Surfe e arte

Paulo Govêa divide seu tempo entre as ondas e suas pinceladas lúdicas e coloridas

barrel
É em um universo lúdico, colorido e paradoxalmente urbano que o artista plástico Paulo Govêa faz transitar sua obra. O paulistano de 38 anos deixou a selva de concreto há 11 e se mudou para onde ficaria mais perto das ondas: Florianópolis. Autodidata, o surfista divide seu tempo entre as telas e o mar.

Seu trabalho é facilmente reconhecido por quem já teve algum contato com a obra. Paulo Govêa retrata mulheres com formas figurativas e cores fortes capazes de questionar não só o mundo da arte como a vida contemporânea por inteiro. E por falar em mundo da arte, o artista é pontual, “acho que as pessoas têm que olhar primeiro para a obra e depois para a assinatura, isso não só no Brasil”, declarou.

Suas influências são Modigliani e Van Gogh e não é difícil encontrá-las em seu trabalho. As cores fortes do holandês unidas aos retratos femininos do italiano são traduzidas na linguagem contemporânea de Govêa. No cenário atual, o artista admira o trabalho de Pedro Driin, Luciano Martins, Pifo e dos Gêmeos.

Além das telas, as pinceladas de Paulo também alcançaram muros e murais e seu talento, outras plataformas. O artista realiza curtas em animação Stop-motion e Pixelation. Seus mais recentes trabalhos são a pintura mural no MASC Museu de Santa Catarina, a intervenção na arquitetura da Pinacoteca de São Paulo, a Exposição no Museu de Arte Moderna de Chiloé no Chile e recentemente uma exposição em Barcelona, na Montana Gallery.

Para unir suas duas paixões, Paulo Govêa levou para as aldeias locais de Niang Niang, em Mentawai, e às ilhas de Nias, no norte de Sumatra, o lúdico e as cores de seus desenhos que foram pintados nos muros e portas das casas a beira mar.
Nias-norte-da-Sumatra-Indone_sia Casa-na-Vila-na-Ilha-de-Niang-Niang-Sumatra-MentawaiPaulo-Govêa3 DSC_1277

Vamos falar de moda?

Blog AZ começa a falar também sobre moda com uma série de reportagens semanais sobre designers que fazem e fizeram história

9187566_orig
O mundo globalizado globalizou a moda e as tendências que eram ditadas pelas grandes maisons, agora são feitas dentro de casa. Cada um tem o seu estilo e pronto. “A moda hoje está enfrentando um novo desafio, as pessoas não buscam na moda as tendências das marcas, elas consomem as roupas que enquadram em seu estilo próprio” explicou Giovanni Frasson, Diretor de Moda da Vogue Brasil durante o Vogue Fashion’s Night Out Goiânia.

O evento, que encerrou na capital goiana a edição de 2014, acontece mundialmente desde 2009, quando Paris abriu suas ruas para falar de moda. No Brasil, a Vogue Fashion’s Night Out foi realizada nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Vitória e Goiânia e integra o evento internacional que acontece anualmente em 19 países, com o total de 30 capitais espalhadas por quatro continentes.

O papo sobre moda não poderia vir em melhor momento. Estudar o design é perceber que eles se encontram em todas as suas vertentes. Moda e mobiliário parecem estar distantes, mas se cruzam quando entendemos que ambos fazem parte de como queremos nos apresentar ao mundo – fora que é impossível não perceber a arte por trás do trabalho de um designer, independente desse profissional estar desenhando um vestido ou uma poltrona.

As pessoas globalizadas podem até criam seus looks com algumas peças do guarda roupa e uma olhada consultiva no instagram, mas não deixam de beber sua criatividade em clássicos da moda que nunca vão morrer. É com a intenção de falar mais sobre esse novo momento vivido pelo design que o Blog AZ começa uma série de reportagens sobre o universo da moda. Vamos passear pelos designers que estão super expressivos mundo afora sem deixar de falar também naqueles que marcaram época.

Superlimão Studio

Quatro jovens arquitetos com criatividade e consciência ambiental criaram um escritório de design para lá de inusitado: o Superlimão Studio

9885
Sabe aquele velho ditado “uma imagem vale mais que mil palavras”? Ele se aplica bem ao trabalho do coletivo Superlimão, já que nenhuma palavra dessa matéria descreverá com tanta precisão o talento desse time de jovens designers. Inusitado é a primeira palavra que passa na cabeça de quem conhece de perto o design do dos “superlimões”. Irreverente, lúdico, criativo são as próximas da fila.

Em 2002 Sergio Cabral, 33, formado em desenho industrial pela Faap, montou o escritório com o amigo Thiago Rodrigues, 31, que estudou arquitetura na mesma faculdade. Em 2009, Lula Gouveia, 31, engenheiro e arquiteto formado pelo Mackenzie e Antonio Carlos Figueira, 27, que cursou turismo e trabalhou com questões ambientais, se uniram ao grupo. Juntos tinham todos os ingredientes necessários para colocar no mercado o Superlimão: criatividade, conhecimento e responsabilidade ambiental.

O Superlimão Studio atua no campo de design de mobiliário e com arquitetura residencial e comercial. Com uma formação tão heterogênea, Sergio, Thiago, Lula e Carlos acabaram se capacitando para atuar em todas as vertentes do design e em todas elas imprimem sua marca de irreverência. “Fazemos o produto completo, desde o mobiliário até a engenharia”, explica Sergio.

O nome nasceu do velho dito fazer de um limão uma limonada. Quem vê o trabalho do grupo imagina que toda aquela criatividade deve sair uma fortuna, mas o Superlimão aproveita os materiais que já estão no imóvel antes de uma reforma, assim os curtos da obra ficam menores. Ponto para o reaproveitamento sustentável!!

E já que tocamos no assunto sustentabilidade, Sérgio explica: “O tema sustentabilidade virou palhaçada. Muitas vezes gasta-se tanta energia para levar um piso ecológico para Ubatuba que seria melhor usar uma pedra de lá”. Para o grupo, sustentabilidade nem sempre se concentra no material usado, mas sim no aproveitamento do que já existe, afinal facilitar é a forma mais simples de economizar.

A busca por novas linguagens estéticas casou perfeitamente com o padrão de sustentabilidade adotado pelo Studio. O grupo acaba encontrando em materiais inusitados, reciclados, a saída para criar uma peça de mobiliário ou uma parede sem gastar e desgastar o meio ambiente. Em seus projetos comerciais, o Superlimão Studio já reformou e repaginou restaurantes e lojas das capitais brasileiras. Em um de seus trabalhos recentes, o coletivo criou a identidade física de uma loja tão criativa quanto seu trabalho: a Carbono Design de Marcus Ferreira.

27131 17939 projeto-27065 projeto-24925 projeto-94972131011213 1918409009 1792197434 1546063478 17601

Arquitetura da inclusão social

Janete Costa, arquiteta pernambucana, dedicou sua carreira para a arte popular e levou para seu trabalho um jeito único de decorar

Janete Costa
“Vivi em maio aos objetos da criatividade popular, sonhava em trocar a moringa por uma geladeira. Mas o tempo foi me mostrando a beleza da sua forma singela e através da elaboração intelectual deixei de ser apenas consumidora para transformar-me em observadora cultural, não apenas catalogando o universo popular, mas buscando também valorizar e respeitar os criadores coerentes com seu mundo cotidiano”.

Foi assim com seu jeito meio poeta em olhar, consumir e criar a cultura que a arquiteta pernambucana Janete Costa desenhou uma carreira marcada por importantes projetos de arquitetura, design expositivo e de produtos. Janete Costa nasceu em 3 de junho de 1932, em Garanhuns (PE), e deixou o mundo em novembro de 2008 após longa enfermidade.

Sua grande contribuição com a cultura brasileira, porém, veio por meio da divulgação da arte popular e do artesanato tradicional. Despertou desde cedo na pernambucana uma preocupação com a arte popular e com os donos desses trabalhos, muitas vezes esquecidos pelo mercado de trabalho.

Para Janete, era tudo uma “questão de brasilidade”. Foi em nome dessa brasilidade que a arquiteta passou a alimentar sua carreira do ideal de fazer com que a arte, por meio da arquitetura e do design, expressasse as identidades da cultura local – ou locais em um brasil que possui vários brasis.

Para Janete Costa, investir na arte popular era investir na inclusão social de artesão e criadores que viviam e ainda vivem fora do badalado circuito cultural brasileiro; algo como a arquitetura da inclusão social. Foi assim que Janete se tornou uma das maiores conhecedoras do artesanato brasileiro. Para ela era uma questão não apenas de valorizar o trabalho que valoriza a cultura local, era uma questão de dar aos artesãos melhores condições de vida.

É compreensível encontrar a assinatura de Janete Costa na curadoria e montagem de dezenas de exposições, entre elas Artesanato como um caminho, Fiesp/Ciesp, São Paulo, 1985; Bienal de artesanato, Centro de Convenções, Recife, 1986; Viva o povo brasileiro, Museu de Arte Moderna-MAM, Rio de Janeiro, 1992; Arte popular brasileira, Riocult, Rio de Janeiro, 1995; Arte Popular Brasileira e Arte Popular dos Estados, Carreau du Temple, Paris, 2005 (Ano do Brasil na França, convidada pelo governo brasileiro), Que Chita Bacana, Sesc Belenzinho, São Paulo, 2005, Somos-Criação Popular Brasileira, Santander Cultural, Porto Alegre, 2006, Do Tamanho do Brasil, Sesc Avenida Paulista, São Paulo, 2007; e Uma Vida – Janete Costa e Acácio Gil Borsoi, Museu do Estado de Pernambuco, Recife, 2007. Atualmente, um museu de arte popular leva seu nome: Museu Janete Costa de Arte Popular é um museu na cidade de Niterói (RJ).

Janete Costa 2 Janete Costa 1

A primeira impressão de Ruedi Baur

O designer franco-suíço Ruedi Baur possui um trabalho incrível com identidade visual e assina projetos em grandes museus da Europa

iv_ba_01
Uma pessoa diz muito sem dizer uma palavra, apenas pela escolha de como usar o cabelo, cortar a barba, vestir uma roupa ou escolher um sapato. Se a identidade visual é importante nas pessoas, imagina o que esse conjunto de elementos formais que representa visualmente um nome significa para uma marca ou um produto.

Foi sabendo da importância que a primeira impressão sobre um local ou uma marca causa nas pessoas que o designer franco suíço Ruedi Baur cursou design gráfico na Escola de Arte Aplicada (für Gestaltung), em Zurique. Dez anos após se formar, Baur fundou o Integrál Ruedi Baur. Seu atelier é responsável por projetos de identidade visual, iluminação e arte urbana que ganharam espaço em museus, ruas e edifícios em toda Europa.

Só para citar alguns nomes e mostrar que seu currículo é de dar inveja, Ruedi Baur assina projetos no Centre Cultural Tjibaou de Noumea, no Centro Pompidou e na Cité Internationale Universitaire de Paris, no Aeroporto de Köln-Bonn na Alemanha, na Cinemateca Francesa, Museu do Rodin, Museu do Louvre entre outros.

Ruedi Baur nasceu em 1956 em Paris e retornou para seu país de origem em 1980, logo após se formar. Seu primeiro estúdio foi aberto em Lyon, transferindo-se para Paris no fim da década de 1980. Especializado na área cultural, atualmente expandiu sua atuação de Paris para Zurique, onde abriu uma filial do seu estúdio. Desde 2004, Ruedi Baur é professor na Hochschule für Gestaltung und Kunst em Zurique e o responsável pelo Design2context, um instituto recentemente fundado para a pesquisa em design.

iv_ba_07 de_pvfi_05 mu_mr_40

Moda e arquitetura a serviço do design moveleiro

Marcelo Alvarenga e Suzana Bastos uniram a criatividade em uma nova marca de design: Alva

mg_6011
Enquanto um desenhava projetos a outra desenhava roupas, mas em 2012 os irmãos Marcelo Alvarenga e Suzana Bastos uniram seus lápis em um mesmo papel e lançaram a marca de design Alva. Suzana cursou artes plásticas para seguir a carreira de estilista enquanto seu irmão optou pela arquitetura e criou o escritório Play Arquitetura. Seu nome apareceu entre os jovens talentos selecionados pela revista Wallpaper.

Mineiros de Perdões, os irmãos Marcelo Alvarenga e Suzana Bastos têm pedigree. Netos do Senhor João Alvarenga, o avó da dupla fazia peças de xadrez, vasos e outros utensílios domésticos. Com o design no sangue, Marcelo e Suzana resolveram homenagear o avô no nome da nova marca, Alva de Alvarenga, que estreou com uma linha homônima.

A linha Alva é composta por dois aparadores, três gaveteiros com pés e gavetas de parede. As peças foram pensadas para criar um interessante contraponto de formas e materiais. A união das linhas de Marcelo com a criatividade de Suzana gerou móveis projetados em madeira sólida, rígida e geométrica com adornos em tiras de camurça, maleáveis e coloridas sustentadas por um delicado suporte de metal. A bela mistura da madeira com o couro chamou a atenção de Etel e as peças da dupla fazem parte do acervo oficial da marca.

mg_5979 mg_5969

Da fotografia ao design industrial para a decoração

Os amigos Léo Capote e Marcelo Stefanovicz uniram suas forças e criatividades em trabalhos inusitados que assumem o papel de objetos utilitários e peças de decoração

1094965
Fotografia e design industrial parecem duas áreas distantes, mas os amigos e parceiros Léo Capote e Marcelo Stefanovicz uniram suas formações na criação de peças bem humoradas, lúdicas e cheias de arte. Foi em um galpão de fábrica no bairro paulistano de Santa Cecília que o fotógrafo Marcelo e o designer Léo começaram a trabalhar junto há um ano e meio.

“Penso de maneira prática e gosto de manipular ferramentas, enquanto o Marcelo é mais artista. Temos características complementares”, explicou Leo sobre o trabalho desenvolvido pela dupla. O olhar artístico do fotógrafo casou bem com as técnicas e o olhar industrial do designer. Juntos passaram a desenvolver peças de mobiliário e verdadeiras instalações com um estilo que transita entre o vintage e o contemporâneo.

A primeira linha da dupla foi desenvolvida com peças de ferramentas de obra. Leo e Marcelo possuem uma mesa de picaretas, outra de machados e chegaram a desenvolver fruteira com colher de pedreiro. Dai surgiu o termo “bem humorado” para adjetivar o trabalho da dupla. As luminárias saíram como verdadeiras instalações, dessas que encontramos expostas em museus de arte contemporânea das grandes metrópoles. É como se alguém as tivesse esquecido ali, como que por uma brincadeira.

A maior referência do fotógrafo e do designer são os irmãos campana. “Fernando e Humberto frequentavam a loja de parafusos do meu avô, da qual sou dono hoje, e me convidaram para estagiar no estúdio deles”, contou Léo. Os dois possuem hoje importantes produções independentes com formas e materiais que assumem o papel de objetos utilitários inusitados e peças de decoração.
1185618_211833415607439_2017611312_n 1185064n 1173897_211833378940776_139456649_n

Como se madeira fosse

Woods recria madeira de forma lúdica em várias plataformas, inclusive na própria madeira

Pinturas de Richard Woods

Pinturas de Richard Woods

As fotos parecem ter saído das páginas de uma revista de cartoon, mas esse trabalho é do artista Richard Woods. Richard é pintor, escultor e agora se aventura também pelo design mobiliário, graças aos móveis de sua parceria com a Estableshed & Sons, que levaram pinceladas ao estilo bem lúdico.

Nascido em Chester (1966), Richard vive na Inglaterra e já exportou seu trabalho para todo o mundo. Suas inusitadas chapas de compensado foram temas de artigos nas páginas do New York Times, The Guardian, Vogue e outros periódicos que se encantaram pelas inusitadas texturas do artista.

O designer estiliza texturas lúdicas em várias superfícies. As placas são pintadas individualmente à mão e cada uma recebe uma máscara de acetato, onde os desenhos do designer são ampliados. No design mobiliário, Woods transportou suas pinturas para aparadores, criados-mudos, cômodas e cadeiras.
woods0 wood1 Richard-Woods-Artist18-600x500

Trajetória de Jorge Zalszupin é tema de livro

Polonês radicado no Brasil, Jorge Zalszupin é um dos maiores nomes do design nacional

Jorge Zalszupin conta que sua paixão pela arquitetura surgiu quase que por coincidência. Foram seus olhos de menino, encantados com as letras LC (Le Corbusier) impressas em um dourado chamativo na capa de um livro, os responsáveis por fazer surgir o interesse do jovem de então 15 anos pela profissão que seguiria no futuro.

Do lado de fora de uma livraria, Jorge Zalszupin viu pela vitrine o encanto do design e enxergou a arquitetura com outro olhar. O designer nasceu em 1922 na Polônia, mas não ficou muitos anos nas terras geladas de seu país. Em 1945 o arquiteto terminou os estudos quando o mundo terminava mais uma guerra mundial.

Em meio às destruições, Jorge decidiu construir longe dali e se mudou da Polônia para a França. Seus passos não pararam por ali, Zalszupin aterrissou no Brasil e logo depois em Brasília, cidade pela qual nutre um carinho especial.

Sua marca, L´Atelier, espalhou-se por quase todo o país, assim como o seu nome. A onda desenvolvimentista no Brasil pós-guerra era a condição ideal para que Jorge desenvolvesse sua arquitetura poética e vanguardista. Não deu outra, suas criações foram muito bem aceitas pelas cabeças mais abertas.

A importância de seu trabalho é indiscutível quando o assunto é a história do mobiliário brasileiro, então a professora da USP Maria Cecília Loschiavo resolveu preencher a lacuna bibliográfica existente ao publicar a primeira obra produzida exclusivamente sobre o trabalho de Zalszupin, o livro: Jorge Zalszupin: design moderno no Brasil. O Armazém da Decoração fará uma noite de autógrafos, na próxima terça-feira (26), para lançar em Goiânia essa importante obra para o design nacional

Jorge Zalszuspin em sua casa

Jorge Zalszupin em sua casa

Street Art: Rimon Guimarães

O olhar sensível do autodidata Rimon Guimarães ganhou o mundo e está estampado, em forma de grafite, nas grades cidades dos quatro cantos do planeta

amsterdam
Mãos talentosas são capazes de fazer mágica criativa em poucos segundos. Esse é o caso de Rimon Guimarães. Dê a ele um spray e uma parede que o artista cria figuras que se tornaram marcas registradas de seu trabalho, atualmente estampado nas paredes de cidades como São Paulo, Porto Alegre, Belo Horizonte, Londrina, Antuérpia, Amsterdam, Torino, Zurich, Kuala Lumpur entre outras.

Além dos rostos femininos, cores fortes estão muito presentes nas criações de Rimon. O artista, multifacetado, deixou sua marca também com sons, vídeos e traços. Seu trabalho, como o de todo bom street artist, alcançou também as paredes das grandes galerias.

Rimon Guimarães, ou simplesmente Rim, nasceu em Curitiba e ganhou o mundo com a sua pintura autodidata. Diferente de alguns nomes da arte urbana, Rim não se prendeu apenas nas criações muralistas, e colocou seu trabalho em telas em branco sem preconceito. Seu estilo de linhas sinuosas apresenta figuras dissolvidas em meio ao entrelaçamento de formas obtusas e linhas irregulares que mostram bem o Brasil e sua diversidade cultural.

Ao ser questionado sobre o que o inspira, Rimon respondeu: “As organizações naturais, que vão além do físico, a pura intenção de uma semente crescendo, essa imaterialidade do impulso que nos mantém infinitos”. Qualquer coisa que passa despercebido a olhos menos sensíveis pode ser uma fonte de inspiração do artista.

Ao procurar sobre o artista, nos deparamos com explicações sobre seus temas cósmicos, metropolitanos e místicos como sendo etapas de uma experimentação totalmente livre, mas ainda assim carregada de estilo próprio e poder de atração visual. Realmente Rimon tem um estilo próprio, cheio de significado e beleza.
tumblr_m0kt8ser7h1qheit5o1_1280 tumblr_lubk0zwCyu1qheit5o1_500 Captura de tela 2013-03-01 às 14.23.11