O modernismo de Lina Bo Bardi

Multifuncional, Lina Bo Bardi mostrou que seu talento foi além dos projetos arquitetônicos e criou belas peças de mobiliário

Cadeira Girafa
Sabe aquele museu no meio da agitada Av. Paulista que é parada obrigatória de todos que vão a São Paulo? Pois é, ele é considerado uma das obras mais importantes de uma importante arquiteta que você pode ter na sua casa, a italiana Achillina Bo. Mais conhecida como Lina Bo Bardi, a modernista que projetou o Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (MASP) 20 anos após sua chegada ao Brasil foi também designer de móveis.

A criatividade da arquiteta formada pela Universidade de Roma explorou todos os tipos de linguagens, Lina foi designer de produção, curadora, professora, ilustradora, decoradora e designer de moda. Lina nasceu em Roma em 1914, aos 22 anos fugiu da Europa para o Brasil e aqui se naturalizou brasileira. No Brasil, Lina Bo Bardi amadureceu sua interpretação pessoal e menos dura do modernismo, com tons mais divertidos.

Durante todo o seu trabalho, Lina Bo Bardi projetou lugares que favoreceram o encontro entre as pessoas, assegurando a sustentabilidade cultural da arquitetura. No campo do design, Lina priorizou a produção artesanal misturando-a com seu inconfundível estilo modernista. Entre suas obras moveleiras mais conhecidas estão a Mesa e cadeira Girafa. A arquiteta projetou os móveis em parceria com Marcelo Ferraz e Marcelo Suzuki em um trabalho com madeira maciça.

 

 

O insaciável artista goiano

Naturalizado em Goiânia, Pitágoras Lopes Gonçalves é um dos grandes nomes da nossa arte contemporânea

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Para os que não conhecem Goiânia, aqui vai mais uma razão para atraí-los ao centro-oeste: Pitágoras Lopes Gonçalves. Pitágoras é mais um goiano que vem mostrando que arte não se faz apenas no eixo Rio – São Paulo. Autodidata, Pitágoras satiriza a estética humana por meio de suas pinceladas.

Insaciável, porque o artista nunca cansa. Aos quase 50 anos de idade, Pitágoras não parou e nem seu sucesso. No currículo coleciona uma vasta lista de exposições em diversas cidades brasileiras, além de uma participação luxuosa na Feira Internacional de Arte Contemporânea de Nova York, em 2008.

O trabalho do artista se aproxima muito ao que era feito pelos expressionistas. Se você não sabe quem realmente é, dê uma olhada para a obra de Pitágoras e nela encontrará sua essência revelando sincronia com a produção do circuito artístico contemporâneo.

Sombras, seres fantasmagóricos e pinceladas fazem nascer uma obra que não deixa o espectador imune. Confira um pouco desse trabalho na Armazém da Decoração.
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“Nunca parei de desenhar”

Crônicas do Dia-a-Dia fala hoje sobre o artista Goiano que vêm fazendo sucesso fora de sua terrinha, Marcelo Solá

Marcelo Solá (Fotos: Blog da Mariah)

Marcelo Solá (Fotos: Blog da Mariah)

É em sua chácara que Marcelo Solá concentra seu trabalho. A pulsação das metrópoles contemporâneas e sua natureza caótica e pulverizada são impressas em sua obra que saiu do centro do país e conquistou galerias de arte em várias partes do Brasil e do mundo. Aos 42 anos de idade, Marcelo continua se dedicando ao desenho como fazia quando ainda era um menino. “A criança, na fase escolar, até aprender a escrever, se comunica por desenhos. Eu aprendi a escrever, mas não deixei de me comunicar por desenhos”, conta Marcelo.

O desenho-pintura de Solá nasceu da sua criatividade e da ânsia de se expressar. Autodidata, Marcelo não frequentou a faculdade. O artista conta que até tentou entrar para cursos como artes visuais e arquitetura, mas o plano não deu certo. “Eu sempre desenhei, desde criança. Acabei me envolvendo em todo o processo e as coisas foram acontecendo para mim, quando vi já estava sendo convidado para exposições e mostras fora de Goiás”.

O artista plástico não se limita ao papel. Marcelo usa e abusa da arte em todos os seus sentidos e o desenho é apenas um deles. Algumas obras de Solá são o que o próprio artista chama de desenho-instalação com a participação de objetos como uma atividade ampliada. Marcelo é íntimo da arte, mas ainda está se adaptando ao mercado. “O mercado é uma novidade para mim, de uns dois ou três anos para cá as exposições têm vendido meus quadros”, conta o artista.

Temas

São as divagações e percepções do artista acerca do mundo que o cerca as suas principais inspirações. Marcelo dedica 24 horas do seu tempo à arte e são as pequenas coisas que Marcelo transforma em grandes desenhos. “Faço reflexões sobre temas que, as vezes, passam despercebidos na vida das pessoas e esses temas viram obras de arte”, explica o artista. Quando decide enumerar os temas, arquitetura, sexualidade, religião não ficam de fora.

Entre as suas exposições, destacam as realizadas na Funarte, Brasília, em 2005, na Celma Alburquerque Galeria de Arte em Belo Horizonte, no Museu Nacional de Belas Artes no Rio de Janeiro e na Galeria Casa Triângulo e Centro Cultural São Paulo. Este ano, Marcelo Solá foi convidado para mais um exposição internacional, desta vez em Massachusetts, Estados Unidos.

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Crônicas do Dia-a-Dia: Um quê de poesia

Crônicas do dia-a-dia entra no mundo de Giovanni Borges e descobre como o arquiteto projeta os sonhos de seus clientes

Giovani Borges

Giovanni Borges

Aos 40 anos de idade Giovanni Borges já comemora 20 de carreira. Formado em Arquitetura e Urbanismo pela antiga Universidade Católica de Goiás e atual PUC-GO, o arquiteto entrou em uma sala universitária pela primeira vez aos 15 anos e já como estudante. Nascido no interior, Giovanni veio cedo para a capital goiana e por aqui se firmou. A cada novo projeto, o arquiteto encontra uma nova aventura. É em seu escritório no Setor Bueno, que Giovanni recebe convites para mergulhar nos novos desafios que a carreira que ele ama lhe proporciona a cada dia e são essas aventuras que ele conta um pouco mais para o Blog AZ.

 

Porque a arquitetura?
É uma paixão de infância. Eu não tinha muita noção entre a diferença da engenharia para a arquitetura, meu pai me deu um livro sobre as profissões e eu acabei escolhendo pela segunda opção. Não gostei do trabalho técnico que descrevia a engenharia, eu queria criar, usar meu feeling.

O que te inspira?
É difícil mensurar tudo em uma coisa só, mas eu tento me inspirar no desejo do meu cliente. Eu não sou um arquiteto formal, mas eu fico preocupado com o problema que eu tenho que resolver. Eu acho que arquitetura é um pouco arte. Nós temos um dom criativo grande que tem tudo a ver com arte.

Uma cidade e uma viagem que te marcaram?
Cidade? Rio de Janeiro, sem dúvida. Mas cada lugar me encanta de uma maneira diferente. Gostei muito da África e da Austrália. Eu me encanto pelo novo, pelo diferente.

Sua profissão secreta?
Arquiteto!

Um luxo essencial?
Tempo para mim mesmo! Hoje em dias estamos sempre correndo contra o tempo, que ter tempo para investir em mim acabou se tornando um luxo.

Seu lugarzinho preferido dentro de casa?
O home para assistir filmes e meu quarto pelo conforto do meu cantinho.

Projeto dos sonhos?
Eu tenho vontade de fazer algo de uso público. Ter mais de um cliente satisfeito com um mesmo trabalho, como um teatro ou um grande restaurante.

Em seus projetos, o que nunca pode faltar?
Essência! Eu gosto do desafio e do novo.
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“O trabalho do arquiteto tem um quê de poesia … Afinal, quando desenvolve um projeto, ele é responsável pela realização de um sonho, do desejo de ser feliz das pessoas.” (Giovanni Borges)

 

 

Crônicas do Dia-a-Dia: Projetando novos mundos

Crônicas do dia-a-dia entrevista hoje Elaine Saliba e aprende como a arquiteta aprendeu a projetar novos mundos na vida de cada novo cliente

Eliane Saliba

Elaine Saliba

Paulistana de nascença e goiana de paixão, a arquiteta Elaine Saliba abriu as portas da sua vida profissional e pessoal para nosso blog AZ entrar. Com 20 anos dedicados à harmonia das formas e ao conforto dos espaços, Elaine trabalha lado a lado com a expectativa dos seus clientes para conseguir criar o mundo que eles desejam quando a procuram em seu escritório da Rua 28, no Setor Marista. A percepção interior de Elaine Saliba é sua maior aliada na hora de criar. Entender o que o cliente quer e transformar esse sonho em realidade faz parte da construção não apenas de um novo projeto, mas também da sua vida. E como a vida é dela, nada melhor do que ela mesma para nos contar um pouco mais.

O que te inspira na hora de criar e projetar?
Acho que a empatia com o cliente é o início desta inspiração. Suas expectativas e seus anseios juntamente com meus conhecimentos técnicos me inspiram na hora da criação, para que eu consiga criar o mundo dele… e o meu também.

Qual é o ideal de melhor viagem?
Aquela que te leva às viagens mais internas e profundas. Amo viajar, por isso são nestes momentos que tenho contato com outros lugares, outras pessoas e vou me conhecendo mais. São em minhas viagens que agrego valores e experiências para minha profissão.
Cozinha

Sua profissão secreta?
Psicóloga….

Um artista?
Kandinsky.

Um luxo essencial?
Ter em sua vida aquilo que te deixa feliz.

Seu lugarzinho preferido dentro de casa?
Meu quarto.

Qual peça de design que você mais admira?
Adoro o design brasileiro, pois tem elegância e muita bossa nova.

Um projeto dos seus sonhos?
Conceber um espaço onde as pessoas possam entrar em contato consigo mesmas… Talvez uma igreja.

Como funciona o seu processo criativo?
Acredito que todo processo criativo depende de muita pesquisa, assim o que não falta em minha vida são viagens e muita leitura, que são coisas fundamentais para criar qualquer projeto. A cada novo trabalho, associo estes conhecimentos com o perfil e expectativas do cliente, é assim que todo meu trabalho flui.

Em seus projetos, o que nunca pode faltar?
Funcionalidade, mas com a personalidade de quem irá usar o espaço.

Quais lojas ou marcas que se comunicam com você?
Aqui em Goiânia, AZ, claro… Pela pesquisa que fazem e nos oferecem tantas opções deste mundo do design.

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A Bola certa do design

A parceria de Flavio Borsato e Maurício Lamosa deu origem a releituras e criações de produtos que esbanjam elegância e clareza

A parceria entre Flavio Borsato e Maurício Lamosa começou cedo, quando ainda cursavam Arquitetura e Urbanismo na Universidade Mackenzie, em São Paulo. A atuação na área de design industrial, projeto de produto e comunicação visual uniu a dupla em um projeto que deu origem ao EstudioBola. A associação de designers que editam peças que fazem parte dos clássicos do design brasileiro moderno já é considerada um dos estúdios de design mais inovadores no cenário nacional.

O Bola não surgiu do nada, a brincadeira entre iniciais dos sobrenomes Borsato e Lamosa formou o nome do estúdio que já tem mais de dez anos no mercado seguindo a tendência dos traços simples e formais com uma pitada de elegância ousada. Flávio e Maurício optaram por seguir uma linha de criação de móveis leves, com formas limpas e superfícies polidas e tudo isso sem abrir mão da criatividade.

O trabalho da EstudioBola deu jogo. A parceria já rendeu aos arquitetos e designers prêmios no Museu da Casa Brasileira. Criando produtos em parcerias com fábricas de mobiliário, a EstudioBola lança cerca de 50 produtos anualmente e parte dessas peças você pode encontrar na Armazém da Decoração… E olha como são belas:

 

Cadeira Alba

Cadeira Alba

Cadeira Helga

Cadeira Helga

Cadeira Kiko

Cadeira Kiko

Poltrona Shell

Poltrona Shell

Sofá Fun

Sofá Fun

Colecionador de novas ideias

O “novo” New Museum, em Nova York, impressiona seus visitantes pela beleza criativa de sua sede e suas exposições

New Museum

Se viagem para você significa visitar museus, Nova York é a cidade certa. Nova York tem uma coleção de incríveis museus em Manhattan e seus arredores que vale a pena ser visitada, mas não se engane, não é só de MoMa ou Museum of Natural History que vive a Selva de Concreto. Entre os mais de trinta museus de NYC alguns se destacam e o New Museum é um desses.

O New Museum se dedica à arte feita no presente e esse presente foi dado à Nova York em 1977 pelas mãos da curadora Marcia Tucker. Tucker trabalhava no Whitney Museum of American quando percebeu que os museus da cidade não davam suporte para receber a nova arte e essa arte precisava de um novo museu. Mas logo o novo museu precisou de um novo endereço e oito andares foram construídos na Rua 235 Bowery para abrigar galerias espalhadas em seus diferentes e flexíveis espaços.
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O impacto é de cara, logo nos primeiro olhar. São sete retângulos irregulares, um sobre o outro, com revestimento e iluminação que não passam despercebidos em meio às tradicionais construções do centro de Manhattan. O prédio contemporâneo foi construído para servir de casa para a arte contemporânea e o incubador de novas ideias foi ideia da dupla de arquitetos japoneses Kazuyo Sejima e Ryue Nishikawa, ganhadores do prêmio Pritzker de arquitetura.

Localizado no East Village, o New Museum foi o primeiro de Nova York dedicado à arte contemporânea desde o fim da Segunda Guerra Mundial. Em suas galerias o museu recebe o inusitado, o criativo, o contemporâneo. Todo ano o New Museum abre as portas para o New Museum Block Party, um festival de arte, cultura e criatividade. Atualmente o museu apresenta a exposição Chris Burden, artista americano com trabalhos em escultura, instalação e performance.

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Crônicas do Dia-a-Dia: Sarah Rúbia Andrade

Sarah Rúbia Andrade conta um pouco mais sobre sua carreira e vida para a coluna crônicas

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A vida é feita de detalhes e são eles que completam os espaços entre os grandes eventos ou entre uma mesa de jantar e o sofá da sala. Na vida e no trabalho de Sarah Rúbia Andrade detalhes são fundamentas. Nascida em Quirinópolis, interior de Goiás, em 1970, Sarah é designer de interiores e aos 43 anos seu status continua sendo o mesmo que era no início da década de 1990 quando entrou para o curso de Design na Universidade Federal de Goiás: apaixonada pela profissão.

De início nada era obvio. Sarah começou o curso de design gráfico e pretendia seguir a profissão. No meio do caminho os interesses mudaram e o destino também, Sarah completou o curso de design, mas com especialização em Interiores. O design gráfico ficou no meio do caminho entre o que era para ser e o que acabou se tornando e Sarah se tornou uma profissional de sucesso com vários projetos no currículo, em Goiás e outros Estados.

O caminho de Sarah se cruzou o da Armazém da Decoração ainda nos primeiros anos de vida da loja em Goiânia. Quando a AZ completava seu primeiro aninho, a designer passou a fazer parte de time em uma parceria que duraram nove anos. Junto com a AZ Sarah consolidou sua paixão pela decoração. Para definir seu trabalho, a designer diz que sua inspiração é o sonho do seu cliente “Eu tento me basear no que o cliente quer e encaixar o projeto no sonho dele”, explica Sarah.

O aconchego é a base sobre a qual Sarah ergue o seu trabalho. A designer tenta fugir de ambientes frios e busca imprimir a alma do cliente em cada projeto que assina. “Eu adoro a transformação, quando crio um projeto eu vejo nascer um lugar novo; é como se eu tivesse criado um filho”, explica a designer que busca sempre encontrar a identidade pessoal do cliente quando constrói com ele o sonho de uma casa nova.

Já dentro de sua própria casa Sarah se identifica com a sala e é em seu ambiente preferido que a designer recebe o luxo essencial de sua vida: as amizades. Quando se lembra de uma viagem, a primeira que bate logo na memória da designer são os seis meses que viveu na velha e bela Paris estudando história da arte durante os tempos de faculdade. Mas a emoção na voz de Sarah aparece mesmo quando ela fala na profissão. “É uma paixão, se pudesse escolher outra profissão ainda assim escolheria o design de interiores”, conta.

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Casal Ouro do design

No amor e no trabalho Charles e Ray Eames se uniram em uma parceria que durou do casamento até a morte

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As ideias modernas de Charles Eames Jr. na arquitetura da década de 1920 foram as responsáveis por expulsá-lo da Washington University e por uni-lo a Ray Kaiser 20 anos mais tarde. Nascido em St. Louis, Missouri, no início do século passado (1907) Charles Eames Jr. teve suas primeiras lições de engenharia e arquitetura ainda na escola, aos 14 anos de idade.

No breve período que estudou na Washington University conheceu sua primeira esposa, Catherine Woermann, com quem se casou em 1929. Os rumores de sua repentina saída da universidade ficaram fortemente ligados ao fato de Charles ser reconhecido como um arquiteto extremamente modernista. Partiu com a mulher e a filha, Lucia, em 1938 para se tornar professor e chefe do departamento de desenho industrial na Cranbrook Academy of Art.
POLTRONA

Seus passos começaram a se cruzar com o design de interiores em seu período em Cranbrook, onde juntamente com Eero Saarinen desenhou móveis premiados do concurso para Museu de Nova York de Arte Moderna. A vida profissional andava na contra mão se seu relacionamento pessoal. Charles acabou se separando de Catherine e em 1941 quando ganhou um novo casamento e com ele uma parceira de vida e trabalho, sua colega de Cranbrook Ray Kaiser. Com Rey, Charles se mudou para Los Angeles, Califórnia, onde eles iriam trabalhar e viver para o resto de suas vidas.

A veia de artista do casal não tinha limites. Trabalharam com arquitetura, design industrial, design gráfico, fotografia, cinema e na construção de mobiliários únicos como a Charles Eames Eiffel e a Longue Chair – peças que marcaram o design do século XX. Um de seus objetivos era baixar custos e democratizar as peças que produziam, transformando sua curiosidade em um estilo completamente novo de móveis. A democratização do design garantiu ao casal o prêmio na Competition for Low-Cost Furniture Design com cadeiras em fibra de vidro moldadas e que podiam ser produzidas em série.
Cadeiras

O trabalho fora do comum desenvolvido pelo casal despertou interesse de público e crítica. Um crítico de design disse certa vez que este casal “só queria fazer do mundo um lugar melhor”. O mundo pode não ter mudado muito, mas seu trabalho certamente mudou o mundo do design e influenciou de forma significativa o estilo de móveis e interiores por mais de 50 anos.
Cadeiras Metal

 

Crônicas do Dia-a-Dia: Fernando Parrode

Conhecido por sua elegância, criatividade e estilo marcante o arquiteto e designer Fernando Parrode possui vários talentos e um carisma de dar inveja

(Fotos: Divulgação Facebook)

(Fotos: Divulgação Facebook)

Ele tinha apenas 15 anos de idade quando pôs os pés na universidade pela primeira vez. Já como universitário, desses precoces, mas um universitário, Fernando Parrode iniciou suas aulas no curso de engenharia. Fernando nasceu em São Paulo da união de duas famílias bem peculiares, pelo menos entre si. Do lado paterno Fernando aprendeu a gostar da cultura goiana. O pai fazendeiro trouxe a família para a capital quando o filho tinha apenas 8 anos de idade. Mas foi com a avó materna, de sangue inglês, que o menino pegou gosto pela arte.

No Rio de Janeiro passavam os dias em leilões, tomavam o chá da tarde no Café Colonial e as noites assistiam belas peças e operas no Teatro Municipal. O despertar para a arte veio cedo, mais não o influenciou na escolha do curso e da carreira profissional. Ainda novo nas aulas de cálculo Fernando não se encontrou. Ainda novo, teve uma segunda chance quando foi aprovado no curso de Arquitetura e Urbanismo da antiga Universidade Católica de Goiás (atual PUC-GO), e lá se apaixonou.

Como arquiteto, gosta de desenhar um projeto desde as primeiras vigas até a escolha das últimas poltronas para sua decoração, mas a sede pela criação não parou por aí. O resultado de seu trabalho pode ser visto não apenas durante visitas às casa de seus clientes. É que Fernando Parrode, ou apenas Parrode para os mais íntimos, é também designer de joias. E com uma nova coleção a caminho. “O arquiteto vê em tudo uma fonte de inspiração, sempre gostei de arte, desenho, fotografia e criar coisas diferentes não me deixa cair na rotina”, explica o arquiteto.

Vida

Na hora de projetar Fernando não tem preferência, topa trabalhar em qualquer formado e adora um desafio. Na vida também. Sua preferência pela MPB não afasta seu gosto pelo rock ou o blues, mas na hora de escolher um cantor marcante não hesitou: Cazuza. Sua maior fonte de inspiração são as viagens que faz mundo a fora. Foi em uma delas que conheceu a cidade entre as cidades, sua preferida, a bela Florença.

Com apenas 14 anos Fernando saiu do País pela primeira vez. Entre os passeios agendados para conhecer a Argentina, lojas de antiquário entraram na sua rota. Lá, no início da adolescência, Fernando comprou suas primeiras contribuições para a coleção que herdaria da avó e que é atualmente seu principal hobby. Fernando é colecionador de peças de antiguidade e porcelana oriental.

Durante a conversa na qual Fernando narrou um pouco mais sobre sua vida, o que mais chamou a atenção da entrevistadora não foi seu incrível trabalho e sim o seu doce carisma e atenção; o que a deixou ansiosa por um próximo Papo Design com o arquiteto. Quem sabe comendo uma paella, seu prato preferido, e tomando um bom vinho, sua bebida preferida… e de preferência em Florença!
Joia FP Arquitetura FP

Decor FP