Dia da Mulher com Lina Bo Bardi

Instituto do Patrimônio Histórico sorteia um exemplar da Coleção Lina Bo Bardi em homenagem ao Dia Internacional da Mulher

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Muito se fala em empoderamento feminino nos últimos anos e uma mulher forte na luta política em prol dos direitos, que representou a importância do papel da mulher na sociedade, foi Lina Bo Bardi. Pensando nisso, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) vai sortear um exemplar da Coleção Lina Bo Bardi em comemoração ao Dia Internacional da Mulher.

A coleção, organizada por Marcelo Ferraz, é composta de textos, croquis, aquarelas, desenhos, fotos, reproduções de maquetes e construções da arquiteta e inclui também depoimentos e escritos de Lina a respeito de seus projetos. São análises contemporâneas farta ilustrações.

As inscrições para concorrer ao presente ocorrerão via Sorteie-me entre o dia 1º a 8 de março (até às 9h da manhã). O participante deve residir no Brasil, ter um perfil ativo no Facebook e curtir a fanpage do Iphan. O resultado será divulgado no dia 08 de março pelo Facebook e Twitter do instituto e o Iphan encaminhar a coleção, após o resultado, ao vencedor no prazo de 30 dias.

Lina Bo Bardi nasceu em Roma em 1914, mas adotou Brasil como sua pátria. A arquiteta tinha consciência de seu papel social e atuou na defesa dos direitos e no empoderamento mulher na luta pelo reconhecimento do trabalho feminino. O seu foi amplamente reconhecido. Lina fez sucesso por sua atuação profissional em várias áreas, levando sua interpretação pessoal do modernismo para o paisagismo, a cenografia, a ilustração, a curadoria e para o design mobiliário.

 

Inscrever-se via Sorteie-me, clicando em “Quero Participar” para validar sua participação.

EstudioBola 2016

Confira as novas peças da charmosa marca paulista

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No mês em que completa 15 anos de história, a debutante Esrudiobola lança as novas peças 2016 – que já estão desfilando em sua charmosa vitrine no bairro da Lapa, em São Paulo. Seu galpão despretensioso é uma bela carta de apresentação do que representa a própria marca criada e 2001 pelos colegas de faculdade Flavio Borsato e Maurício Lamosa.

É que a Estudiobola carrega a qualidade das grandes e luxuosas marcas sem, entretanto, estampar os excessos desnecessários. Atualmente, já estampa a sua marca em 70 lojas de 22 estados brasileiros – o Armazém da Decoração entre elas. Seu próximo passo é atravessar fronteiras e chegar á Itália, onde abre um showroom com centro de distribuição para o restante da Europa.

Seus móveis são irreverentes e irresistíveis e no ano de 2016 o estilo não poderia mudar. As novas peças são como reedições das peças já existentes da marca, mas uma edição repaginada, com novo fôlego e ainda mais charme.

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Muller Van Severen design

Escultor e fotógrafa belgas se consolidam também no campo do design de móveis com o estúdio Muller Van Severen

 

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Separados profissionalmente, Fien Muller e Hannes Van Severen eram, além de casados, escultor e fotógrafa. Juntos profissionalmente, se tornaram Muller Van Severen, designers de móveis. A história do estúdio belga Muller Van Severen é bastante interessante, principalmente porque é bem recente.

O casal Fien Muller e Hannes Van Severen tinha o interesse de desenvolver algum trabalho juntos, já que são ambos artistas, mas ainda não haviam encontrado uma plataforma onde poderiam utilizar o talento das duas áreas de atuação.
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Foi em 2011 que a oportunidade surgiu. A empresária Veerle Wene convidou os dois a criarem juntos um projeto para ser exposto em sua galeria e o momento coincidiu com a mudança do casal para uma casa que exigia um mobiliário diferenciado. À Bamboo, Fien contou que o casal enfrentava um problema de iluminação na nova casa em razão da altura de seu pé é direito.

“Começamos então a pensar em uma mesa com uma luminária acoplada e de repente foram surgindo várias outras ideias, num processo muito orgânico, como se aquilo já estivesse dentro de nós”, explicou a fotógrafa e designer.

Quatro anos após esse marco, o escritório Muller Van Severen foi vencedor do prêmio Designer of the Year da Bélgica, uma grade surpresa para os novos talentos do ramo moveleiro. É claro que, com o currículo do casal, o mobiliário Muller Van Severen transita entre a arte e o design. Suas peças são simples, criativas e afamadas por sua característica multiuso.

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Protagonismo ambiental

Arquitetura sustentável é a bola da vez em um mundo onde respeitar o meio ambiente não é apenas moda, mas necessidade

Kuma

O Blog AZ não se cansa em falar sobre arquitetura sustentável, afinal, quanto mais falarmos sobre preservação do meio ambiente, mais as pessoas vão perceber a importância de se preservar o meio ambiente.

Destaque do Oscar 2016, Leonardo DiCaprio – predileto do público finalmente premiado pela academia – dedicou seu tão esperado discurso à natureza:

“Filmar O regresso teve a ver com a relação do homem com o mundo, que teve 2015 como seu ano mais quente da história. Nossa produção teve que ir ao extremo sul do planeta para encontrar neve. A mudança climática é real e está acontecendo agora mesmo. É a ameaça mais grave que a nossa espécie enfrenta. Temos que trabalhar coletivamente e parar de procrastinar. Temos que apoias os líderes do mundo, que não representam os poluidores e as grandes incorporações, mas sim toda humanidade”

Realmente não podemos mais ignorar a reação da natureza aos avanços tecnológicos que poluíram o meio ambiente principalmente nos três últimos séculos, e neste quesito uma das profissões mais importantes é a do arquiteto. Além de construir uma casa ou um edifício focado nos planos de menor impacto ambiental, os profissionais devem também pensar em como os impactos ambientais vão afetar menos suas obras.

O japonês Kengo Kuma conseguiu diminuir estes impactos. Após o tsunami de 2011 no Japão, que atingiu severamente algumas cidades da península de Oshika, um dos poucos prédios que não foram destruídos em Ishinomaki foi o Museu do Canal Kitakami, projetado por ele.

O profissional é um forte nome da arquitetura sustentável justamente por sua relação com a natureza. Ele resgatou técnicas antigas de construção e trabalha com barro e o bambu. Segundo o arquiteto, nas ultimas décadas os profissionais abandonaram a madeira e começaram a trabalhar apenas com o aço – o que afasta ainda mais o homem da natureza.

No caso de seu projeto em Ishinomaki, um vão de um metro protegeu a construção da fúria da água. “Não podemos nos opor à natureza, somente respeitá-la”, disse sobre seu trabalho. “Nós envolvemos a moldura de madeira com uma membrana de poliéster. A parte interna é coberta com um tecido removível de fibra de vidro. Entre as duas membranas está um isolante de poliéster, feito com garras PET recicladas”, explicou ao site TreeHugger.

Foi respeitando a natureza que Kuma passou a relembrar a arquitetura o que a industrialização a fez perder. Um trabalho destaque desse seu estilo foi uma construção inteira no barro. Assim como o japonês, outros jovens talentos estão mostrando ao mundo como criar sem ferir o meio ambiente.

Humano de madeira

Peter Demetz é dono de uma fascinante habilidade de transformar madeira em esculturas realistas humanas

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Alguns materiais, em mãos habilidosas, mais se parecem massinha de modelar. Peter Demetz é dono deste tipo de habilidade e a madeira, em suas mãos, vira gente. O artista italiano assina esculturas realistas de seres humanos – homens, mulheres e crianças – com atenção aos mínimos detalhes.

Suas peças são esculpidas à mão e atingem alturas que variam de 20 a 50 cm. Quem vê uma imagem tem dificuldade em perceber que não se trata realmente de uma pessoa. As roupas, o cabelo e até as imperfeições da pele são recortadas com um incrível grau de precisão.

Sua obra é, ao mesmo tempo, delicada e melancólica. Os personagens são cabisbaixos e sempre distantes dando a impressão de estarem mergulhados em um mar triste de saudade e de uma leve depressão.

Seu talento se transporta para suas peças que, para os desatentos, mais parecem pessoas recém-saídas de um mar de lama. Peter Demetz conquistou prêmios e brilhou em exposições ao redor do mundo em um merecido reconhecimento de seu incrível trabalho.

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Design é meu mundo / Armários Roxinho

Isabela Vecci

Roxinho

Beleza e comodidade nem sempre andam juntas. No mundo fashion, por exemplo, nós mulheres sabemos muito bem que alguns estilistas reivindicam nosso conforto em troca da beleza de alguns sapatos de salto ou de vestidos tubinhos. Na moda casa não é muito diferente. Em um passado não muito distante, conforto e comodidade ficavam em segundo plano. O importante era criar uma peça de tirar o fôlego. A nova geração de designers do pós-modernismo moveleiro entendeu que comodidade é fundamental e a arquiteta Isabela Vecci está entre eles.

Isabela é arquiteta de formação, mas possui uma mente criativa que funciona a todo vapor e em toda direção. Sua produção é multidisciplinar e está ganhando cada dia mais o reconhecimento que merece. A designer busca inspiração na história e na filosofia e tem lançado linhas de móveis de uma beleza que combina a funcionalidade com a contemporaneidade de seu tempo.

Entre esses trabalhos, encontramos os armários Roxinho. Roxinho é uma família formada por três armários de madeira maciça que podem ser dispostas lado a lado ou separadas nos cômodos da casa.  “Quando o cliente chega à loja, ele já vem com uma ideia pré-concebida do que deseja. Por isso, é fundamental criar produtos múltiplos, mas que possam se adaptar as particularidades de cada um”, defende a arquiteta.

A história por trás da fotografia

Conheça as histórias por trás das grandes fotografias

O beijo da Times Square (1945)

O beijo da Times Square (1945)

Uma imagem é capaz de imortalizar um instante, mas acaba por esconder atrás das câmeras grandes histórias. As fotografias mais marcantes muitas vezes acabam por esconder tristes verdades. O Blog AZ escolheu duas delas para mostrar o que a câmara não alcança.

O beijo da Times Square, tirada em 1945 na cidade de Nova York, virou o símbolo do fim da segunda guerra mundial. A imagem ficou tão célebre que até hoje casais buscam o ponto exato da avenida mais famosa de Nova York para recriar a cena.

Ao que tudo indicava o fotógrafo Alfted Eisenstaedt tinha apenas capturado a cena de um marinheiro e sua amada enfermeira, um casal de apaixonados, comemorando com amor o fim dos tempos de guerra. Ledo engano.

O marinheiro foi chamado de “bêbado atrevido”, já que seu beijo apaixonado foi na verdade um beijo forçado. O rapaz puxou pelo braço a primeira moça que viu a sua frente para “comemorar” com um beijo roubado o anúncio da rendição do Japão e o consequente fim da Segunda Guerra Mundial.

A identidade do casal que protagonizou o famoso beijo ficou oculta por muitos anos. Aos 90 anos de idade, George Mendonsa e Greta Zimmer Friedman revelaram serem os modelos da fotografia de Eisenstaedt.

A menina e o abutre (1993)

A menina e o abutre (1993)

Outra imagem marcante tem uma história trágica. A Menina e o Abutre foi tirada em 1993 no Sudão pelo sul-africano Kevin Carter. A fotografia rendeu ao fotógrafo, além de um prêmio Pulitzer, uma depressão tão profunda que levou ao seu suicídio.

Kevin era um dos quatro integrantes de um grupo de fotógrafos de guerra conhecido com Bang Bang Club. O objetivo dos fotógrafos era atrair a atenção das grandes nações, por meio de imagens, para a guerra e a fome que assolavam o continente africano nos anos 1990.

A Menina e o Abutre cumpriu seu objetivo. A cena, que mostra um abutre esperando a morte de uma criança subnutrida, comoveu o mundo e colocou a opinião pública contra o fotógrafo. As pessoas questionaram a frieza de Kevin, já que o fotógrafo nada teria feito para ajudar a criança. A culpa consumiu Kevin Carter até o dia que ele se matou.

E a menina? Ela estava sob proteção da ONU no momento em que Carter disparou o flash de sua câmera. Segundo noticiou o periódico El Mundo, a criança portava em seu braço no momento da foto uma pulseira com a inscrição “T3”. A sigla era usada pela ONU para classificar o nível de desnutrição das pessoas que estavam sob seus cuidados. Kong Nyong sobreviveu à fome e morreu 13 anos após ser fotografada por Kevin.

Lei Rouanet passa a contemplar projetos de arquitetura

A proposta arquiteto José Armênio de Brito foi acatada pela Comissão Nacional de Incentivo à Cultura (CNIC) para que projetos de arquitetura e urbanismo possam ser beneficiados com recursos advindos de renúncia fiscal via Lei Rouanet

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O Programa Nacional de Apoio à Cultura, que reserva recursos públicos para financiar a produção cultural e artística brasileira, abriu espaço para contemplar projetos de arquitetura. A nova alteração proposta pelo arquiteto José Armênio de Brito Cruz à Comissão Nacional de Incentivo à Cultura (CNIC) aguarda publicação no Diário Oficial da União para começar a valer, o que deve acontecer nas próximas semanas.

O Programa Nacional foi criado em 1991 para incentivar projetos culturais por meio de renúncia fiscal, que funciona com a participação do setor privado. O processo opera da seguinte forma: o candidato elabora um projeto nos moldes da lei e, quando aprovado, capta a verba do setor privado. Este receberá um abatimento equivalente nos valores que seriam repassados ao Estado em obrigações fiscais.

Com a alteração, é possível que projetos de arquitetura e urbanismo sejam contemplados pelo mesmo incentivo de renuncia fiscal do Governo Federal que atualmente é concedido à cultura e captado via Lei Rouanet. Não há exigência quanto à finalidade do projeto, entretanto deverá ser realizado concurso público para eleger a proposta vencedora. Ou seja, a pessoa pode buscar um projeto arquitetônico para uma praça, um edifício ou mesmo uma casa, desde que abra seleção para a escolha do projeto.

A proposta é incluir a arquitetura entre os setores contemplados pela Lei Rouanet, que só no ano passado financiou cerca de 80% dos projetos culturais do país. Segundo o Ministério da Cultura, a soma das renuncias fiscais que foram canalizadas para a produção artística brasileira chegou a 1,1 bilhão de reais em 2015.

A inclusão é um passo em direção ao reconhecimento da importância cultural da arquitetura e do urbanismo, que passaram a ser reconhecidos como “cultura” pelo governo federal apenas em 2010 durante a 2ª Conferência Nacional de Cultura.

Arte geométrica

O artista visual escocês Jim Lambie utiliza fita de vinil, cor e geometria para criar maravilhosas instalações

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É com algumas linhas e muitas cores que o artista escocês Jim Lambie brincará com a sua percepção visual. O artista contemporâneo usa fita de vinil e geometria para criar ângulos que passam a percepção de movimento.

Seu trabalho é único e personalíssimo. Jim estuda o espaço e sua arquitetura para criar instalações que possam interagir com o ambiente; assim, sua obra não pode ser replicada ou transportada para qualquer local.

Para explicar seu trabalho, Lambie disse apelar para a imagem de uma paisagem no estilo dos sonhos. “Cobrindo um objeto de alguma forma se evapora a borda dura fora da coisa, e puxa-o para além de uma paisagem de sonho”, filosofou.

Além da ideia de saída do sonho feliz de uma criança, as instalações de Jim misturam a arte contemporânea com o pop art que esbanja na cor. Apaixonado por música, inspira seus projetos nas letras de algumas de suas bandas preferidas, como o The Doors.

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Cidades de papel

Clara Benett mistura arte, história e arquitetura em seu trabalho com maquetes e com a representação das cidades

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Vamos combinar que a arquitetura e a arte são dois ofícios muito parecidos. Nas mãos da francesa Clara Benfatti eles se uniram em um único trabalho. É que a artista plástica elegeu São Paulo para transportar ao papel a paisagem da cidade grande. As silhuetas dos edifícios com a poesia de seu trabalho renderam à artista sua primeira exposição individual em meados do ano passado.

Clara Benfatti nasceu na França em 1984, mas escolheu o Brasil como país e radicou-se em São Paulo. Formada em artes plásticas na FAAP, expõe sua obra desde 2009 na capital paulista. Em 2015 a Zipper Galeria abriu suas portas para que a artista fizesse sua primeira exposição individual.

Entre seus trabalhos expostos nessa mostra, dois se destacaram. Em Outras Cidades, Benfatti utiliza o nanquim para sobrepor as silhuetas de uma grande cidade sobre a outra formando belas imagens no papel.

O papel também é a matéria prima utilizada pela artista para construir caixas-maquetes. A Silenciosa Fábula dos Objetos são maquetes feitas a partir de imagens de cômodos iguais. Explorando ainda as cidades, a artista criou a série Cidades Brancas, onde Clara mistura camadas de desenhos em papel vegetal de diversos tamanhos e formatos, criando uma perspectiva tridimensional.

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