Revista Phocus Mais e Lina Bo Bardi

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Para aqueles que ainda não tiveram a oportunidade de ver, a Revista Phocus Mais – lançada no último dia 21 de junho na Casa Cor Goiás – deu destaque para a reedição de quatro peças de mobiliário feitas pela ETEL dos desenhos e criações de Lina Bo Bardi. A revista contou com a participação do time AZ com um artigo de Abadia Haich… Confiram aqui o texto e não deixem de olhar a revista, que, nesta edição, está cheia de novidades:

 

O que os móveis nos contam? Contam-nos a história de sua geração? De seu designer? Do futuro que ele vai abrigar com suas linhas atemporais? Alguns dos grandes designers brasileiros já se foram, mas suas histórias permanecem vivas e quem nos conta essas histórias são seus trabalhos. Deixados para as gerações futuras como um singelo presente de uma linguagem que marcou uma época, o design imortal dos imortais designers agora atravessa outras épocas para levar ao futuro a história de nosso passado.

Lina Bo Bardi nasceu em Roma em 1914, mas aos 22 anos de idade adotou Brasil como sua pátria e deixou aqui seu trabalho e sua história para ser contada. A arquiteta encontrou a rara oportunidade de atuar profissionalmente em várias áreas, levando sua interpretação pessoal do modernismo para o paisagismo, a cenografia, a ilustração, a curadoria e para o design mobiliário. No campo do design, Lina Bo Bardi priorizou a produção artesanal misturando-a com seu inconfundível estilo modernista. As formas e silhuetas de seus móveis protagonizaram a discussão de Lina sobre relação do artesanato com a crescente industrialização brasileira que ocorreu paralelamente ao surto desenvolvimentista da década de 1960.

A importância desta italiana e de sua poesia mobiliária vai muito além do design. Na curadoria do Museu de Arte Moderna da Bahia, Lina decidiu criticar a opção brasileira pela industrialização e viveu na tentativa de descobrir a essencialidade na inteligência popular. Tudo em nome da arte pura, simples e singela que defendia por meio de seu trabalho. Lina tinha consciência de seu papel social. “Não existem homens absolutamente incultos, a linguagem do povo não é sua pronúncia errada, mas sua maneira de construir o pensamento”, disse uma vez Lina Bo Bardi no início da década de 1970. 

Sua história conseguiu mobiliar o inconsciente coletivo dos amantes do design, como a Coleção ETEL e o Armazém da Decoração.  A criatividade desta arquiteta de mil faces está sendo reeditada pela empresa que respira o mobiliário do passado para inspirar as gerações do presente e do futuro. A Coleção ETEL selecionou peças emblemáticas que remetem à carreira da designer e arquiteta em parceria com o Instituto Lina Bo e P. M. As quatro cadeiras reeditadas são um pedaço da história da transformação da arquiteta e do design nacional.

Texto: Abadia Haich
Fonte: Revista Phocus Mais

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