“A forma segue a função”, foi com esta frase que o arquiteto Louis Sullivan deu origem a um modelo de arquitetura bastante utilizado nos dias atuais. Traduzindo, a frase de Sullivan centra-se na teoria de que o volume, as fachadas e todo o aspecto formal da edificação obedecem à disposição em planta baixa dos ambientes, priorizando a funcionalidade dos espaços.
O simples, porém funcional foi o ponto de partida para que grandes nomes do modernismo desenhassem grandes projetos, como Le Corbusier. Todo esse rodeio tem um objetivo: apresentar o trabalho do arquiteto nigeriano Kunie Adeyemi. Kunie projetou uma escola em estrutura flutuante para minimizar os prejuízos causados aos estudantes em razão das constantes inundações em um lago na comunidade de Makoko, Nigéria.
A escola flutuante de Kunie Adeyemi é uma ótima representação da arquitetura criada para funcionar, mesmo nas adversidades. Utilizando uma estrutura de 32 metros quadrados construída em cima de 256 tambores reaproveitados, a escola conta com playground, área de lazer, salas de aula e espaços para aula ao ar livre.
Devido às enchentes, as escolas de Makoko ficavam fechadas durante dias, mas a ideia funcionou perfeitamente e a escola sustenta até 100 pessoas em sua área. A escola flutuante ainda conta com painéis solares e um sistema de captação para água da chuva sua reciclagem. Resultado: o edifício é totalmente autossustentável, não dependendo de tubulações e fiação para seu funcionamento.