InstaGif: Câmera que imprime GIFs

Abhishek Singh criou uma máquina fotográfica que imprime GIFs

A fotografia, durante muitos anos, foi vista como a arte do mundo contemporâneo. Só que o mundo contemporâneo evolui a cada dia com a mesma velocidade que caminham as descobertas tecnológicas. Talvez por isto que Sebastiao Salgado, um dos principais fotógrafos da atualidade, preveja o fim da fotografia como arte, pelo menos na forma como foi feitas nas últimas décadas.

O olhar apurado na lente, as câmaras escuras e a magia de ver surgir no papel a imagem que se formava apenas diante dos olhos são técnicas que estão em desuso e, paulatinamente, têm sido substituídas pelas novas concepções fotográficas da era contemporânea. A novidade da vez é a máquina que imprime GIFs.

Abhishek Singh criou uma câmera instantânea, ao estilo das antigas polaroides, que produz uma pequena caixa com uma espécie de computador reduzido conectado a uma tela. É nesta tela que a imagem se transforma em um pequeno vídeo portátil que dura poucos segundos, como ocorre com os Graphics Interchange Format (conhecidos popularmente por GIFs).

O modelo da máquina, inusitadamente, remete ao design das câmeras fotográficas antigas. Quando a pessoa vai tirar a foto, em movimento, a câmera transmite um pequeno videoclipe para a tela do cartucho, que roda até tirar outra foto. É como se a imagem fosse capturada em vários momentos para capturar o movimento e é exatamente este movimento que é transmitido para o cartucho em seu interior.

Seu criador inventou a máquina usando mini computadores Raspberry Pi e materiais impressos em 3D. Todo o processo de invenção da máquina foi documentado por Abhishek e disponibilizado online. Isto é, qualquer pessoa com acesso a uma impressora 3D e conhecimento básico em tecnologia consegue fazer uma maquina instagif em casa. “Aprendi muito com outras pessoas que escolheram compartilhar seus conhecimentos na internet, então esse é meu jeito de devolver de alguma forma”, explicou.

A arquitetura na fotografia de Yuri Serôdio

O vazio dos espaços públicos ganha um outro olhar pelas lentes de Yuri Serôdio com a mostra Compassos Paralelos

 


Ser um fotógrafo filho de arquiteto fez do trabalho de Yuri Serôdio a união entre os dois campos da arte e conhecimento. O que faz uma pessoa apaixonada por desenho, mas que ganha a vida das lentes da sua câmera? Fotograva a beleza da arquitetura. Ou melhor, do vazio da arquitetura.

As fotografias de Serôdio enfatizam a arquitetura e a perfeita simetria, com a intenção de desvendar o olhar e silenciar o pensamento invadido pelo caos visual das cidades contemporâneas. E de onde vem o vazio? O fotógrafo captura imagens de locais abrigam grandes públicos, mas sem a presença do homem.

O pernambucano Yuri Seródio – hoje vive e trabalha em São Paulo – é filho de pai arquiteto. Talvez dai venha sua admiração pelo desenho e pela simetria da arquitetura. Cursou sua graduação na Faculdade de Ciências Humanas em Recife, mas em São Paulo fez Fotografia e História da Arte.

Este ano apresenta sua primeira exposição individual na Luis Maluf Gallery, em São Paulo, entre os dias 06 e 31 de julho com onze fotografias feitas em teatros, cinemas, palácios e bibliotecas no Brasil e no mundo como parte da mostra Compassos Paralelos. A geometria do belo e a beleza do vazio são os enfoques dados pela exposição.

SERVIÇO

Compassos Paralelos
Onde: Luis Maluf Gallery, SP
Quando: de 6 a 31 de julho de terça a sexta
das 11h às 20h. Sábados, das 11h às 18h.
Quanto: Entrada gratuita

Fotografias: Yuri Serôdio

Cotidiano em foco

O carioca Marcos Chaves desenvolveu um trabalho nos parâmetros da apropriação e da intervenção fotográfica

 

Wadi Rum

Wadi Rum

O cotidiano é apreendido pela câmera fotográfica de Marcos Chaves e por meio dela vira arte. Chaves nasceu no Rio de Janeiro e iniciou a carreira na década de 1980. Utilizando-se dos parâmetros da apropriação e da intervenção, o artista transita entre a fotografia, produção de vídeos e instalações.

Com todos estes anos de experiência, levou seu trabalho a European Biennial of Contemporary Art (Itália), Bienal Internacional de São Paulo, Bienal do Mercosul (Porto Alegre), Bienal de Cerveira (Portugal), Bienal de Havana, entre tantos outro importantes museus e eventos.

Entre exposições individuais e coletivas, Marcos Chaves posicionou os elementos no espaço e os transformou em arte por meio de sua visão perspicaz. São cenas do dia a dia que ganham um novo olhar e uma nova perspectiva.

Foi assim com a série Pieces, onde o fotógrafo sobrepôs imagens tiradas de suas lentes uma sobre as outras. Em Buracos, fotografias de grandes crateras deixadas pelo descaso nas ruas das cidades.

O Rio de Janeiro, sua cidade, é também seu principal cenário. É das ruas e paisagens cariocas que Marcos tira grande parte de suas imagens. Além da fotografia, Marcos Chaves ganhou espaço no mundo artístico com instalações montadas e museus e mesmo nas ruas das cidades.

Arquipelago

Arquipelago

some Girls

some Girls

Rio 40graus

Rio 40graus

Desculpe o Transtorno

Desculpe o Transtorno

Copo vazio

Copo vazio

Imagens: Marcos Chaves

São Paulo Photo Weekend e a fotografia jovem

Felipe Gombossy, Fernando Palmisano e Zé Bobby lançaram, em 2016, exposição de fotografia contemporânea jovem

Fotografia: João Bolan

Fotografia: João Bolan

Fotografia ainda não é uma arte esquecida, mas, sem dúvida alguma, é uma arte “massificada”. Com uma boa câmera nas mãos, as pessoas já se imaginam verdadeiros sebastiões salgados. Sabemos, entretanto, que a coisa não é bem assim.

Para preservar esta arte tão bela e, segundo o próprio Sebastião Salgado, ameaçada é que os fotógrafos Felipe Gombossy, Fernando Palmisano e Zé Bobby se juntaram para realizar, em julho deste ano, a primeira edição de uma feira totalmente voltada à produção fotográfica independente.

A São Paulo Photo Weekend foi criada como um canal alternativo de distribuição da atual produção fotográfica jovem e contemporânea e reúne cerca de 40 expositores entre pequenas galerias e artistas independentes com obras de arte originais.

O projeto deu tão certo que seis meses depois, na primeira semana de dezembro, seus organizadores realizaram a segunda edição do evento na capital paulista. A São Paulo Photo Weekend, com a mostra paralela PBMAG, também marcou o lançamento da revista PBMAG, publicação com fotografias exclusivamente em preto e branco com trabalhos autorais de fotógrafos convidados.

A 2ª edição reuniu obras de mais de 100 artistas, galerias e editoras independentes em uma verdadeira celebração cultural que o AZ mostra aqui:

Fotografia: James P.S Conway

Fotografia: James P.S Conway

 

Fotografia: Suzana Mendes

Fotografia: Suzana Mendes

Fotografia: Ulisses Matandos

Fotografia: Ulisses Matandos

Fotografia: Felipe Gombossy

Fotografia: Felipe Gombossy

Fotografia: Coletivo Gringo

Fotografia: Coletivo Gringo

Fotografia: Decio Araujo

Fotografia: Decio Araujo


Imagens:
São Paulo Photo Weekend / Facebook

É o fim da fotografia?

Sebastião Salgado prevê o fim da fotografia em um mundo onde a imagem se banalizou nas redes sociais

sebastiao-salgado-blog-da-arquitetura

Sebastião Salgado é um dos fotógrafos mais respeitados da atualidade. Nascido em Aimorés, interior de Minas Gerais, seguiu seu caminho e hoje se tornou um cidadão do mundo. É também pelo mundo que suas lentes capturam a vida e a transformam em arte. Ocorre que esta arte pode estar com os dias contados. É o que prevê o próprio fotógrafo.

Com exposição em cartaz na capital paulista desde o dia 26 de outubro, com a mostra Kuwait, Um Deserto em Chamas, Sebastião Salgado mostra o povo, a cultura e a diversidade. Porém entristece quando prevê que “a fotografia está acabando”.

Parece até estranho prever o fim da fotografia em um mundo onde as pessoas abusam dela. Talvez o diagnóstico tenha partido dai. Sebastião Salgado ainda é adepto das técnicas dos velhos tempos: filme, câmera escura, negativos e impressão.
livro-genesis-2-sebastiao-salgado

Confessou, durante a entrega do prêmio Personalidade, entregue a ele no último mês pela Câmara de Comércio França-Brasil, que mal sabe ligar um computador, mas que teve de se adaptar ao novo também e hoje já se utiliza das câmeras digitais.

Perplexo diante de um mundo movido a imagem, Salgado não acredita que todas as fotos que tiramos nos celulares são um resultado da arte feita por ele e outros tantos fotógrafos profissionais. “A fotografia está acabando porque o que vemos nos celulares não é fotografia. A fotografia precisa ser impressa, vista, tocada”, explicou aos jornalistas presentes no evento.

Para ele, vivemos no mundo das redes sociais um processo de eliminação da fotografia em detrimento de meras imagens. Para eles, imagens são aceitas apenas em filmes, como em O Sal da Terra, seu primeiro documentário.

Na fotografia, coleciona uma imensidade de trabalhos – de cunho social – sobre os povos e as culturas. Sua exposição em cartaz em São Paulo leva para o público fotografias, algumas inéditas e outras já conhecidas, registradas entre agosto de 1990 e fevereiro de 1991, durante a Guerra do Kuwait.

livro-genesis-1-sebastiao-salgado

Subversão artística – a beleza da dança

Fotógrafo registra bailarinos nus em pontos icônicos das principais cidades europeias e norte-americanas

page-fraser
O fotógrafo norte-americano Jordan Matter é especialista em imagens de bailarinos. É aquele artista que se apresenta atrás das cortinas. Desde 2009, registra imagens de bailarinos no cotidiano, mas decidiu mudar de perspectiva na produção do livro Dancers After Dark (Dançarinos Após o Pôr do Sol) – que será lançado na noite desta terça-feira (18) nos Estados Unidos.

O Dancers After Dark foi um projeto criado pelo fotógrafo em parceria com diversos bailarinos para mostrar as cidades na madrugada, só que completamente nus. O fotografo viajou para Paris, Londres, Amsterdã, Montreal e diversas cidades nos EUA, como Nova York, Baltimore, São Francisco e Chicago. A ideia era colocar os bailarinos nos locais mais icônicos e históricos das cidades.

“Se eu conseguir colocar os bailarinos no centro dos locais mais icônicos, o resultado será espetacular”, explicou Jordan Matter. E foi. Embora o livro ainda não tenha sido lançado, grande parte do trabalho desenvolvido para o Dancers After Dark pode ser visto no site do projeto.

Notre Dame em Paris

Notre Dame em Paris

Além da beleza das fotos, o trabalho chamou a atenção por não ser, nas palavras do próprio fotógrafo “particularmente legalizado”. É que as fotos foram tiradas sem autorização do poder público – o que se exige para um trabalho de nudismo, ainda que artístico. Os bailarinos chegavam no local alvo, tiravam suas roupas, e tinham menos de um minuto para encontrar a posição para a foto até que Matter gritasse “dispensado” ao avistar um carro da polícia.

“Esse projeto é uma oportunidade de mostrar para as jovens bailarinas, principalmente as bailarinas negras como eu que foram desencorajadas ao longo da vida, que elas crescerão para ser lindas. Que elas podem se mostrar e que se tornarão grandes artistas”, disse Michaela Deprince, capa do livro.

Washington Square

Washington Square

Towson

Towson

Monreal

Monreal

Monreal

Monreal

Millenium Park em Chicago

Millenium Park em Chicago

Rio Hudson em Nova York

Rio Hudson em Nova York

Chicago

Chicago

Chicago

Chicago

Chicaco

Chicaco

Central Park

Central Park

Amsterdã

Amsterdã

Nova York com o ator convidado Alan Cumming

Nova York com o ator convidado Alan Cumming

Museu do Louve

Museu do Louve

Palácio da Alvorada visto de dentro

Fotógrafo mineiro Orlando Brito divulgou 46 imagens da casa oficial da presidência da república

alvorada-44-741x511
Entra governo e sai governo, os integrantes desse palácio mudam, mas sua beleza continua lá e foi imortalizada pelas lentes do fotógrafo Orlando Brito. É que o fotógrafo mineiro radicado em Brasília divulgou 46 imagens da casa oficial da presidência da república.

Alvorada foi o nome dado por Juscelino Kubitschek ao primeiro edifício inaugurado na Capital Federal. Quem conhece Brasília sabe que o nascer e o por do sol na cidade formam obras de arte naturais no céu, mas o nome foi dado por outra razão. Segundo o então presidente, “o que é Brasília, senão a alvorada de um novo dia para o Brasil?”.

O palácio foi projetado por Oscar Niemeyer na década de 1950 e tornou-se um símbolo do modernismo brasileiro. Madeiras, linhas retas e sobriedade são características marcantes da mansão presidencial, localizada às margens do lago Paranoá.

Por fora, o Alvorada é revestido de mármore com cortinas de vidro. O palácio ficou conhecido por seus pilares, símbolo do progresso técnico da engenharia. Niemeyer adotou formas puras e geométricas que, por outro lado, exigiram dos engenheiros cálculos mais complexos. Para Niemeyer, a concepção da obra estava na forma dos seus suportes que caracterizam o edifício e conferem uma leveza ao palácio.

As fotografias mostram um pouco o que é o interior do palácio, construído em três pavimentos. Orlando Brito, autor das imagens, chegou a Brasília quando menino e uniu a beleza da capital à importância de seu trabalho: atua em temas como política e economia, mas sem deixar de fotografas aquilo que Brasília tem de mais belo.

Atualmente o Palácio da Alvorada está desabrigado. É que com a saída da ex-presidente Dilma Rousseff, após processo de impeachment, seu antigo vice e agora presidente da República Michel Temer continua morando no palácio do Jaburu – casa oficial da vice-presidência da república – que estuda com sua família a possibilidade de se mudar e terminar o mandato presidencial morando no Palácio da Alvorada.

Fotos: Orlando Brito
alvorada-2-1alvorada-11alvorada-9-741x511alvorada-14-741x511alvorada-43-696x480alvorada-41-741x511Sala de tevê, no andar superior. Foto Orlando BritoSalão de jantar para até 60 convidados. Foto Orlando Britoalvorada-36-741x511alvorada-35alvorada-17-768x529A cozinha no sub-solo do Alvorada. Foto Orlando Brito

A série do luto

Em uma série fotográfica, artista revela o ciclo do luto de perder alguém para o suicídio

o-suicidio-de-meu-pai-de-andre-penteado-6

Em plena era da informação, alguns temas ainda são velados e pouco falados. Para o bem ou para o mal, o suicídio é um deles. Muito embora um estudo realizado pela Unicamp tenha revelado que 17% dos brasileiros, em algum momento, pensaram seriamente em dar um fim à própria vida e, desses, 4,8% chegaram a elaborar um plano para isso, não se fala no tema. A arte, entretanto, se ocupa dos assuntos espinhosos e o suicídio foi a temática utilizada pelo fotógrafo André Penteado para chamar atenção para o problema.

André Penteado perdeu o pai para o suicídio em 2007 e decidiu usar sua vida pessoal em uma série de fotografias intitulada “O suicídio de meu Pai”. O artista definiu sua proposta dizendo que a temática surgiu “tanto da reflexão sobre a teatralidade do suicídio quanto da decisão de usar um fato pessoal como objeto de uma exposição”, contou em edital sobre as fotografias.

O trabalho, que foi exposto no Brasil após ganhar um prêmio de fotografia, foi também levado para mostras em Buenos Aires e Londres.  “Se constitui em um ensaio coeso, híbrido e profundo sobre uma passagem difícil da vida do autor”, escreveu a comissão de seleção do Prêmio Nacional de Fotografia Pierre Verger.
o-suicidio-de-meu-pai-de-andre-penteado-1

Muitas vezes, não falar em suicídio é não discutir um tema que se mais abordado poderia salvar vidas. Foi com esse pensamento que o fotógrafo decidiu usar a fotografia numa tentativa de discutir e compreender o impacto psicológico que o suicídio provoca em uma família. Quando o pai de André Penteado tirou a própria vida, o fotógrafo, que vivia em Londres voltou para o Brasil e registrou esse momento de passagem da vida do pai.

Semanas depois do enterro, Penteado, experimentou as roupas de seu pai e resolveu fotografar a si mesmo vestindo-as. A série registra três importantes momentos do luto de quem perdeu alguém que ama: a dor da notícia, o velório com a despedida e, por fim, as consequências emocionais da perda e do luto a longo prazo.
img_0948-750x938 16738870790_6a2d446b67_z

Fotos: André Penteado

História Olímpica

O Consulado Geral da Grécia organizou em São Paulo a mostra Atenas 1896: A Primeira Olimpíada Moderna com imagens da primeira Olimpíada Moderna da história

exposicao-jogos-olimpicos-atenas21
Não é preciso nem ligar a televisão para saber a importância dos Jogos Olímpicos e como hoje não se fala em outra coisa – afinal, estamos no dia da abertura do maior evento de esporte do mundo no Brasil –, o Blog AZ inclui na lista dos que passarão por São Paulo este mês um programa histórico.  É que o Consulado Geral da Grécia em São Paulo organizou a mostra Atenas 1896: A Primeira Olimpíada Moderna.

A exposição conta a história, por meio de fotografias tiradas pelo grego Iannis Lampakis (1851-1916) e pelo alemão Albert Meyer (1857-1924), das Olimpíadas de 1896, considerada a primeira Olimpíada dos anos modernos a ser documentada. Entretanto, a história dos Jogos Olímpicos é um pouco mais antiga: data do ano 2500 antes de Cristo, quando os gregos faziam homenagens aos deuses por meio de competições esportivas.

Foi no ano de 1896 que os Jogos Olímpicos foram retomados em Atenas, por iniciativa do francês Pierre de Fredy, com a participação de 285 atletas de 13 países, disputando provas de atletismo, esgrima, luta livre, ginástica, halterofilismo, ciclismo, natação e tênis. Em 2016, a lista de países saltou para 200, com cerca de 11 mil atletas participantes.

A exposição contará com 69 fotos, sendo 54 de competições, premiações e comemorações dos jogos e outras 15 reproduções de notícias de jornal e de ingressos para o evento. As fotos de Iannis Lampakis – que também foram expostas durante os Jogos Olímpicos de Londres em 2012 – são consideradas precursoras do fotojornalismo do século 20.

Atenas 1896: A Primeira Olimpíada Moderna
Data: até 31 de agosto
Local: Conjunto Nacional entre os dias 1º e 20 de agosto e Estação República entre os dias 10 e 31 de agosto
Entrada franca
exposicao-jogos-olimpicos-atenas23 exposicao-jogos-olimpicos-atenas22 atleta_hungaro_-_alfred_hajos-_gutmann_-_campeao_na_natacao_1896

Rio em 80 cliques

Leonardo Finotti capturou imagens da arquitetura carioca para exposição “Rio Enquadrado” em cartaz no Museu da Casa Brasileira

6c5df5ac99

Perto do início dos Jogos Olímpicos e de tantas polêmicas envolvendo a Cidade Maravilhosa, veio de Minas Gerais a ideia de apresentar o Rio de Janeiro com outro olhar. O mineiro Leonardo Finotti enquadrou o Rio em 80 imagens que apresentam os clássicos da arquitetura moderna carioca em uma mostra batizada de Rio Enquadrado.

São 80 fotos, de 80 cm por 80 cm, todas em preto e branco, explorando uma parte da cidade que muitos não conhecem – ou não observaram com a mesma atenção dada para a Lagoa Rodrigo de Freitas ou para o Cristo Redentor. A mostra ficará em cartaz até o final deste mês de julho no Museu da Casa Brasileira em São Paulo.

Leonardo Finotti ficou conhecido como um dos principais fotógrafos brasileiros de arquitetura. Com formação em arquitetura e urbanismo seu olhar enxerga mais que os olhos acostumados daqueles que andam pelas cidades no dia a dia. Os pilares do Hospital da Lagoa, desenhado por Niemeyer, a Catedral do Rio, o Palácio de Capanema – que seguiu o estilo Le Corbusier – e o Museu de Arte Moderna… Nenhum detalhe escapou ao fotógrafo.

Leonardo Finotti deu início a sua coleção de imagens do Rio em 2007, que atualmente é composta de quase cinco mil fotografias. Mas foi após os 450 anos da cidade que a ideia de contar a história do Rio de Janeiro por meio de sua arquitetura ficou mais sólida. A enorme quantidade de livros lançados em 2015 sobre a cidade carioca inspirou o fotógrafo a enquadrar a cidade em detalhes de preto e branco que mostram um pouco da beleza atemporal de sua arquitetura variada.
b02f47e891

Fotos: Leonardo Finotti