Um pouco mais de Goiás: Casa Oliva

Porque Goiânia e Goiás tem muita coisa para fazer que muita gente ainda não conhece

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Não é de hoje que os goianos reclamam da falta do que fazer nas quentes terras do cerrado, mas o que muitos não perceberam é que nossa cidade (e estado) está crescendo. A cidade mais antiga do Brasil está localizada no interior de São Paulo. São Vicente foi fundada por Martim Afonso de Souza em 1532. Assim, levando em consideração que a cidade mais idosa do país possui 483 anos de idade, Goiânia e seus quase 82 anos é apenas uma pré-adolescente cidade brasileira tentando chegar à fase adulta.

Nosso transito já está digno das grandes metrópoles, e nisso acho que todos concordam. Mas o que muitos não sabem é que você não precisa voar para São Paulo ou dirigir até Brasília para apreciar bons restaurantes e assistir a bons filmes e nem viajar para o extremo norte ou sul do Brasil em busca de belos passeios turístico e ecológicos. O Blog AZ vai dedicar às segundas-feiras nesse novo mês para falar um pouco mais desse estado e sua atrações turísticas, gastronômicas e ecológicas com muito design, é claro.

E por falar em design, no tópico gastronomia, Goiânia não tem deixado a desejar. A cidade está recebendo novos bistrôs e restaurantes que chamam a atenção no quesito boa culinária e bela decoração. O restaurante foi projetado pelo Escritório Bittar, de Eduardo e Karla Bittar, e leva o nome Casa Oliva porque a Casa abriga um pé de Oliva em seu interior.

Entre outros nomes importantes, a Casa Oliva leva o de Paulo Mendes da Rocha. Suas Poltronas Paulistano fazem parte da requintada decoração do espaço. O restaurante não consolidou sua primeira filial no Parque Flamboyant em Goiânia. A Casa Oliva já existe há um tempo em Anápolis e trouxe sua cozinha italiana e suas saborosas pizzas para a capital goiana. Um belo local com muito design.

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Fotos: Edgar Cesar

P de Paulo Mendes da Rocha

Poltrona Paulistano

ALPHABETO AZ (redes sociais) P
Capixaba de nascença e paulistano de vivência, Paulo Mendes da Rocha pertence a um seleto grupo de arquitetos modernistas que movimentaram o design nacional, no Brasil e no exterior. Paulo assumiu uma posição de destaque a partir do premio Pritkzer que recebeu em 2006 e assinou projetos de renome na arquitetura nacional, como museu Brasileiro da Escultura (Mube), o pórtico da praça Patriarca, a reforma da Estação da Luz e o ginásio do Clube Paulistano.

Graduado em arquitetura pela Universidade Presbiteriana Mackenzie de São Paulo, desde o início de sua carreira Paulo valorizou uma arquitetura “crua, limpa e clara”, característica que imprimiu também em seus mobiliários. É por esta razão que Paulo é considerado, ao lado de Vilanova Artigas e Le Corbusier, um dos grandes nomes do modernismo. Um grande exemplo dessa tendência é a Poltrona Paulistano.

Paulo Mendes da Rocha assinou a poltrona como seu primeiro grande projeto após terminar a faculdade. Em 2014, Paulistano completa 57 anos de idade com muita fama e atemporalidade, marca forte do mobiliário modernista. “Imaginei desenhar a cadeira com o desenvolvimento contínuo de uma mesma linha e vestimenta leve. Um lugar para a figura humana, suspensa no espaço”, declarou o criador da poltrona.

Cheia de linhas e curvas, a Paulistano foi repaginada ao típico estilo têxtil brasileiro. Seu tecido, antes em couro, ganhou nova roupagem pelo Comitê Texbrasil Decor, que apresentou as novas Paulistano em uma das edições do Salão Internacional do Móvel em Milão. A oportunidade foi ótima para que o mercado têxtil nacional pudesse mostrar ao mundo sua capacidade. “É um momento importante e uma excelente oportunidade de apresentarmos toda a qualidade e o design dos nossos produtos têxteis a um mercado extremamente exigente”, destacou Ramiro Sanchez Palma, coordenador do Comitê à época.

É com muito charme e design que a Poltrona Paulistano faz parte do Alphabeto AZ. P é de Paulo Mendes, porque Design é Nosso Mundo.

Conheça a poltrona Paulistano, do mestre Paulo Mendes da Rocha

O design atemporal de Paulo Mendes da Rocha e sua poltrona Paulistano

A poltrona Paulistano foi criada em 1957, pelo arquiteto e designer Paulo Mendes da Rocha, considerado um dos grandes gênios da arquitetura brasileira, afinal é um dos vencedores do Pritzker. Ele assinou a poltrona como seu primeiro grande projeto, logo depois de graduar-se na Universidade Presbiteriana Mackenzie de São Paulo. 

A poltrona foi criada para compor as áreas sociais do tradicional Clube Atlético Paulistano, no bairro Jardins, em São Paulo. Décadas depois, em 1986, a peça ganhou o 1º Concurso de Design do Museu da Casa Brasileira e desde 2019 também ocupa a coleção de design no Museu de Arte Moderna de Nova York, o MoMa. 

O design moderno da Poltrona Paulistano

“Imaginei desenhar a cadeira com o desenvolvimento contínuo de uma mesma linha e vestimenta leve. Um lugar para a figura humana, suspensa no espaço”, disse o criador da Poltrona Paulistano. Em suma, a estrutura da poltrona é de aço, com um único ponto de solda. O assento de lona veste a estrutura, em uma alusão às redes indígenas. 

Além de chamar a atenção por suas linhas curvas com traços expressamente modernistas, ela esbanja atemporalidade  pelas diferentes estampas que desfilam o design têxtil brasileiro. “É uma excelente oportunidade de apresentarmos toda a qualidade dos nossos produtos têxteis a um mercado extremamente exigente”, destacou Ramiro Sanchez Palma, então coordenador do Comitê Texbrasil Decor, quando a Poltrona Paulistano foi apresentada em uma edição do Salão Internacional do Móvel em Milão.

A vida de Paulo Mendes da Rocha

Paulo Mendes da Rocha nasceu em 1928, em Vitória, no Espírito Santo. Era reconhecido como um dos precursores da Escola Paulista de arquitetura brasileira. Isso porque, juntamente a João Batista Vilanova Artigas, lecionou por muitos anos na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP, e influenciou muitas gerações de arquitetos e artistas. 

Imagem: Conexão Decor

Em seus 60 anos de carreira, Rocha colecionou projetos importantes no Brasil e no exterior, bem como o Pavilhão Oficial do Brasil na Expo 70, em Osaka; o Museu Brasileiro da Escultura (considerado sua obra prima), a reforma da Pinacoteca de São Paulo, o Museu da Língua Portuguesa, e o Museu dos Coches, em Portugal.

Além dessas obras, aqui em Goiânia também temos edifícios por ele: o Estádio Serra Dourada e o antigo Jóquei Clube da cidade.

Juntamente aos projetos, Paulo Mendes da Rocha também colecionava prêmios. Em 2006, foi vencedor do Pritzker, o mais importante prêmio da arquitetura. Posteriormente, ganhou o Leão de Ouro na Bienal de Veneza, em 2016, e o 28º Prêmio Imperial do Japão.

Paulo morreu no dia 23 de setembro de 2021, aos 92 anos, ficando conhecido como o último gigante da arquitetura brasileira. 

No Armazém AZ, você encontra a Poltrona Paulistano, uma joia rara do design autoral. Entre em contato com um de nossos consultores ou venha visitar a loja. 

 

 

 

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