A arte em suas várias facetas

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A arte ganha forma no papel de Marcus Camargo assim como ganhou em sua vida. O designer é formado em Artes Visuais/Design de Interiores pela Universidade Federal de Goiás e atua como fotógrafo, cenógrafo e designer de produtos. Mas as artes sempre estiveram presente na vida de Marcus desde a sua infância com a pintura, a fotografia e a dança. Bailarino, Marcus Camargo dançou por três anos no elenco jovem da Quasar Cia. de Dança e no Grupo DasLos. Atualmente, seu trabalho que ganha maior destaque está nas linhas do desenho e da pintura.

“O desenho começou pra mim como um diário pessoal, nele eu desenhava tudo que estava vivendo e queria colocar para o mundo”, explicou o designer em entrevista ao Blog AZ. Com o desenho, Marcus conquistou uma forma de libertação pessoal. “A estética do desenho vinha em forma de signos, tudo muito “abstrato”, orgânico e intuitivo. Quando percebi que esse meu desenho ultrapassou o meu diálogo pessoal e começou a comunicar com outras pessoas, vi que realmente a minha arte era capaz de tocar”, concluiu.

Quando o trabalho artístico se aproxima do design, podemos encontrar uma conexão desta arte com a arquitetura. No trabalho de Marcus Camargo esta conexão se materializou em quatro ambientes da Casa Cor Goiás 2016. Não é a primeira vez que Marcus expõe suas criações na mostra. Em 2012, criou a mesa Reflexus e uma instalação de vidro no bar projetado por Larissa Maffra e Marina Bastos e o revisteiro Asa para bilheteria de Ozair Riazo e Vanessa Garcia. No ano passado, participou da mostra em Goiás, com painel de quase 7m pintado manualmente no ambiente de Adriana Mundim e Fernando Galvão, e Brasília – projetou uma parede pintada no restaurante projetado por Marcela Passamani. Desde 2012, o profissional fotografa ambientes para arquitetos durante a Casa Cor.

Este ano, Marcus teve o privilégio de mostrar suas várias facetas em uma só edição da mostra, pois em três trabalhos usa o desenho de formas diferentes – na parede, em pratos e em quadros – e outro que trabalha com instalação artística.
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Loft da Fazenda

No Loft da Fazenda, projetado pela arquiteta Mariela Romano, Marcus projetou uma escultura em 3D usando sua identidade de desenho. “A arquiteta já queria uma cabeça de boi na entrada do ambiente, mas não sabia qual e não encontrava algo diferente, foi aí que ela me chamou para conversar”. Da conversa, surgiu a ideia de tridimensalizar o trabalho de Marcus na forma de uma cabeça de boi. “Topei na hora o desafio, pois sempre quis mostrar meu desenho aplicado em outro formato, agora em escultura, que é a evolução de uma técnica que teve início em 2014 com a série de desenhos que criei intitulada Desenho Táteis”, explicou. O boi tem 2m de largura, feito em aço corten, e dividido em três camadas recortadas a laser, criando um volume que se modifica dependendo de onde a pessoa o observa.
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50 Tons Urbanos

Para o ambiente de Giovanni Borges, o loft 50 Tons Urbanos, Marcus criou um desenho na parede com caneta permanente. “Sinuoso e sensual, o desenho vem para unir os ambientes, começando pelo dormitório e terminando na varanda”, explicou o designer. O objeto Crânio King, também projetado por Marcus está no ambiente.

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Refúgio do Benjamin

Para o espaço Refúgio do Benjamin de Karla Oliveira, Marcus produziu uma série de 12 quadros intitulada “Cardíaco”. Os quadros, que foram desenhados para o ambiente de um médico que ama as artes, tem o coração como elemento inspirador em todas suas variações, tanto no lado científico quanto poético. “O coração é visto em estéticas diferentes, assim como a reverberação do movimento de pulsação do sangue no corpo”, analisou o artista.
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Sala de Almoço

Na Sala de Almoço de Andreia Carneiro, Marcus Camargo criou uma instalação de pratos esmaltados populares, com algumas fotografias de viagens da nutricionista Carol Moraes, que serviu de inspiração para o projeto. “A ideia era usar esses registros de viagens da nutricionista. Selecionei somente fotos que mostrava a mão dela segurando algum elemento da gastronomia popular de cada região que passou”. O resultado, segundo o artista, é um grande mapa orgânico que ilustra esse passeio sensorial na diversidade cultural.

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