Frida Kahlo: a conexão entre a mulher e a pintora

Com uma vida cheia de percalços, Frida Kahlo destacou seu nome no mundo artístico

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“Pensavam que eu era uma surrealista, mas eu não era. Nunca pintei sonhos. Pintava a minha própria realidade”. Frida kahlo não teve uma vida fácil, mas conseguiu associar seu nome à força de uma mulher a frente de seu tempo.

Filha de pai alemão com mãe mexicana, Magdalena Carmen Frieda kahlo y Calderón nasceu em 6 de julho de 1907 na cidade mexicana de Coyacán – atual distrito da grande Cidade do México.

Em sua biografia de 47 anos de vida, coleciona dois conturbados casamentos com o mesmo homem, Diego Rivera, um romance com Leon Trotsky, uma grave doença na infância, um sério acidente de trem na adolescência e, principalmente, uma brilhante carreira como pintora.

Frida kahlo não começou a pitar nova. Seu pai usava a arte como passatempo e seu marido, Diego Rivera, era pintor. Após sofrer um grave acidente de trem, kahlo passou por 35 cirurgias e usou o tempo de repouso para criar. Então estudante de medicina, a artista acabou abandonando a ideia de virar médica.

 “O infortúnio não assumiu o caráter de tragédia: eu sentia que tinha energias suficientes para fazer qualquer coisa em vez de estudar para virar médica. E, sem prestar muita atenção, comecei a pintar.”

Assim como suas pinturas, Frida kahlo tinha um estilo cheio de cor e de vida ao se vestir. Ricas em elementos florais, as roupas da artista viraram tendência, mas eram, na realidade, uma forma de esconder suas deficiências provocadas pelo acidente e pela doença. Frida contraiu poliomielite na infância que deixou sequelas em seu pé esquerdo – que acabou sendo amputado quatro anos antes da prematura morte da artista.

Já o seu trabalho artístico foi associado ao surrealismo. Frida dizia que não imaginava nenhum de seus traços, que apenas representava a sua vida. Ela gostava de tudo o que era verdadeiramente mexicano e esta paixão acabou marcando sua criação. Frida usou tintas fortes para estampar em suas telas, na maioria autorretratos, uma vida tumultuada por dores físicas e dramas emocionais.

Frida Kahlo: Conexões entre mulheres surrealistas no México

Idealizada e coordenada pelo Instituto Tomie Ohtake, de São Paulo, a exposição a exposição Frida Kahlo: Conexões entre mulheres surrealistas no México chega em Brasília neste mês de abril. A CAIXA Cultural Brasília apresenta, de 13 de abril a 5 de junho, a exposição que reúne 30 obras da artista Mexicana e cerca de 100 obras de outras 14 artistas mulheres nascidas ou radicadas no México. Com entrada franca, a mostra que já passou por São Paulo e pelo Rio de Janeiro apresenta um amplo panorama do pensamento plástico e o imaginário da artista. Quem passar por Brasília, não deixe de conferir.

Árvore da Esperança, Mantem-te Firme!, 1946

Conexão mulheres e o surrealismo

Exposição sobre a vida e obra da mexicana Frida Kahlo chega ao Brasil em setembro com passagens confirmadas para São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília

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Em um ímpeto de criticar a sociedade burguesa e as formas tradicionais de arte, as mulheres nada comuns acabaram sendo associadas e se associando ao surrealismo. Foi o que aconteceu com a mexicana Frida Kahlo que será tema de uma das maiores exposições que chega a São Paulo este ano.

A exposição “Frida Kahlo – conexões entre mulheres surrealistas no México” substitui a mostra de Joan Miró que fica montada até o dia 23 deste mês no Instituto Tomie Ohtake na capital paulista. De 27 de setembro a 10 de janeiro de 2016, a cidade recebe então a megaexposição, que seguirá para o Rio de Janeiro e Brasília.

Além de contemplar a vida artística da pintora mexicana Frida Kahlo (1907 – 1954), a mostra também apresentará ao público pinturas de Maria Izquierdo, Remedios Varo, Lenora Carrington e outras artistas mexicanas.

Frida Kahlo teve uma vida sofrida, mas é uma das imagens que estampa a bandeira das feministas. Em 1938 o francês Andre Breton qualificou sua obra como surrealista em um ensaio que escreveu para a exposição de Kahlo na galeria Julien Levy de Nova York, mas ela afirmou mais tarde que não era uma surrealista. “Eu pintava a minha própria realidade”.

Por Bárbara Alves