Conheça a poltrona Paraty, de Sergio Rodrigues

A poltrona Paraty é uma homenagem à cidade histórica de mesmo nome, do Rio de Janeiro

O design robusto do mestre  brasileiro ganhou o mundo. As poltronas de Sérgio Rodrigues, icônicas peças do mobiliário modernista nacional, se destacaram não apelas pelo desenho e forma, mas também pelo conforto. Assim, um desses ícones do conforto é a dupla de poltrona e banqueta Paraty. Sérgio dizia que tinha o melhor jurado para avaliar a ergonomia de suas peças: seu gato. Caso o gato não gostasse de seus protótipos, eles eram melhorados.

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X de Xibó

Sérgio Rodrigues

ALPHABETO AZ (redes sociais) X
O mestre do design abre mais uma letra no Aphabeto AZ, porque não tem outra peça tão perfeita para caber em nosso X. Design sofisticado e traços modernistas é escola de Sérgio Rodrigues. O carioca direcionou seu trabalho para o design mobiliário quando começou a dar mais atenção à arquitetura feita no interior. O designer dizia que um prédio que não se preocupa com as partes internas é apenas uma escultura.

Ao contrário dos que desenham apenas por desenhar, Rodrigues o fazia por paixão. O carioca orgulhava em dizer que nunca criou um móvel por encomenda, já que todas as suas peças tinham que lhe emocionar. A inquietação do designer ajudou seu lado criativo e Sérgio transformou seu trabalho em uma das mais admiráveis expressões do design nacional.

Entre os trabalhos da década de 1960 e as releituras dessas peças produzidas nos anos 2000 pela LinBrasil nasceu a Poltrona Xibó. A peça, que começou a ser esboçada na década de 1990, é uma versão masculina da Poltrona Killin. A finalização da poltrona contou com o auxílio luxuoso de seu primo e discípulo Fernando Mendes que pegou os antigos desenhos de Rodrigues e os trouxe à vida. A poltrona foi estruturada em freijó natural ou tonalizado, mas o chame ficou mesmo por conta do couro. O assento e encosto foram revestido de soleta e couro natural preto.

V de Vick

Bernardo Figueiredo

ALPHABETO AZ (redes sociais) V
O universo do Design possui algumas figuras de ouro e Bernardo Figueiredo é uma delas. Influenciado pelo design modernista de Joaquim Tenreiro, o carioca dedicou parte da sua vida para a criação de móveis. Ao lado de peças do próprio Tenreiro e do outro mestre do design nacional Sérgio Rodrigues, poltronas e cadeiras de Bernardo estão desfilando pelas salas e corredores do Itamaraty.

Bernardo Figueiredo é formado em arquitetura pela antiga Faculdade Nacional de Arquitetura (atual Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UFRJ) e na década de 1960 o designer se encantou pelo design e encantou o design com suas peças. No auge da sua carreira, Figueiredo criou sua própria linha de móveis residenciais e desenvolveu 80 peças em menos de seis anos.

Nos anos seguintes Bernardo Figueiredo se voltou para a arquitetura à frente de seu escritório Arquitetura Espacial, no Rio de Janeiro, e seu trabalho no ramo moveleiro acabou sendo reeditado pela Schuster em 2011, um ano antes da sua morte. Foram 75 peças dos trabalhos mais emblemáticos de sua obra reeditadas pela empresa gaúcha. “Procuramos Bernardo para ser o curador da linha de móveis a ser lançada em 2011. Mas, quando soubemos que sua obra estava fora de produção, não tivemos dúvida. Decidimos relançar alguns dos móveis desenhados por esse profissional, que faz parte da história do design nacional”, revelou Mila Rodrigues, diretora de criação da Schuster, em entrevista à época.

Bernardo deu ao seu trabalho um forte toque de brasilidade e sua trajetória como designer foi marcada pela valorização dos materiais brasileiros, como o jacarandá e a palha. Um exemplo claro dessa valorização, em linhas retas e sóbrias, é a poltrona Vick. Vick ganhou hoje nosso V, no Alphabeto AZ. Porque Design é Nosso Mundo.