MoMA disponibiliza download de livro importante para a arquitetura brasileira

O catálogo Brazil Builds, resultado de uma exposição de 1943, compila quase três séculos da arquitetura brasileira

O Museu de Arte Moderna (MoMA) disponibilizou para download gratuito o arquivo em PDF da exposição levou a arquitetura brasileira para os Estados Unidos. “Brazil builds: architecture new and old” foi realizada em 1943, e apresentou aos cidadãos nova-iorquinos e de todo o mundo as construções do Brasil não apenas daquele momento, mas desde meados do século 17.

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150 anos de Frank Lloyd Wright

MoMA cria exposição inteiramente dedicada às obras de Frank Lloyd Wright para comemorar seus 150 anos

Unity Temple, em Illinois

O legado deixado por Frank Lloyd Wright não é pequeno. Não só em termos de quantidade, mas também de importância. O arquiteto é um dos grandes nomes do seguimento no mundo e conquistou esta posição em razão de um trabalho modernos feitos dentro da lógica da arquitetura orgânica.

O título de pai da arquitetura do século 20 fez com que o trabalho de Wright jamais passasse em branco, por isto, no mês que Frank Lloyd Wright completaria 150 anos, o Museu de Arte Moderna de Nova York (MoMA) criou uma exposição inteiramente dedicada às suas obras: Frank Lloyd Wright at 150: Unpacking the Archieve.

A exposição reúne arquivo elaborado pela Universidade de Columbia em 2012 com as principais obras do arquiteto, bem como seus trabalhos menos conhecidos. A mostra, em cartaz desde o dia 12 de junho, conta com aproximadamente 450 obras de todas as fases da carreira de Wright, incluindo desenhos de arquitetura, modelos, maquetes construtivas, filmes, aparições em programas de televisão, mídia impressa, mobiliário, tecidos, pinturas, fotografias e anotações.

Frank Lloyd Wright foi o pai da arquitetura orgânica, movimento que trabalha a arquitetura com organismos vivos. Para o arquiteto estadunidense, o vazio é o ponto culminante da arquitetura, já que é no vazio das paredes que vivemos. Na arquitetura orgânica, uma casa deve nascer para atender às necessidades das pessoas como se realmente fosse um organismo vivo.

O trabalho de Wright representa uma importante parte da história da arquitetura mundial, por isto dez de suas construções  receberam o status de Patrimônio Mundial da Unesco, ato que impõe a obrigação de preservação das obras.

Pedro Gadanho: arquiteto do todo

Pedro Gadanho vem da geração dos novos arquitetos que encaram a arquitetura como um todo

Pedro Gadanho
Arquiteto do todo, o português Pedro Gadanho faz parte da linha de profissionais que se concentrou naquilo que está além das obras e construções. Arquiteto, curador e professor, Gadanho fez nome preocupado em trazer sua profissão para o centro com o debate público e apresentar soluções para os problemas da cidade.

Graduado na Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto (FAUP), Pedro começou sua vida profissional em um atelier em Portugal. Terminou seu mestrado e dividiu os mais de 20 anos de carreira entre dar aulas e pensar a arquitetura de forma a contribuir com a sociedade.

Dedicou grande parte da sua atenção para a reabilitação de edifícios prontos no que define como uma atitude política. Entre levantar novas construções e reaproveitar as tantas que a Europa já possui, o arquiteto defende a política da renovação.

Em 2011 foi nomeado curador do Museu de Arte Moderna (MoMa) para atuar à frente do Departamento de Arquitetura Contemporânea e Design, e se despediu de Nova York em meados deste ano para assumir a curadoria do novo museu da Fundação EDP, em Lisboa, previsto para abrir suas postas entre julho e setembro de 2016.

O arquiteto se disse excitado em trocar uma das mais importantes instituições culturais do mundo pelo Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia (MAAT) de Lisboa. Ao se pronunciar a respeito de sua volta para a Europa, Pedro destacou a importância de seus anos em Nova York. “Fiz uma série de exposições relevantes, foi uma experiência muito importante”, explicou.

Localizado nas margens do Rio Tejo, o museu toma o lugar do que antes era o Museu da Eletricidade e Gadanho espera aproveitar suas instalações para abordar a relação da arte com as novas tecnologias.

Embora o museu ainda esteja de portas fechadas, Gadanho já assumiu suas funções como curador e trabalha no projeto que vai contar com diferentes salas de exposições, um serviço educativo, reservas de arte, auditório, espaços para residências artísticas e um restaurante.

O trabalho como curador surgiu de seu interesse pela arte. O arquiteto foi sempre ligado às manifestações artísticas e viu no trabalho a frente do Departamento de Arquitetura Contemporânea e Design do MoMa, e agora na Fundação EDP, uma possibilidade de unir suas duas paixões.

Foto: Paulo Pimenta / Divulgação