Canivete Suíço

Arquitetura compacta leva charme para os grandes e pequenos espaços

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A luta por mais espaço vem encontrado a sua resposta justamente na ideia de economia de espaços. As casas dão lugar aos edifícios e os apartamentos de 100 metros quadrados foram sendo divididos em dois. O mais pelo menos é o que resume o conceito de arquitetura compacta.

O tripé que sustenta este tipo de arquitetura tem em suas bases a união perfeita entre funcionalidade, forma e função. Encontrar criatividade para decorar espaços em metragens que variam de 30 a 50 metros é uma verdadeira arte que vem sendo desempenhada com mais frequência em grandes centros urbanos.

Cidades e países mais populosos já inventaram diversas maneiras de aproveitar melhor seus espaços. No Japão, por exemplo, espaço é um luxo que nem todos podem bancar. Em contra partida, arquitetos e decoradores estão trabalhando com esse conceito e mostrando que além de prático e barato, morar em poucos metros quadrados pode ser uma experiência bastante criativa.

A cidade de Paris oferece este desafio de bandeja para os arquitetos. Embora esteja entre a lista das cidades mais populosas do mundo, a capital francesa concentra seus milhares de habitantes em uma área territorial modesta. O resultado é o metro quadrado mais caro do país. A dura realidade é que os estudantes e recém formados acabam morando em casas de 10 metros quadrados – isso mesmo, uma casa que é provavelmente menor do que o seu quarto.

Dentro desta proposta, o Escritório de Arquitetura Kitoko aceitou o desafio de criar uma casa funcional em 8 metros quadrados. O projeto conseguiu unir em um mesmo quarto a possibilidade para que o morador pudesse dormir, cozinhar, comer, lavar, trabalhar e armazenar o maior número de coisas. Uma espécie de canivete suíço da arquitetura.

Projeto Kitoko 8 m²

Projeto Kitoko 8 m²

Assim como Kitoko, outros escritórios e profissionais começaram a se especializar neste tipo de design. O arquiteto e ambientalista canadense Graham Hill criou o projeto LifeEdited. A vida editada de Graham Hill teve por objetivo desenvolver diversas soluções para o aproveitamento de espaço em apartamentos que variam entre 20 e 40 m². Segundo Hill quando o lugar em que você mora é menor, você usa menos o aquecedor, tem menos espaço para limpar e gasta menos. É a vida perfeita para um solteiro, um executivo ou um ambientalista – como o arquiteto.

Uma das saídas são os móveis que atendam a mais de uma função. Cama e sofá. Armário e mesa. Estante e escrivaninha. Outra proposta é fazer uma parede que atenda aos dois cômodos com bastante flexibilidade. De um lado um quarto e do outro uma cozinha.

O conceito de arquitetura compacta deu tão certo que, paradoxalmente, está sendo aplicado aos espaços maiores. É que além de economizar metros quadrados, condensar móveis, cômodos ou jardins pode ser bastante charmoso. Foi o que fez o escritório LeMaster Architects em projeto de jardim na Califórnia.

LifeEdited de Graham Hill

LifeEdited de Graham Hill

LeMaster Architects

LeMaster Architects

Projeto com parede dupla de Faride Elia

Projeto com parede dupla de Faride Elia

A arte da iluminação: Manéco Quinderé

A arte da iluminação nas mãos criativas do light designer Manéco Quinderé

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Fazer arte com a luz é uma bela definição para o trabalho desenvolvido pelo light designer Manéco Quinderé. O artista trabalha há mais de 30 anos com os focos de luz e com eles cria projetos de design de interiores e cenários culturais.

As criações de Quinderé vagam entre a natureza e o mundo das artes numa combinação de minimalismo e brasilidade. Uma luz não é uma simples fonte de iluminação, um show vira um espetáculo e a sombra é como um quadro branco a espera dos rabiscos de luz da sua arte.

Quinderé utiliza as fontes de luz como fontes de inspiração. Ao aliar técnica à intuição, deu vida a projetos para espetáculos, shows, balés, óperas, desfiles, exposições e arquitetura. Seu nome assina peças de teatro, desfiles de moda e shows de grandes artistas como Chico Buarque, Caetano Veloso, Vanessa da Matta e Ana Carolina.

No design de interiores se especializou na criação de luminárias, além de ter firmado parceria com grandes nomes da arquitetura como Miguel Pinto Guimarães, Dado Castello Branco, Cadas Abranches, Arthur Casas e Marcelo Rosenbaum.

Em seu mais recente trabalho em dupla, criou uma linha de luminárias ao estilo bem brasileiro de Paulo Alves. Paulo forneceu o design de seus galhos tortos, que viraram fonte de iluminação nas mãos de Manéco.

Seus anos de experiência o transformaram em um dos mais conceituados profissionais em atividade no país. Em seu currículo, coleciona quatro prêmios Shell, três Mambembe, outros três prêmios Sharp, além de dois Molière e um Menção Honrosa do governo de São Paulo por seu legado brilhante.

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New Hotel: Irmãos Campana

Em 2013 os Irmãos Campana repaginaram um antigo hotel localizado no centro de Atenas

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Os Irmãos Campana fizeram o seu nome com design conceitual. Quem conhece os móveis de Fernando e Humberto Campana sabe nada do que é feito por eles beira o comum. Quando é clássico, vem vestido com roupas bem contemporâneas, quando o objetivo é ser contemporâneo, a dupla consegue criar algo além de seu tempo.

A liberdade de criação dos Campana, quem tem por objetivo transmitir uma mensagem e despertar ideias, foi a responsável por repaginar um antigo hotel no bairro de Syntagma, na cidade de Atenas.  Fernando e Humberto se juntaram a 20 alunos de arquitetura da Universidade de Tessália para projetar o antigo Palace Olympic Hotel.

A ideia era dar uma vida nova para o antigo prédio projetado pelo arquiteto grego Iason Rizos em 1958, onde agora abriga o New Hotel. Os Campana se inspiraram na cultura grega sem deixar de lado a habilidade de trabalhar o multiculturalismo com o toque de brasilidade.

Os temas gregos serviram de inspiração para que os irmãos decorassem os 79 quartos e espaços comuns do hotel, inaugurado no início de 2013. A arquitetura original do antigo Olympic Palace também foi aproveitada. Os Campana levaram para a Grécia alguns de seus móveis bem brasileiros, como as poltronas Favela, e o resultado foi uma mistura de cultura, cor e identidade.

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O brilho da dança

Após 25 anos de carreira a Quasar Cia. de Dança mostrou ao mundo o trabalho artístico feito em Goiás

Espetáculo "Por 7 vezes"

Espetáculo “Por 7 vezes”

O brilho de um quasar pode ser até um milhão de vezes superior ao de uma galáxia e esse brilho deu nome a uma das mais importantes companhias de dança do Brasil. Mais um representante da arte feita no centro-oeste, a Quasar Cia. De Dança representa nosso estado fora de Goiás e nosso corpo fora da mente. O Blog AZ conta um pouco mais da história dessa companhia, que é um corpo celeste em movimento.

Fundada em 1988 por Vera Bicalho e ex dançarinos do Grupo Energia, a Quasar Cia. de Dança nasceu da combinação da paixão pela dança com a vontade de criar um grupo profissional. “Veio com a paixão, mas a proposta inicial era formar um grupo independente e profissional”, relembra Vera Bicalho, dançarina desde os 15 anos.

A casa de uma das bailarinas do Grupo Energia e amiga de Vera foi palco para o nascimento da companhia. Numa tarde de 1988, o recém nascido grupo foi batizado. “Foi muito legal, uma festa com bailarinos e amigos, todo mundo lá pra dar um nome à companhia. Um deles falou ‘gente, vocês sabem o que é quasar? É uma estrela…’ Ele começou a falar, a gente começou a viajar e pronto. Nós batizamos o grupo como Quasar” lembra a ex bailarina da Quasar e professora de dança Simone Magalhães.

A estrela da festa daquela tarde já tinha nome próprio, bailarinos, espaço para ensaiar e um talentoso coreógrafo, o então estudante de educação física Henrique Rodovalho. Nascia a Quasar Cia. de Dança e já nascia com Asas, espetáculo que estreou em 5 de fevereiro de 1988 marcando o nascimento oficial da companhia. Desde que esse dia foi registrado na carteira de identidade do grupo até hoje foram 25 espetáculos em uma jornada que trouxe à companhia grande reconhecimento.

O balé contemporâneo, não muito íntimo do público goiano do final da década de 80, não ganhou muitos adeptos. A companhia se apresentava para plateias que não chagavam a dez espectadores. A dificuldade dentro de casa foi um obstáculo para as viagens do grupo para fora do estado e do País e repercutiu na consolidação da Quasar como empresa estável. Vera e Rodovalho, coordenadores da companhia, se dividiam em várias funções e sobreviviam de outros trabalhos fora do grupo. Em 1992, a Quasar recebeu o primeiro convite para se apresentar no exterior, na abertura do XXV Festival de Arte e Dança de Manizales, na Colômbia.

Espetáculo "Sobre isto, meu corpo não cansa"

Espetáculo “Sobre isto, meu corpo não cansa”

Nove espetáculos e seis anos após a estreia da companhia, Rodovalho coreografou Versus, espetáculo responsável pelo reconhecimento internacional da companhia antes mesmo de ela ser conhecida no Brasil. O grupo levou Versus para um festival na Alemanha e ao som das poesias concretistas de Arnaldo Antunes a companhia alcançou o sucesso com a sonoridade brasileira do espetáculo. “O público ficou extasiado com a apresentação”, relembra Vera Bicalho. A peça foi premiada em Tel-Aviv e na Alemanha abrindo os olhos do Brasil para o trabalho que estava sendo feito há quase dez anos em Goiás.

A partir de então, as notícias de prêmios e do reconhecimento do grupo não pararam de estampar os jornais locais. Seus fundadores não esperavam atingir o reconhecimento que a Quasar desfruta hoje, já que se trata de um grupo que surgiu sem grandes pretensões, fora do badalado circuito cultural brasileiro. “Estou um pouco assustado. Quando começamos, eu não tinha na cabeça que chegaríamos até aqui. Nossa preocupação era fazer um trabalho de qualidade” avaliou Rodovalho.

Atualmente a Quasar se apresenta no país todo e fora do Brasil. Com uma lista extensa de premiações e uma equipe de professores, dançarinos e cenógrafos, a Quasar não deixou suas raízes. Sempre estreia seus novos espetáculos em Goiânia e aqui mantem seu espeço de ensaio. Tudo para manter viva uma dança que se alimenta da paixão pela arte.

Espetáculo "No singular"

Espetáculo “No singular”

Fotos: Divulgação / Quasar Cia. de Dança

A fotografia de Rogério Mesquita

O goiano Rogério Mesquita bateu assas e seu trabalho é destaque dentro e fora do Brasil

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Quando um trabalho é bom voa para o mundo, atravessa continente e faz carreira internacional. Um deles é do goiano Rogério Mesquita. Rogério Mesquita nasceu em Goiânia, mudou-se para São Paulo e vive a vida entre a capital paulista e a Big Apple, a cidade de Nova York.

Fotógrafo, Mesquita estudou na Califórnia em 1991 e começou sua carreira em 1993. Homem de muitas vertentes, conseguiu estabelecer-se como fotógrafo de moda, arte e publicidade. Na moda assina a inúmeros editoriais e capas para revistas como Elle, FFWMAG, L’Officiel, Trip e TPM. Na publicidade, seu nome circula por grandes agências trabalhando com campanhas para L’Oreal, Semp Toshiba, Riachuelo, LG entre outros.
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Mas na arte é que seu talento encanta. O trabalho artístico de Rogério Mesquita apresenta toda a experiência do artista com o universo da moda mesclado a uma sensibilidade estética e sensorial que permite ao espectador adentrar na intimidade da obra.

Em 2011, Rogério Mesquita estudou cinema em Buenos Aires e o resultado dessa sua nova vertente foi premiada em Lisboa. É que em 2014 o fotógrafo dirigiu e filmou um comercial de tv para o Instituto Maria da Penha, inspirado em seu projeto artístico “Imagéticas”.

O filme foi uma campanha pelo fim do silêncio sobre violência domestica e recebeu o Prêmio Lusos de Publicidade. Em Nova Iorque, a campanha foi eleita um dos dez melhores comerciais do mundo pelo Best Ads On TV.

 

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Fotos: Rogério Mesquita

Tidelli 2016: Colorida como a vida ao ar livre deve ser

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Ao contrário dos invernais natais que dominam as propagandas de final de ano e todo o hemisfério que fica acima da linha do equador, nosso país tropical passa o recesso de Natal e a chegada de um novo ano sob o calor do verão. A estação mais quente do ano chegou junto com a coleção Tidelli 2016, o que não poderia ser mais providencial já que a marca é especializada em produzir móveis com qualidade para resistirem às mais diferentes condições climáticas.

É o próprio lifestyle da Tidelli que inspira sua coleção de móveis para área externa. Cores e pessoas são os principais ingredientes, simplesmente porque a vida não pode ser apenas em preto e branco. Este pensamento resulta em uma vasta coleção de móveis, em combinações de cores e modelos diversos, feito à mão.

Para 2016 a Tidelli criou seus produtos para quem tem um estilo urbano livre, descontraído e gosta de viver junto da natureza. São peças artesanais e com design moderno para espaços externos e ambientes de lazer internos.

Sempre em busca de novos elementos, a Tidelli mescla a inovação, resultado de constantes pesquisas, com o tradicional esforço manual presente na produção das peças. Com a fábrica instalada numa comunidade carente em Salvador, que emprega cerca de 300 colaboradores, a Bahia foi escolhida como cenários para que os produtos fossem apresentados pelas lentes do fotógrafo francês Alain Bruguier com produção de Regiane Mancini… Confiram:

Pedro Gadanho: arquiteto do todo

Pedro Gadanho vem da geração dos novos arquitetos que encaram a arquitetura como um todo

Pedro Gadanho
Arquiteto do todo, o português Pedro Gadanho faz parte da linha de profissionais que se concentrou naquilo que está além das obras e construções. Arquiteto, curador e professor, Gadanho fez nome preocupado em trazer sua profissão para o centro com o debate público e apresentar soluções para os problemas da cidade.

Graduado na Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto (FAUP), Pedro começou sua vida profissional em um atelier em Portugal. Terminou seu mestrado e dividiu os mais de 20 anos de carreira entre dar aulas e pensar a arquitetura de forma a contribuir com a sociedade.

Dedicou grande parte da sua atenção para a reabilitação de edifícios prontos no que define como uma atitude política. Entre levantar novas construções e reaproveitar as tantas que a Europa já possui, o arquiteto defende a política da renovação.

Em 2011 foi nomeado curador do Museu de Arte Moderna (MoMa) para atuar à frente do Departamento de Arquitetura Contemporânea e Design, e se despediu de Nova York em meados deste ano para assumir a curadoria do novo museu da Fundação EDP, em Lisboa, previsto para abrir suas postas entre julho e setembro de 2016.

O arquiteto se disse excitado em trocar uma das mais importantes instituições culturais do mundo pelo Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia (MAAT) de Lisboa. Ao se pronunciar a respeito de sua volta para a Europa, Pedro destacou a importância de seus anos em Nova York. “Fiz uma série de exposições relevantes, foi uma experiência muito importante”, explicou.

Localizado nas margens do Rio Tejo, o museu toma o lugar do que antes era o Museu da Eletricidade e Gadanho espera aproveitar suas instalações para abordar a relação da arte com as novas tecnologias.

Embora o museu ainda esteja de portas fechadas, Gadanho já assumiu suas funções como curador e trabalha no projeto que vai contar com diferentes salas de exposições, um serviço educativo, reservas de arte, auditório, espaços para residências artísticas e um restaurante.

O trabalho como curador surgiu de seu interesse pela arte. O arquiteto foi sempre ligado às manifestações artísticas e viu no trabalho a frente do Departamento de Arquitetura Contemporânea e Design do MoMa, e agora na Fundação EDP, uma possibilidade de unir suas duas paixões.

Foto: Paulo Pimenta / Divulgação

Chaise Veleiro: a rede móvel de André Brandão e Marcia Varizo

Ganhadora do Prêmio Tidelli de área externa, a Chaise Veleiro passa a ser produzida nacionalmente pela marca

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No último sábado (12) o Armazém da Decoração recebeu a Chaise Veleiro, criada por André Brandão e Marcia Varizo para a Tidelli em um Café Varanda com muitos amigos e papos design. A peça foi vencedora da categoria profissional do Prêmio Design de Mobiliário Externo da Tidelli, e passa a ser produzida nacionalmente pela marca.

“Como era um concurso de mobiliário externo, pensamos em fazer algo que lembrasse uma rede”, explicou André para o Blog AZ. O intuito dos designers era dar vida a uma peça que transformasse em mobiliário o conforto de uma rede, por isso que o primeiro nome do protótipo, antes de ser batizado como Veleiro, era justamente ‘rede’.

“Enviamos para a organização do prêmio três propostas de móveis diferentes e a Chaise Veleiro era a mais ousada delas”, lembrou o designer. A peça era a que André e Marcia menos apostaram, mas acabou caindo no gosto dos jurados do concurso Tidelli e do público, que na manhã de sábado recebeu bem a nova peça dos arquitetos em sua primeira criação de móvel para áreas externas.

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Fotos: Marcus Camargo

Fora da caixa

Neobox entrou para o mercado moveleiro em 2011 e já consolidou seu nome no meio do mobiliário de luxo

Originado da expressão americana think outside the box, o termo pensar fora da caixa remonta a ideia de um pensamento livre de amarras. No design, encontrar este ponto fora do comum é um dos caminhos para o sucesso. A dupla de designers mineiros Danilo Lopes e Paula Gontijo encontrou a receita para o triunfo com a criação da marca Neobox ou, no bom português, nova caixa.

Com esse nome, não é nem preciso dizer que a Neobox encontrou o caminho livre de amarras para desenvolver um mobiliário inovador, sempre focado no conforto e na ergonomia. Danilo Lopes e Paula Gontijo, pais da Neobox, são também cunhados. Paula é arquiteta. Danilo sempre trabalhou com o design, flertando com os diversos seguimentos do rico campo da criação já tendo trabalhado inclusive com marcas como a Arezzo e a Ellus.

Criada em 2011 em um atelier localizado em Nova Lima, região metropolitana de Belo Horizonte, a Neobox já faz parte de um seleto grupo de empresas responsáveis pela criação e fabricação de móveis assinados no segmento de luxo.

Com peças minimalistas, as linhas simples e elegantes da Neobox são uma homenagem dos designers para o trabalho de Oscar Niemeyer – inspiração da dupla. Além da preocupação com cada passo de criação do produto, a Neobox produz peças fabricados com materiais de alta tecnologia e respeito ao meio ambiente, confira:

 

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A simplicidade elegante de Poul Kjaerholm

O marceneiro do metal Poul Kjaerholm foi um dos grandes nomes do design escandinavo

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Nós já nos apaixonamos pelo design escandinavo em publicações anteriores, antes mesmo de falarmos no nome de Poul Kjaerholm.  O designer nasceu em 1929, porém teve sua criação abruptamente interrompida no início dos anos 1980 por um câncer de pulmão. Seu nome, por outro lado, não desapareceu prematuramente e atravessou as fronteiras de seu país.

Quando do lado de fora as temperaturas chegavam a inimagináveis números negativos, os escandinavos se especializaram em criar confortáveis e elegantes peças mobiliárias – o que faz todo o sentido, pensando que a maior parte do ano a vida acontece da porta para dentro.

Fascinado pelo design mobiliário, Kjaerholm buscou inicialmente formação como marceneiro. Seus estudos posteriores foram com nomes como o de Hans J. Wegner na Escola Dinamarquesa de Artes e Ofícios. Curioso é que, na contramão de seus colegas de região, Poul não viu na madeira a estrela de suas peças.
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Certa vez Poul Kjaerholm defendeu o aço afirmando que o material possui o mesmo mérito artístico da madeira e do couro. “O potencial construtivo do aço não é a única coisa que me interessa; a refração da luz na sua superfície é parte importante do meu trabalho artístico”.

O aço foi o protagonista das coleções mobiliárias de Poul Kjaerholm. Sua linha mais famosa foi batizada com as iniciais do designer (PK) e ajudou a construir a imagem do design escandinavo como a conhecemos atualmente – simples e elegante.

Sua peça mais famosa, a icônica PK24, integra o acervo de museus como o MoMA, o Victoria & Albert e o Vitra Design Museum. Além da exuberância natural da peça, a PK24 foi criada sob o princípio do “equilíbrio neutro” desenvolvido pelo próprio designer. As principais partes do móvel não possuem conexão física entre si, ou seja, são ligadas exclusivamente pela gravidade e pela fricção entre os elementos.

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