O antigo hospital Matarazzo que se transforma

O Hotel Rosewood de São Paulo terá projeto de Jean Nouvel, interior de Philippe Starck e produtos brasileiros

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Após duas décadas de abandono, o complexo da Cidade Matarazzo completa este mês um ano de trabalho para sua transformação em um dos mais luxuosos hotéis da América Latina. Em abril de 2016 o grupo Allard e o premiado arquiteto francês Jean Nouvel lançaram a pedra fundamental da Torre Rosewood – hotel seis estrelas de 100 metros de altura que será levantado no lugar.

No conjunto de prédios localizado ​a um quarteirão da Avenida Paulista antes funcionava o Hospital Matarazzo. Em 1986 foi tombado como patrimônio histórico e posteriormente vendido ao grupo francês Allard. Após aprovação do Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico (CONDEPHAAT) em janeiro do ano passado, o antigo o hospital passa por transformações que prometem abalar as estruturas da capital paulista.

O complexo se transformará em uma grande cidade (Cidade Matarazzo) que contará com cinco ​lojas de luxo, restaurantes, cinemas com tecnologia de ponta, um teatro com capacidade para receber as grandes óperas, galeria de arte e o hotel seis estrelas já em construção na torre principal da futura Cidade Matarazzo. O hotel vai contar com 151 quartos de hóspedes e 122 suítes residenciais, dois restaurantes e um caviar lounge. O projeto é o primeiro hotel-palácio da marca Rosewood na América Latina.
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A arquitetura ficou nas mãos de nada menos que do Pritzker Jean Nouvel. Seus projetos são sempre audaciosos e imponentes, desses que chamam a atenção à distância e viram pontos turísticos só pela forma – verdadeiras obras de arte urbanas. Para o aguardado Hotel Rosewood, que fica pronto no próximo ano, Nouvel projetou o que ele chama de “continuidade vertical”. O edifício será uma continuidade da paisagem dos jardins horizontais, com plantas vistas de fora em todos os seus pavimentos.

Outro importante francês envolvido no projeto é o designer Philippe Starck. Conhecido por seu trabalho contemporâneo e por suas peças desenvolvidas em parceria com a italiana Kartell, Starck ficou responsável pela decoração interna do hotel e desenha o interior de suas suítes.
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Desde 2010 Starck passou a visitar o Brasil para, conforme ele mesmo disse, entrar no “espírito brasileiro”. Entre seus passeios pela avenida paulista, encontrou prédios tombados da década de 20 e neles encontrou inspiração para suas criações muito aguardadas. “Esse projeto é um legado, vai mudar a cara de São Paulo” disse Starck.

Mas não se deixe enganar diante de tantos nomes internacionais. A ideia dos profissionais à frente do projeto é usar apenas materiais nacionais, desde o piso até os menores detalhes de acabamento. Ou seja, móveis, utensílios e mármores estão sendo delegados a fornecedores e produtores brasileiros. “Quero que o mundo perceba de que as coisas mais incríveis estão aqui no país”, explicou Alexandre Allard, presidente do Grupo Allard.
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Imagens: Divulgação

Met Breuer recria performance icônica de Lygia Pape

Um dos principais trabalhos de Lygia Pape, “Divisor”, é recriado nas ruas de Nova York

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O Blog AZ noticiou na áltima semana que o trabalho neoconcretista da artista brasileira Lygia Pape protagoniza exposição na filial do Metropolitan Museum of Art especializado em arte moderna, o Met Breuer, em Nova York. A cidade recebe a maior retrospectiva de seu trabalho enquanto se encanta pelo movimento de contracorrente concretista criado no Brasil no final da década de 1950.

Esta semana, seu trabalho saiu do museu e ganhou as ruas da cidade norte-americana. É que sua obra “Divisor” foi reproduzida nas ruas da Big Apple. “Divisor” é uma performance criada pela artista em 1968, quando ela propôs uma ruptura nos padrões tradicionais da  arte e uma aproximação entre a obra e o espectador.

À época, Lygia disse que qualquer pessoa poderia reproduzir “Divisor”, o que a tornava uma arte pública da qual as pessoas podem participar. Sábado, as pessoas mais uma vez participaram. Em um lençol de 30 m², que imitam a tela de um quadro, furos foram feitos para que as pessoas colocassem suas cabeças. Juntas elas desceram 5ª Avenida, uma das principais ruas de Nova York.

Esta não foi a primeira vez que “Divisor” foi recriada. A obra já andou, literalmente, em exposições no Brasil depois de sua criação em 1968. A exposição continua em Nova York até 23 de junho, mas obras da artista podem ser vistas também no Museu no Inhotim, em Minas Gerais.
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Imagens: Divulgação/ Facebook Lygia Pape

A vida do inquieto Jean-Michel Basquiat

O artista partiu aos 27 anos de idade deixando um vasto e brilhando trabalho artístico como legado

(Foto: Lizzie Himmel)

(Foto: Lizzie Himmel)

Jean-Michel Basquiat  faz parte do seleto e talentoso grupo de artistas que nos deixou cedo, mais precisamente aos 27 anos de idade, a tal idade que acaba interrompendo a brilhante carreira de roqueiros e artistas de reconhecimento mundial. Assim como Amy Winehouse e Janis Joplin, a causa da morte foi overdose, e assim como os dois, Basquiat também se enveredou pelo campo da música.

Mas sua carreira mesmo foi marcada pela pintura. Além de músico, Jean-Michel foi pintor, poeta e produtor cultural. Americano de ascendência porto-riquenha e haitiana, Basquiat nasceu com uma aptidão incomum para as artes. Com três anos, já desenhava caricaturas. Aos 17 anos, levou seus traços para os muros de Manhattan.

Incentivado por sua mãe, passou a levar a arte a sério quando era ainda criança. Aos seis anos, ganhou carteira de sócio mirim do Museu de Arte Moderna de Nova York, de onde não saia. Com o divórcio dos pais, se mudou para Porto Rico e voltou a Nova York no final da adolescência.
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Não se adaptou às escolas, saiu de casa e foi morar com amigos. Juntos pintavam muros e camisetas, que Basquiat vendia nas ruas da cidade. O grafite de Basquiat vinha com a assinatura “SAMO”, que significava “same old shit” (sempre a mesma merda). Seus desenhos chamaram a atenção e em pouco tempo Jean-Michel ficou famoso.

Seus traços subversores e seu olhar à frente do tempo o consagraram como um importante pintor vanguardista, conhecido posteriormente como neo-expressionista. Fez amizade e atuou ao lado de Andy Warhol até a sua morte, em 1987. Muito abalado com a perda do amigo, Basquiat acaba exagerando no consumo de drogas e morre de overdose no ano seguinte, em 12 de agosto de 1988.

Ao partir, deixou um legado com cerca de 3 mil obras que retrataram a cultura africana e o caos social e emocional que conduziu a criatividade de tantos artistas de renome da década de 1980. Seu trabalho continua influenciando o trabalho de outros artistas na atualidade. Na ArtRio 2016, um autorretrato de Barquiat bateu o recorde de preço ao ser arrematado em leilão por 57,3 milhões de dólares.
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Imagens: Divulgação

Maior obra de Mondrian do mundo decora prédio municipal em Haia

O minimalismo é um movimento que ganha força no design mobiliário, na arquitetura e até mesmo na moda, em que as passarelas são famosas pelos excessos. Grande parte dessa influência é devida ao movimento De […]

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O minimalismo é um movimento que ganha força no design mobiliário, na arquitetura e até mesmo na moda, em que as passarelas são famosas pelos excessos. Grande parte dessa influência é devida ao movimento De Stijl  e à obra de Mondrian.

Piet Mondrian foi um artista holandês classificado como modernista. Ele, entretanto, não ligava seu nome a nenhum movimento vanguardista específico: se dizia cubista, neoplasticista, pós-impressionista, precursor do neoplasticismo. Segundo ele, sua arte transcendia as divisões culturais.

Falecido em 1944, sua obra ficou viva não apenas em seus trabalhos. É que Mondrian influenciou designers e arquitetos por todo o mundo, como Charles e Ray Eames e Yves Saint Laurent. Seus quadrados coloridos são inconfundíveis e a cidade de Haia decidiu homenagear seu conterrâneo artista.

A fachada do prédio que abriga a sede da câmara municipal da cidade foi revestida com um grande painel ao estilo Mondrian pelos artistas Madje Vollaers e Pascal Zwart em ocasião da comemoração do centenário do movimento De Stijl – isso há dez anos, quando foi comemoração os cem anos da publicação De Stijl (O Estilo), revista que veiculou as questões ligadas ao neoplasticismo.

Em 2017, o movimento De Stijl completa exatamente 110 anos sem perder a modernidade. Ou seja, se mantém atual. A sede da câmara municipal de Haia mantém o título de detentora do maior painel com obra do Mondrian do mundo.

Foto. Fonte: Blog da Arquitetura

Mobiliário urbano

O design mobiliário pensado para as cidades

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Quando falamos em design mobiliário estamos falando em móveis para casas e espaços corporativos, certo? Errado! A arquitetura tem um campo específico para o estudo e desenvolvimento de design mobiliário para as cidades. Para aqueles que já perceberam a importância da interação do homem com os centros urbanos no alcance de melhores condições de vida, podem imaginar a importância do mobiliário urbano para as cidades contemporâneas.

Na realidade, o mobiliário urbano cumpre funções tão essenciais nas cidades quanto o design mobiliário cumpre na decoração das casas e espaços comerciais. Já imaginou uma residência sem mesa de jantar ou cama? Pois é, mas algumas cidades seguem sem bancos, vasos ou abrigos para a espera de ônibus, enquanto que outras cidades instalam tais móveis pautados na lógica (ilógica) da arquitetura hostil.

Design urbano - Barcelona

Design urbano – Barcelona

O belo e receptivo mobiliário urbano faz parte da filosofia defendida pela arquitetura de integração. Quanto mais espaços abertos ao público, mais as cidades se tornam os quintais de sua população. Mais para além de se instalarem lixeiras, pontos de paradas de bicicletas e bancos, em alguns países a preocupação é com a implantação de equipamentos que satisfazem as necessidades estéticas. Ora, nada impede também que este mobiliário urbano seja algo bem parecido com os móveis feitos para as casas: ergonômicos e belos.

Na Dinamarca, por exemplo, é possível encontrar design assinado na rua. É o caso dos bancos dispostos na calçada da cidade de Sunderland, assinados pelo designer britânico Charlie Davidson. O Banco Charlotte, de Paulo Alves, também já foi usado em espaços públicos cumprindo bem sua função, já que o designer fez a peça pensando nesta finalidade.

Bancos design na Dinamarca

Bancos design na Dinamarca

Ponto de onibus design na Estonia

Ponto de onibus design na Estonia

Xavier Veilhan e a arte contemporânea

Xavier Veilhan é fotógrafo, designer e escultor e se destaca pelos trabalhos com esculturas em 3D

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Xavier Veilhan é fotógrafo, designer e escultor, mas é mesmo neste último talento que se destacou no mundo da arte. O francês de 53 anos estudou na Écoole Nationale Superiéure des Arts Decorativs e hoje vive e trabalha na capital francesa. Embora trabalhe com vídeos e fotografia, foram mesmo as suas enormes esculturas 3D que o tornaram conhecido.

Diz que sua influencia está no trabalho de Jeff Koons e naqueles que trabalharam a arte para impulsionar uma reflexão sobre a própria arte. “Koons seguiu os passos de Duchamp e Andy Warhol, no sentido de desmistificar a obra de arte”, explicou.

O artista é contemporâneo, entretanto, tem um pé bem fixo no passado. “Para mim o artista deve se curvar à história para entender o que significa a modernidade”. Isto é notório em suas esculturas. É que Veilhan utiliza referências do século passado, como personagens históricos e carruagens antigas.

Sua relação com a arquitetura é íntima e não apenas pelo fato de já ter esculpido em grandes monumentos a imagens de importantes arquitetos, como Jean Nouvel e Renzo Piano. É que o francês ficou incumbido, junto com uma equipe de arquitetos, de reformar um prédio construído na década de 1950. No exterior da construção, a fachada foi encoberta com painéis de aço inox polido e espelhos. O efeito é indescritível.
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Imagens: divulgação

O design de Heloísa Crocco

No Dia da Mulher paramos nosso Blog para falar de uma importante mulher, entre tantas outras, que compõe o criativo cenário do design nacional. Heloísa Crocco formou-se em Desenho pela Universidade Federal do Rio Grande do […]

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No Dia da Mulher paramos nosso Blog para falar de uma importante mulher, entre tantas outras, que compõe o criativo cenário do design nacional. Heloísa Crocco formou-se em Desenho pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRG) e passou a atuar tanto nas artes plásticas como na docência nos anos seguintes.

Mas Heloísa passou a questionar “para onde a arte ia” e acabou seguindo os passos desse campo tão vasto. O resultado disso é que sua obra foi parar na moda, na arquitetura e também no design mobiliário.

Em seus anos de formação aprendeu sobre criatividade em cursos com o inglês Tom Hudson e de tapeçaria com Zorávia Betiol e Elizabeth Rosenfeld. Trabalhou com Zanine Caldas na Amazônia – quando passou a usar a madeira como matéria prima – e selou parceria na moda com Ronaldo Fraga.

Seu trabalho ganhou o mundo.  Heloisa participou de exposições coletivas na Áustria, Hungria, Alemanha, Estados Unidos, França, México e Uruguai. Atualmente, possui um leque amplo de obras, que vão de objetos de decoração a bolsas e bijouterias.

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Formas e flores

O italiano Fabio Novembre transita entre a arte e o design

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Fabio Novembre sabe valorizar a cultura e a arte quando o assunto é design. Na verdade, seu compromisso com o design é um compromisso artístico e o arquiteto sabe muito bem transitar entre os dois campos de atuação e uni-los em seus trabalhos.

Nascido em Lecce, interior da Itália, mudou-se para Milão em 1984 onde se formou em Arquitetura na Politécnica. Continuou desbravando o campo da imagem quando, já morando em Nova York, cursou cinema na NYU. “Como se eu fosse pólen, eu me deixei ir com o vento, convencido de que sou capaz de seduzir tudo que me rodeia”, diz o arquiteto em seu site, ao falar sobre si mesmo.

E o vento o levou para vários cantos do mundo. No design e na arquitetura, seu trabalho pode ser encontrado nos EUA, Europa e Ásia. No design moveleiro, acabou desenhando para importantes marcas, como a Cappellini, Driade e Kartell.

Him&Her

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Se trabalho chamou a atenção do mundo com o projeto “Corpos Nus” exposto na Feira de Móveis de Milão em 2011. O designer confessa ser obcecado pelo nu feminino e acabou transformando sua obsessão em inspiração. O resultado pode ser visto nas cadeiras Him & Her com formato da parte inferior do corpo humano nu de um homem e de uma mulher.

Para a Kartell, desenvolveu algumas peças em policarbonato. A última delas foi uma lanterna lançada em 2016. “Desde os meus dias de estudante, aprendi que quando projetamos, fazemos isso com outras pessoas em mente, mas desta vez eu falhei: essa lanterna é para mim”, explica em seu site. A lanterna é uma leitura contemporânea dos antigos lampiões.

Em 2011 lançou com a Kartell um vaso e uma peça decorativa batizada de “O.K”.  “OK se tornou o princípio positivo universal associado com o gesto da mão fechada com o polegar apontando para cima”, explica sobre sua obra, feita com a representação de um dedo polegar apontado para cima. “Esse polegar oponente significa que o homem é capaz de qualquer tipo de aderência e distingue os primatas dos outros animais. Neste momento de escuridão, tentar congelar esse gesto pressionando-o em um cubo de policarbonato transparente produzido por moldagem rotacional tem valor propiciatório”, conclui.

Mas sua primeira peça Kartell foi a Flor de Novembre, uma brincadeira com seu nome e o formato da mesa. Segundo Fabio, sua flor favorita é aquela nascida no meio da chuva e do sol com as cores do arco-íris. Foi assim que desenhou sua mesa em flor.

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The Rainbow Thieves

The Rainbow Thieves

Fleur de Novembre Kartell

Fleur de Novembre Kartell

Vase Kartell

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Lantern Kertell

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Imagens: Fabio Novembre (divulgação)

Os designs de Jayme Bernardo

Jayme Bernardo atua em três frentes: eventos, móveis e arquitetura

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Já falamos no trabalho desse designer antes, quando destacamos a mesinha Toy na coluna Design é Meu Mundo. Mas não é apenas do lúdico que sobrevive Jayme Bernardo. Na verdade, o designer passeia por várias formas de criação e com mais de 30 anos de experiência, não poderia ser diferente: arquitetura, móveis e eventos são as especialidades de Bernardo.

Nascido em São Paulo, Jayme Bernardo mudou-se para o sul e lá deu os primeiros passos da carreira. Formou-se em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal do Paraná e em Curitiba abriu seu escritório de arquitetura. Foi de Curitiba que Jayme Bernardo se apresentou ao mundo e atualmente seu escritório conta com filiais em São Paulo e Miami.

O que começou com a paixão pelo desenho e a criação de espaços internos, se transformou em uma profissão de vários campos. Jayme Bernardo foi convidado por um amigo para assinar a decoração de seu casamento e o que seria uma experiência de uma vez só acabou transformando o designer em produtor de eventos sociais.

Mas seu trabalho não para por ai. O arquiteto passou a desenvolver uma linha de mobiliário com a assinatura Jayme Bernardo Designer. “Penso nas peças sempre de forma holística, levando em conta a pessoa que vai usá-las e o ambiente em que serão inseridas”, explica Jayme.
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Imagens: Jayme Bernardo (divulgação)

Renascimento contemporâneo

Studio Job, localizado na Holanda, cria linguagem inusitada que transita entre o renascentismo e o contemporâneo

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As imagens que acompanham esta matéria dispensam legenda. Aliás, se pudéssemos apostar, apostaríamos que o trabalho que vamos mostrar hoje é um dos mais diferentes que você já viu no design moveleiro. Em uma palavra? Originalidade!  É na mistura do design com a arte que a linguagem conceitual do Studio Job se posiciona no mercado.

Para quem ainda não ouviu falar, o Studio Job é o atelier fundado em 2000 pelos parceiros de vida e trabalho Job Smeets e Nynke Tynagel. Segundo seu próprio site afirma, o Studio Job trabalha com o verdadeiro espírito da Renascença onde as técnicas são trocadas e o tradicional é ignorado na busca pelo novo.

Os designers graduaram-se juntos na Design Academy Eindhoven, na Holanda, e juntos desenvolveram uma linguagem única que não impõe limites à criação. O neorenascentismo se explica no fato de que a dupla se inspira no período medieval em que o poder do rei era demonstrado através de seu suntuoso mobiliário.
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Mas quando falamos renascentismo, não estamos dizendo que o Studio Job reproduz as mesmas peças usadas pelos despostas europeus que viveram entre os séculos 15 e 17. A dupla faz uma releitura desse tempo por meio de lentes contemporâneas.

“Pensamos que o design é uma linguagem universal falada com formas no lugar de palavras”, explica Job Smeets no site oficial do estúdio. “Ao olhar para os nossos objetos, o espectador olha diretamente em nossos olhos”, conclui. E seus olhos já foram vistos em diversos museus, onde o trabalho da dupla foi exposto.

Junto com um número considerável de premiações, os objetos criados pelo Studio Job foram parar no Museu de Arte Moderna de Nova York (MoMa), no Victoria Albert Museum de Londres, no Guggenheim Museum, no Museu de Belas Artes de Montreal entre outros.
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Imagens: Studio Job (divulgação)