A um dia da abertura do quarto showroom ETEL no Brasil, nosso blog não poderia falar de outra coisa. O mobiliário de luxo da ETEL conta com designers de renome e grande talento. Segundo Etel, o processo de criação do corpo de designers surgiu naturalmente, em 1989, com a produção de criações da designer Claudia Moreira Salles, autora do badalado Banco Siri. Depois vieram as reedições dos modernos e dos contemporâneos. “Nossa escolha é bastante criteriosa e pode levar anos. Consistência, qualidade, autenticidade, potencial, relevância histórica são aspectos importantes”, revela.
Recentemente, o trabalho de Oscar Niemeyer passou a integrar o catálogo da Etel Interiores, com o Banco Marquesa, a Poltrona Alta e a charmosa Cadeira de Balanço Rio. Entre outros criadores contemporâneos e atuantes, Etel costurou um mix formado por profissionais criativos, sofisticados, tecnológicos como Carlos Motta, Lia Siqueira, Arthur de Mattos Casas, Dado Castelo Branco, Isay Wenfield, que é considerado um dos arquitetos brasileiros mais importantes de sua geração.
Cada item fabricado pela ETEL tem identificação numérica que registra características de origem, matéria-prima e fabricação do produto, dando a ele singularidade, ampliando significados e certificando a autenticidade do móvel ou objeto. “Uma peça Etel tem que ser funcional, bela e ter sempre algo a mais, um diferencial, algo lúdico, uma surpresa,” descreve Etel Carmona, que é designer autodidata e tem como inspiração a natureza.
Ela costuma dizer que tem “intimidade com a madeira” e a Floresta de Livreiros Jatoba é um ótimo exemplo de sua interação com ambientes naturais: um trio de livreiros em três tamanhos (mãe, filha e neta), criado com base no conceito de “jardinagem florestal”, praticado na AMATA, empresa brasileira na qual Etel é sócia e que tem como principal produto a madeira certificada.
No sistema de jardinagem florestal, explica Etel, a colheita da madeira é determinada pela natureza. “Colhemos as espécies mais abundantes e que, geralmente, são desprezadas pela indústria convencional. Cada árvore só é colhida se tiver uma ‘filha’ já produzindo sementes e duas ‘jovens netas’ vigorosas”, explica. O volume colhido é regulado pela taxa de crescimento da floresta. Dessa forma, a sustentabilidade das colheitas futuras fica assegurada. Etel comenta que, na AMATA, espécies raras e com poucas descendentes são utilizadas apenas quando morrem naturalmente.
Sustentável
Segundo a empresária, a sustentabilidade é um conceito intrínseco ao seu trabalho, resultando em “desenvolvimento sem desmatamento, respeito pela Terra e pelos povos”. A preocupação ambiental presente no trabalho de Etel passa inclusive pela proteção dos igarapés e os rios que cortam as propriedades das florestas cultivadas pela AMATA, no norte do Brasil. A colheita de frutos, folhas, cipós e outros produtos da floresta são feitos com a mesma postura preservacionista.
“Nosso trabalho existe baseado em três pilares: ambiental, social e econômico”, completa. O grupo de empresários que pratica a silvicultura para a produção moveleira, entre outros fins, desenvolve também trabalho de inclusão social, por meio de qualificação profissional. O público-alvo são jovens residentes nas comunidades próximas às áreas plantadas. No município de Xapuri, no Acre, Etel montou o Atelier Aver, laboratório de artesãos.
“Acredito que ao criar jóias de mobiliário, damos valor, cuidamos, passamos para nossos filhos, e passamos ao mundo uma mensagem que deveríamos cuidar do nosso planeta da mesma maneira, isto sim é sustentável. A qualidade é outra característica inegável do negócio de Etel Carmona, seja no processo criativo, produtivo, curatorial e logístico, que ela faz questão de acompanhar de ponta a ponta, inclusive nas lojas abertas em Nova York, Los angeles, Toronto e Londres.
E antes do Dia E da ETEL em Goiânia, fique com imagens de algumas peças ícones da marca: