Maria Laura Vinci de Moraes nasceu em São Paulo, em 1962. Formou-se em Artes Plásticas na Fundação Armando Álvares Penteado (Faap – SP) em 1987 e iniciou sua carreira como pintora na década de 90. Em suas obras, tentava criar o tridimensional, em pinturas espessas, sem molduras ou chassis.
Mas, logo depois começou a dedicar-se às artes pelas quais ficou conhecida: as esculturas e instalações. Em suas obras, fica marcado o interesse pelas transformações no estado da matéria. Em 1997, produziu a instalação “Ampulheta” no evento Arte/Cidade 3, na qual dispôs, em um edifício abandonado, um monte de areia, que escorria para o andar inferior por meio de um buraco na laje. O trabalho aludia à passagem do tempo.
Em 2003, compôs a instalação “Estados”, apresentada no CCBB-SP. No subsolo, serpentinas de refrigeração formavam palavras congeladas, formando um poema escrito pela artista. No vão central, bacias transparentes e envoltas por resistências elétricas evaporavam água. “Foi como se fizesse um vestiário esportivo, pois as resistências equivaliam a quinze chuveiros elétricos”, disse Vinci.
Essas exposições, no início da carreira de Laura, mostraram como as transformações da matéria estariam presentes em seus trabalhos. “Diurna” (2018), em Nova York; “Todas as Graças” (2018), em Porto Alegre; “Morro Mundo” (2017), em São Paulo; e “No Ar” (2015), no Rio de Janeiro; são algumas de suas mostras individuais mais recentes.
Desde o final dos anos 90, Laura Vinci também se dedica ao teatro, com cenografia e direção de arte. Atualmente, trabalha com Mundana Companhia. Possui obras nos acervos da Pinacoteca do Estado de São Paulo; de Inhotim, em Brumadinho; do Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo e do Museu Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro.
Abaixo, confira algumas fotos dos trabalhos de Laura Vinci:
Fonte: Site Laura Vinci