Foto: Joemar Bragança)

A Casa Cor Brasília acontece de 22 de setembro a 9 de novembro e abriu suas portas na última quinta em clima de festa. É que junto com a comemoração nacional de 30 anos de mostra, a Casa Cor da Capital Federal celebra 25 edições em um antigo centro médico, localizado na QI 9 do Lago Sul.

O mesmo local que abrigou a exposição no ano passado, volta a ser palco desta edição cuja atmosfera é Celebração.  A maior mostra de arquitetura, decoração e paisagismo das Américas contará com 49 dias de evento e reunirá em uma área construída de cerca de 5 mil m², 40 ambientes distribuídos em dois pavimentos que criam experiências inspiradoras, emocionantes e que transformam a casa como um verdadeiro espaço para celebrar a vida e do morar brasileiro.

Assinados por cerca de 70 profissionais renomados e jovens talentos, os espaços da mostra apresentam as últimas novidades em móveis, objetos, revestimentos, cores e texturas, tendências do segmento de arquitetura, decoração, design e paisagismo, servindo ainda como importante plataforma para lançamento de produtos.

Organizada pelas empresárias Moema Leão, Eliane Martins e Sheila Podestá, estas últimas que também estão à frente da Casa Cor Goiás, a mostra 2016 promete surpreender o público. A exposição oferece um roteiro cultural completo, com atrações durante todo o período de exposição, como palestras, desfiles, shows, aulas de gastronomia entre outros eventos.

Serviço

Casa Cor Brasília
Quando: de 22 de setembro a 9 de novembro
de terça a sexta, das 15h às 22h. Sábados, domingos e feriados, das 12h às 22h
Onde: Comercial da QI 9 do Lago Sul, lote D
Informações: (61) 3248.4638/3248.6902

Fonte: Assessoria Casa Cor Brasília

Cadeira Menna / Sérgio Rodrigues

Design é meu mundo fala mais sobre a cadeira Menna e a reedição do trabalho de Sérgio Rodrigues pelo Atelier Fernando Mendes

 

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As criações de Sérgio Rodrigues são pequenas obras de arte e, como tal, devem ser esculpidas com cuidado. É assim que Fernando Mendes trabalha com as reedições dos clássicos do designer e primo Sérgio Rodrigues.

Fernando é amante da marcenaria tradicional com trabalho artesanal. “A marcenaria dá a oportunidade de a pessoa desenvolver trabalhos incríveis que exigem inteligência e muito estudo elaborado”. É com esse carinho que dirige o Atelier Fernando Mendes e que vê as peças de Rodrigues serem produzidas.

Para Fernando, design atemporal é aquele que cria objetos com uma expressão tão forte que passa pelo tempo. É assim que vê as peças de Sérgio Rodrigues, como a Menna. A Menna é uma cadeira feita de peroba do campo ou freijó natural e tonalizada com assento e encosto de palhinha natural.

A peça foi desenhada por Sergio Rodrigues em 1978 como parte da família de móveis batizada de “Bule”, que se caracteriza pela curvatura anatômica no encosto. A cadeira continua sendo produzida pelo Atelier de Fernando, que trabalhou com Sérgio até a sua morte, em 2014. “Depois de mais de 20 anos de convivência com Sérgio, percebi que sua maior influência na minha vida foi a paixão e emoção que ele tinha com o ofício”, contou o designer.

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Palácio da Alvorada visto de dentro

Fotógrafo mineiro Orlando Brito divulgou 46 imagens da casa oficial da presidência da república

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Entra governo e sai governo, os integrantes desse palácio mudam, mas sua beleza continua lá e foi imortalizada pelas lentes do fotógrafo Orlando Brito. É que o fotógrafo mineiro radicado em Brasília divulgou 46 imagens da casa oficial da presidência da república.

Alvorada foi o nome dado por Juscelino Kubitschek ao primeiro edifício inaugurado na Capital Federal. Quem conhece Brasília sabe que o nascer e o por do sol na cidade formam obras de arte naturais no céu, mas o nome foi dado por outra razão. Segundo o então presidente, “o que é Brasília, senão a alvorada de um novo dia para o Brasil?”.

O palácio foi projetado por Oscar Niemeyer na década de 1950 e tornou-se um símbolo do modernismo brasileiro. Madeiras, linhas retas e sobriedade são características marcantes da mansão presidencial, localizada às margens do lago Paranoá.

Por fora, o Alvorada é revestido de mármore com cortinas de vidro. O palácio ficou conhecido por seus pilares, símbolo do progresso técnico da engenharia. Niemeyer adotou formas puras e geométricas que, por outro lado, exigiram dos engenheiros cálculos mais complexos. Para Niemeyer, a concepção da obra estava na forma dos seus suportes que caracterizam o edifício e conferem uma leveza ao palácio.

As fotografias mostram um pouco o que é o interior do palácio, construído em três pavimentos. Orlando Brito, autor das imagens, chegou a Brasília quando menino e uniu a beleza da capital à importância de seu trabalho: atua em temas como política e economia, mas sem deixar de fotografas aquilo que Brasília tem de mais belo.

Atualmente o Palácio da Alvorada está desabrigado. É que com a saída da ex-presidente Dilma Rousseff, após processo de impeachment, seu antigo vice e agora presidente da República Michel Temer continua morando no palácio do Jaburu – casa oficial da vice-presidência da república – que estuda com sua família a possibilidade de se mudar e terminar o mandato presidencial morando no Palácio da Alvorada.

Fotos: Orlando Brito
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Philippe Starck / Poltrona Uncle Jim

Design é meu mundo fala mais sobre a poltrona Uncle Jim , de Philippe Starck

Longe Eleonora Hsiung

Longe Eleonora Hsiung

O trabalho da Kartell é conhecido pela irreverência, e grande parte dessa irreverência leva a assinatura do francês Philippe Starck. O plástico e a transparência são marcas carimbadas de seu trabalho, somados ao traçado singular, orgânico e muito pessoal de seu desenho, que acabam por dar às suas peças um quê de futurismo.

Uma poltrona de Starck com forte fascínio estético é a Uncle Jim, estrela do Design é Meu Mundo de hoje. A peça é como uma união de todos os trabalhos mais afamados do designer e da marca italiana em uma única poltrona.

Uncle Jim foi desenhada para o policarbonato transparente. A peça é o exemplo mais ousado no mundo da tecnologia de moldagem por injeção. A coleção projetada por Philippe Starck é composta também por um sofá, o Uncle Jack, e uma banqueta.

A poltrona ecoa linhas e sinuosidade bem ao estilo do “mais é menos”. É que seu design é simples e passa quase despercebido. A poltrona transparente, quando usada, passa a impressão de que a pessoa está sentada no nada.

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Arquitetura e a escola do futuro

Na Finlândia, escritório de arquitetura projeta novo modelo de escola que ajuda a criar uma educação mais inclusiva

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Em algum momento da sua vida, você com certeza já ouviu que os projetos arquitetônicos de escolas são muito similares aos das prisões. Bem, ambas as instituições pautam suas atividades com base na “disciplina” e a disciplina não direciona apenas as atividades dos educadores ou dos agentes prisionais, direciona também os projetos arquitetônicos.

Segundo o arquiteto norte-americano Frank Locker, especialista no assunto, a comparação pode parecer exagerada, mas não é. “Com que espaço você relacionaria uma fila de salões de porta fechada com um corredor no qual não se pode estar sem permissão e um sinal sonoro que ordena entrar, sair, terminar ou começar as aulas?”, questiona.

Mas os modelos educacionais estão em crise e em momento de transformação. A arquitetura acabará acompanhando essas mudanças. Nesta linha é que foi inaugurada, na Finlândia, a escola do futuro e a primeira diferença já é vista em suas próprias instalações.
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Ao contrário dos prédios que abrigam estruturas típicas das atuais escolas, à primeira vista a Saunalahti mais parece um museu. Projetada pelo escritório VERSTAS Architects, cada detalhe foi pensado para uma escola onde os moldes tradicionais foram deixados no passado.

A escola possui, em sua estrutura montada em 10 mil metros quadrados, clube estudantil, teatro, restaurante, biblioteca, ginásio de esportes e espaço para shows. A escolha de cada tijolo foi bem planejada.

As salas de aula são amplas, a criança se senta onde quiser e a comunicação entre os alunos é estimulada. Na parte externa, por exemplo, os ladrilhos foram colocados em desordem para que os alunos toquem e experimentem sensações diversas. Já na parte interna, as áreas comuns de passagem foram pintadas de cores vivas, cada uma com uma cor específica para que as crianças não se percam.

O terreno da escola é aberto. A ideia dos arquitetos é a de que se forem colocadas barreiras, as crianças irão ultrapassa-las. A intenção é criar uma nova educação inclusiva e a arquitetura faz parte desse projeto.

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Fotos: Divulgação/ Livejournal

Bienal de Berlim provoca o público e divide a crítica

Em sua ultima semana de mostra, a Bienal de Berlim veio para discutir o presente e provocar sentimentos no público

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Como o assunto da última semana foi bienal, não poderíamos deixar de falar de mais uma: a Bienal de Berlim, que encerra suas atividades no próximo domingo (18). Assim como a Bienal de Londres, que trata do futuro e da utopia, o tema desse ano proposto pela exposição alemã é a reflexão acerca dos paradoxos contemporâneos.

A aliança da arte com o produto foi um dos pontos da mostra que puxou o coro da crítica. Em 2016, a 9ª edição da Bienal de Berlim convidou para a curadoria da mostra não um artista, mas sim um coletivo fashionistas de Nova York que trabalha na DIS, revista de arte e comportamento, formado por Laura Boyle, Solomon Chase, Marco Roso e David Toro.

A ideia do grupo de curadores foi colocar em pauta a discussão e o questionamento sobre o presente desconhecido e imprevisível da sociedade. Para isso, intitularam a mostra de The Present in Drag (O presente travestido). Em meio às amarras de um mundo tecnológico que borbulha transformações, a curadoria se baseou nas discussões trazidas pelos palestrantes do TED.

Em entrevistas no início da exposição, explicaram que as obras têm por objetivo mexer com os visitantes e deixa-los angustiados, no lugar de falar sobre angustia e deixa-los ansiosos, no lugar de falar sobre ansiedade. “A 9ª Bienal de Berlim materializa os paradoxos que formam o mundo em 2016: o virtual como real, nações como marcas, pessoas como dados, cultura como capital, e por aí em diante”.

Foi com esse proposito que 120 artistas criaram instalações espalhadas por toda a capital alemã, com obras que transformaram países em grandes empresas e spans (propagandas em emails) em cartas íntimas. Até equipamentos de ginastica foram instalados no pavilhão para que os artistas conduzam aulas de exercícios físicos aos visitantes. O objetivo de cada obra e instalação é provocar algum sentimento em que vê: repulsa, estranhamento, angustia ou ansiedade. É um mundo novo que a arte tenta explicar.
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Paulo Mendes da Rocha vence prêmio Imperial do Japão

28ª edição do Praemium Imperiale premia o brasileiro Paulo Mendes da Rocha na categoria melhor arquiteto

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Em maio deste ano noticiamos que o arquiteto Paulo Mendes da Rocha foi anunciado ganhador do Leão de Ouro da Bienal de Arquitetura de Veneza pelo conjunto de sua obra. Menos de seis meses depois, voltamos a noticiar outro prêmio recebido pelo brasileiro. É que nesta terça-feira (13), Paulo Mendes venceu, na categoria arquitetura, o 28º Prêmio Imperial do Japão, considerado o Nobel das artes.

O prêmio foi criado em 1989 pela família imperial japonesa e é entregue anualmente pela Associação de Arte do Japão, que este ano está com cerimônia de entrega marcada para 18 de outubro, em Tóquio. O Prêmio Imperial é uma das mais prestigiosas condecorações da arte e foi entregue a cerca de 140 artistas do mundo inteiro, entre eles o cineasta Martin Scorsese e o arquiteto Oscar Niemeyer.

Paulo nasceu em 1928 em Vitória (ES), mas se juntou ao movimento chamado “escola paulista” nos anos 60 e 70 que defendia uma arquitetura “crua, limpa, clara e socialmente responsável”. Dai vem a tendência do arquiteto em dispensar de seus projetos tudo aquilo que não seja honestamente necessário. Aos 87 anos, Paulo Mendes é um dos arquitetos urbanistas brasileiros mais reconhecidos do mundo e por mais esse prêmio, será agraciado com a quantia de 15 milhões de ienes (US$ 146 mil).

Design é Nosso Mundo / Cadeira Maresia

Butzke e Carlos Motta lançaram este ano a linha Maresia com peças de diferentes madeiras certificadas e envoltas em percintas

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Respeito ao meio ambiente e a sofisticação do design contemporâneo foram as qualidades que uniram o trabalho do designer Carlos Motta com a marca Butzke. A empresa foi uma das pioneiras na fabricação de moveis autorais para áreas externas. Preocupada com o meio ambiente, a Butzke se aproximou de designers que tinham essa mesma responsabilidade social e Carlos Motta foi um deles.

“Nós começamos a nos dirigir com uma abordagem diferenciada na fabricação de alguns produtos, procurando algo que nos fizesse crescer no cenário com peças mais elaboradas”, explicou o empresário Guido Otte sobre a empresa do sul que antes fabricava carroças. “Passamos a contratar alguns designers e foi nessa época que conhecemos o Carlos Motta”.

A Butzke foi a primeira empresa no Brasil que conseguiu o certificado FSC (Forest Stewardship Council) para seus móveis, que é um selo que atesta a responsabilidade ambiental da madeira. Motta, que sempre teve uma relação íntima com a natureza, passou a fazer parte desse time ao desenhar linhas para a Butzke.

Em julho desse ano, Motta e Butzke se uniram mais uma vez para lançar a Linha Maresia durante a Feira Brasileira de Móveis e Acessórios da Alta Decoração (ABIMAD). A linha Maresias, assinada por Carlos Motta, é produzida com madeira Cumaru com apresentação inédita da cadeira com percintas, outra em couro e um novo modelo de espreguiçadeira.

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