Gabrielle Coco e Chanel

“Sou contra a moda que não dure. É o meu lado masculino. Não consigo imaginar que se jogue uma roupa fora, só porque é primavera.” Coco Chanel

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Moda é muito mais que o corte de um tecido ou a escolha das cores para a próxima estação. Muitas vezes moda é a expressão de um período ou a liberdade de uma mulher; para mostrar essa outra faceta do design das passarelas, a coluna “Vamos falar de moda?” se inicia com a estilista que mais traduz essa ideia: Gabrielle Coco Chanel. Para muitas feministas parece contraditório dizer que moda liberta a mulher, mas Coco Chanel fez justamente isso, libertou a mulher.

Em um período de extravagância, Coco – apelido que herdou de seu pai – arrancou os espartilhos, se livrou das penas e resolveu apostar em um estilo sóbrio. Para a estilista “a moda passa, mas o estilo permanece” e o clássico da Chanel parece que nunca se perderá. No mundo patriarcal da primeira metade do século 20, Coco Chanel resolveu que no lugar de usar as roupas que os homens escolhiam para as mulheres, elas deveriam ousar. Sua criação, que hoje é a representação máxima do luxo, um dia foi a marginalidade original de uma mulher à frente de seu tempo.

Gabrielle Bonheur Chanel nasceu no dia 19 de agosto de 1883 em Saumur, interior da França, e se mudou para Paris quando tinha apenas 16 anos. Junto com a prima, fugiu do internado e trabalhou como costureira em uma loja de enxovais. Na noite parisiense, com pouco mais de 20 anos, Coco se arriscava a cantar e dançar. Em uma de suas performances, conquistou o socialite Etienne Balsan.
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Balsan tinha herdado, além do nome, uma fábrica de tecidos. Levou Chanel para sua casa de campo, onde criava cavalos, e apresentou a pequena mademoiselle ao mundo. Foi ali que Coco Chanel tirou do guarda-roupa – masculino – suas principais criações. Blusa inspirada no uniforme de marinheiros, calças para montaria e os lenços que mais pareciam gravatas desenhados por Chanel assustou o público conservador que frequentava as festas de Balsan.

Depois de se livrar do espartilho e terminar o romance, Coco Chanel voltou para Paris, onde conheceu seu grande amor. O milionário inglês Arthur Capel ajudou Coco a abrir a sua primeira loja de chapéus que se tornaria um sucesso com direito a anúncios nas famosas revistas de moda de Paris. Capel morreu meses mais tarde em um acidente de carro. Com o nome circulando na alta sociedade, Chanel abriu sua primeira casa de haute-couture.

Neste período, Chanel conheceu muitos artistas importantes, tais como Pablo Picasso, Luchino Visconti e Greta Garbo. Suas roupas já eram vestidas pelas celebridades Hollywoodianas e seu nome começou a refletir o luxo clássico de suas criações. Coco Chanel criava para si mesma. A estilista dizia que nunca fez roupa para os outros, “elas é que queriam tudo que eu usava. Jamais fiz um vestido que não fosse para mim. Se me copiavam, é porque eu tinha razão”. Em 1921 seu sucesso chegou no auge com a criação da fragrância Chanel nº 5.

O perfume foi criado por Ernest Beaux a pedido de Gabrielle Chanel, que sugeriu: “Um perfume de mulher com cheiro de mulher”. Dentro de um frasco art décoo Chanel nº 5 – seu número da sorte – foi o primeiro perfume sintético desenvolvido por uma mulher. Com todos os autos e baixos que enfrentou na vida e na carreira, Chanel levou seu nome para o mundo – junto com suas criações. A estilista morreu em 1971 aos 88 anos de idade no Hôtel Ritz Paris. Atualmente a direção geral da marca é função do estilista alemão Karl Lagerfeld.

Lagerfeld, que embora tenha entrado no mercado carregando um estilo ousado, casou bem com a proposta da Chanel. A marca continua apostando nos clássicos criados por Gabrielle Coco como os vestidos pretos, as blusas listradas e bolsas com alças douradas, porém ousando sempre apostar no estilo e liberdade da mulher à frente de seu tempo.

Desfile Chanel 2013 em Paris

Desfile Chanel 2013 em Paris

Desfile Chanel 2012 em Paris

Desfile Chanel 2012 em Paris

A influência do design nacional

Joaquim Tenreiro foi um dos grandes nomes do design mobiliário e influenciou muitos artistas com seus desenhos modernistas

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Conhecido como pioneiro do modernismo brasileiro, o marceneiro fez nome no design mobiliário nacional junto com Sérgio Rodrigues e Zanini de Zanine. Já sabe de quem estou falando? Sim, de Joaquim Tenreiro. Como muitos designers que influenciaram de forma considerável mobiliário brasileiro, Joaquim não nasceu no Brasil.

Exímio artesão de madeira, Tenreiro teve de onde puxar seu talento. Filho de marceneiro, o designer começou a brincar com as ferramentas do atelier de seu pai com o mesmo entusiasmo que seus colegas brincavam de carrinho e jogavam bola. Após ter vivido breves períodos no Brasil quando era ainda jovem, o português decidiu adotar o país como sua nova casa e a carpintaria como sua nova profissão.

No Rio de Janeiro, o tímido marceneiro se inscreveu em um curso de desenho mantido pelo Liceu Literário Português e, dois anos mais tarde, seria um dos membros mais ativos do recém fundado Núcleo Bernardelli. Nascia ali outra vertente de seu trabalho, a pintura. Além de carpinteiro e designer de móveis, Joaquim Tenreiro ficou conhecido também como projetista, pintor e escultor.
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No ramo mobiliário, sua primeira peça – respeitando bem o estilo moderno que conhecemos bem do mobiliário de Sérgio Rodrigues e Jorge Zalszupin – foi criada em 1942 para a residência do médico e colecionador Francisco Inácio Peixoto. Foi nesse momento que Tenreiro parou de produzir móveis para realmente projetá-los em seu estilo único.

O designer abandonou, no início dos anos 1940, as práticas recriar móveis em estilo clássico europeu. Na época trabalhava na Laubisch & Hirth, especializadas em fornecer peças imitativas dos velhos estilos franceses e italianos. Com o trabalho para Francisco Inácio, Tenreiro abandonou os clássicos, deu uma nova visão moderna ao mobiliário nacional e criou sua primeira peça autêntica.

O sucesso não era tudo e Joaquim decidiu, em 1967, entregar sua última encomenda de design – a decoração do salão de banquetes do Palácio Itamaraty em Brasília. Nesse período resolveu fechar oficina e lojas para, de então por diante, dedicar-se exclusivamente às artes plásticas.

Liberado de seu compromisso com o Desenho Industrial, Joaquim assinou grandes obras nas artes como o painel para a Sinagoga Templo Sidon na Tijuca, a portada da Capela Ecumênica da Universidade do Estado do Rio de Janeiro e os dois painéis em fibra de vidro realizados em 1975 para o novo auditório do SENAI na Tijuca.

O desejo de Joaquim Tenreiro em contribuindo com o design mobiliário morreu mais de 20 anos antes do artista, mas suas peças continuam vivas e inspirando novos e respeitados talentos do ramo mobiliário.

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U de Useche

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O design nacional é representado por grandes nomes, inclusive por aqueles que não são nacionais. Um desses internacionais que adotou o Brasil como pátria e a brasilidade como inspiração foi Pedro Useche. Pedro se mudou para o Brasil em 1984 após se formar em Arquitetura e Urbanismo na Universidade Central da Venezuela, em Caracas.

No Brasil, Pedro abriu um Atelier em São Paulo e começou a produzir peças de mobiliário. Para o designer, beleza e funcionalidade devem sempre estar aliadas por isso desenvolveu um trabalho por meio do casamento harmônico entre estética e funcionalidade. Seu objetivo é não se apegar ao modismo e o resultado é um trabalho ousado e irreverente.

Pedro Useche já foi premiado em diversas participações em mostras e museus de design no mundo, como a Bienal de Design em Saint-Etienne na França, a Feira Internacional de Móveis de Milão, e, no Brasil, o Instituto Tomie Ohtake e o Museu da Casa Brasileira, além de outras três Bienais nacionais de design.

O design de Useche explora a madeira em suas formas e moldes mais versáteis e essa versatilidade transcende no mobiliário. Um exemplo do bom gosto de Pedro Useche é a Banqueta TAK. A peça é fabricada em eucalipto maciço com certificação FSC, a mais respeitada no seguimento.

Tak possui acabamento em verniz PU e os assentos, em laminado moldado, podem receber revestimento colorido feito de PET reciclado nas cores bege, vermelha, amarela, preta, azul, verde e prata. É por seu design versátil e sustentável que nosso Alphabeto AZ reservou o U para Pedro Useche. Design é Nosso Mundo.

Surfe e arte

Paulo Govêa divide seu tempo entre as ondas e suas pinceladas lúdicas e coloridas

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É em um universo lúdico, colorido e paradoxalmente urbano que o artista plástico Paulo Govêa faz transitar sua obra. O paulistano de 38 anos deixou a selva de concreto há 11 e se mudou para onde ficaria mais perto das ondas: Florianópolis. Autodidata, o surfista divide seu tempo entre as telas e o mar.

Seu trabalho é facilmente reconhecido por quem já teve algum contato com a obra. Paulo Govêa retrata mulheres com formas figurativas e cores fortes capazes de questionar não só o mundo da arte como a vida contemporânea por inteiro. E por falar em mundo da arte, o artista é pontual, “acho que as pessoas têm que olhar primeiro para a obra e depois para a assinatura, isso não só no Brasil”, declarou.

Suas influências são Modigliani e Van Gogh e não é difícil encontrá-las em seu trabalho. As cores fortes do holandês unidas aos retratos femininos do italiano são traduzidas na linguagem contemporânea de Govêa. No cenário atual, o artista admira o trabalho de Pedro Driin, Luciano Martins, Pifo e dos Gêmeos.

Além das telas, as pinceladas de Paulo também alcançaram muros e murais e seu talento, outras plataformas. O artista realiza curtas em animação Stop-motion e Pixelation. Seus mais recentes trabalhos são a pintura mural no MASC Museu de Santa Catarina, a intervenção na arquitetura da Pinacoteca de São Paulo, a Exposição no Museu de Arte Moderna de Chiloé no Chile e recentemente uma exposição em Barcelona, na Montana Gallery.

Para unir suas duas paixões, Paulo Govêa levou para as aldeias locais de Niang Niang, em Mentawai, e às ilhas de Nias, no norte de Sumatra, o lúdico e as cores de seus desenhos que foram pintados nos muros e portas das casas a beira mar.
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Vamos falar de moda?

Blog AZ começa a falar também sobre moda com uma série de reportagens semanais sobre designers que fazem e fizeram história

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O mundo globalizado globalizou a moda e as tendências que eram ditadas pelas grandes maisons, agora são feitas dentro de casa. Cada um tem o seu estilo e pronto. “A moda hoje está enfrentando um novo desafio, as pessoas não buscam na moda as tendências das marcas, elas consomem as roupas que enquadram em seu estilo próprio” explicou Giovanni Frasson, Diretor de Moda da Vogue Brasil durante o Vogue Fashion’s Night Out Goiânia.

O evento, que encerrou na capital goiana a edição de 2014, acontece mundialmente desde 2009, quando Paris abriu suas ruas para falar de moda. No Brasil, a Vogue Fashion’s Night Out foi realizada nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Vitória e Goiânia e integra o evento internacional que acontece anualmente em 19 países, com o total de 30 capitais espalhadas por quatro continentes.

O papo sobre moda não poderia vir em melhor momento. Estudar o design é perceber que eles se encontram em todas as suas vertentes. Moda e mobiliário parecem estar distantes, mas se cruzam quando entendemos que ambos fazem parte de como queremos nos apresentar ao mundo – fora que é impossível não perceber a arte por trás do trabalho de um designer, independente desse profissional estar desenhando um vestido ou uma poltrona.

As pessoas globalizadas podem até criam seus looks com algumas peças do guarda roupa e uma olhada consultiva no instagram, mas não deixam de beber sua criatividade em clássicos da moda que nunca vão morrer. É com a intenção de falar mais sobre esse novo momento vivido pelo design que o Blog AZ começa uma série de reportagens sobre o universo da moda. Vamos passear pelos designers que estão super expressivos mundo afora sem deixar de falar também naqueles que marcaram época.

T de Terpins Design

Mesa de Centro Tapete Voador

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Ao se consagrar com o trabalho em cristal soprado, a designer Jacqueline Terpins ficou conhecida pelas peças que realçam o movimento original do cristal e abusam das formas do vidro. Foi assim com temperaturas acima de 900ºC que a designer conquistou não só o mercado mobiliário como os curadores de museus e sua peça deixou de ser apenas um objeto de decoração e se tornou arte.

Com mais de 25 exposições coletivas e outras sete individuais no currículo, Jacqueline Terpins se destaca também na criação de figurinos para peças teatrais e conquistou vários prêmios durante a carreira. Para a designer, o movimento original do cristal é fundamental no trabalho criativo das peças. “Eu respeito o material e aceito as formas que ele sugere no momento em que é dada a liberdade através do calor”, explica.

O trabalho com o cristal chega a temperaturas que variam entre 900º e 1440º e fazem com que o vidro literalmente dance. De longe, as peças de Jacqueline parecem estar flutuando. Foi assim que em 2009 a designer lançou uma mesa de centro que mais parecia voar. A forma deu nome ao objeto e a Mesa de Centro Tapete Voador tomou emprestado as formas do vidro em novo material.

Produzida em madeira corian, cuja fluidez e flexibilidade permitem criar suas curvas, a peça é uma prima irmã daquelas criadas em alta temperatura. Jacqueline decidiu voltar seu olhar para outros materiais sem restrições e o resultado foi incrível. A designer formada em Comunicação Visual pela Escola de Belas Artes da UFRJ manteve suas criações de mobiliário muito próximas do meio artístico e ter um móvel de Jacqueline Terpin em casa é ter uma beça peça de arte.

“Pra guardar na memória”

Empresário, engenheiro civil e fotógrafo nas horas vagas, Naldo Mudim fala um pouco sobre seu trabalho com a fotografia

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Empresário, engenheiro civil e fotógrafo nas horas vagas. Naldo Mudim mostrou que seu hobby tem talento e de sobra. Naldo começou na fotografia aos 15 anos de idade e desde então não parou. Inquieto por onde passa, registra com sua câmera o que, aos olhos comuns, passa despercebido.

O engenheiro vê na Arquitetura, Engenharia e Design cores, formas e arte. “A fotografia é uma paixão que tenho desde pequeno, mas esse foco em design, arquitetura e engenharia veio depois que comecei a trabalhar no seguimento”, explicou o engenheiro e empresário. Naldo é dono da HSI Incorporadora e, embora não tenha a art deco como inspiração na hora de projetar seus prédios, escolheu o movimento artístico como inspiração para sua fotografia.

Ele tirou algumas fotos, em detalhes, de construções nascidas no auge do movimento art deco na década de 30, quando Goiânia começou a ser construída. “O poder público não dá muita atenção para os edifícios mais antigos da cidade. Alguns marcos de art deco da cidade, como o relógio do fim da Avenida Goiás, estão abandonados”.

Para Naldo, a fotografia é uma poderosa ferramenta de preservação da nossa memória. “A fotografia foi um jeito que escolhi para preservar esse lado artístico da arquitetura goianiense”, explicou. “Eu acho que a art deco em Goiânia vai ser perdida com o tempo”.

Quatro fotografias sobre o tema foram selecionadas pelo arquiteto e designer Léo Romano para serem expostas durante o Papo Design com Marcus Ferreira na última quinta-feira (6) na Sala Conceito do Armazém da Decoração. Mas não é só de art deco que vive seu trabalho fotográfico. Belas paisagens e pequenos detalhes nunca passam despercebidos pelas lentes de sua câmera.

Além da exposição no Armazém da Decoração, o trabalho de Naldo Mundim pode ser visto na suíte presidencial renovada do Castro’s Park Hotel, onde foram explorados temas da cidade de Goiânia.
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Fotos: Naldo Mundim

Arte e Design em destaque

O Armazém da Decoração recebeu, na noite de ontem, designers e amigos para um papo descontraído com Marcus Ferreira

Léo Romano, Abadia Haich, Marcus Ferreira e Daniela Mallard

Léo Romano, Abadia Haich, Marcus Ferreira e Daniela Mallard

Na noite da última quinta-feira (6), o Armazém da Decoração abriu suas portas para 300 convidados e recebeu profissionais do design para um papo com Marcus Ferreira, designer de sofás e fundador das marcas Decameron e Carbono. A conversa descontraída sobre o mobiliário brasileiro foi regada a champanhe acompanhado de um cardápio comandado pelo cheff Fernando Hanna, do Buffet Hanna.

“Proporcionar uma noite como essa, em que podemos falar sobre design, é prestigiar o mobiliário de arte brasileiro”, comentou Marcus Ferreira durante sua fala. O autodidata entrou para o marcado de móveis quase sem querer, há 20 anos, e descobriu sua vocação pelo design de sofás.

As peças da Decameron estavam expostas na Sala Conceito da loja em uma montagem projetada pelo arquiteto Léo Romano. Léo fez também o pré lançamento de sua nova criação, a Mesa Chuva, que será produzida em todo país pela Decameron. O toque final da cenografia ficou a cargo de Ieda Jardim, que produziu os pratos espalhados pelo espaço.

Além do showroom com sofás e poltronas das marcas de Marcus Ferreira, a Sala Conceito do Armazém da Decoração expôs quatro fotos do engenheiro civil e fotógrafo Naldo Mundim. Naldo resolveu homenagear a art deco goiana em seus detalhes e Léo Romano selecionou seus quatro melhores trabalhos para a cenografia da noite que homenageou a arte em todas as suas vertentes.

O evento teve público a sua altura e passaram pela loja na noite de ontem Pedro Ernesto, Giovanni Borges, Genésio Maranhão, Eduardo e Karla Bittar, Juliano Costa e Bruno Veras, Adriana Mundim e Fernando Galvão, Ana Paula de Castro e Sanderson Porto, André Brandão e Márcia Varizo, Ogawa, Meire Santos entre outros grandes nomes do design e da arquitetura goiana.

 

Léo Romano, Ieda Jardim, Daniela Mallard, Marcus Ferreira e Abadia Haich

Léo Romano, Ieda Jardim, Daniela Mallard, Marcus Ferreira e Abadia Haich

Abadia Haich e Marcus Ferreira

Abadia Haich e Marcus Ferreira

 Léo Romano, Abadia Haich e Genésio Maranhão

Léo Romano, Abadia Haich e Genésio Maranhão

Abadia Haich e Cristina Lopes

Abadia Haich e Cristina Lopes

Giovanni Borges, Abadia Haich, Adevania Silveira e Genésio Maranhão

Giovanni Borges, Abadia Haich, Adevania Silveira e Genésio Maranhão

Fotos: Marcus Camargo

Armazém da Decoração traz Marcus Ferreira para um Papo Design

Marcus Ferreira aterrissa em Goiânia para um Papo Design com os profissionais da área

Marcus Ferreira (Foto: Arquivo Contemporâneo)

Marcus Ferreira (Foto: Arquivo Contemporâneo)

Ex-estudante de biologia marinha e empresário Marcus Ferreira mergulhou no mundo do design por vocação. Autodidata, Marcus fundou a Decameron Design em 1995 e não saiu mais do ramo. Com toda sua experiência e criatividade, o designer aterrissa em Goiânia na próxima quinta-feira (6) para um Papo Design com os profissionais da área.

O trabalho da Decameron é um casamento bem sucedido entre o design em escala industrial com a fabricação artesanal. Desde seus primeiros anos de vida, a marca de Marcus Ferreira investiu nas técnicas clássicas da tapeçaria produzida através de um design contemporâneo. Marcus Ferreira decidiu criar um ateliê onde as peças são feitas passo a passo pela mão dos artesãos.

Para Marcus Ferreira, a Decameron deu ao cliente a oportunidade de criar o móvel da maneira como deseja. Como a alta costura francesa, a Decameron faz móveis sob medida com seleção de matéria-prima de qualidade. É claro que um trabalho como esse não poderia passar despercebido e a Decameron já faturou alguns prêmios durante seus quase 20 aninhos de vida.

No Brasil, a marca foi reconhecida pelos prêmios do Museu da Casa Brasileira, Idea Brasil, Salão Design Casa Brasil, Boa Forma Abimóvel. A qualidade da Decameron foi internacionalmente reconhecida pela Feira de Colônia e IF Designe Award, da Alemanha. Para um surfista paulistano que se mudou para Florianópolis para conhecer melhor o mar por meio da biologia, Marcus Ferreira acabou conhecendo o mundo e sendo reconhecido por ele, só que através do design. Suas peças podem ser encontradas na Europa, América do Norte e Oceania.

Mas a Decameron não é a única conquista empresária do designer. Visando atingir um público alvo diferenciado, jovem e despojado, nasceu da mente criativa de Marcus Ferreira a Carbono Design. Contemporânea por essência, a Carbono foi um grito de liberdade da decoração. A marca cria peças que fogem ao molde engessado dos fabricantes de mobiliário.

O designer percebeu que a Decameron não cabia na medida dos apartamentos e dos bolsos dos jovens ligados à moda, arquitetura e outras profissões da área criativa, que queriam coisas mais conceituais. A ideia de criar algo novo tinha se formado e Marcus Ferreira deu o toque final na execução. Decidiu colocar as jovens mentes do design para criar um design jovem. A Carbono conta com um time de novos profissionais talentosos que buscavam uma porta de entrada para o mercado moveleiro.

O Armazém da Decoração está trazendo essa mente criativa para mais uma noite de papo descontraído sobre design e decoração entre Marcus Ferreira e os designers goianos. A Sala Conceito do Armazém, com cenografia do arquiteto Léo Romano e peças da Decameron e Carbono, será o palco dessa conversa descontraída no dia 6 de novembro a partir das 20 horas.

Começa hoje a segunda edição do MADE em São Paulo

Entre os dias 5 e 9 de novembro, Waldick Jatobá realiza a segunda edição do Mercado de Arte e Design (MADE) na capital paulista

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Os buchichos sobre o momento vivido pelo mercado de arte andaram movimentando o cenário do design em São Paulo desde o último ano. É que o empresário e curador Waldick Jatobá idealizou uma feira com tudo sobre design e arte. Hoje, o Jockey Club de São Paulo abriu suas portas para receber a segunda edição do MADE – Mercado de Arte e Design, que acontece entre os dias 5 e 9 de novembro na capital paulista.

“O colecionador de arte começa também a querer buscar exclusividade nos móveis da sua casa, investe em mobiliário de design autoral e em edições limitadas”, explicou Waldick Jatobá sobre a abertura da feira para a entrada do design mobiliário. O evento é uma é feira de negócios e uma plataforma multifacetada que apoia do design vintage ao contemporâneo, a arte, a arquitetura, o design urbano, projetos gráficos e o artesanato.

O MADE é formado por exposições e instalações que levam o nome de renomadas galerias de arte. O evento é um espaço coletivo que apresenta e dá destaque a designers e estúdios, nacionais e internacionais, revelando novos talentos, incentivando novas produções e a ampliação da cultura do design a milhares de pessoas.

Este ano a edição do MADE 2014 une-se às comemorações do centenário de nascimento da italiana Lina Bo Bardi, arquiteta modernista que passou grande parte da vida no Brasil. Lina foi a inspiração para a cenografia da feira, realizada pelo Atelier Marko Brajovic, e ganhou uma exposição própria e inédita do histórico do seu trabalho e sobre seu olhar para a arte popular. O designer inglês Michael Young também será homenageado pelo evento.

As atividades acontecem no Jockey Club de São Paulo a partir das 18 horas durante a semana e após as 15 no sábado e domingo com palestras, fóruns e mesas redondas.