Borek Sipek morre aos 66 anos de idade em Praga

O arquiteto, oficial do Castelo de Praga, ficou conhecido por seu trabalho com o vidro

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O coração de uma das cidades mais charmosas da Europa abriga o maior castelo do mundo segundo o Guinnes book, o livro dos recordes. O Castelo de Praga é a antiga residência dos reis da Boêmia e atual residência oficial do Governo tcheco.

Sua construção, fortificada na às margens do rio Moldava, teve início no ano 800 e passou por muitas transformações ao longo dos séculos. As mais recentes levam a assinatura de um grande arquiteto daquele país, que nos deixou aos 66 anos de idade neste final de semana.
Castelo

Borek Sipek foi contratado pelo então presidente tcheco Vaclav Havel entre os anos de 1992 a 2002 para servir como arquiteto oficial do Castelo de Praga. Sua vida foi marcada pelas histórias de luta e fuga de seu país em guerra, como também pela criatividade de um artista que se destacou com o trabalho no vidro. A agência de notícias CTK anunciou sua morte no final da tarde de sábado (13).

O arquiteto nasceu em 14 de junho de 1949 na cidade de Praga, mas abandonou seu país durante os anos de ocupação militar russa. Após viver na Alemanha e Holanda, o arquiteto retornou a então Tchecoslováquia no final na Guerra Fria e assumiu o cargo de arquiteto oficial do Castelo de Praga, após o país dividir-se em dois.

Seu studio foi responsável por assinar peças de mobiliário que hoje integram a lista de móveis da casa de Bill Clinton, Jacques Chirac, Mick Jagger, Bob Dylan e Karl Lagerfeld. Entre seus trabalhos mais famosos, estão as peças em vidro. Sua habilidade com este tipo de material o rendeu parceria com empresas como as italianas Driade, Alessi, Sawaya& Moroni, a belga Val Saint-Lambert e a Sèvres francesa.

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Goiânia recebe 2ª Mostra de Arte Urbana do Centro-Oeste

Goiânia recebe 2ª Mostra de Arte Urbana com o intuito de promover o trabalho artístico feito nas ruas

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A Vila Cultural Cora Coralina abriu suas portas na tarde deste sábado (13) para a abertura da 2ª Mostra de Arte Urbana do Brasil Central, que acontece de hoje até o dia 31 de março de 2016. Este ano, a exposição presta uma homenagem simbólica ao grafiteiro Testa, um dos pioneiros da linguagem do grafite no estado.

A mostra acontece no salão principal da Vila Cultural Cora Coralina, no Centro de Goiânia. Toda a programação, preparada pela produtora executiva Wanessa Cruz com artistas de rua, estará aberta ao público de segunda à sexta-feira das 9 às 17 horas e, no sábado, das 9 às 13 horas.

Rafael Plai, grafiteiro, designer, tatuador e produtor cultural, está responsável pela curadoria da mostra, que conta também com a coordenação geral do artista visual Sandro Tôrres. O projeto reúne uma lista de 17 artistas, outros colaboradores, que compõem a exposição do salão. A mostra surgiu de pulsões de ideias no intuito de promover iniciativas que fomentem a cultura. O projeto promove o debate sobre a inclusão das pessoas na arte, levando-a às ruas.

 

Serviço
2ª Mostra de Arte Urbana do Centro-Oeste
Onde: Vila Cultural Cora Coralina
Quando: de 13 de fevereiro a 31 de março

 

Florianópolis ganha o primeiro ponto de ônibus verde

Projetos sustentáveis nunca foram tão importantes para a arquitetura e para as cidades

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A palavra de ordem é preservar. Sustentabilidade nunca esteve tão na moda quando agora, na segunda década do novo milênio. Antes tarde do que nunca. As empresas estão recebendo incentivo para racionar água e plantar mais árvores; no campo jurídico o direito ambiental tem estado sob os holofotes; e na arquitetura, os designers têm buscado adaptar seus projetos aos modelos de sustentabilidade.

Foi seguindo bem esta linha que um projeto público, de iniciativa privada, foi elaborado em Florianópolis (SC). A cidade ganhou nesta terça-feira (8) seu primeiro ponto de ônibus ecossustentável. A estrutura conta com energia solar, que gera eletricidade para pontos de carga de celular, e armazenagem de água da chuva, usada para irrigar seu telhado verde.

O projeto foi um protótipo de sustentabilidade idealizado e executado pela Associação Comercial e Industrial de Florianópolis (Acif) em parceria com 18 empresas, e a prefeitura já adiantou não possuir verba pública para replicar o modelo pelo restante da cidade em razão de seu alto custo – embora o valor da obra não tenha sido divulgado pela associação.

O ponto de ônibus foi desenvolvido para que a cobertura de vegetação diminua o calor na sobra, que durante o verão chega a temperaturas de 40ºC. O ponto possui irrigação autônoma feita pelo reuso de água da chuva e a iluminação do ambiente é feita por lâmpadas de LED. As placas fotovoltáicas  permitem que o usuário carregue seus aparelhos eletrônicos via USB.

A sustentabilidade é a marca do projeto, que foi feito de plástico e aço reciclado. A associação diz que o projeto é único no Brasil e teve apoio do Sebrae. Futuramente, a iniciativa privada também planeja instalar no local um bicicletário e placas com identificação das 11 linhas de ônibus que param no local.

Foto: G1/ Divulgação

Foto: G1/ Divulgação

Clássicos da pintura redesenhados em Playmobil

O artista francês Pierre Adrien Sollier revisitou as grandes obras clássicas da pintura substituindo os personagens por desenhos de bonecos de Playmobil

 

Mona Lisa de Leonado da Vinci

Mona Lisa de Leonado da Vinci

“Nada há de novo debaixo do sol”. A famosa frase bíblica é tão certeira que já virou até refrão de música nacional. Realmente é muito difícil encontrar uma criação que nasceu sem nenhuma influência exterior. Foi pensando nas influências, e em misturar o clássico com o moderno, que o criativo artista francês Pierre Adrien Sollier  resolveu reeditar grandes obras da pintura substituindo seus personagens por bonecos Playmobil.

Clássicos como Mona Lisa, A Liberdade Guiando o Povo ou mesmo A Balsa da Medusa agora são estrelados pelos famosos bonequinhos desmontáveis do alemão Hans Beck. “Quis fazer uma homenagem contemporânea a todos os artistas apaixonados pela pintura”, explicou o pintor sobre seu irreverente trabalho.

Os bonecos Playmobil foram criados em 1974 na Alemanha por Hans Beck e entraram no mercado no ano seguinte. Após algumas adaptações em sua produção, ganhou a atual composição no plástico. “Sempre achei bastante expressivo esse pequeno ‘homem comum de plástico’ e quis retratar nosso tempo de uma forma irônica e pouco convencional”, contou o artista sobre a escolha dos pequenos bonecos como protagonistas das suas obras.

O autor usava os bonecos de Playmobil quando era ainda estudante de animação, para testar os pontos de luz e escala. Desta brincadeira foi que surgiu a ideia de tirar os bonecos do papel de meros auxiliares e os colocarem em posições de destaque nas suas pinturas. Confira mais da obra do artista em sua página oficial.

A Balsa do Medusa de Théodore Géricault

A Balsa do Medusa de Théodore Géricault

A Liberdade Guiando o Povo de Eugène Delacroix

A Liberdade Guiando o Povo de Eugène Delacroix

As Meninas de Diego Velázquez

As Meninas de Diego Velázquez

Jean-Michel Basquiat

Jean-Michel Basquiat

A Última Ceia de Leonardo da Vinci

A Última Ceia de Leonardo da Vinci

A Leiteira de Johannes Vermeer

A Leiteira de Johannes Vermeer

Tarde de Domingo na Ilha de Grande Jatte de Georges-Pierre Seurat

Tarde de Domingo na Ilha de Grande Jatte de Georges-Pierre Seurat

 

 

 

 

Carnaval com cor

O blog AZ e toda equipe do Armazém da Decoração deseja a todos um ótimo carnaval com muito design e muita cor

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Tidelli

Tidelli

Tajá de Sérgio Rodrigues

Tajá de Sérgio Rodrigues

Poltrona e cadeiras Painho

Poltrona e cadeiras Painho

Kartell

Kartell

Amor em ruínas

Casal de sírios escolhe a cidade de Homs, em ruínas, para fotografar seu álbum de casamento

(Joseph Eid)

(Joseph Eid)

Algumas das imagens mais icônicas da história da fotografia se remetem aos tempos de guerra. “O beijo da Times Square”, tirada em Nova York no final da segunda guerra mundial, o “Massacre da Praça da Paz Celestial”, capturada em 1989 durante as revoltas estudantis chinesas ou mesmo a “Phan Thi Kim Phúc”, de 1973, que exibe crianças correndo de um ataque aéreo com napalm no Vietnã mostram a força da imagem diante da força de ataques de bombas.

Para mostrar que ainda existe amor em tempos de guerra, os sírios Nada Merhi, de 18 anos, e Hassan Youssef, 27 anos, decidiram fotografar o álbum de casamento do casal em meio aos escombros da cidade mais afetada com a guerra civil do país, Homs.

(Joseph Eid)

(Joseph Eid)

A cidade foi apelidada, durante a guerra, de “capital da revolução” e concentrava o maior número de rebeldes desde o início dos conflitos em 2011. Em 2014, as forças pró-governo tomaram de volta Homs, mas não antes de deixa-la destruída.

A ideia do casal era mostrar que mesmo no mais hostil dos ambientes a vida é mais forte que a morte e que pode existir amor nos tempos de guerra. No lugar do tradicional terno preto, Hassan manter seu uniforme de militar.

Phan Thi Kim Phúc (1972)

Phan Thi Kim Phúc (1972)

O beijo da Times Square (1945)

O beijo da Times Square (1945)

Massacre da Praça da Paz Celestial (1989)

Massacre da Praça da Paz Celestial (1989)

Nas lentes de Joao Castilho

Conheça o trabalho fotográfico do mineiro Joao Castilho

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Marcel Duchamp disse na primeira metade do século 20 que seria “arte tudo o que eu disser que é arte” e coroou estas palavras com a exposição A fonte, um urinol rejeitado como obra artística pelo júri de um museu em Nova York por não haver indícios de trabalho artístico em sua peça final. Foi neste momento que o mundo começou a se questionar sobre as novas formas de arte.

Enquanto os mais conservadores fechavam as portas para as novas formas de se criar, artistas ousados passaram a ganhar espaços daqueles que viam o mundo além de seu temo. A fotografia se enquadra neste contexto. Quando descoberta pelo francês Daguerre, a fotografia foi recebida como uma ameaça para a pintura, mas hoje ambas convivem harmoniosamente no meio artístico.

Entre os trabalhos de documentação e os mais autorais, temos diversos fotógrafos artistas que merecem destaque por suas obras. O mineiro Joao Castilho é um deles. Nome recorrente nas listas de destaques da fotografia brasileira, Castilho foi vencedor de quatro prêmios do meio.
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Formado em comunicação e artes em 2001, João se especializou nas Artes Plásticas e aplica este seu talento na fotografia. Quando se comunica, suas imagens não passam uma mensagem pronta. Ela deixa com que o observador retire do conteúdo de sua obra a ressignificação de acordo com suas próprias referências.

Ao longo dos 15 anos de carreira, o fotógrafo já participou de dezenas de exposições coletivas e outras tantas individuais com seus mais de 25 ensaios fotográficos. Em entrevista, Castilho já reafirmou seu desejo de sempre se transformar.

“Não quero que meu trabalho seja a mera e eterna repetição de uma fórmula, não quero que ele se anestesie. Por isso, é preciso tensionar, ampliar, recriar pouco a pouco nosso próprio universo”.  Em cada um de seus ensaios, vemos esta ampliação. João tem a capacidade de se inventar e reinventar nas sombras e nas luzes de suas fotografias.

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Fotos: João Castilho

Jornal britânico inclui Brasília na lista dos dez destinos de turismo arquitetônico

O jornal britânico The Guardian incluiu Brasília na lista das dez cidades que devem ser visitadas por turistas que buscam rotas arquitetônicas

Sem título

No meio do cerrado brasileiro, lá onde não havia muita coisa, uma cidade se levantou praticamente do nada. Seu nome? Brasília. A capital federal, uma jovem de apenas 55 anos de idade, carrega em sua história a fama de sua arquitetura. Nascida fora de seu tempo, e de qualquer tempo, Brasília destaca-se no meio das outras 26 capitais brasileiras e chama a atenção do mundo. Quem conhece, se espanta. Por isso o jornal britânico, The Guardian, incluiu a cidade entre os dez melhores destinos de turismo de arquitetura do mundo.

Segundo a lista, divulgada no final de 2015, a capital modernista deve ser conhecida pela sua arquitetura incomum. Brasília divide a lista com Miami, por sua art déco, com o cubismo e a art nouveau de Praga e outras sete cidades espalhadas pelos quatro cantos do mundo. É plenamente justificável a eleição do planalto central para figurar nesta lista, já que “a construção de Brasília começou em 1956 – com a cidade rapidamente se tornando um marco na história do planejamento de cidades”, como lembrou a própria publicação.

Muito antes dos planos desenvolvimentistas de Juscelino Kubitschek, dos planejamentos urbanistas de Lúcio Costa ou dos desenhos pós-modernistas de Oscar Niemeyer, Brasília já estava prometida ao Planalto Central. A discussão entorno da mudança da capital para o interior do país data de antes do Brasil virar uma república. A Constituição da República de 1891 definiu que essa nova capital deveria ser construída no Planalto Central.

Foi apenas 64 anos após esta decisão que a capital federal começou a ser construída no interior de Goiás, agora um Distrito Federal. O traçado da cidade obedeceu ao plano piloto de Lúcio Costa, batizado com este nome por ter sido a primeira proposta urbanística criada para a cidade. A ideia inicial era fazer uma cidade com a forma de uma cruz, mas o nome “Plano Piloto”, somado à semelhança do projeto com o desenho de uma aeronave, fez com que o formato da área fosse popularmente comparado com um avião, composto de um eixo monumental suas asas.
Brasília

Os prédios principais foram desenhados por Oscar Niemeyer e sua ideia de arquitetura explica bem a cidade. “Quando eu crio um prédio eu não me tranquilizo antes de ver que ele causa espanto e cria emoção”, contou certa vez em entrevista sobre Brasília.

O projeto urbano de Lúcio Costa, com as superquadras, tinha a intenção de criar bairros que favorecessem as relações interpessoais. O térreo dos edifícios seriam abertos e públicos para permitir que crianças brincassem próximas a seus blocos. Entre as quadras a única divisão seria uma área verde, sem cercas, com reserva de área para pequenos comércios locais, espaços onde todos poderiam se encontrar.

Ocorre que Brasília cresceu além do planejado. As asas norte e sul não foram suficientes para abrigar seus moradores e cidades satélites foram nascendo, ao contrário de sua cidade mãe, sem qualquer planejamento urbanístico. Outro ponto que pesou na construção da cidade foi justamente a construção da cidade. O presidente queria levantar a capital até o fim de seu governo, o que daria aos envolvidos no projeto um prazo de apenas quatro anos para concluir as obras. A velocidade com que a cidade foi levantada rendeu à Novacap, empresa responsável pelo projeto, a fama de ter sido responsável pela morte de inúmeros funcionários.

O charme da capital administrativa fica por conta também do Lago Paranoá. Criado artificialmente no intuito de elevar os baixos índices de umidade da região, o lago possui 48 quilômetros quadrados de área, profundidade máxima de 38 metros e cerca de oitenta quilômetros de perímetro. A cidade, além de ganhar o título de capital da arquitetura pós-moderna, foi tombada pela UNESCO em 1987 como patrimônio mundial.

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38 projetos brasileiros são premiados na If Design Award 2016

Arthur Casas, Decameron e outros 36 projetos brasileiros são premiados no If Design Award, um dos mais relevantes prêmios do design mundial

Pavilão Brasil - EXPO Milão

Pavilão Brasil – EXPO Milão

O If Design Award é uma premiação que une o design com a indústria e todo ano escolhe os melhores projetos de design inscritos para o evento. Os ganhadores têm suas obras expostas em Hamburgo, na Alemanha, e os projetos premiados passam a fazer parte da exposição online do If World Design Guide.

A If Design Award premia os melhores projetos em cinco categorias distintas: Produto, Embalagem, Comunicação, Arquitetura e Interiores e Design de Serviço. Em 2016 o Brasil apareceu em quatro delas, tendo nove nomes só na lista dos premiados na categoria Arquitetura e Interiores – entre eles o de Arthur Casas.

O prêmio de Arthur Casas não é nenhuma surpresa já que o projeto foi vencedor também do World Architecture Festival (WAF) em 2015.O projeto ganhador do If Design Award foi desenvolvido pelo estúdio de Arthur Casas na Itália para representar o pavilhão do Brasil na Expo Milão 2015.

Premiação merecida. O espaço cumpriu sua função e conseguiu transmitir aos visitantes os valores da arquitetura brasileira e promover a interação de uma praça com muita madeira e verde.

Outro nome na lista dos vencedores a chamar atenção foi o da Decameron. A marca brasileira venceu a categoria produto com o Sofá Highback Link. O sofá faz parte de uma família de móveis criada por Marcus Ferreira em um estilo clássico, atemporal e elegante.

O júri internacional foi formado por 58 profissionais do design que se reuniram entre os meses 19 e 21 de janeiro de 2016 na Alemanha para avaliar os projetos inscritos. A lista dos ganhadores foi divulgada na última semana de janeiro, mas a cerimônia de premiação oficial ocorrerá apenas no dia 26 de fevereiro no museu da BMW em Munique, Alemanha.

 

Decameron

Decameron

Canivete Suíço

Arquitetura compacta leva charme para os grandes e pequenos espaços

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A luta por mais espaço vem encontrado a sua resposta justamente na ideia de economia de espaços. As casas dão lugar aos edifícios e os apartamentos de 100 metros quadrados foram sendo divididos em dois. O mais pelo menos é o que resume o conceito de arquitetura compacta.

O tripé que sustenta este tipo de arquitetura tem em suas bases a união perfeita entre funcionalidade, forma e função. Encontrar criatividade para decorar espaços em metragens que variam de 30 a 50 metros é uma verdadeira arte que vem sendo desempenhada com mais frequência em grandes centros urbanos.

Cidades e países mais populosos já inventaram diversas maneiras de aproveitar melhor seus espaços. No Japão, por exemplo, espaço é um luxo que nem todos podem bancar. Em contra partida, arquitetos e decoradores estão trabalhando com esse conceito e mostrando que além de prático e barato, morar em poucos metros quadrados pode ser uma experiência bastante criativa.

A cidade de Paris oferece este desafio de bandeja para os arquitetos. Embora esteja entre a lista das cidades mais populosas do mundo, a capital francesa concentra seus milhares de habitantes em uma área territorial modesta. O resultado é o metro quadrado mais caro do país. A dura realidade é que os estudantes e recém formados acabam morando em casas de 10 metros quadrados – isso mesmo, uma casa que é provavelmente menor do que o seu quarto.

Dentro desta proposta, o Escritório de Arquitetura Kitoko aceitou o desafio de criar uma casa funcional em 8 metros quadrados. O projeto conseguiu unir em um mesmo quarto a possibilidade para que o morador pudesse dormir, cozinhar, comer, lavar, trabalhar e armazenar o maior número de coisas. Uma espécie de canivete suíço da arquitetura.

Projeto Kitoko 8 m²

Projeto Kitoko 8 m²

Assim como Kitoko, outros escritórios e profissionais começaram a se especializar neste tipo de design. O arquiteto e ambientalista canadense Graham Hill criou o projeto LifeEdited. A vida editada de Graham Hill teve por objetivo desenvolver diversas soluções para o aproveitamento de espaço em apartamentos que variam entre 20 e 40 m². Segundo Hill quando o lugar em que você mora é menor, você usa menos o aquecedor, tem menos espaço para limpar e gasta menos. É a vida perfeita para um solteiro, um executivo ou um ambientalista – como o arquiteto.

Uma das saídas são os móveis que atendam a mais de uma função. Cama e sofá. Armário e mesa. Estante e escrivaninha. Outra proposta é fazer uma parede que atenda aos dois cômodos com bastante flexibilidade. De um lado um quarto e do outro uma cozinha.

O conceito de arquitetura compacta deu tão certo que, paradoxalmente, está sendo aplicado aos espaços maiores. É que além de economizar metros quadrados, condensar móveis, cômodos ou jardins pode ser bastante charmoso. Foi o que fez o escritório LeMaster Architects em projeto de jardim na Califórnia.

LifeEdited de Graham Hill

LifeEdited de Graham Hill

LeMaster Architects

LeMaster Architects

Projeto com parede dupla de Faride Elia

Projeto com parede dupla de Faride Elia