Dia da Mulher: 3 brasileiras que se destacaram na arquitetura

De acordo com o Conselho de Arquitetura e Urbanismo, em 2019 as mulheres representavam mais de 63% do número de arquitetos no Brasil. Mesmo assim, as mulheres ainda ganham menos e são minoria nos cargos de liderança da profissão.

Apesar das dificuldades, muitas mulheres conseguiram marcar a história da arquitetura, construindo um legado exemplar para as novas gerações de arquitetos. Confira, abaixo, três arquitetas brasileiras que desenvolveram trabalhos memoráveis.

Mayumi Watanabe Souza Lima

Mayumi Watanabe Souza Lima nasceu no Japão, em 1934, mas se mudou para o Brasil ainda na infância. Em 1956, foi naturalizada brasileira e se formou em Arquitetura quatro anos depois, pela Universidade de São Paulo. No início da carreira, ela trabalhou com grandes nomes da arquitetura, como Lina Bo Bardi e Joaquim Guedes.

Mayumi Watanabe/ Foto: Reprodução

Mayumi fez mestrado na área de História e Filosofia, o que influenciou muito seu trabalho arquitetônico. Ela decidiu estudar a relação da criança com o espaço na educação e, a partir de então, desenvolveu vários espaços educativos públicos.

Além de projetos arquitetônicos, Mayumi criou mobiliário educativo e trabalhou na restauração de colégios. Sua produção está registrada nos livros “Espaços educativos, uso e construção (Brasília, MEC/CEDATE, 1986) e “A Cidade e a Criança” (São Paulo, Nobel, 1989). Lima faleceu em 1994.

Rosa Grena Kilass

Rosa Grena Kilass é considerada uma das figuras mais importantes do paisagismo brasileiro. Nascida em São Roque (SP), em 1932, ela se formou em Arquitetura pela Universidade de São Paulo em 1995. Foi influenciada pelo professor Roberto Coelho Cardoso ao optar por seguir os estudos na área do paisagismo.

Rosa é responsável por centenas de obras paisagísticas espalhadas por todas as regiões do país. Entre elas, destacam-se o projeto para a Avenida Paulista (1973), a reurbanização do Vale do Anhangabaú (1981), o Parque do Forte em Macapá (2000) e os parques Mariano Procópio e Halfeld em Juiz de Fora (1979).

Rosa Grena Kilass. Foto: Marcelo Soubhia

Em 2019, foi a primeira mulher a receber o Colar de Ouro do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB), uma das maiores condecorações da arquitetura. O prêmio homenageia o conjunto de obras e serviços de arquitetos em todo o país.

Dora Alcântara

Dora Alcântara nasceu no Rio de Janeiro, em 1931, e se graduou em arquitetura na Universidade Federal do estado, em 1957. Ao longo de sua carreira, Dora se destacou nos estudos de azulejaria e de preservação do patrimônio cultural brasileiro.

A arquiteta foi coordenadora em diferentes setores do Iphan, fez parte do Conselho Estadual de Tombamento da Secretaria de Cultura do Rio de Janeiro (CET/RJ) e atuou como professora universitária. Segundo Alcântara, o trabalho na educação é como um prêmio. “São os muitos alunos amigos que mantenho até hoje. Esta foi a maior premiação da minha vida: sentir que o que fiz foi útil para alguma coisa”, disse ela.

Em 2020, Dora Alcântara recebeu o Colar de Ouro do Instituto de Arquitetos do Brasil, sucedendo Rosa Grena Kilass na premiação.  

Dora Alcântara, Foto: Reprodução/ Agência O Globo

Por fim, o Armazem AZ parabeniza todas as arquitetas que se empenham, dia a dia, na construção de uma arquitetura mais diversa e humanitária.

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