As instalações de Laura Vinci

Conhecida pelas instalações, Laura Vinci já realiza exposições no Brasil e no exterior

Maria Laura Vinci de Moraes nasceu em São Paulo, em 1962. Formou-se em Artes Plásticas na Fundação Armando Álvares Penteado (Faap – SP) em 1987 e iniciou sua carreira como pintora na década de 90. Em suas obras, tentava criar o tridimensional, em pinturas espessas, sem molduras ou chassis.

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Escultura de artista brasileiro ganha exposição em Zurique

Inaugurada numa estação de metrô, a obra será a mais visitada na Suíça

O artista contemporâneo brasileiro, Ernesto Neto, inaugurou, no dia 30 de junho, uma escultura feita de cordas de algodão totalmente tecida à mão, no átrio da estação central de trens de Zurique. A escultura, nomeada Gaia Mother Tree, tem 20 metros de altura e representa um espaço onde as pessoas podem entrar para interagir, caminhar e meditar. Continue lendo…

As esculturas de cor da Mexicana Milena Muzquiz

Milena Muzquiz se apodera da cultura mexicana e da arte contemporânea para criar suas peças de arte

Esculturas imersas em uma tropicália muito latino-americana. Cores e texturas que lembram a cultura mexicana, país de origem da artista a qual estamos nos referindo. Milena Muzquiz criou um trabalho escultural que representa sua cultura e está levando este trabalho para exposições nos quatro cantos do mundo.

Nascida em Tijuana no ano de 1972, Muzquiz produz a maior parte de sua obra de Guadalajara. Mas seu trabalho artístico começou mesmo em Los Angeles, cidade que morou e que teve maior contato com a arte de escultura – lá trabalhou em dois importantes estúdios artísticos.

Parte do trabalho de Muzquiz é feito em parceria com Jorge Pardo, seu companheiro de vida e trabalho. Pardo é um artista contemporâneo especializado na criação de instalações, mas com um empurrão de Milena, acabou aterrissando também na produção de esculturas.

Segundo definição da própria artista, suas esculturas se apoderam da poética das cores vivas. A mistura de cores e coisas, espalhadas de forma desordenada por cada uma de suas peças, parece remontar a maneira desigual e contraditória na qual a mente humana funciona.

Milena Muzquiz realizou exposições individuais em Madri, Guadalajara, Palermo, na Itália, Los Angeles e Nova York e apresentou seu trabalho em exposições conjuntas também em Paris e Chicago. Seu trabalho foi igualmente apresentado em projetos individuais no Frieze New York e no ARCO Madrid. No Brasil, Muzquiz passou pela 28ª Bienal de São Paulo ainda no ano de 2008. Atualmente, a artista vive e trabalha na cidade de Mérida, México, em uma casa de dar inveja a muito arquiteto.

Ernesto Neto e sua arte

Entre a escultura e a instalação o artista brasileiro Ernesto Neto encontra formas de expor a criatividade

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Entre a escultura e a instalação artística brasileira encontramos Ernesto Saboia de Albuquerque Neto, um dos mais conceituados e respeitados nome da arte nacional. O artista multifacetado é escultor, fotógrafo, cenógrafo, desenhista, pintor, artista plástico e organizador de eventos. Podemos falar seguramente que Ernesto Neto é considerado um dos artistas brasileiros de maior prestígio no mundo.

Sua arte ganhou destaque no fim do século passado com uma clara inspiração buscada no trabalho dos neoconcretistas do final da década de 1950 do grupo comandado por nomes como o de Lygia Clark. O movimento, assim como as obra de Ernesto, tem como objetivo propor uma reação aos concretistas ortodoxos da arte geométrica difundindo a arte como organismo vivo em uma espécie de arquitetura orgânica que convida o espetador a ser um participante ativo da obra.

Ernesto Neto nasceu no Rio de Janeiro no ano de 1964. Estudou escultura na Escola de Artes Visuais do Parque Laje e intervenção urbana e escultura no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. A partir de 1990, passou a utilizar em suas esculturas e instalações o tecido, material que marca sua identidade nas obras que assina. Meias de poliamida junto a materiais flexíveis e muitas vezes leves como isopor, algodão, miçangas e espuma são alguns materiais que fazem parte de suas peças.
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Ernesto Neto foi ganhando espaço no meio artístico e participou de numerosas mostras nacionais e internacionais como a Arco, Feira Internacional de Arte Contemporânea de Madri, Espanha, a Bienal de Veneza, e a Art Basel da Suíça.

Seu trabalho também ganhou as paredes de museus e galerias. Entre as dezenas de exposições individuas no Brasil e do exterior, destacam-se “Acontece num Fim de Tarde”, Galeria Camargo Vilaça, São Paulo, “O casamento: Lili, Neto, Lito e os loucos no MoMA, Nova York, “Citoplasma e organóides”,  Projeto Respiração, Fundação Eva Klabin, Rio de Janeiro, RJ, “Léviathan Thot”, Panthéon, Paris, França, “A sculture can be anything that can stand upright”, Galeria Elba Benitez, Madrid entre outras.

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Xavier Veilhan e a arte contemporânea

Xavier Veilhan é fotógrafo, designer e escultor e se destaca pelos trabalhos com esculturas em 3D

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Xavier Veilhan é fotógrafo, designer e escultor, mas é mesmo neste último talento que se destacou no mundo da arte. O francês de 53 anos estudou na Écoole Nationale Superiéure des Arts Decorativs e hoje vive e trabalha na capital francesa. Embora trabalhe com vídeos e fotografia, foram mesmo as suas enormes esculturas 3D que o tornaram conhecido.

Diz que sua influencia está no trabalho de Jeff Koons e naqueles que trabalharam a arte para impulsionar uma reflexão sobre a própria arte. “Koons seguiu os passos de Duchamp e Andy Warhol, no sentido de desmistificar a obra de arte”, explicou.

O artista é contemporâneo, entretanto, tem um pé bem fixo no passado. “Para mim o artista deve se curvar à história para entender o que significa a modernidade”. Isto é notório em suas esculturas. É que Veilhan utiliza referências do século passado, como personagens históricos e carruagens antigas.

Sua relação com a arquitetura é íntima e não apenas pelo fato de já ter esculpido em grandes monumentos a imagens de importantes arquitetos, como Jean Nouvel e Renzo Piano. É que o francês ficou incumbido, junto com uma equipe de arquitetos, de reformar um prédio construído na década de 1950. No exterior da construção, a fachada foi encoberta com painéis de aço inox polido e espelhos. O efeito é indescritível.
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Imagens: divulgação

A arte em suas várias facetas

O artista, fotógrafo e designer Marcus Camargo conta um pouco mais sobre seus trabalhos na Casa Cor Goiás 2016

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A arte ganha forma no papel de Marcus Camargo assim como ganhou em sua vida. O designer é formado em Artes Visuais/Design de Interiores pela Universidade Federal de Goiás e atua como fotógrafo, cenógrafo e designer de produtos. Mas as artes sempre estiveram presente na vida de Marcus desde a sua infância com a pintura, a fotografia e a dança. Bailarino, Marcus Camargo dançou por três anos no elenco jovem da Quasar Cia. de Dança e no Grupo DasLos. Atualmente, seu trabalho que ganha maior destaque está nas linhas do desenho e da pintura.

“O desenho começou pra mim como um diário pessoal, nele eu desenhava tudo que estava vivendo e queria colocar para o mundo”, explicou o designer em entrevista ao Blog AZ. Com o desenho, Marcus conquistou uma forma de libertação pessoal. “A estética do desenho vinha em forma de signos, tudo muito “abstrato”, orgânico e intuitivo. Quando percebi que esse meu desenho ultrapassou o meu diálogo pessoal e começou a comunicar com outras pessoas, vi que realmente a minha arte era capaz de tocar”, concluiu.

Quando o trabalho artístico se aproxima do design, podemos encontrar uma conexão desta arte com a arquitetura. No trabalho de Marcus Camargo esta conexão se materializou em quatro ambientes da Casa Cor Goiás 2016. Não é a primeira vez que Marcus expõe suas criações na mostra. Em 2012, criou a mesa Reflexus e uma instalação de vidro no bar projetado por Larissa Maffra e Marina Bastos e o revisteiro Asa para bilheteria de Ozair Riazo e Vanessa Garcia. No ano passado, participou da mostra em Goiás, com painel de quase 7m pintado manualmente no ambiente de Adriana Mundim e Fernando Galvão, e Brasília – projetou uma parede pintada no restaurante projetado por Marcela Passamani. Desde 2012, o profissional fotografa ambientes para arquitetos durante a Casa Cor.

Este ano, Marcus teve o privilégio de mostrar suas várias facetas em uma só edição da mostra, pois em três trabalhos usa o desenho de formas diferentes – na parede, em pratos e em quadros – e outro que trabalha com instalação artística.
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Loft da Fazenda

No Loft da Fazenda, projetado pela arquiteta Mariela Romano, Marcus projetou uma escultura em 3D usando sua identidade de desenho. “A arquiteta já queria uma cabeça de boi na entrada do ambiente, mas não sabia qual e não encontrava algo diferente, foi aí que ela me chamou para conversar”. Da conversa, surgiu a ideia de tridimensalizar o trabalho de Marcus na forma de uma cabeça de boi. “Topei na hora o desafio, pois sempre quis mostrar meu desenho aplicado em outro formato, agora em escultura, que é a evolução de uma técnica que teve início em 2014 com a série de desenhos que criei intitulada Desenho Táteis”, explicou. O boi tem 2m de largura, feito em aço corten, e dividido em três camadas recortadas a laser, criando um volume que se modifica dependendo de onde a pessoa o observa.
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50 Tons Urbanos

Para o ambiente de Giovanni Borges, o loft 50 Tons Urbanos, Marcus criou um desenho na parede com caneta permanente. “Sinuoso e sensual, o desenho vem para unir os ambientes, começando pelo dormitório e terminando na varanda”, explicou o designer. O objeto Crânio King, também projetado por Marcus está no ambiente.

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Refúgio do Benjamin

Para o espaço Refúgio do Benjamin de Karla Oliveira, Marcus produziu uma série de 12 quadros intitulada “Cardíaco”. Os quadros, que foram desenhados para o ambiente de um médico que ama as artes, tem o coração como elemento inspirador em todas suas variações, tanto no lado científico quanto poético. “O coração é visto em estéticas diferentes, assim como a reverberação do movimento de pulsação do sangue no corpo”, analisou o artista.
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Sala de Almoço

Na Sala de Almoço de Andreia Carneiro, Marcus Camargo criou uma instalação de pratos esmaltados populares, com algumas fotografias de viagens da nutricionista Carol Moraes, que serviu de inspiração para o projeto. “A ideia era usar esses registros de viagens da nutricionista. Selecionei somente fotos que mostrava a mão dela segurando algum elemento da gastronomia popular de cada região que passou”. O resultado, segundo o artista, é um grande mapa orgânico que ilustra esse passeio sensorial na diversidade cultural.

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A arte contestadora de Isaac Cordal

Na série Cimento Eclipses, o artista espanhol busca chamar a atenção da sociedade para o comportamento da massa e para os prejuízos ambientais

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Uma boa arte é aquela que te toca e o meio artístico tem nas mãos a possibilidade de mudar o mundo por meio da emoção. Ontem o Blog AZ contou como alguns escritórios de arquitetura lançam ideias inovadoras para contornar as mudanças climáticas e tentar não potencializar os prejuízos ambientais causados pelos avanços tecnológicos no último século. Hoje vamos mostrar o que um artista fez com esse mesmo propósito.

O espanhol Isaac Cordal é fotógrafo e artista urbano com um trabalho crítico que lembra as obras do inglês Banksy. Temas inquietantes são sempre alvos de suas obras. Ambientalista, Isaac Cordal não perde a oportunidade de criticar a forma como o mundo tem lidado (ou evitado lidar) com as consequências climáticas dos avanços tecnológicos.

Seu trabalho mais comentado são as esculturas em miniaturas e tamanho real feitas em cimento. A série Cimento Eclipses vem rodando diversas cidades do mundo com o proposito de mostrar o comportamento humano da massa social. O trabalho de arte tem a intenção de chamar a atenção para a desvalorização da relação que o homem tem com a natureza por meio de um olhar crítico para os efeitos colaterais da evolução.
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A preocupação de Isaac acerca do acesso à arte fez com que o espanhol levasse suas figuras de cimento para as ruas garantindo o acesso de todos ao seu trabalho – e ao efeito que ele pretende passar. Cimento Eclipses é formada por várias séries com temas voltados para o comportamento humano e social representados pelas esculturas sempre de terno, em alusão ao capitalismo, e sempre homens, em alusão a desigualdade dos sexos.

A linha Waiting for Climate Change (Esperando o clima mudar) escancara o desleixo que a população parece ter enquanto afunda à espera de melhora. As esculturas estão submersas parcialmente, boiando em águas sujas para chamar a atenção quanto ao recorrente problema da elevação do nível do mar.

Follow the Leaders (Siga os Líderes) mostra o comportamento de seres idênticos diante do colapso do sistema financeiro. Apesar da temática forte, o artista não se diz um pessimista em relação aos problemas do mundo. Seu trabalho é uma denúncia e com ele busca contribuir na busca por mudanças.

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Fotos: Divulgação