Design de criança

No dia da Criança o Blog AZ lembra de alguns designs lúdicos e algumas peças de mobiliário que são verdadeiros jogos de crianças (e adultos)

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Segundo Henrique Steyer, o papel do design é apresentar novas formas de ver as coisas. “As pessoas buscam algo que não seja insosso e sem vida”. Mas quem acha que por “pessoas” ele se referia apenas aos adultos, engana-se. Hoje é o dia delas, das crianças e elas também são o público alvo do design e também querem algo menos “insosso”.

Alias, é no mundo fantástico e lúdico dos mais jovens que o insosso não tem vez. As palavras de ordem são cor e criatividade. Algumas marcas de design perceberam isso. A já colorida Kartell, por exemplo, lançou durante a Design Week deste ano uma linha exclusiva para crianças.

A coleção Kartell Kids apresentou peças clássicas da marca feitas em tamanho mirim e móveis que podem ser usados para as brincadeiras de criança. À frente do projeto estiveram Philippe Starck, Piero Lissoni, Nendo e Ferruccio Laviani. Bancos de balanço e carrinhos de corrida fizeram sucesso entre os mais jovens durante o lançamento na Itália.
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Outro designer que se inspirou no mundo lúdico, ainda que as peças não tenham sido desenvolvidas exclusivamente para crianças, foi o já mencionado Henrique Steyer. Em 2013, seguindo essa tendência, Henrique lançou coleções de peças de mobiliário com inspirações bem criativas: É o Bicho e Niño. São móveis que representam animais e crianças em forma de bonequinhos de papel nas versões masculina e feminina.

Outra marca que também se inspirou no mundo lúdico foi a sofisticada Etel Interiores. De uma forma mais sobrea, os designers Etel Carmona e Dado Castello Branco criaram uma mesa de ping-pong. A peça foi uma recriação de uma mesa da marca, a Mineira, só que em forma de jogo.
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Walter Gropius e a arquitetura modernista

A história de vida e trabalho de um dos grandes nomes da arquitetura do século 20

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Assim como em toda a área do pensamento e da criação, a arquitetura tem seus clássicos. Walter Gropius (1883-1969) foi um deles. Mas quando falamos em clássico não estamos nos referindo ao estilo, mas sim à força de seu trabalho. É que Gropius é considerado um dos mais importantes da arquitetura do século 20. O estilo? Bom, Walter Gropius foi um vanguardista, precursor da arquitetura moderna.

Alemão, nascido em 1883, Gropius estudou em institutos técnicos de Munique e formou-se na Universidade de Charlottenburg, em Berlim. Sua carreira profissional começou no escritório de Peter Behrens, o mesmo que lançou outros nomes já conhecidos, como o de Le Corbusier.

Em 1910, Gropius se lança em uma carreira independente interrompida pela Primeira Guerra Mundial. Nesse período, o arquiteto criou seu primeiro grande projeto, a Fagus Factory. Sua abordagem, original para a época, aproximou o profissional dos materiais que usaria sempre em seus projetos: vidro e metal. Pela primeira vez toda a fachada de um edifício foi constituída em vidro.

Fagus Factory

Fagus Factory

Em 1914, Gropius é chamado a servir no exército como oficial da cavalaria e já no fim da guerra, com apenas 35 anos, o arquiteto assume o cargo de diretor Escola de Artes Aplicadas e da Academia de Belas Artes da Saxônia. O acúmulo de funções possibilitou com que Gropius estivesse em contato com duas formas antagônicas de arte e ele aproveitou para uni-las.

Ele defendia que projetos envolvessem todas as escalas humanas. As dimensões e a complexidade da fabricação moderna passaram a exigir o trabalho colaborativo e com essa mentalidade – negando características históricas da arquitetura e das artes – Gropius fundou a Das Staatliche Bauhaus (casa de construção). Com a ajuda de artistas e arquitetos a Bauhaus lançou as bases do modernismo.

Durante o período de ascensão do Terceiro Reich, a Staatliche Bauhaus começou a sofrer ataques dos nazistas, obrigando o arquiteto a deixar a Alemanha em 1937. Refugiado nos Estados Unidos, Walter Gropius tornou-se professor da Universidade de Harvard e assumiu a direção do seu departamento de arquitetura. Foi nos EUA que passou a desenvolver arranha-céus e criar conceitos arquitetônicos que seriam exaustivamente copiados nas décadas seguintes.

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Design plural de Rafael de Cárdenas

Rafael de Cárdenas e seu design plural

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Rafael de Cárdenas não tem um estilo, tem uma pluralidade dele. “Não ter uma linha definida me deixa mais ativo e mantém a minha mente mais criativa”, disse certa vez em entrevista para a revista Casa Cláudia. Toda essa versatilidade gerou frutos, e o arquiteto foi eleito pela Maison & Objet Americas como designer do ano de 2016.

Nova-iorquino apaixonado por grandes metrópoles, Refael fundou em 2006 o escritório Architecture at Large, responsável por contas como a Barneys New York, Cartier, Nordstrom, Nike e Ford Models. A empresa se expandiu e atualmente possui filial também em Londres – um trabalho em conjunto desenvolvido por designer e arquitetos com a ajuda de artistas e artesãos.

“Favorecemos a estratégica em detrimento da temática, o cosmopolita em detrimento da tipologia, e o movimento em detrimento da estática. Tomamos nota cuidadosa do passado enquanto sonhamos diariamente com o futuro”, explicou o designer sobre seu escritório.

Antes de se tornar conhecido por seus projetos arrojados, geométricas e luxuosos, Cardenas começou a carreira na moda, trabalhando para Calvin Klein. Hoje, seu trabalho reflete bem seu cliente, por isso cada uma de suas criações é única e bem distinta das outras.

Influenciado pela cultura pop, Cárdenas faz uso criativo de cores e padrões projetando ambientes interiores e arquitetura que provocam emoção. Além de designer e arquiteto, Rafael possui também peças de mobiliário que desenhou para a galeria de negociação johnson em 2011.

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Cinema em cor

Cinema “aconchegante” na Eslováquia chama a atenção pela decoração colorida

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Depois que a Netflix surgiu, o melhor cinema é aquele que fica dentro de casa. As televisões, de ultima geração, não ficam devendo muito para as salas de cinema e estes espaços estão tendo que se reinventar para atrair a atenção do público. O Blog AZ já falou um pouco sobre uma das saídas utilizadas pelo mercado: o cinema de luxo.

Os cinemas de luxo oferecem tratamento cinco estrelas para seus clientes: garçom para atender nas poltronas e muito conforto. Só que para chamar mesmo atenção do público, as sofisticadas salas vips investem em decoração e o Blog AZ está atendo a elas.

A mais recente a chamar a atenção do mundo do design foi o cinema Tulikino, projetado por Michal Stasko em Samorin-Cilistov, na Eslováquia. A sala se parece com o interior de um cubo mágico, aqueles cubos coloridos que os mais dedicados à matemática conseguem unir as cores em casa um de seus cantos.

A sala é bastante despojada e não se parece com nenhum dos cinemas de luxo que temos no Brasil. É que a ideia principal do espaço não é a de sofisticação, mas aconchego – inclusive essa é a tradução da palavra Tulikino que deu nome ao cinema. As poltronas foram substituídas por pufes dispostos em cabines duplas.
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Fotos: Divulgação

Palácio da Alvorada visto de dentro

Fotógrafo mineiro Orlando Brito divulgou 46 imagens da casa oficial da presidência da república

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Entra governo e sai governo, os integrantes desse palácio mudam, mas sua beleza continua lá e foi imortalizada pelas lentes do fotógrafo Orlando Brito. É que o fotógrafo mineiro radicado em Brasília divulgou 46 imagens da casa oficial da presidência da república.

Alvorada foi o nome dado por Juscelino Kubitschek ao primeiro edifício inaugurado na Capital Federal. Quem conhece Brasília sabe que o nascer e o por do sol na cidade formam obras de arte naturais no céu, mas o nome foi dado por outra razão. Segundo o então presidente, “o que é Brasília, senão a alvorada de um novo dia para o Brasil?”.

O palácio foi projetado por Oscar Niemeyer na década de 1950 e tornou-se um símbolo do modernismo brasileiro. Madeiras, linhas retas e sobriedade são características marcantes da mansão presidencial, localizada às margens do lago Paranoá.

Por fora, o Alvorada é revestido de mármore com cortinas de vidro. O palácio ficou conhecido por seus pilares, símbolo do progresso técnico da engenharia. Niemeyer adotou formas puras e geométricas que, por outro lado, exigiram dos engenheiros cálculos mais complexos. Para Niemeyer, a concepção da obra estava na forma dos seus suportes que caracterizam o edifício e conferem uma leveza ao palácio.

As fotografias mostram um pouco o que é o interior do palácio, construído em três pavimentos. Orlando Brito, autor das imagens, chegou a Brasília quando menino e uniu a beleza da capital à importância de seu trabalho: atua em temas como política e economia, mas sem deixar de fotografas aquilo que Brasília tem de mais belo.

Atualmente o Palácio da Alvorada está desabrigado. É que com a saída da ex-presidente Dilma Rousseff, após processo de impeachment, seu antigo vice e agora presidente da República Michel Temer continua morando no palácio do Jaburu – casa oficial da vice-presidência da república – que estuda com sua família a possibilidade de se mudar e terminar o mandato presidencial morando no Palácio da Alvorada.

Fotos: Orlando Brito
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Arquitetura e a escola do futuro

Na Finlândia, escritório de arquitetura projeta novo modelo de escola que ajuda a criar uma educação mais inclusiva

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Em algum momento da sua vida, você com certeza já ouviu que os projetos arquitetônicos de escolas são muito similares aos das prisões. Bem, ambas as instituições pautam suas atividades com base na “disciplina” e a disciplina não direciona apenas as atividades dos educadores ou dos agentes prisionais, direciona também os projetos arquitetônicos.

Segundo o arquiteto norte-americano Frank Locker, especialista no assunto, a comparação pode parecer exagerada, mas não é. “Com que espaço você relacionaria uma fila de salões de porta fechada com um corredor no qual não se pode estar sem permissão e um sinal sonoro que ordena entrar, sair, terminar ou começar as aulas?”, questiona.

Mas os modelos educacionais estão em crise e em momento de transformação. A arquitetura acabará acompanhando essas mudanças. Nesta linha é que foi inaugurada, na Finlândia, a escola do futuro e a primeira diferença já é vista em suas próprias instalações.
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Ao contrário dos prédios que abrigam estruturas típicas das atuais escolas, à primeira vista a Saunalahti mais parece um museu. Projetada pelo escritório VERSTAS Architects, cada detalhe foi pensado para uma escola onde os moldes tradicionais foram deixados no passado.

A escola possui, em sua estrutura montada em 10 mil metros quadrados, clube estudantil, teatro, restaurante, biblioteca, ginásio de esportes e espaço para shows. A escolha de cada tijolo foi bem planejada.

As salas de aula são amplas, a criança se senta onde quiser e a comunicação entre os alunos é estimulada. Na parte externa, por exemplo, os ladrilhos foram colocados em desordem para que os alunos toquem e experimentem sensações diversas. Já na parte interna, as áreas comuns de passagem foram pintadas de cores vivas, cada uma com uma cor específica para que as crianças não se percam.

O terreno da escola é aberto. A ideia dos arquitetos é a de que se forem colocadas barreiras, as crianças irão ultrapassa-las. A intenção é criar uma nova educação inclusiva e a arquitetura faz parte desse projeto.

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Fotos: Divulgação/ Livejournal

“Era uma casa muito engraçada…”

Não tinha teto, não tinha nada

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Muitos arquitetos quebram a cabeça para encontrar os melhores projetos quando são chamados para desenhar hotéis. É que para a rede hoteleira de luxo, design é tudo. Dubai coleciona a maior quantidade de hotéis caros com design para lá de sofisticado. O Burj Al Arab, por exemplo, construído sobre sua própria ilha artificial no golfo pérsico, está na lista entre os 10 hotéis mais luxuosos do mundo com diárias que ultrapassam três mil dólares.

Mas foi na Suíça que um hotel conseguiu mesmo chamar a atenção do mundo e o motivo não foi o luxo de seu design, mas sim a simplicidade dele. É que o hotel não tem teto e nem paredes.  “Queremos questionar como se pode criar luxo e o que é o luxo de fato”, explicou seus criadores em entrevista para a BBC Mundo.

O hotel sem paredes foi uma ideia dos irmãos e artistas Frank e Patrik Riklin. Os suíços criam invenções e intervenções artísticas de modo a envolver as pessoas no processo. Esse projeto de hotéis começou em 2008, quando os artistas passaram a instalar dormitórios em locais inusitados, como uma usina nuclear desativada na Suíça.

A última intervenção foi chamada de “Null Stern”, que significa “zero estrela”, em alemão. O nome foi uma forma de brincar com as classificações de estrelas usadas pela rede hoteleira.  “Queremos dizer que zero estrela não significa ‘ruim’, significa independência e liberdade”, explicaram os artistas.

“Null Stern” é um hotel que consiste em uma cama de casal rodeada por um par de luminárias instalado sobre um antigo bunker nuclear a cerca de 1.970 metros de altitude no Cantão dos Grisões, Alpes suíços. A estrutura do hotel oferece banheiro instalados a cerca de 15 metros do quarto sem paredes e uma pequena casa a cerca de 50 metros para o caso de o clima não permitir a experiência de dormir ao ar livre.

De acordo com o site do projeto, o hotel fica aberto entre a primavera e o outone e já tem uma lista de espera para o verão de 2017.  Valor da diária é de R$ 813,00 e a estadia inclui o almoço e serviço de quarto.

Fim do casamento, separação das casas

Escritório de arquitetura holandês OBA, desenvolve projeto de casas que se separam no caso do divórcio de seus donos

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Separar as escovas de dente não é um processo emocionalmente fácil, agora um escritório de arquitetura bolou um projeto que transforma o divórcio em uma separação literalmente física: a separação da casa. O projeto foi desenvolvido pelo estúdio holandês OBA para acabar com a discussão de quem sai e quem fica com a casa após o término conjugal. Se o casal comprar uma casa contanto com a possibilidade de não serem “felizes para sempre”, o rompimento será um pouco menos traumático.

Segundo o IBGE, são homologados mais de 300 mil divórcios por ano no Brasil, um quantitativo que revelou que o número de divórcios no país cresceu mais de 160% na última década. Na Holanda não é diferente. Os arquitetos ficaram mexidos com a divulgação de um estudo mostrando que o divórcio está cada vez mais comum nos Países Baixos. A solução arquitetônica possível para esta nova realidade recebeu o nome de Prenuptial Housing.

O projeto é de uma casa flutuante composta de dois módulos separados.  “Quando o relacionamento está acabando, a casa se divide-se em duas e os módulos se distanciam”, conta Omar Kbiri, um dos criadores da ideia. Na realidade, trata-se de uma residência composta de duas unidades autônomas de fibra de carbono. Como uma espécie de lego, elas podem ser reunidas quando fabricadas e separadas sempre que se desejar.

Segundo Xander den Duijn, também criador do projeto, a separação das casas pode ser feita sem ferramenta já que é construída em bloco. As primeiras unidades estão programadas para serem entregues em 2017.

O incrível trabalho de Jerszy Seymour

O incrível trabalho de Jerszy Seymour, o alemão erradicado em Milão

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A mesma ponte aérea que liga Berlim, Londres e Milão, traça os caminhos que desenham a vida de Jerszy Seymour, badalado designer de produtos e móveis. Seymour nasceu em Berlim, estudou em Londres, mas firmou suas bases na capital italiana do design.

Jerszy Seymour gosta de se aventurar em projetos experimentais que combinam interação social, com criatividade e diversão. Um verdadeiro alquimista em suas abordagens. Formado em engenharia de produção com mestrado em design industrial, desenvolveu uma habilidade única em brincar com diversos tipos de material.

Seus trabalhos abusam das cores e de formas inspiradas em desenhos animados. Um estilo que provoca, quando brinca com as referências trazidas da cultura pop. A replica em tamanho real do famoso carro usado pela dupla de criminosos saídos das telas do cinema, Bonnie & Clyde, tornou o designer conhecido. Assim como suas cadeiras de plástico criadas com método de produção que é, ao mesmo tempo, artesanal e industrial.

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Da China para o Mundo

O trabalho dos chineses da diáspora Lyndon Neri e Rossana Hu, que se formaram nos EUA e retornaram para fazer um trabalho que liga a China ao mundo

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Alguns trabalhos se destacam no mundo do design. O trabalho dos contemporâneos Neri e Hu é um deles. O primeiro destaque vai para a equipe multinacional formado pela dupla para acompanhar o mundo multicultural no qual vivemos. Lyndon Neri e Rossana Hu formaram-se em arquitetura pela universidade californiana de Berkeley. Ele seguiu para completar o mestrado em Harvard e ela, em Princeton.  Mais tarde, em 2004, se juntaram para abrir a Neri & Hu com sede em Londres e Xanguai com uma equipe que fala 30 línguas diferentes.

Com todo esse sincretismo cultural, não é difícil imaginar a riqueza do trabalho do escritório Neri & Hu Design e Pesquisa. A dupla utiliza-se da pesquisa como ferramenta de trabalho, o que fez o mundo ver seu trabalho como um novo paradigma da arquitetura. O escritório vem ganhando prêmios internacionais todo o ano, como um reconhecimento pelo trabalho com a interação dinâmica entre a experiência, o detalhe, o material, a forma e a luz.

O trabalho da dupla ficou conhecido por abordar, de forma internacional, uma arquitetura particular do continente asiático. Neri e Hu abusam da estética chinesa moderna sem, no entanto, deixar de dar valor às tradições locais ancestrais. Entretanto, os designers não se consideram donos de um estilo particular. “Nós não nos consideramos realmente confinados a um tipo de estilo arquitetônico. Eu acredito que nosso trabalho vem daquilo que somos, da nossa identidade como chineses da diáspora com formação nos EUA”, explicou Rossana em entrevista para a DesignBoom.

Mas o destaque da dupla não está adstrito à arquitetura. Hu e Neri são igualmente conhecidos, e reconhecidos, por seus trabalhos com o design mobiliário. Eles projetam para marcas como Classicon, De La Espada e Moooi.  No design, o gosto pela madeira é uma das grandes diretrizes do trabalho de Neri e Hu. “Sempre fomos fascinados pela madeira, pela vida que pode proporcionar a um espaço, tanto visualmente quanto no aspecto tátil. Gostamos de materiais naturais com acabamentos naturais, porque a pureza do material dá autenticidade ao modo como as pessoas percebem o espaço”, disseram à Vogue Casa.

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