Refúgio da Pérgola

Nando Nunes cria um refúgio de design para a 21ª edição da Casa Cor Goiás


A arquitetura contemporânea já está cheia de varandas gourmet e a ideia de Nando Nunes para seu ambiente na 21ª edição da Casa Cor Goiás não era criar mais uma delas. Na verdade, o ambiente de Nando é Nando.

O designer de interiores, que participa de sua oitava edição de mostra, se inspirou no que mais gosta para criar um espaço funcional. Coisas como vinho, música, livros e – principalmente – a ideia de se curtir são as bases que sustentam toda a decoração do Refúgio da Pérgola.

É por isto que o ambiente de Nando é o Nando, mas pode ser de qualquer um de nós, afinal quem não gosta de se curtir ao gosto de um bom vinho, ao som de uma boa música e na presença de boas companhias – ainda que esta companhia seja a sua própria?

O Refúgio da Pérgola é um espaço onde arquitetura, design e funcionalidade criam um conjunto primoroso e harmônico. O ambiente é um estar, mas ao mesmo tempo é um spa ou uma sala – sem televisão. Tudo foi projetado para que cada espaço seja aproveitado ao máximo como uma espécie de anexo da casa.

Nando utilizou estrutura metálica que, aliada aos brises de madeira de demolição, resulta em uma obra contemporânea e arrojada, predominando os tons de cinza e preto. “Fizemos uma simbiose de materiais distintos, como pedra, madeira e concreto para criar uma ideia de interação com o natural”, explicou Nando.

Na sala de estar, com uma belíssima mesa de jantar, o destaque são as cadeiras do designer Andrea Borgoni, lançado na feira de Milão e vindo do Armazém da Decoração. A varanda abriga uma adega com uma bancada de pedra que dá continuidade para o lado externo e se transforma também na bancada do spa, composto de seixos soltos com uma banheira no quartzito negresco.

A estante louro freijó se destaca no ambiente, especialmente pelo fato de ter sido projetada pelo designer especificamente para o Refúgio da Pérgola – um casamento perfeito com o sofá Herman de Danilo Lopes e Paula Gontijo. A clássica Mole de Sergio Rodrigues, uma das paixões de Nando, completa a coleção de móveis assinados pelos grandes nomes do design nacional.

Fotos: Marcus Camargo

Design é Meu Mundo / Casa Cor

Balanço Cocar integra a coleção de móveis do espaço + Estar, de André Brandão e Marcia Varizo


O mundo lúdico de balanços ganhou formas mais sólidas e conquistou seu lugar no mundo adulto e em espaços internos. A Casa Cor Goiás 2017 está cheio deles, mas um em especial chamou a atenção dos visitantes. Estamos falando do Balanço Cocar, escolhido pelos arquitetos André Brandão e Marcia Varizo para assumir um papel de relevância estética no ambiente assinado pela dupla de arquitetos.

O balanço Cocar foi criado pelo coletivo PAX.ARQ, comandado pelos arquitetos Paula Sertório e Victor Paixão, para o projeto Boom SP Design. O evento, no jardim do Museu da Casa Brasileira, criou uma exposição particular de balanços e expões, junto com a peça de Sertório e Paixão, balanços de designers como Zanini de Zanine e Tom Price.

O balanço majestoso da dupla foi feito de 180 peças planas de acrílico transparente rígido, unidas por 720 lacres daqueles que companhias aéreas distribuem para o fechamento das malas. A cor do balanço é justamente a cor do lacre escolhido: laranja, azul, amarelo, branco ou preto. A criatividade do Balanço Cocar com a originalidade do designer de Paula e Victor colocou a dupla em evidência dentre os jovens talentos do design moveleiro nacional.

Design é meu mundo / Casa Cor

Poltrona Zine no ambiente de Claudia Zuppani


Veterana de Casa Cor, Claudia Zuppani criou um ambiente pautado na arquitetura nômade, uma casa que pode ser carregada. Mas sua escolha não a impediu de selecionar o melhor do design para seu ambiente, afinal uma vida em movimento pode ser também uma vida de conforto e beleza.

Dentro dos grandes nomes do design que habitam a Casa Nômade, está a poltrona lançamento de Zanini de Zanine. Zina é o nome da estrela do nosso Design é Meu Mundo Casa Cor. A poltrona nasceu da combinação de três materiais que pouco se misturam: aço carbono, linho e madeira maciça.

Seu design é reflexo de seu designer, arrojada como Zanini de Zanine. Zanini mergulhou o modernismo herdado do pai – Zanine de Caldas – no contemporâneo criativo de seus desenhos irreverentes. Os traços da Zina, lançada no final de 2016, são exemplos disto. A poltrona é o resultado da perfeita harmonia entre os traços modernos com o design contemporâneo.

A vida em movimento

Claudia Zuppani assina, na edição 2017 da Casa Cor Goiás, a Casa Nômade com uma arquitetura que perdura no tempo de uma vida em movimento

No dicionário formal da língua portuguesa, a palavra “nômade” significa itinerante. A prática do nomadismo é arcaica, mas ainda usual entre certas tribos ou etnias que não se fixam em um lugar específico. Esta prática, no mundo contemporâneo, tem alcançado as tribos das grandes metrópoles e mais pessoas têm decidido não se fixar em um único lugar.

Foi pensando nessas pessoas, e na possibilidade de viverem se mudando sem perder o conforto do bom design, que a arquiteta Claudia Zuppani projetou seu ambiente na edição 2017 da Casa Cor Goiás. A Casa Nômade possui 85 m² com sala, estar, garagem, banheiro, varanda e um espaço que perfeitamente se amolda a um quarto.

O ambiente é inspirado na arquitetura nômade, que é um conceito de arquitetura onde construções podem ser montadas, desmontadas, transportadas, armazenadas e depois remontadas em outro local ou para outros fins. A arquitetura nômade ganhou notoriedade no Brasil com as construções levantadas para receber as Olimpíadas de 2016. Algumas arenas, como a Arena do Futuro, foram projetadas para serem readaptadas e transformadas em escolas.

Ao contrário do que o nome possa sugerir, arquitetura nômade não é arquitetura efémera. Pelo contrário. Ela possibilita que a arquitetura perdure no tempo de uma vida em movimento. No caso da cutado com perfis metálicos, paredes e teto em material termoacústico – características comuns também nas construções em containers.

O mobiliário é outro ponto que reafirma a perenidade do ambiente de Zuppani, afinal, ninguém escolhe um bom design para que ele não dure. Nomes como Carlos Motta, Zanine de Zanini e Sérgio Rodrigues se destacam nos ambientes que formam a garagem nômade da Casa Cor. As obras de arte são da artista Fabiana Queiroga, que criou cerâmicas, aquarelas e esculturas, todas de inspiração nômade.

Fotos: Marcus Camargo

AZ faz promoção dos produtos da loja que integram a Casa Cor

Grandes nomes do design que integram a Casa Cor e o showroom AZ com desconto imperdível


Já pensou em levar a Casa Cor para casa? O Armazém da Decoração vai te ajudar. Desde o dia 12 de maio o Blog AZ vem mostrando o mundo de design que habita a casa da Rua 23 do centro de Goiânia. Nós estamos em 13 ambientes da mostra, criados por 18 profissionais da área da arquitetura, paisagismo e design de interiores.

Para integrar seus ambientes, peças nacionais e internacionais de grandes nomes do design fazem parte da Casa Cor Goiás 2017 e o Armazém da Decoração confere até 30% de desconto para esses produtos e estende a oportunidade para as peças do nosso showroom.

* A promoção não alcança os produtos da Etel.

“Eu sabia que você existia”

O pequeno universo a dois de Giordano Rogoski Horn para a Casa Cor Goiás 2017

(Divulgação)

Giordano Rogoski Horn estreia na Casa Cor Goiás com um pequeno universo feito para dois. O arquiteto e urbanista se inspira nos primeiros passos da vida quando dividida por duas pessoas para desenvolver uma copa que é mais que um espaço para a comida, é um espaço para se alimentar de amor, companhia e boas amizades.

O ambiente de poucos metros quadrados se forma entorno da frase do artista visual Felipe Morozini, escrita em um letreiro em neon no meio da parede: “Eu sabia que você existia”. Parece que cada tijolo que deu origem ao espaço, nasceu do afeto. Mas no caso da Copa para Dois, esse afeto se materializa em palhinha natural, mármore perlla, madeira e muita arte e design.

“Eu tinha pouco espaço e quis criar um ambiente que não se resumisse exclusivamente em copa”, explicou o arquiteto. O proposito foi alcançado. A Copa para Dois tirou a função de copa do protagonismo para criar um ambiente de convivência e descanso. Muito feito do pouco, já que o ambiente consegue ser funcional ainda que pequeno.

Todos os acabamentos foram escolhidos a dedo por Giordano, com a intenção de buscar uma memória afetiva com um passado aconchegante de casa de vó. Por isso a parede principal do ambiente foi revestida de palhinha natural – aquelas que assentam cadeiras antigas, que se popularizaram ainda no século 19 –, e por isso também que a pia lateral é um lavatório antigo.

Espetáculo à parte foi a escolha dos móveis e objetos de arte que integram o ambiente. Nomes importantes da arte goiana e do mobiliário nacional estão presentes na Copa para Dois de Giordano Rogoski. Marcus Camargo – nosso fotógrafo – assina alguns quadros e figuras decorativas do espaço. Obras de Santhiago Selon e Marcellus Nishimoto também ganharam o ambiente. E os azulejos de Ricardo Masi se destacam na parede direita da copa.

Fotos: Marcus Camargo

Passadiço do olhar

Pedro Paulo do Rego Luna e Thiago Siquieroli transformaram o corredor do segundo andar da mostra em um passadiço do olhar

Corredor é uma passarela, mas na casa cor quem desfila é a arte e o design. Foi por isto que os veteranos de mostra, designer Pedro Paulo do Rego Luna e o arquiteto Thiago Siquieroli, transformaram o corredor que liga os ambientes do segundo andar da Casa Cor Goiás 2017 em um “passadiço do olhar”.

“O corredor é um passadiço, mas no nosso esse passadiço é também uma passagem para o olhar”, explicou Pedro Paulo ao Blog AZ. O corredor foi concebido para receber a instalação de Juliano Moraes, artista plástico e professor da Faculdade de Artes Visuais da UFG.

Para trabalhar com as obras criadas por Juliano e a própria estrutura arquitetônica que carrega o edifício tombado que abriga a 21ª edição da Casa Cor Goiás, pouco se fez em termos de estrutura. Pedro Paulo e Thiago perceberam a relevância histórica e patrimonial da edificação para propor transformar um simples corredor em um ambiente de arte sem alterar sua fachada.

Por isto os vãos de abertura para a área externa se mantiveram e conferem o sentido avarandado preservando possibilidade de expansão do olhar. De um lado, a vista do centro de Goiânia e de outro, as paredes que dividem os demais espaços do segundo andar da mostra com o corredor se transformaram em verdadeiras galerias para as instalações artísticas que definem o ambiente.

“Queríamos desfigurar a ideia de um corredor tradicional e transformá-lo em arte”, explicou Thiago. De fato, o ambiente parece uma apresentação artística por si só. A performance é formada por duas alas espelhas de um corredor que possibilita o transito do segundo pavimento em uma via de mão dupla despertando a atenção sobre sua organicidade .

No piso, a escolha da dupla foi a grama sintética, já usado em outros projetos de Thiago e Pedro Paulo antes. A suavidade da cor branca integra o percurso de distribuição para os ambientes e, ao pontualizar focos de iluminação sobre a obra do artista, eles desenham juntos um caminho lúdico de experimentação da arte.

Os bancos de mármore ao final do ambiente proporcionam o deleite dos frequentadores que podem desfrutar da sonoplastia assinada pelo DJ. Alexandre Perini, presente em todo o percurso com instalação de sistema de amplificação sonora embutido nas paredes.

Fotos: Marcus Camargo

Design é meu mundo / Casa Cor

Carro de Cha Java da Tidelli

A Tidelli é conhecida por seu mobiliário colorido bem ao clima tropical brasileiro. Para quem quer viver a vida ao ar livre, certo? Nem sempre! A Casa Cor Goiás 2017 conta com vários móveis da marca, todos colocados no lado de dentro da casa. O Carro de Cha Java é o protagonista do post especial do Design é Meu Mundo Casa Cor esta semana.

A Tidelli já conta com 28 anos de mercado e fez seu nome especialmente com móveis resistentes às intempéries do tempo, mas faz jus ao lado “in” da marca apelidada como Tidelli In&Out. Não estamos falando isto porque seus móveis para área externa cabem muito bem nos espaços internos – esta foi a opção adotada por André Brandão e Márcia Varizo ao colocar a Chaise Veleiro dentro da Sala + Estar.

É que a Tidelli possui coleções especialmente para serem guardadas entre quatro paredes. É o caso da coleção austera para ambientes como bar e escritório batizada de linha Java. Elegância e rigidez são palavras que combinam com a coleção de móveis formada por banqueta de bar, cadeira, carro de chá e espreguiçadeira. É por isto que o carro de chá Java combinou com o ambiente que Nando Nunes projetou para a Casa Cor Goiás 2017.

O Refúgio da Pérgola é um ambiente feito para que a pessoa curta a vida se curtindo. O carro de Cha Java faz parte do espaço, colocada ao lado da Poltrona Bígua de Carlos Mota no espaço Spa do ambiente. A peça é feita com madeira, material pouco usado pela marca que prefere opções de acabamento em fibra fechada, tela e corda fechada e aberta.

Foto: Marcus Camargo

“Você tem fome de quê?”

Léo Romano na Casa Cor São Paulo


Léo Romano atravessou as fronteiras da Casa Cor Goiás há um tempo e participa também da Casa Cor Brasília e da Casa Cor São Paulo. Principal filial da mostra no país, a Casa Cor São Paulo foi pioneira e completa este ano 31 edições. Tradicionalmente localizada no Jockey Club de São Paulo, a mostra abre hoje suas portas ao público com a terceira participação de Léo.

O que mais chama atenção no trabalho de Léo Romano na mostra é que o arquiteto se permite brincar. Para ele uma mostra de arquitetura não pode parecer um ambiente planejado de uma loja de móveis, deve ser um espaço de experimentação. É por isso que Léo conquistou tantos fãs em sua passagem por São Paulo, se tornando um dos poucos nomes de fora a ser convidado para expor na edição nacional do evento.

O espaço do arquiteto em 2017 chama Casa Brasil, que ganhou estruturas aparentes em ripas de madeira pinus suspensas por barbantes que emolduram todo o ambiente. “Pegamos o espaço original e nele fizemos uma construção paralela através dos tarugos”, explicou Léo. “A gente insinua o berço de uma nova construção e esta nova construção representa dois brasis”, conclui o arquiteto sobre seu espaço, que além de trazer muito design, traz também uma provocação que convida o visitante a refletir.

Vestido feito com 400 notas de dois reais

Os brasis a que se refere Léo Romano são, de um lado, um Brasil que é belo e possui o melhor do design brasileiro. Do outro, um Brasil que se constrói na ambição, representado por obras de arte feitas por ele em parceria com a artista Iêda Jardim utilizando moedas e notas de todo o mundo abordando a ganância do homem. Nada mais apropriado para o momento vivido pela política brasileira.

“A ideia é chamar a atenção para esse momento que pode ser um momento de reflexão. É usar a decoração para registrar esse momento político e social que estamos vivendo”, explica o arquiteto. Léo diz que todo o projeto se baseia na pergunta feita pelos Titãs na música Comida, “você tem fome de quê?”, e esta pergunta é respondida pelo ambiente de forma bastante provocativa e reflexiva.

Grandes nomes do design estão representando o lado belo do ambiente de Léo, como a icônica chaise Rio de Oscar Niemeyer, as cadeiras Lúcio, de Sergio Rodrigues, a mesa em vidro de Jacqueline Terpins, o carrinho de bar Jorge Zalszupin e os objetos da série Chuva e Bailarina, bem como um tapete inspirado nos jardins do Burle Marx do próprio Léo – uma verdadeira declaração à brasilidade. O lado da ganância também está representado pela arte da melhor qualidade, com peças criadas pelo arquiteto em parceria com Iêda Jardim.

Mesa posta com “banquete” de moedas

Memória afetiva

Andréia Rocha Lima transforma sua memória afetiva em uma delicada brinquedoteca cheia de design

 


No coração de Paris, entre o terceiro e o quarto arrondissement, mais especificamente no bairro Marais, está um dos ambientes da 21ª edição da Casa Cor Goiás. O endereço da mostra este ano continua sendo o centro de Goiânia, mas é que não podemos falar na brinquedoteca Villa Kids sem nos transportarmos para a cidade da luz.

Explico! O ambiente da designer Andréia Rocha Lima foi inspirado em uma loja de brinquedo da capital francesa. Por quê? “Busquei na minha memória o lugar mais lúdico e acabei sendo levada, pela lembrança, a esta loja de brinquedos no Marais que me transportou para um lugar muito bom da minha memória”, explicou a designer ao Blog AZ. A junção da bela cidade da luz em um espaço dedicado à brincadeiras faz com que o ambiente reunisse lúdico e requinte bem ao estilo parisiense.

A materialização da memória afetiva de Andréia Rocha Lima nos transporta para Paris. Se a ideia era trazer o design para a brincadeira, a junção deu jogo. Em sua segunda participação na mostra, Andréia conseguiu criar em um ambiente de 42m² um espaço descontraído para crianças e belo para os adultos. O ambiente respira design. Aquilo que não possui assinatura de renome foi desenhado ou customizado por ela.

Em sua composição, madeiras naturais e industriais se misturam a um mobiliário de design reconhecido. No elenco que forma a brinquedoteca estão o Espelho Chuva de Léo Romano, balanços Tidelli, a Estante Floresta de Pedro Useche e Paulo Alves, a luminária Caruaru de Marcelo Rosembaum e móveis desenhados pela própria Andréia e desenvolvidos em madeira. Como plano de fundo, chama a atenção uma instalação artística assinada pela Masi Artes.

Essencial é o foco da Casa Cor 2017. Para Andreia, o essencial está na alma e foi com alma que projetou seu espaço. Cada cantinho da Villa Kids tem sentimento, como nos desenhos dos filhos da designer transformados em quadros de decoração e pendurados na parede do ambiente e nas boas memórias da loja de brinquedos do Marais transformados em uma brinquedoteca de design lúdico, leve e delicado.

Fotos: Marcus Camargo