A obsessão que virou arte

A artista japonesa Yayoi Kusama transformou suas alucinações em exposições artísticas que lhe renderam prêmios em todo o mundo

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Percorre pelo Brasil desde o ano passado a exposição da artista japonesa Yayoi Kusama Infinite Obsession (Obsessão Infinita) que em fevereiro viaja para mais perto da capital goiana. A mostra chega a Brasília no próximo dia 19 de fevereiro no Centro Cultural Banco do Brasil e espera superar o sucesso da sua passagem pelo Rio de Janeiro, que registrou público médio de nove mil pessoas por dia.

Nascida em 1929, Yayoi Kusama se mudou para Nova York no fim década de 1950 onde trabalhou com figuras como Donald Judd, Andy Warhol, Claes Oldenberg e Joseph Cornell. Uma artista completa, a japonesa conquistou a cena mundial de arte contemporânea com performances, videoarte, filmes, pintura, desenho, escultura, instalação, moda, poesia, ficção e happenings, transformando os lugares onde passava em telas em branco prontas para receberem sua arte.

Vítima de alucinações, Yayoi transformou suas obsessões em exposições artísticas. Suas obras são marcadas pelas repetições de pontos e elementos, como se a artista quisesse compartilhar suas alucinações com o resto do mundo. Em 1973 Yayoi retornou ao Japão e, atualmente, vive voluntariamente em uma instituição psiquiátrica.

A exposição brasileira, produzida pelo Instituto Tomie Ohtake em colaboração com o estúdio da artista, traz cerca de 100 obras das últimas sete décadas de seu trabalho. São vídeos, pinturas, esculturas, quadros, arquivos de reportagens de jornais e instalações interativas que mostram ao público o belo e inquietante trabalho da artista.
Yayoi Kusama para Louis Vuitton

Obsessão Infinita por Yayoi Kusama

Período: de 19 de fevereiro a 27 de abril de 2014
Horário: de quarta a segunda, das 9h às 21h
Local: CCBB – SCES Trecho 2 – Brasília/DF
Curadoria: Philip Larratt-Smith e Frances Morris
Entrada franca

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O mundo de plástico da Kartell em destaque

O sucesso da Kartell é destaque na edição de janeiro da revista ISTOÉ DINHERO

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“Até há pouco mais de meio século, associar o plástico à matéria-prima de luxo era quase uma heresia na Itália. Meca do luxo e da alta qualidade, o país acostumou-se desde sempre a transformar ouro, pedras, madeira e outros materiais em arte. Entretanto, depois de um século e meio do início da era industrial na Europa, esse polímero sintético passou de descartável a desejável. Muito da nova imagem e da incorporação desse material sintético à produção industrial deve-se à Kartell. Líder mundial na fabricação de móveis e utensílios de plástico, a empresa criada em 1949 pelo engenheiro químico Giulio Castelli conseguiu convencer não só os italianos, mas os consumidores de 96 países (o Brasil inclusive), de que decorar a sala de estar com uma cadeira de plástico transparente, a famosa 4801 Joe Colombo é sinal de requinte”

Cadeira 4801 Joe Colombo

Cadeira 4801 Joe Colombo

E foi com essas palavras que a ISTOÉ DINHERO da última semana abriu uma reportagem e espaço na revista para homenagear a marca italiana que alcançou a decoração de requinte em todo o mundo e do jeito mais inesperado: com o plástico. Em entrevista para a revista, a herdeira e diretora da marca diz que o plástico é a alma da Kartell. “Hoje, 70% dos produtos que vendemos são de plástico”, revelou, com orgulho, Lorenza Luti.

Na matéria de três páginas a revista ressalta o sucesso da empresa e o desejo de Lorenza em expandir ainda mais a Kartell no Brasil. Com a inauguração de mais três flagship stores – em Santo André, Curitiba e Recife – no fim do último ano, a Kartell já conta com sete lojas próprias no Brasil (uma delas em Goiânia em espaço anexo na AZ inclusive). A matéria lembra também as parcerias de sucesso da Kartell com o francês Philippe Starck, a espanhola Patricia Urquiola e o holandês Marcel Wanders – grandes nomes do design mundial com poderes para valorizar qualquer peça.

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Exposição Múltiplo Leminski continua em cartaz em Goiânia

Goiânia é a terceira cidade a receber a exposição organizada por Alice Ruiz sobre a vida e obra do poeta Paulo Leminski, em cartaz até março deste ano no Centro Cultural Oscar Niemeyer

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Desde o dia 29 de novembro de 2013 os goianos podem conhecer mais de perto as várias faces do poeta curitibano Paulo Leminski na Exposição Múltiplo Leminski. A mostra vai ficar aberta no Museu de Arte Contemporânea do Centro Cultural Oscar Niemeyer (CCON), na capital, até o dia 9 de março deste ano, então para os que ainda não foram, dá tempo de fazer um passeio pela vida e obra do poeta.

A maior exposição já feita sobre Paulo Leminski é dividida em 17 espaços: Linha da Vida e Obra, Poesia, Música, Prosa, Catatau, Tradução, Biografia, HQs, Haikaista e Judoca, Publicidade, Jornalista, Professor, Escritório e Biblioteca. Foi a forma que a família do curitibano encontrou para conseguir expor ao público um pouco mais sobre o escritor, poeta, crítico literário, tradutor, compositor, letrista, publicitário, professor e faixa-preta de judô.

A exposição conta com os livros originais de seu acervo pessoal. Ao todo, a família disponibilizou mais de mil peças para rodar o Brasil na mostra patrocinada pela Petrobras, entre eles sua máquina de escrever, livros escritos e traduzidos por ele, revistas, fotos, cadernos, recortes de jornais, entrevistas, cartas, poesias escritas em guardanapos e originais manuscritos e datilografados.

A Múltiplo Leminski itinerante já passou por duas cidades brasileiras, sempre batendo recorde de visitação. Em Curitiba, foram cerca de 200 mil visitantes e em Foz do Iguaçu a exposição recebeu 130 mil pessoas. Goiânia é terceira cidade a receber a mostra de Leminski, que segue para o Recife, Salvador e Rio de Janeiro.

Nascido em 1944 no sul do Brasil, Paulo Leminski sempre chamou a atenção por sua intelectualidade, cultura e genialidade. Dono de uma extensa e relevante obra, Leminski inventou um jeito próprio de escrever poesia, mas dedicou seu tempo para aprender. Ficou conhecido por seus inúmeros talentos e por uma das produções de maior relevância para a cultura brasileira, entre literatura e outras inúmeras linguagens artísticas.

A programação da exposição conta com uma série de ações paralelas, intervenções urbanas com grafites em espaços públicos, oficinas educativas, mostras audiovisuais e o show Essa Noite Vai Ter Sol, que a cada edição convida artistas que foram parceiros de Leminski na música ou mesmo se identificam com sua obra. Em Goiânia o show está previsto para o dia 8 de março de 2014, no Palácio da Música, para finalizar o evento. No repertório, estão previstas composições inéditas e consagradas do artista.
Paulo Leminski

Onde: Centro Cultural Oscar Niemeyer – Museu de Arte Contemporânea (Av. Dep. Jamel Cecílio Quadra Gleba, Lote 1, nº 4.490 – Setor Fazenda Gameleira)
Quando: até 9 de março
Horário: das 10h às 16h
Informações: 3201-4905/4901
Entrada gratuita

 

Plástico aliado ao bom design

A flaship store goiana da Kartell comemora cinco meses de vida com sucesso e muita sofisticação

Kartell Store Goiânia

Kartell Store Goiânia

Há cinco meses a italiana Kartell abria sua quarta flaship store no Brasil e a Armazém da Decoração dava um presente aos goianos recebendo a charmosa loja em um espaço anexo da AZ na Rua 90. Para se tornar uma das principais empresas de design, a Kartell apostou na distribuição abundante de suas peças. A marca está presente em 96 países, através de 120 flagships stores e mais de quatro mil pontos de venda.

Hoje, a recém-nascida flaship de Goiânia faz sucesso com os clientes e profissionais do Design. A loja, por si só, já é um passeio a parte. Colorido e bastante iluminado, o espaço nos traz para uma nova dimensão. O dono dessa dimensão é o designer italiano Ferruccio Laviani. Ferruccio projetou o ambiente abusando da mesma ideologia que colocou seu some em alta a parir da década de 1990.

Integrante do grupo Memphis, movimento que valorizou o contraste entre cores vibrantes e formas não convencionais, Ferruccio Laviani transformou a Kartell goiana em um agradável ambiente de cores fortes e formas para lá de comuns. Mas a beleza fica mesmo por conta das peças, todas em plástico.

A marca italiana começou em 1949 com Giulio Castelli, engenheiro químico que fabricava produtos de plástico para automóveis. O engenheiro migrou sua fabricação para produtos de casa e ganhou fama internacional pelo design sofisticado de suas peças. Outro ponto forte da marca é a cor. Conhecida por ofertar uma paleta dinâmica de cores, a Kartell alia qualidade, bom gosto e ousadia.
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Simples formas

Com apenas 26 anos de idade Guilherme Wentz firmou parcerias de sucesso e conquistou prêmios com peças simples, belas e funcionais

Guilherme Wentz

Guilherme Wentz (Foto: divulgação)

Funcionalidade, praticidade e simplicidade das formas. Esse pode ser o resumo da vida e do trabalho de Guilherme Wentz. Inspirado no design escandinavo, que também privilegia as simples formas, o designer de 26 anos de idade desenvolve objetos e mobiliários e em 2012 fez sua estreia no design autoral. Guilherme dispensou o luxo da vida cotidiana. “De repente me vi conectado com a natureza de forma tão direta que me levou a buscar uma vida mais informal e, de certa forma, simples”, contou o designer.

Amante da boa música, da arte e do surf o gaúcho confessou desenhar seus móveis escutando um vinil de James Vincent McMorrow. Formado em Design de Produtos pela Universidade de Caxias do Sul, Guilherme teve uma estreia inusitada no mundo do design. Recém-formado, o novo designer decidiu arriscar. Na cara e na coragem enviou um email para o contato disponível no site da Decameron com o desenho da Mesa Officer desenvolvida para o trabalho de conclusão de curso e encantou nada mais nada menos que o próprio Marcos Ferreira.

O designer experiente da Decameron apostou no garoto e no final de 2011 colocou o móvel de Guilherme na sua loja da Alameda Gabriel Monteiro da Silva. O sucesso do jovem designer foi consagrado no ano seguinte com as peças da Coleção K. Nascida de uma parceria com Rubens Simões, criador da Riva, a Coleção K rendeu ao designer os prêmios IDEA Brasil, Brasil Design Award e o renomado selo alemão iF Design Award com exposição no Museu de Arte Contemporânea de Chicago.

O trabalho de Guilherme Wentz, segundo o próprio criador, é o resultado de uma estética simplista com peças básicas e despojadas. “É como se os móveis tivessem sido construídos com recursos próprios, ora improvisados, e sem pretensão de valor percebido”, afirma o designer. Em parceria com Leonardo Dalle Laste e Marina Gatelli, Guilherme criou a Coleção Quintal e da parceria com Marcus Ferreia, ainda podemos esperar mais. Os designers prometem lançamento de novas peças até o fim de 2013.

 

Coleção Quintal (Foto: divulgação)

Coleção Quintal (Foto: divulgação)

Pra ficar ATOA

Marcenaria São Paulo lança nova peça da coleção 2014 de Paulo Alves

Chaise ATOA, de Paulo Alves

Chaise ATOA, de Paulo Alves

O emaranhado de galhos feitos com retalhos de madeiras nobres de Paulo Alves voltou com ainda mais glamour em 2014. O designer que tem a madeira como um material marcante de seu trabalho abusou com elegância da linguagem brasileira para lançar nova peça da Marcenaria São Paulo, parte da coleção 2014.

A nova peça une gazebo e espreguiçadeira em um só móvel que pode ser traduzido pela palavra irreverência. O gazebo particular junta a estrutura de madeira que lembra árvores e plantas trepadeiras com uma chaise in e out, um verdadeiro refúgio para ler, descansar, pensar na vida ou simplesmente ficar ATOA.

 

Miami realiza a 11ª Feira Internacional Art Basel

Entre os dias 5 e 8 de dezembro Miami Beach realiza mais uma edição da Feira Internacional Art Basel com a participação de galerias brasileiras

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A maior cidade Art Deco do mundo dá início, amanha, a mais uma edição da Feira Internacional Art Basel. O fascinante distrito Art Deco de Miami será palco, entre os dias 5 e 8 de dezembro, do evento que recebe mais de 30 países e todos os tipos de arte. O evento cultural combina exposições artísticas com um intenso programa de atividades culturais, exposições, festas e eventos de música, cinema, arquitetura e design.

Filha da Art Basel nascida na Suíça, que completou 44 edições este ano, a Miami Basel não compartilha com sua genitora apenas o DNA, dois terços das galerias participam das duas feiras. O mosaico formado por galarias de arte é a principal atração da semana de arte. Nelas é possível encontrar obras dos quatro cantos do mundo. Esse ano a feira conta com exposição de 31 países e mais de 250 galerias de toda a América do Norte, América Latina, Europa, Ásia e África.
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O fato de ser na Suíça ou em Miami Beach não munda uma coisa: a seriedade de um evento que dá a oportunidade para artistas da Argentina, Áustria, Bélgica, Brasil, Canadá, China, Colômbia, Dinamarca, França, Alemanha, Grécia, Índia, Itália, Japão, México, Mónaco, Noruega, Peru, Polônia, Portugal, Singapura, África do Sul, Coreia do Sul, Espanha, Suécia, Suíça, Tailândia, Turquia, Reino Unido, Estados Unidos e Uruguai exporem suas obras dos séculos XX e XXI.

Contemporâneo é o primeiro nome que vem à cabeça de quem põe os pés na feira. É tudo muito diferente e muito criativo e as inovações vêm das mãos e ideias dos mais de dois mil artistas que participam do evento. A feira conta também com atrações paralelas, com destaque para o streat art e a Brazil Art Fair, uma mini feira voltada para galerias de arte brasileiras durante a semana da Art Basel em Miami.

Em exibição, o evento conta com um catálogo que vai de grandes mestres à artistas emergentes. Da arte moderna e contemporânea à arte experimental e o design de vanguarda. Tudo junto em Miami Beach pela arte.

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Quintal em casa

Novidade no mercado, a NOVA Marcenaria Brasileira lançou sua primeira coleção de móveis com a linha Quintal

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Feche os olhos e imagine o charme do quintal em sua casa? Você pensou em plantas espalhadas pelo living, certo? Pois nós lhe damos um outro cenário: Coleção Quintal. Fruto do projeto de design colaborativo entre Guilherme Wentz, Leonardo Dalle Laste e Marina Gatelli, a Coleção Quintal une design vanguardista à tradição da marcenaria brasileira.

O projeto foi o ponta pé inicial da NOVA Marcenaria Brasileira, que faz jus ao nome. Nova no mercado de design brasileiro, a coleção Quintal é primeira da marca e foi apresentada na Casa Brasil 2013, que aconteceu em agosto deste ano na cidade de Bento Gonçalves, Rio Grande do Sul.
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A ideia foi desenvolver mobiliário que funcione como coleção ou sozinho, se adequando a diferentes ambientes compondo espaços únicos. A coleção é composta por seis itens que aliam beleza, funcionalidade e a escolha perfeita de matéria prima e paleta de cores, gerando um novo conceito em mobiliário.

Com um desenho limpo, não apenas funcional, mas que transforma o ambiente em que for inserida, a coleção abusa da madeira de forma clara e quase minimalista, dando um toque a mais de charme para os cômodos onde você desejar levar o Quintal.

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Prêmio de Design MCB

Esse ano a categoria Mobiliário do Prêmio Design Museu da Casa Brasileira consagrou mais um grande profissional com menção honrosa à Cadeira Claudia de Aristeu Pires

Aristeu Pires (Foto: Arquivo Contemporâneo)

Aristeu Pires (Foto: Arquivo Contemporâneo)

Revelando talentos e consagrando profissionais há 27 anos, o Prêmio Design Museu da Casa Brasileira é a mais renomada e prestigiada premiação de design do país. A realização anual independente, promovida pela Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo, premiou este ano a Cadeira Claudia.

Criada com assento maciço anatômico, a Cadeira de Aristeu Pires foi contemplada com a menção honrosa na categoria Mobiliário no 27º Prêmio de Design MCB. Parabéns Aristeu Pires!

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Criação e sustentabilidade

A ETEL se consagrou como uma das maiores marcas de móveis do Brasil e seu respeito ao meio ambiente é marca registrada da empresa

Banco Siri por Claudia Moreira Salles

Banco Siri por Claudia Moreira Salles

A um dia da abertura do quarto showroom ETEL no Brasil, nosso blog não poderia falar de outra coisa. O mobiliário de luxo da ETEL conta com designers de renome e grande talento. Segundo Etel, o processo de criação do corpo de designers surgiu naturalmente, em 1989, com a produção de criações da designer Claudia Moreira Salles, autora do badalado Banco Siri. Depois vieram as reedições dos modernos e dos contemporâneos. “Nossa escolha é bastante criteriosa e pode levar anos. Consistência, qualidade, autenticidade, potencial, relevância histórica são aspectos importantes”, revela.

Recentemente, o trabalho de Oscar Niemeyer passou a integrar o catálogo da Etel Interiores, com o Banco Marquesa, a Poltrona Alta e a charmosa Cadeira de Balanço Rio. Entre outros criadores contemporâneos e atuantes, Etel costurou um mix formado por profissionais criativos, sofisticados, tecnológicos como Carlos Motta, Lia Siqueira, Arthur de Mattos Casas, Dado Castelo Branco, Isay Wenfield, que é considerado um dos arquitetos brasileiros mais importantes de sua geração.

Cada item fabricado pela ETEL tem identificação numérica que registra características de origem, matéria-prima e fabricação do produto, dando a ele singularidade, ampliando significados e certificando a autenticidade do móvel ou objeto. “Uma peça Etel tem que ser funcional, bela e ter sempre algo a mais, um diferencial, algo lúdico, uma surpresa,” descreve Etel Carmona, que é designer autodidata e tem como inspiração a natureza.

Ela costuma dizer que tem “intimidade com a madeira” e a Floresta de Livreiros Jatoba é um ótimo exemplo de sua interação com ambientes naturais: um trio de livreiros em três tamanhos (mãe, filha e neta), criado com base no conceito de “jardinagem florestal”, praticado na AMATA, empresa brasileira na qual Etel é sócia e que tem como principal produto a madeira certificada.

No sistema de jardinagem florestal, explica Etel, a colheita da madeira é determinada pela natureza. “Colhemos as espécies mais abundantes e que, geralmente, são desprezadas pela indústria convencional. Cada árvore só é colhida se tiver uma ‘filha’ já produzindo sementes e duas ‘jovens netas’ vigorosas”, explica. O volume colhido é regulado pela taxa de crescimento da floresta. Dessa forma, a sustentabilidade das colheitas futuras fica assegurada. Etel comenta que, na AMATA, espécies raras e com poucas descendentes são utilizadas apenas quando morrem naturalmente.

 Sustentável

Segundo a empresária, a sustentabilidade é um conceito intrínseco ao seu trabalho, resultando em “desenvolvimento sem desmatamento, respeito pela Terra e pelos povos”. A preocupação ambiental presente no trabalho de Etel passa inclusive pela proteção dos igarapés e os rios que cortam as propriedades das florestas cultivadas pela AMATA, no norte do Brasil. A colheita de frutos, folhas, cipós e outros produtos da floresta são feitos com a mesma postura preservacionista.

“Nosso trabalho existe baseado em três pilares: ambiental, social e econômico”, completa. O grupo de empresários que pratica a silvicultura para a produção moveleira, entre outros fins, desenvolve também trabalho de inclusão social, por meio de qualificação profissional. O público-alvo são jovens residentes nas comunidades próximas às áreas plantadas. No município de Xapuri, no Acre, Etel montou o Atelier Aver, laboratório de artesãos.

“Acredito que ao criar jóias de mobiliário, damos valor, cuidamos, passamos para nossos filhos, e passamos ao mundo uma mensagem que deveríamos cuidar do nosso planeta da mesma maneira, isto sim é sustentável. A qualidade é outra característica inegável do negócio de Etel Carmona, seja no processo criativo, produtivo, curatorial e logístico, que ela faz questão de acompanhar de ponta a ponta, inclusive nas lojas abertas em Nova York, Los angeles, Toronto e Londres.

E antes do Dia E da ETEL em Goiânia, fique com imagens de algumas peças ícones da marca:

Poltrona Paulistana por Jorge Zalszuspin

Poltrona Paulistana por Jorge Zalszuspin

Poltrona Ipanema por Jorge Zalszuspin

Poltrona Ipanema por Jorge Zalszuspin

Maria Preciosa por Etel Carmona

Maria Preciosa por Etel Carmona

Carrinho de Cha JZ por Jorge Zalszuspin

Carrinho de Cha JZ por Jorge Zalszuspin

Cadeira de Balanço Rio por Oscar Niemeyer

Cadeira de Balanço Rio por Oscar Niemeyer