O incrível mundo de Lapo Elkann

O herdeiro da Fiat Lapo Elkann, sua criatividade excêntrica e seu encontro com a Kartell

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Algumas pessoas vieram ao mundo para se destacar. Seja pela polêmica de seus atos, pela humanidade de suas ações ou pela genialidade de suas criações. Definitivamente o italiano Lapo Elkann é um deles – talvez a justificativa se encontre em todas as três razões citadas acima. Com o cigarro em uma mão e o café na outra é que o filho prodígio da Fiat encontra inspiração para criar. Filho prodígio da Fiat porque Lapo, além de fundador de oito empresas de sucesso, é tataraneto do fundador da Fiat, Giovanni Agnelli, ou seja, herdeiro da marca italiana de carros.

Traçar o perfil de Lapo Elkann não é uma tarefa fácil, o italiano de 38 anos atua como marqueteiro, empreendedor, estilista e magnata mundial do jeans e dos óculos, designer de veículos, destilador de vodca, distribuidor de filmes e designer de relógios. Além de sua vasta lista de profissões, Lapo coleciona também uma lista de mais de meia dúzia de empresas fundadas por ele. São seis de capital aberto e outras duas de capital fechado, tendo como caçula a recém-criada Garage Italia Customs, empresa de design e fabricação responsável por personalizar carros.

Embora o ‘playboy’ não esconda a influencia da família, não gosta de misturar a influencia magnata da empresa de seus avos com suas apostas pessoais. “Os empreendimentos que faço não são com o dinheiro da minha família — são minhas decisões, minhas escolhas, e é assim que eu quero que seja”, explicou certa vez em entrevista para a revista Forbes. “É um muro muito alto, mas muito respeitoso, que foi construído com flores entre as minhas empresas e as empresas da minha família. Ainda sou um dos maiores acionistas das empresas da família, com meu irmão [John, presidente da Fiat] e minha irmã, e eu as vejo com muita seriedade, sou parte delas. Mas minha vida diária é desenvolver meu grupo, minha empresa, meu império e minha história”, completou.

Cladio Luti (Kartell) e Lapo Elkann

Cladio Luti (Kartell) e Lapo Elkann

O termo playboy que acabou por dar apelido ao empresário pode estar associado a sua vida pessoal. De personalidade forte, o empresário já alcançou com apenas uma de suas empresas um faturamento de quase US$ 36 milhões, mas nem sempre foi assim. Baladeiro, antes de mostrar sua criatividade no mundo dos negócios, Lapo saiu de um tratamento para dependência química e morou em Nova York enquanto se recuperava. Foi nos últimos oito anos que construiu seu império criativo.

Com tantas vertentes, não é estranho imaginar o trabalho de Lapo Elkann cruzando com o mundo do design moveleiro – assim como fez com a moda, o cinema e o design de carros. Este ano, durante a edição 2016 do Salão do Móvel de Milão, a Kartell uniu forças à Garage Italia Customs para lançar a “Kartell + Lapo. It’s a wrap!”. O designer e sua empresa reinterpretaram os produtos icônicos da Kartell utilizando a tecnologia usada para personalizar os carros (car wrapping technology).

A grande paixão de Lapo Elkann é o mundo automobilístico, então a parceria entre as duas empresas italianas levaram as peças mais marcantes da Kartell para dentro deste universo. Foi por isso que uma flagshipstore da Kartell se transformou em um viveiro criativo real, onde os produtos da marca foram personalizadas usando as reinterpretações artísticas do designer, inspirado nas cores tradicionais das nações e do mundo automotivo. Os móveis são fruto de uma edição limitada das marcas.

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Rústico Elegante

Casa Cor 2016: Restaurante África Lounge do designer de interiores Pedro Paulo do Rego Luna e do arquiteto e urbanista Thiago Siquieroli

 

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A África é o terceiro maior continente do mundo e a riqueza de sua cultura é tão vasta quanto a sua extensão territorial. Seu território é o espaço terrestre habitado há mais tempo na história mundial, ao menos foi o que constataram os antropólogos quando descobriram no continente fósseis com cerca de cinco milhões de anos de idade. Com tantos anos de vida e de extensão territorial, não seria difícil imaginar que a África concentra um grupo diversificado de estilos, gostos, crenças e modo de vida.

Traduzir esta riqueza cultural para a decoração não é tarefa fácil, mas foi o desafio encarado pela dupla Pedro Paulo do Rego Luna e Thiago Siquieroli na Casa Cor 2016. Os veteranos de mostra se inspiraram na África para elaborar o Restaurante da 20ª edição da Casa Cor. Um rústico elegante que ocupa 177m² no centro de Goiânia, onde a mostra foi montada este ano. “A África tem uma cultura rica e bastante inspiradora, então começamos a brincar com a complexidade do tema para decorar nosso ambiente”, explicou Thiago.

A ideia de homenagear a África não veio do nada. “Este ano vamos participar do projeto Casa de Hospitalidade durante as Olimpíadas, que é um espaço dedicado à divulgação da cultura dos países participantes dos Jogos, e vamos ajudar a decorar a Casa África”, revelou Pedro Paulo. “Como já estávamos trabalhando com o tema, pensamos em trazer nossos estudos para a Casa Cor deste ano”.

A diversidade e riqueza cultural do continente serviram como ponto de partida para o projeto, que está recheado com peças originais cedidas pelas embaixadas africanas, bem como outros itens de decoração que remetem aos elementos de um ou outro país daquele continente. “Se pensarmos na cultura da África, vamos lembrar que temos países muito diferentes uns dos outros como o Egito e a África do Sul, então expressar toda esta diversidade não é uma tarefa fácil”, comentou Pedro Paulo.
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A Contribuição do Armazém da Decoração no ambiente também veio de fora. Quando o Contêiner AZ chegou a Goiânia no início do mês de fevereiro carregado de objetos de decoração vindos dos quatro cantos do mundo, os designers interceptaram a loja para selecionar algumas peças exclusivamente para a mostra. O resultado é um restaurante cheio de cor e design.

A antiga construção do prédio revela sua beleza rústica, deixando à mostra tijolos e rebocos e também reaproveitando antigas janelas como nichos. A iluminação é tratada de forma indireta para deixar o espaço aconchegante e valorizar as obras de arte de Gilvan Cabral.

A parte externa foi reservada para os fumantes ou, como colocou Thiago, “os excluídos”. “Alguns arquitetos como Pedro e eu somos fumantes, mas todo ano temos que nos excluir do resto do grupo para saciar o vício, então este ano aproveitamos a varanda para criar um espaço para aqueles que gostam de tomar um drink ao ar livre”, brincou Thiago em entrevista para o Blog AZ. A brincadeira ganhou até uma arte. A pintora Bruna Brom fez um desenho com os arquitetos que, digamos, preferem comer ao ar livre.
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Texto: Bárbara Alves
Fotos: Marcus Camargo

Casa Cor e Armazém da Decoração 2016

Amanhã Casa Cor recebe público na mostra que está em clima de comemoração

 

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Esse ano a Casa Cor está em clima de festa. “Celebrar”! No evento de âmbito nacional, comemoram-se os 30 anos vida da mostra. Em Goiás, a Casa Cor sopra 20 velinhas. De volta ao centro da capital, a Casa Cor exibe todas as novidades do mundo do design no prédio onde antes serviu como apoio ao Hospital Santa Casa e, posteriormente, a Central de Medicamentos de Alto Custo (CMAC) Juarez Barbosa.

“Estamos emocionadas de forma singular nesta edição. Os 30 anos da Casa Cor e as duas décadas do evento em Goiás nos faz ter certeza que alcançamos nosso objetivo de engrandecer os espaços de convivência infundindo novos conceitos e lifestyle ao público crescente da mostra” comemora Eliane Martins. Outro que aproveita a data para celebrar também é o arquiteto Léo Romano, que este ano assinada a fachada da casa. É que Léo participa da Casa Cor desde sua primeira edição, e comemora 20 anos de mostra.
01. Fachada - Crédito Jomar Bragança

Exibindo tendências do mercado de arquitetura, decoração, design e paisagismo, a exposição abriu suas portas na noite de ontem para receber convidados e passa oficialmente a receber o público entre os dias 12 de maio e 22 de junho no prédio localizado na Rua 30 com Avenida Tocantins, no Centro de Goiânia. São 36 ambientes projetados por 51 profissionais renomados sob o comando das arquitetas Eliane Martins e Sheila Podestá.

São três mil m² de ousadia, originalidade e reinvenção de ideias. “É uma felicidade conectar o talento dos profissionais ao centro da cidade, que tem traçado arquitetônico inconfundível. O prédio foi construído na década de 1930 para abrigar o primeiro posto de saúde de Goiânia e carrega muitas memórias. Incorporamos essas lembranças em vários pontos da 20ª edição da Casa Cor Goiás”, explica Sheila Podestá.

Na 20ª edição da mostra, o Armazém da Decoração marca presença com elegância. Estamos em 18 ambientes escolhidos 24 profissionais. Os mais clássicos mobiliários da decoração nacional, como as peças de Sergio Rodrigues, Oscar Niemeyer e ETEL interiores, bem como outras novidades contemporâneas do design brasileiro e internacional.

Serviço
Onde: Rua 30 esquina com Avenida Tocantins, Centro – Goiânia-GO
Quando: 12 de maio a 22 de junho de 2016 Quanto: R$ 44,00 (inteira) – meia com a apresentação de comprovante de estudante referente ao ano de 2016
Quando: 12 de maio a 22 de junho de 2016 Quanto: R$ 44,00 (inteira) – meia com a apresentação de comprovante de estudante referente ao ano de 2016

02- Bilheteria, Hall de entrada, Office da Escada (2) - Crédito Jomar Bragança

 

Fotos: Casa Cor / Jomar Bragança

50 anos de B&B

B&B contou seus 50 anos de história com uma sensorial instalação durante o Salão do Móvel de Milão 2016

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O Salão do Móvel de Milão chegou ao fim no último dia 17, mas foram tantas informações, criações e design que é difícil parar de falar na feira. Um desses incríveis destaques veio da clássica empresa italiana B&B, que assinou uma instalação tendo como palco a Triennale di Milano – evento que acontece simultaneamente ao Salão.

Para celebrar seu meio século de vida, a B&B montou a exposição The Parfect Density com o auxílio luxuoso do escritório de arquitetura Migliore+Servetto Architects para mostrar a trajetória da empresa. Com muita luz e abusando das novas tecnologias da informação, a instalação lembrou os principais eventos, personalidades e momentos que fizeram parte da história da B&B.

Filmes, vídeos e telas de televisores foram os contadores de história nessa retrospectiva criativa da marca. Bodas de Ouro em grande estilo. Para a italiana, a exposição leva uma das características da identidade da B&B para um sentido mais amplo. Eles partem do produto para chegar em seu conceito. A exposição, assim como a marca, foi uma densidade de ideias e projetos.

É por isso que a palavra densidade foi justamente o elo narrativo desta trajetória. No centro da instalação, oito gaiolas verticais em movimento contínuo criaram uma rede de feixes de luz como uma espécie de prateleiras visuais. Foi por meio desde sistema de iluminação que as imagens e textos sobre a história da empresa se projetaram. Produtos, processos, instalações e outras cenas puderam ser vistas nas paredes e teto da instalação, no total oito vídeos com temas diferentes.

Ao mesmo tempo, nas paredes laterais da sala, dois filmes, que caiam de forma contínua, narraram uma série de micro histórias: imagens gráficas, produtos e pessoas que passaram pela B&B Italia durante seus 50 anos de vida. A assinatura criativa da exposição ficou nas mãos de Ico Migliore e Mara Servetto e do estúdio de arquitetura com atuação internacional e um time de arquitetos e designers com trabalhos em cidades, instituições e museus em todo o mundo.

Paulo Mendes da Rocha recebe Leão de Ouro da Bienal de Arquitetura de Veneza

O celebrado arquiteto brasileiro Paulo Mendes da Rocha é o ganhador do Leão de Ouro da Bienal de Arquitetura de Veneza 2016 pelo conjunto de sua obra

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O Blog AZ teve que apertar a tecla pause para alguns pequenos ajustes técnicos, mas o mundo não parou com ele. Durante a última semana, muita coisa aconteceu – e olha que não estamos falando de política. Na sexta-feira (6) o consagrado arquiteto brasileiro Paulo Mendes da Rocha foi anunciado ganhador do Leão de Ouro da Bienal de Arquitetura de Veneza pelo conjunto de sua obra.

Paulo Mendes da Rocha é um dos mais importantes representantes da geração de arquitetos modernistas e sua obra já tinha sido reconhecida internacionalmente em 2006, quando o arquiteto foi vencedor do prêmio Pritzker– segundo profissional brasileiro a ganhar o prêmio que é considerado o maior reconhecimento mundial da arquitetura.

Naquele ano, Mendes arrancou elogios do importante crítico italiano Francesco dal Co. Francesco ressaltou a originalidade de seu trabalho, bem como o fato de Paulo Mendes marcar sua obra pelo desprezo ao supérfluo. Dez anos depois, os elogios vieram do chileno Alejandro Alvarena. Alejandro dirige a Mostra Internacional de Arquitetura que ocorre durante a Bienal de Veneza 2016.

“Muitas décadas depois de construídos, seus projetos [de Mendes] resistem aos avanços do tempo, tanto em aspectos físicos quando de estilo. Essa consistência estarrecedora é consequência de sua integridade ideológica e sua genialidade estrutural”, explicou em nota o arquiteto chileno. A cerimônia oficial para a entrega do prêmio acontecerá no dia 28 de maio, no Palazzo Giustinian, em Veneza.

Paulo nasceu em 1928 em Vitória (ES), mas se juntou ao movimento chamado “escola paulista” nos anos 60 e 70 que defendia uma arquitetura “crua, limpa, clara e socialmente responsável”. Dai vem a tendência do arquiteto em dispensar de seus projetos tudo aquilo que não seja honestamente necessário. Entre suas obras mais importantes estão o Museu Brasileiro da Escultura, o ginásio do Clube Atlético Paulistano e o projeto de reforma da Pinacoteca do Estado de São Paulo.

Poltrona Alta de Oscar Niemeyer agora pela ETEL

ETEL passa a reeditar a Poltrona Alta de Oscar Niemeyer e sua filha Anna Maria Niemeyer

Poltrona Easy Chair

Todos sabem da importância de Oscar Niemeyer para a arquitetura, mas para os mais distraídos, alguns móveis do arquiteto podem passar despercebidos. Ocorre que entre os modernistas mais irreverentes, virou quase um hábito criar móveis para decorar seus inusitados projetos. Foi assim que Niemeyer virou também designer.

Algumas de suas peças, como a famosa Cadeira de Balanço Rio, estavam sendo reeditadas pela ETEL interiores. Este mês a marca adicionou mais um mobiliário em seu catálogo, a Poltrona Alta que Niemeyer desenvolveu em parceria com sua filha Anna Maria. Oscar Niemeyer começou a desenhar sua linha de móveis na década de 1970 e convidou a filha para desenvolver os projetos com ele.

“Desejávamos, minha filha e eu, encontrar um novo desenho, que permitisse, com o uso de madeira prensada, imaginar coisas diferentes dos móveis tradicionais”, disse o arquiteto certa vez em entrevista para a Revista Casa Claudia.  Em 1971, a atemporal poltrona Alta nasceu com as curvas que são inerentes nos trabalhos de Niemeyer.

A peça em madeira prensada, laqueada de preto com revestimento em almofadas de couro logo ganhou o público – a apresentadora e comediante americana Ellen Degeneres mantém um casal de Altas em sua casa em Beverly Hills.

Casa de Ellen Degeneres em Beverly Hills

Casa de Ellen Degeneres em Beverly Hills

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Aquilo que o homem abandona, a natureza adota outra vez

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A arquitetura não vive apenas do que existe, mas também daquilo que já existiu. O estudo das grandes obras levantadas no passado ajuda os profissionais do presente a entender o ofício e a criar com todas as ferramentas adquiridas ao longo da história. Ocorre que algumas delas ficam esquecidas. O Blog AZ apresenta hoje alguns dos lugares abandonados que mais parecem cenas pós-apocalípticas ou contos fantásticos de um filme surrealista.

É interessante perceber um ponto em comum entre todas as construções já abandonadas pelo homem: a força da natureza. O controle do ser humano sobre a natureza é ténue, assim basta que nos afastemos por alguns anos para que o verde reconquiste seu espaço. Quando um barco, uma casa ou mesmo um objeto fica abandonado por muito tempo, passa a fazer parte da natureza ou a natureza dela.

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Muitos desses edifícios abandonados ganharam um apelido que atrai muita curiosidade, “Cidade abandonada”.  Em Kolmanskop, na Namíbia, por exemplo, algumas casas foram abandonadas e o deserto acabou invadindo o lugar que antes o homem ocupava. A cidade ficou conhecida como cidade mineira devido ao seu intenso comércio com a venda de diamantes.

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Colônia da Alemanha entre 1884 e 1915, Kolmanskop foi fundada em 1908 quando os mineiros alemães de diamantes migraram e fundaram o município dedicado à extração de pedras preciosas. A Primeira Guerra Mundial foi responsável pela escassez do diamante e a mina foi completamente abandonada. Resultado: o movimento das dunas acabou deteriorando as estruturas dos edifícios e invadiu todo o espaço.

A China viveu uma história parecida. A Ilha de Gouqi, que é parte de um arquipélago conhecido como Zhoushan, já foi habitada por pescadores que viviam da indústria de pesca. Com o tempo e as transformações econômicas, a atividade foi perdendo espaço na vida dos pescadores e estes abandonando suas casas. A vila de pescadores se transformou em uma pequena floresta dominada unicamente pela força da natureza.
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Mas o prêmio de cena mais apocalíptica fica reservado para um cemitério de carros abandonados na Bélgica. À primeira vista, parece que um engarrafamento ficou parado no tempo na Vila de Chatillon, mas a história dos carros nos leva de volta para a segunda Guerra mundial. Aparentemente os veículos foram deixados escondidos na floresta por um grupo de soldados americanos que, ao final da guerra, não tinha condições financeiras para levar o veículo de volta para os Estados Unidos.

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Quase um cenário de filme de terror, o parque de diversões Nara Dreamland, no Japão, foi definitivamente abandonado apenas em 2006, mas já sofreu as influencias da natureza. Hoje o espaço, aberto na década de 1960, é um parque de diversões para fotógrafos em busca de cenários exóticos para suas câmeras.

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Moda e mobiliário

Quando os mercados da moda e do design se juntam

Paulo Alves na SPFW 2015

Paulo Alves na SPFW 2015

A relação da moda com o design mobiliário tem ficado, a cada dia, mais íntima. Exemplo disto é que grandes nomes consagrados da moda – como Fendi, Louis Viton, Kenzo, Hermés e Diesel – passaram a assinar móveis. Deste casamento, vemos que o design de móveis invade os eventos de moda assim com a moda acaba se destacando nas feiras de mobiliário.

No início de abril, Milão recebeu mais uma edição do Salão do Móvel e além das marcas de moda que se lançam no mercado do design decorativo, a feira também apresentou muitos itens criados para enfeitar o corpo humano e não um aposento de uma casa. A chegada de mais uma edição da São Paulo Fashion Week (de 24 a 29 de abril de 2016) não poderia ser diferente, empresas e designers de móveis acabam fazendo sua aparição para conferir tendências e expor peças.

Em 2011, o Sindicato das Indústrias do Mobiliário de Bento Gonçalves (Sindmóveis) foi convidado pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex) a levar a indústria de móveis para o SPFW. Foi a primeira vez que o móvel ganhou projeção nacional junto à moda.

Em 2015, Paulo Borges, idealizador do SPFW, convidou Paulo Alves para assinar um lounge exclusivo na edição Inverno 2016 da design week que aconteceu no final do ano passado para celebrar os 20 anos da semana de moda e da carreira do designer. Mas para além desta relação entre os eventos de design e de moda, cresce a relação dos estilistas com o mobiliário e a influência que um campo tem no outro.

 Tobias Juretzek

Tobias Juretzek

Para começar, sabemos que a definição das cores da tendência não é fruto de um mero palpite. Estudiosos analisam o comportamento do consumidor antes de eleger as cores da estação e pode apostar que esta escolha influencia nos coloridos dos móveis – principalmente das marcas que valorizam a cor, como a Kartell e a Tidelli.

Outros designers levam o assunto “moda mobiliário” tão a sério que acabam unindo ambos os campos de criação. O designer alemão Tobias Juretzek, por exemplo, cria cadeiras com peças de vestuário recicladas. O projeto acabou sendo adotado pela italiana Casamania, que divulgou as criações de Juretzek em uma edição do Salão do Móvel de Milão.

No Brasil a Neobox caiu na moda com o auxílio luxuoso de Adriana Barra. A Poltrona Spy, inicialmente fabricada em cores únicas e tons claros, ganhou as estampas coloridas da designer Adriana Barra e passou a ser fabricada com as cores do verão. Adriana também desenvolveu suas estampas para pastilhas de cerâmica e cadeados.

Sky por Adriana Barra

Sky por Adriana Barra

Casa Cor Goiás 2016: Celebrar a vida

A Casa Cor Goiás abre suas portas no dia 12 de maio para comemorar 20 edições de sucesso

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A contagem regressiva para a semana de design e arquitetura mais importante do estado de Goiás já está correndo acelerada. É que a Casa Cor Goiás 2016 abre suas portas em menos de um mês para mostrar aos goianos o que o estado, o Brasil e o mundo têm de melhor em arquitetura e decoração. A mostra será realizada entre os dias 12 de maio de 22 de junho na Rua 30 com Avenida Tocantins.

Na edição de 2016, a Casa Cor retoma o centro de Goiânia e enaltece a arquitetura de nossa cidade em um prédio histórico: a Central de Medicamentos de Alto Custo (CMAC) Juarez Barbosa. A área de 3 mil metros quadrados foi cedida pela Goiás Turismo para sediar uma edição comemorativa da mostra.

Este ano a Casa Cor Goiás comemora sua 20ª edição e a marca celebra 30 anos de sucesso, por isso o tema escolhida pela organização do evento para 2016 foi “Celebrar a vida”. A mostra de 2016 contará com 37 ambientes projetados por 46 profissionais de renome no estado e no país.

A Casa Cor é reconhecida como a maior e melhor mostra de arquitetura, decoração e paisagismo das Américas e reúne, anualmente, projetos de arquitetos, decoradores, e paisagistas. Ao mesmo tempo em que Goiás celebra sua 20ª edição, outros 20 eventos serão realizados nas cidades de Alagoas, Bahia, Brasília, Campinas, Ceará, Espírito Santo, Interior de SP, Litoral de SP, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, São Paulo e Santa Catarina, além de outros cinco internacionais (Miami, Peru, Chile, Equador e Bolívia).

Aguardem, pois o Armazém da Decoração estará presente.

Rochelle Costi

A fotógrafa brasileira mostra seu talento apontando suas lentes para os vários estilos e objetos

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Rochelle Costi é de Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul, mas não fincou o pé em suas raízes.  Formada em comunicação social pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC/RS), mudou-se para Belo Horizonte, onde iniciou sua carreira de fotógrafa, e em seguida estabeleceu-se na capital paulista.

Entre suas passagens por diversas cidades do Brasil e do mundo, bem como pelos diversos campos da fotografia, Rochelle faz suas séries fotográficas. Passageiros é uma delas e pela beleza chocante e a delicadeza avassaladora, chamou muito a atenção do público, da crítica e do Blog AZ.

As histórias de Passageiros foram escritas com base nos relatos de cidadãos que um dia foram usuários das linhas de trens distribuídas pelo Brasil e em fatos reais sugeridos pelas diferentes épocas às quais as fotografias aparentam pertencer. Além de fatos, as lentes de Costi deram vez para a imaginação, por meio das imagens contadas para passar a sensação do extremo vazio que a falta da circulação dos trens parece exercer sobre nós.

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