Banco Gui / Design é Nosso Mundo

ALVA Design lança o banco Gui, releitura dos antigos tamboretes

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Os antigos tamboretes de infância foram transformados em peça de design pela ALVA e entram para o catálogo do Armazém da Decoração, por isso não poderíamos deixar de falar deles. ALVA é o estúdio que leva o nome e a criatividade dos irmãos Susana Bastos e Marcelo Alvarenga.

Cada um com seu toque artístico – ele, arquiteto e ela, artista plástica e estilista – fez com que juntos criassem um espaço de criação. Susana Bastos formou-se em Artes Plásticas pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), e Marcelo Alvarenga é formado em Arquitetura e Urbanismo pela mesma universidade. Foi em Minas Gerais que escolheram aliar seus talentos.

Um dos resultados desse trabalho é o Banco Gui, em seus vários formatos. “Nosso avô e nosso pai tinham o hobby de fabricar tamboretes para uso da família, então decidimos brincar com esse objeto”, explicou Susana. O banco é uma releitura dos velhos tamboretes, mas feito não apenas com um lugar, como também da junção de pequenos bancos.

Os bancos Gui foram criados com estrutura de madeira e assento de couro e apresentados durante o Design Weekend 2016 em São Paulo.

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Três arquitetos catalães vencem Priztker 2017

Os espanhóis Rafael Aranda, Carme Pigem e Ramon Vilalta do escritório RCR Arquitectes vencem Priztker 2017

A Fundação Hyatt anunciou nesta quarta-feira (1º) os ganhadores do Priztker 2017. Isto mesmo, ganhadores! Este ano, de forma inédita, a premiação homenageia três profissionais com o prêmio de melhor arquitetura mundial. Os vencedores são os espanhóis Rafael Aranda, Carme Pigem e Ramon Vilalta que atuam juntos à frente do escritório RCR Arquitectes.

O prêmio, criado por Jay e Cindy Pritzker em conjunto com a Fundação Hyatt em 1979, visa homenagear e incentivar os grandes trabalhos arquitetônicos e embasam a escolha do Priztker pautada nos princípios solidez, beleza e funcionalidade anunciados pelo arquiteto grego Marcos Vitrúvio Polião.

A solidez, beleza e funcionalidade dos projetos de Rafael, Carme e Ramon se destacaram e os catalães receberão o prêmio juntamente com cem mil dólares em cerimônia a ser realizada na sede da ONU em Nova York.

Segundo anunciou a Fundação Hyatt, o trabalho do trio demonstra um compromisso inflexível com o lugar, a narrativa e com a criação de espaços que discursam com seus respectivos contextos. “Harmonizando materialidade com transparência, Aranda,  Pigem e  Vilalta buscam conexões com o exterior e o interior, o que resulta em uma arquitetura emocional e empírica”, explicou o anúncio do júri.

A RCR Arquitectes foi fundada em 1988 na cidade de Olot, localizada na região da Catalunha na Espanha pelos colegas da Escola Tècnica Superior d’Arquitectura del Vallès após a graduação. Praticam uma arquitetura baseada no estilo local, algo comum entre os catalães, mas sem repelir as influências externas, tais como  Alvar Aalto, Richard Serra, Pierre Soulages, bem como a arquitetura japonesa.

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Imagens: Divulgação

Formas e flores

O italiano Fabio Novembre transita entre a arte e o design

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Fabio Novembre sabe valorizar a cultura e a arte quando o assunto é design. Na verdade, seu compromisso com o design é um compromisso artístico e o arquiteto sabe muito bem transitar entre os dois campos de atuação e uni-los em seus trabalhos.

Nascido em Lecce, interior da Itália, mudou-se para Milão em 1984 onde se formou em Arquitetura na Politécnica. Continuou desbravando o campo da imagem quando, já morando em Nova York, cursou cinema na NYU. “Como se eu fosse pólen, eu me deixei ir com o vento, convencido de que sou capaz de seduzir tudo que me rodeia”, diz o arquiteto em seu site, ao falar sobre si mesmo.

E o vento o levou para vários cantos do mundo. No design e na arquitetura, seu trabalho pode ser encontrado nos EUA, Europa e Ásia. No design moveleiro, acabou desenhando para importantes marcas, como a Cappellini, Driade e Kartell.

Him&Her

Him&Her

Se trabalho chamou a atenção do mundo com o projeto “Corpos Nus” exposto na Feira de Móveis de Milão em 2011. O designer confessa ser obcecado pelo nu feminino e acabou transformando sua obsessão em inspiração. O resultado pode ser visto nas cadeiras Him & Her com formato da parte inferior do corpo humano nu de um homem e de uma mulher.

Para a Kartell, desenvolveu algumas peças em policarbonato. A última delas foi uma lanterna lançada em 2016. “Desde os meus dias de estudante, aprendi que quando projetamos, fazemos isso com outras pessoas em mente, mas desta vez eu falhei: essa lanterna é para mim”, explica em seu site. A lanterna é uma leitura contemporânea dos antigos lampiões.

Em 2011 lançou com a Kartell um vaso e uma peça decorativa batizada de “O.K”.  “OK se tornou o princípio positivo universal associado com o gesto da mão fechada com o polegar apontando para cima”, explica sobre sua obra, feita com a representação de um dedo polegar apontado para cima. “Esse polegar oponente significa que o homem é capaz de qualquer tipo de aderência e distingue os primatas dos outros animais. Neste momento de escuridão, tentar congelar esse gesto pressionando-o em um cubo de policarbonato transparente produzido por moldagem rotacional tem valor propiciatório”, conclui.

Mas sua primeira peça Kartell foi a Flor de Novembre, uma brincadeira com seu nome e o formato da mesa. Segundo Fabio, sua flor favorita é aquela nascida no meio da chuva e do sol com as cores do arco-íris. Foi assim que desenhou sua mesa em flor.

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The Rainbow Thieves

The Rainbow Thieves

Fleur de Novembre Kartell

Fleur de Novembre Kartell

Vase Kartell

Vase Kartell

 

Lantern Kertell

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Imagens: Fabio Novembre (divulgação)

Mole e Moleca

Poltronas icônicas do mestre do design Sérgio Rodrigues

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Diante dos olhos mais distraídos elas podem parecer a mesma, mas não são. São sim da mesma família e dividem o mesmo pai, mas as irmãs Poltrona Mole e Poltrona Moleca têm lá suas diferenças.

A poltrona Mole foi a primeira a nascer. Veio ao mundo em 1961 pelas mãos do mestre do design Sérgio Rodrigues e, segundo ele, ficou muito tempo na vitrine sem que ninguém se interessasse por ela. A Mole ganhou mesmo fama quatro anos depois, quando saiu vencedora do 4º Concurso Internacional de Design de Móveis de Cantu, na Itália.
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Foi apelidada de Sheriff, quando recebeu algumas modificações para o concurso, e atualmente faz parte do grupo de móveis ícones do design nacional. Mas alguns anos depois, em 1963, a Mole ganhou uma irmã: a poltrona Moleca.

Quase gêmeas, já que seus botões torneados e almofadões confortáveis são os mesmos. A grande diferença é que a Moleca ganhou uma estrutura desmontável.

As poltronas originais da década de 1950 são peças raras e caras. Seu valor pode chegar a 50 mil reais. Desde 2005, entretanto, as peças são reeditadas pela LinBrasil e vendidas nos Estados Unidos, na França, no Canadá, na Estônia, na Índia, na Itália, Singapura e Uruguai. Em Goiânia, a poltrona está no Armazém da Decoração.

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Brasil entre os dez melhores em design e arquitetura

Brasil se classifica entre os dez países mais premiados em design e arquitetura

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Para nós não é uma surpresa descobrir que o Brasil está entre os dez melhores do mundo em design e arquitetura, mas foi esta informação divulgada pelo World Design Rankings. O ranking classifica todos os países com base no número de designers premiados com o A ‘Design Award.

Os rankings são criados a partir do número de premiações que os designers de cada nacionalidade receberam entre os anos de 2010 e 2016, sendo atualizado a cada início de ano com dados do ano anterior. Em 2017, o Brasil alcançou a 9ª posição, ficando a frente de países como a Alemanha e a França.

Segundo a lista, o Brasil ocupa a terceira posição na categoria “Móveis, artigos decorativos e Homeware”, perdendo apenas para o EUA e, claro, a Itália. A medalha de bronze nesta categoria demonstra que grande parte dos nossos prêmios é conferida aos designers do ramo moveleiro – 28 prêmios, sendo duas platinas e quatro ouros.

Na categoria “Arquitetura, Construção e Estrutura” o Brasil alcançou a 6º posição, ficando atrás apenas de países que investem em grandes arranha-céus como China, Hong-Kong, Japão e outros. Entre os brasileiros, o mais premiado foi o Mula Preta Design, mas outros importantes nomes do design nacional aparecem na lista, como Ronald Scliar Sasson, Dado Castello Branco e outros.

A A’ Design Award & Competition é uma premiação que prestigia anualmente as melhores produções de design de todo o mundo todo. No total, o Brasil já recebeu 101 prêmios divididos entre 25 brasileiros.
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Os designs de Jayme Bernardo

Jayme Bernardo atua em três frentes: eventos, móveis e arquitetura

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Já falamos no trabalho desse designer antes, quando destacamos a mesinha Toy na coluna Design é Meu Mundo. Mas não é apenas do lúdico que sobrevive Jayme Bernardo. Na verdade, o designer passeia por várias formas de criação e com mais de 30 anos de experiência, não poderia ser diferente: arquitetura, móveis e eventos são as especialidades de Bernardo.

Nascido em São Paulo, Jayme Bernardo mudou-se para o sul e lá deu os primeiros passos da carreira. Formou-se em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal do Paraná e em Curitiba abriu seu escritório de arquitetura. Foi de Curitiba que Jayme Bernardo se apresentou ao mundo e atualmente seu escritório conta com filiais em São Paulo e Miami.

O que começou com a paixão pelo desenho e a criação de espaços internos, se transformou em uma profissão de vários campos. Jayme Bernardo foi convidado por um amigo para assinar a decoração de seu casamento e o que seria uma experiência de uma vez só acabou transformando o designer em produtor de eventos sociais.

Mas seu trabalho não para por ai. O arquiteto passou a desenvolver uma linha de mobiliário com a assinatura Jayme Bernardo Designer. “Penso nas peças sempre de forma holística, levando em conta a pessoa que vai usá-las e o ambiente em que serão inseridas”, explica Jayme.
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Imagens: Jayme Bernardo (divulgação)

Renascimento contemporâneo

Studio Job, localizado na Holanda, cria linguagem inusitada que transita entre o renascentismo e o contemporâneo

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As imagens que acompanham esta matéria dispensam legenda. Aliás, se pudéssemos apostar, apostaríamos que o trabalho que vamos mostrar hoje é um dos mais diferentes que você já viu no design moveleiro. Em uma palavra? Originalidade!  É na mistura do design com a arte que a linguagem conceitual do Studio Job se posiciona no mercado.

Para quem ainda não ouviu falar, o Studio Job é o atelier fundado em 2000 pelos parceiros de vida e trabalho Job Smeets e Nynke Tynagel. Segundo seu próprio site afirma, o Studio Job trabalha com o verdadeiro espírito da Renascença onde as técnicas são trocadas e o tradicional é ignorado na busca pelo novo.

Os designers graduaram-se juntos na Design Academy Eindhoven, na Holanda, e juntos desenvolveram uma linguagem única que não impõe limites à criação. O neorenascentismo se explica no fato de que a dupla se inspira no período medieval em que o poder do rei era demonstrado através de seu suntuoso mobiliário.
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Mas quando falamos renascentismo, não estamos dizendo que o Studio Job reproduz as mesmas peças usadas pelos despostas europeus que viveram entre os séculos 15 e 17. A dupla faz uma releitura desse tempo por meio de lentes contemporâneas.

“Pensamos que o design é uma linguagem universal falada com formas no lugar de palavras”, explica Job Smeets no site oficial do estúdio. “Ao olhar para os nossos objetos, o espectador olha diretamente em nossos olhos”, conclui. E seus olhos já foram vistos em diversos museus, onde o trabalho da dupla foi exposto.

Junto com um número considerável de premiações, os objetos criados pelo Studio Job foram parar no Museu de Arte Moderna de Nova York (MoMa), no Victoria Albert Museum de Londres, no Guggenheim Museum, no Museu de Belas Artes de Montreal entre outros.
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Imagens: Studio Job (divulgação)

Skate em três andares

Guy Hollaway Architects projeta primeiro skatepark em um prédio de três andares na Inglatessa

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Nós sabemos que a arquitetura está a serviço de todas as outras profissões, em alguns caso até para tornar a vida de outros profissionais mais fácil como foi contado pelo Blog AZ na matéria Fim do casamento, separação das casas. No esporte não seria diferente.

Em meados de 2016 o Comitê Olímpico Internacional (COI) aprovou a inclusão do skate no programa do próximo evento, que acontecerá em Tóquio em 2020, como esporte olímpico. No mesmo ano, a Guy Hollaway Architects anunciou a construção do primeiro edifício de skete do mundo. Muita conquista em um mesmo ano, né?

O skete não é um esporte muito antigo. Foi criado na Califórnia, durante a década de 1950, por um grupo de surfistas que se cansaram de esperar pelas ondas dos sonhos. Com a maré calma, os jovens decidiram inventar uma espécie de surf que não dependesse do mar: pegaram as rodinhas dos patins e as colocaram em uma prancha muito parecida com a do surf.
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De início, o esporte ficou conhecido como sidewalk surfing (surf de calçada, em um bom português). Na década seguinte, a prática esportiva ganhou nome próprio junto com as manobras que nenhum surfista conseguia fazer no mar: foi chamado de Skateboarding e, posteriormente, encurtado para skete.

Durante muitos anos, a luta dos skatistas foi por espaços para a prática do esporte. Buscaram financiamento e incentivos públicos para que pistas fossem construídas e mais pessoas pudessem se arriscar na brincadeira. Agora, a Inglaterra vai sediar a meca dessa turma, um edifício skatepark.

A ideia do projeto, que irá revitalizar um edifício de 5 mil metros quadrados e três andares na pequena cidade de Folkestone é do filantropo Roger De Haan. De Haan tem investido na revitalização da zona portuária da cidade e contratou a Guy Hollaway Architects para realizar o projeto – com um orçamento de nada menos que 12,5 milhões de euros.

O skatepark vai contar com pistas feiras de concreto interligadas por escadas com corrimões (tudo pensando nas manobras dos esportistas) e as famosas piscinas vazias (bowl). No terraço, a vista para o canal da Mancha poderá ser apreciada em um café ali instalado. A inauguração do empreendimento está prevista para acontecer entre o final deste ano e o começo de 2018.
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Imagens: Guy Hollaway Architects (divulgação)

De olho na Casa Cor

Organizadoras da Casa Cor Goiás anunciam data, local e tema da mostra 2017

Imagem: Casa Cor Brasil (divulgação)

Imagem: Casa Cor Brasil (divulgação)

O ano começa e os preparativos para mais uma edição do maior evento de design e arquitetura do centro-oeste começa junto. Esta semana, a organização da Casa Cor Goiás realizou uma reunião com arquitetos, decoradores, designers e paisagistas para debater sobre o evento.

Sheila Podestá e Eliane Martins, organizadoras da mostra no estado, aproveitaram para anunciar que a Casa Cor 2017 já tem local definido. Este ano a mostra se mantém no centro da cidade – como ocorreu em 2016 – e transformará o interior do Colégio José Carlos de Almeida, localizado na Rua 23. A escola está desativava, mas faz parte do grupo de prédios Art Deco da capital tombado pelo estado como Patrimônio Histórico.

Como retorno para a comunidade, os arquitetos ficarão responsáveis pela restauração do edifício que, após o encerramento do evento, abrigará a Conselho Estadual de Educação de Goiás (CEE-GO). “É fundamental a devolução do prédio em um excelente estado, até porque é uma atitude sustentável. É um compromisso que nós assumimos. É um prédio que temos um carinho muito especial e a gente tem que devolver e entregar ele em excelentes condições”, explicou Eliane em entrevista ao portal G1 Goiás.

A Casa Cor Goiás 2017 também já tem data marcada. A mostra abrirá suas portas ao público entre os dias 12 de maio a 21 de junho para apresentar 40 ambientes projetados por 54 profissionais com o toma “Foco no Essencial”. O Armazém da Decoração também estará lá… Aguardem.

 

Cientistas criam madeira transparente em laboratório

Centro de Pesquisa em Madeira da Suécia desenvolve tecnologia química que transforma madeira em um material transparente

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A madeira é um dos materiais mais usados no design moveleiro por sua beleza, praticidade e sustentabilidade. No quesito beleza, a madeira ganha um ponto a mais com as descobertas tecnológicas. É que pesquisadores suecos acabaram de criar madeira transparente nas salas de seus laboratórios.

A invenção, ao estilo bem futurista, foi desenvolvida pelo Real Instituto de Tecnologia sueco (Kungliga Tekniska Högskolan – KTH) em Estocolmo. O Centro de Ciência da Madeira, do instituto, vinha tentando achar formas de “descolorir” o material e transformá-lo em uma espécie de vidro.

A descoberta foi puramente química. Os pesquisadores desenvolveram um processo de remoção da lignina (macromolécula encontrada nas plantas terrestres, associada à celulose, cuja função é conferir rigidez, impermeabilidade e resistência às plantas), tornando a madeira branca. Em seguida, a superfície branca é revestida com polímero transparente de propriedades óticas, tornando a madeira transparente.

A ideia, embora bela, não se resume apenas ao design. Segundo Lars Berglund, chefe do departamento, o material reduzirá os custos de implantação de painéis solares em superfícies extensas. Ou seja, telhados e paredes de madeira podem se tornar placas solares para captação de energia.

“A madeira transparente é um excelente material para substituir o vidro na confecção de painéis solares, uma vez que ela é produzida a partir de um recurso barato, abundante e renovável”, explicou o pesquisador à BBC Brasil.

A madeira transparente já tinha sido desenvolvida anteriormente em pequenas dimensões, mas a descoberta sueca possibilita sua produção em escala comercial. Os cientistas garantiram que a técnica pode ser aplicada a qualquer tipo de madeira.

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