O assunto do Blog AZ de hoje é a Câmara dos Deputados, mas relaxa que não vamos falar de corrupção, redução da maioridade penal ou sessões que se realizam na calada da noite. Aliás, vamos falar de um espaço na Câmara dos Deputados onde não se realizam sessões ou mesmo ocorrem votações.
Estamos falando do Salão Verde. O espaço, que assim como grande parte de Brasília também está colorido por Athos Bucão, é o local destinado ao povo e aos jornalistas, pois é lá que eles podem se encontrar com seus representantes. Mas, além de nos encontramos com os políticos, encontramos no Salão Verde figuras ilustres como o já mencionado Athos Bulcão e seu amigo Oscar Niemeyer.
Estes ilustres artistas já nos deixaram, mas para nossa sorte nos deixaram também seus trabalhos. O Salão Verde da Câmara é cercado por um painel de Athos Bulcão e por peças de Oscar Niemeyer e outros designers.
A escolha do mestre da arquitetura para mobiliar o espaço não foi aleatória. Oscar Niemeyer foi o autor do projeto de reforma realizada na casa no início da década de 1970 e trazer as Poltronas Alta para comporem a decoração do ambiente foi uma tentativa de recuperar as feições originais de seu projeto de mais de 40 anos atrás.
Além das cadeiras e mesas desenhadas por Oscar Niemeyer, outros nomes de peso compõem o ambiente, que está decorado por oito tapetes e mobiliário complementar, 12 poltronas, seis banquetas e um couch Barcelona, desenhados pelo arquiteto alemão Ludwig Mies van der Rohe (1886-1969), bem como quatro poltronas LC1 e duas poltronas LC2, desenhadas por Le Corbusier (1887-1965). Fazem parte do espaço também 88 cadeiras Saarinen e 22 mesas do Café Parlamentar do Salão Verde e da sala VIP do plenário Ulysses Guimarães.