Os homens e mulheres que ninguém vê

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Para alguns, eles são um problema social. Para outros, são simplesmente invisíveis. Para Thiago Fogolin, moradores de rua são o que são: pessoas. O fotógrafo e designer gráfico tirou a máquina do bolso e saiu às ruas de São Paulo para registrar o universo da vida dos moradores de rua da capital. Sua intenção é tratar as pessoas como humanos e não marginais ou coitados.

“Meu objetivo era e tentar entendê-las de igual para igual. Isso faz com que elas relaxem e se abram, então eu fotografo”, explicou o fotógrafo em entrevista ao Mistura Urbana. Fogolin contou que sempre teve interesse nas vidas invisíveis. Foi dando visibilidade para os moradores de rua que o fotógrafo iniciou o projeto “O mundo é sortido, Senhor”.

“Desde o início a ideia foi não transformar o mundo num zoológico. A visão que se costuma ter dessas pessoas é que são vítimas, loucos fora do mundo. Isso mantém a invisibilidade dessa realidade já que é apenas um reflexo da culpa de cada um por se considerar em uma situação melhor. Retratar todos como coitados é primário demais, existe muita coisa além disso”, contou.

O projeto começou como um trabalho de conclusão de curso, mas hoje Thiago já tem mais de 3.000 imagens em sua série. No caminho coleciona diversas experiências. O fotografo conta que passou por momentos tensos e felizes. “Com muita gente acaba sendo divertido. A alegria é subjetiva e existe sim gente feliz nessa ou qualquer outra condição”.
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