Etel lança em Milão sua primeira loja internacional

A marca que representa grandes nomes do design brasileiro estreia com loja próxima em Milão no próximo sábado

O design brasileiro conquistou o mundo. Não é de hoje que nomes do mobiliário nacional repercutem nos principais centros de design e marcas nacionais acabam sendo impulsionadas para fora do país. A ETEL fará parte deste grupo de empresas brasileiras de móveis assinados com representação internacional.

A marca, que edita e reedita móveis de nomes como Sérgio Rodrigues, Lina Bo Bardi, Arthur Casas, Etel Carmono, Isay Weinfeld, Carlos Motta e outros, abre sua primeira loja internacional no próximo sábado (11) em um charmoso prédio na Via Pietro Maroncelli, em Milão. A Etel Interiores já possuía 15 representantes fora do Brasil, mas agora chega à principal cidade mundial de design mobiliário com as próprias pernas.

Para Lissa Carmona, diretora executiva da ETEL, já estava na hora de a marca ter um espaço com a sua própria marca (e cara) e nenhum lugar seria mais adequado que Milão para fincarem a primeira bandeira em solo internacional. “Milão ser a capital mundial do design já é um grande motivo, mas a cidade também tem uma distância estratégica dos países escandinavos, e temos trabalhado muito com o design nórdico”, contou Lissa.

O lançamento do novo espaço será feito com muito estilo. A marca prepara uma coleção especial mostrando uma espécie de linha do tempo do design brasileiro mostrando todos os grandes nomes do nosso design e suas peças icônicas.

Imagens: Divulgação

Prada e seu mundo da arte

Fundação Prada inaugurou, em 2015, novo espaço para promoção da arte e da arquitetura em Milão

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Quando a moda deixa de ser, seguindo definição própria do dicionário, o “uso passageiro que rege, de acordo com o gosto do momento, a maneira de viver” e se torna simplesmente a “maneira de viver”, deixamos de falar unicamente em roupas, sapados e bolsas e passamos a falar em algo que extrapola os desfiles de moda. Algumas grifes atingiram esse patamar, como a Prada. É por isso que a fundação Prada não é apenas um centro de moda, é um conceito em arte.

É justamente por ser um “conceito” que a nova Fundação Prada inaugurada em Milão no ano passado, projetada pelo badalado estúdio holandês OMA, mistura um complexo de moda, arte e arquitetura. A Fundação Prada foi originalmente criada em 1993 e já nessa época surgiu para ir além da moda e promover a arte.  A grife, por meio da fundação, realizava exibições de arte contemporânea e projetos de arquitetura, cinema e filosofia.

Sua primeira sede própria foi criada há poucos em um pallazzo histórico no Grande Canal de Veneza. Em 2015, a grife abriu mais uma porta para as artes e inaugurou outra sede, com endereço em Milão. Antes de se estabelecer em um CEP próprio na cidade, a fundação promovia exposições em armazéns e igrejas abandonadas de Milão. Foi assim nos últimos 20 anos.

Mas foi no charmoso edifício que abrigava uma antiga destilaria milanesa que a Prada viu sua nova casa de arte. Convidou o holandês Rem Koolhaas para dar cara nova ao velho prédio e criar o complexo com quase 11 mil metros quadrados de espaço para exposições. “É surpreendente como o sistema da arte se expande, mas suas exibições continuam acontecendo em vitrines limitadas. A nova Fondazione funciona em um antigo complexo industrial que tem uma diversidade incomum de ambientes. Acrescentamos à estrutura já existente três novos edifícios: um grande pavilhão para exibições, uma torre e um cinema”, explicou à época o arquiteto.

O edifício abriga um teatro para cinema, performances e palestras, um bar criado pelo cineasta Wes Anderson (de “O Grande Hotel Budapeste”), um centro para crianças e um espaço grande reservado para uma futura biblioteca. Na fachada uma surpresa: não há a logotipo da marca Prada. A CEO da empresa, Miuccia Prada, garante que conserva seu apoio às artes independente da grife de moda, por isso descartou o símbolo da marca na entrada da fundação.

O objetivo da fundação não é a de se tornar um museu, mas sim um espaço para manifestações artísticas de todos os formatos. Entretanto, o espaço abriga obras cedidas por 40 museus espalhados pelo mundo.

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Expo 2015 segue com agenda cheia até 31 de outubro

Milão recebe a terceira maior feira mundial de cultura, arte e culinária até 31 de outubro

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Milão é uma cidade que não para. Capital mundial do design e da moda, a cidade italiana recebe anualmente uma agenda cultural bastante tumultuada e no bom sentido. Este ano, a cidade abriu suas portas para receber a Expo 2015, Feira Universal que começou no dia 1º de maio e segue a todo vapor até 31 de outubro.

O foco da feira é o mundo, pois arte, cultura e sustentabilidade se uniram em um único evento. O tema da feira em 2015 é “Nutrir o Planeta, Energia para Vida”. Mais de 140 países participam da Expo 2015, sendo que 55 deles possuem seu próprio pavilhão. O investimento total da feira está na casa de um bilhão de euros e a cidade vai receber cerca de 20 milhões de visitantes até o fim do evento.

O local escolhido para a Expo Milano 2015 situa-se na área metropolitana da cidade, a noroeste de Milão. Situada, a trinta minutos da Praça do Duomo, fica no centro de todos os sistemas de transporte da cidade. A área de exposição possui mais de um milhão de metros quadrados e estende-se sobre dois eixos ortogonais, chamados Cardo e Decumano.

Durante os meses do evento, a cidade recebe uma programação muito diversificada com show e exposições artísticas. São muitas as mostras dedicadas ao tema da alimentação, assunto principal da feira, mas os museus também oferecem instalações, escultura, pintura e música. Para quem estiver passando pela cidade italiana, vale a pena conferir a programação completa no site.

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Aos 38 anos de idade Oki Sato conseguir construir uma linguagem própria no design mobiliário e fazer nome dentro e fora de seu país

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O nome dele é Oki Sato. Sua empresa, sediada em Tokyo e Milão, é a Nendo, mas seu design é de difícil definição. O canadense de origem japonesa nem chegou aos 40 anos de idade, mas já formou um nome que reverbera no mundo da arte e do design. Oki Sato desenvolve projetos de criação na área da arquitetura, sua formação, mas também no design de interiores e até mesmo de moda – com projeto de bolsas e sapatos.

“Não é o formato ou a cor, é o que está por trás do objeto”, disse Oki Sato sobre a sua arte. Sim, digo arte porque muitos designers conseguem transcender o objeto e fabricar algo que vai além da função pela qual ele foi projetado para desempenhar. Oki Sato é um desses designers.

Seus trabalhos estão espalhados por diversos museus em cidades como Nova York, Paris, Montreal, Jerusalém, Londres, Los Angeles e Chicago como parte das exposições que realiza desde 2003. Este ano, Oki Sato levou um de seus trabalhos para Milão. A exposição Nendo Works uniu uma coleção de mais de 100 peças de design desenvolvidas para 19 marcas diferentes.

“Nós selecionamos as principais peças desenvolvidas no último ano em colaboração com nossos clientes europeus e com as empresas japonesas”, explicou o designer para a revista Dezeen. A simplicidade dos traços, ao estilo japonês, se uniu a sua criatividade ímpar e o resultado é um grupo extraordinário de coleções e projetos de design e arquitetura.
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Milão abre a 54ª edição do Salão do Móvel

A semana do design começou hoje em Milão com atividades até 19 de abril

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É tanta coisa acontecendo em Milão que fica até difícil acompanhar. Isso mesmo, chegamos ao final do primeiro dia da principal feira do móvel mundial, o Salão do Móvel de Milão. A feira de móveis de Milão é a maior do gênero e apresenta, anualmente, exposições com o mais recente em mobiliário e design.

Lançado em 1961, o evento lidera a exibição de novos produtos por designers de mobiliário, iluminação e outros artigos de decoração. Atualmente, a Milan Design Week ocupa uma área de quase 230 mil metros quadrados e inclui 2.500 empresas, além de 700 jovens designers no Salone Satellite, uma exposição secundária.

A feira é grande, mas toda a cidade respira design. Além das exposições oficiais, outras são realizadas ao mesmo tempo do Salão, que ocorre sempre no mês de abril na cidade italiana do design: Milão. A cidade possui cerca de 4,3 milhões de habitantes e é a mais cosmopolita da Itália. Localizada na Lombardia, ao norte da península, é conhecida como a capital mundial do design, mas é durante a semana de design que a cidade supera todas as expectativas.
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O Salão acontece no distrito expositivo de Rho, um grande complexo onde se pode ver, tocar e provar o melhor que o mobiliário pode oferecer no setor. Todos os estilos e os grandes designers podem ser vistos em Milão, que não deixa de prestigiar também os que estão começando. No resto da cidade, múltiplos projetos de cultura que se abrem em alguns lugares históricos com numerosos eventos que ocorrem simultaneamente à feira.

A 54ª edição do evento foi aberta hoje com discurso do primeiro-ministro da Itália, Matteo Renzi, e movimenta a cidade até o dia 19 de abril. Durante seu discurso, o premier ressaltou a importância do setor para a economia de seu país e exaltou a qualidade dos produtos italianos. “Vamos falar a verdade, há quem pense que o Salão do Móvel é coisa de mauricinho, mas estamos tratando de um símbolo da Itália e de um pedaço da economia com números extraordinários”, disse sob aplausos da plateia.

Classificados por tipos, os artigos variam de desenhos aos objetos de antiquário. São reproduções, peças únicas, clássico, moderno, étnico, ou seja, tudo está em Milão – inclusive o AZ, que voou até a Itália para conferir de perto as novidades do mercado moveleiro. Fique com a gente que vamos contar mais sobre as novidades de Milão.

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