A fluidez da água no Lounge Rio Quente

Heitor Arrais e W. Leão Ogawa conseguiram captar a essência do projeto que ficaram responsáveis durante a 19ª edição da Casa Cor Goiás

0.1 RIO QUENTE -FOTO Marcus CAAMARGO

A fluidez da água é protagonista não apenas no Rio Quente Resorts. O espaço da empresa na 19ª edição da Casa Cor Goiás, maior mostra de arquitetura e design do estado, ficou sob a responsabilidade do escritório Leão Arrais. Os arquitetos Heitor Arrais e W. Leão Ogawa, veteranos de mostra, aproveitaram o tema da Casa Cor em 2015 – brasilidade – para unir com a finalidade da empresa, que é vender o descanso em meio à natureza.

A dupla criou o projeto do Lounge do Resort tendo a água como elemento marcante do espaço. Ela segue seu fluxo de maneira visceral, entremeando o ambiente, de 50m², e dando vida ao espaço que é quase um organismo vivo e com vontade própria. “Queríamos trabalhar com a água, então acabamos enfrentando um grande desafio que foi o de geometriza-la e rematerializa-la no metal”, explicou Ogawa.

Foi esta nova água que invadiu todo o ambiente do Lounge, originando as funções que competem ao espaço proposto. Os profissionais procuraram a verdade dos materiais, utilizando concreto aparente, piso em cimentício branco, mármore preto e madeira tudo em busca de fazer um ambiente programado para acolher todas as pessoas sem um público alvo.  “Nós tínhamos que seguir um programa já estabelecido com lugares para os clientes do Resort serem atendidos, então tivemos que trabalhar em cima disso”, contou Heitor. “O lugar não tem um padrão de público porque o Resort recebe pessoas de todos os universos e estilos, então pensamos em um lugar acolhedor para que todos se sentissem bem”.

Todo o mobiliário selecionado para o ambiente é em madeira. A brasilidade, além de bem estampada pelo estilo natural e pelas cores neutras, recebeu uma atenção especial na escolha das peças que mobiliaram o espaço, todas de designers nacionais. Paulo Alves, Carlos Motta e Fernando Mendes, conhecidos por serem fortes expressões do design brasileiro, foram as acertadas escolhas dos arquitetos.

As vegetações abraçam o ambiente composto por plantas como o alecrim e a hortelã, que completam a experiência sensorial e permitem uma sinestesia no espaço. Toda iluminação é em Sistema Vector, seguindo a linguagem das conexões e linhas propostas no projeto. Ele tem a mobilidade de combinações diversas e formas infinitas, assim como todo o ambiente do Heitor e Ogawa.
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Texto: Bárbara Alves
Fotos: Marcus Camargo