33º Bienal de São Paulo conta com obras de artistas goianos

A 33ª Bienal de São Paulo já está acontecendo! Este ano, para mais uma edição da mostra mais importante da América Latina, o curador Gabriel Pérez-Barreiro escolheu o título Afinidades Afetivas, que remete ao romance “Afinidades Eletivas” (1809), do escritor Johann Wolfgang von Goethe; e à tese “Da natureza afetiva da forma na obra de arte” (1949), de Mário Pedrosa.

O título não tem a intenção de tematizar a mostra, mas direciona a forma da organização a partir de vínculos e afinidades entre os artistas envolvidos. Nesta edição, a Bienal une doze projetos individuais e sete mostras coletivas. Para projetar as mostras, Gabriel Pérez-Barreiro dividiu o trabalho entre sete artistas-curadores: Alejandro Cesarco (Uruguai), Claudia Fontes (Argentina), Antonio Ballester Moreno (Espanha), Sofia Borges (Brasil), Mamma Andersson (Suécia), Waltercio Caldas (Brasil), e Wura-Natasha Ogunji (EUA).

A 33ª Bienal também homenageia 3 artistas que atuaram nos anos 1990 e faleceram precocemente: Aníbal López (Guatemala), Feliciano Centurión (Paraguai) e Lúcia Nogueira, que nasceu em Goiânia, em 1950, e construiu uma brilhante carreira internacional, falecendo em 1998, em Londres.

“Os artistas homenageados são pouco conhecidos na América Latina, mas são expoentes de sua geração, então trazê-los à Bienal é uma forma de resgatá-los do desaparecimento da história da arte e mostra-los para as novas gerações”, disse o curador Pérez-Barreiro. Ao todo, obras de 103 artistas estarão expostas na Bienal, que fica disponível para a visitação do público até o dia 09 de dezembro.

Siron Franco

Há 31 anos, o maior acidente radiológico do mundo aconteceu aqui, em Goiânia, no antigo Bairro Popular. Siron Franco, artista que cresceu próximo ao local do acidente, voltou ao local para produzir uma série de pinturas que registram o desastre. Naquela ocasião, ele era um dos mais bem-sucedidos jovens artistas brasileiros e a série Césio marcou seu comprometimento com as realidades do Brasil.

Está exposta na 33ª Bienal uma seleção de obras dessa série, chamada Rua 57, junto com pinturas feitas em homenagem às quatro primeiras vítimas e uma seleção de materiais da imprensa da época. Essa é a sexta vez que Siron Franco participa da mostra. Sua estreia na Bienal de SP foi em 1974, quando ganhou o prêmio de melhor artista brasileiro.

Quer visitar a 33º Bienal de São Paulo? Confira as informações:

33ª Bienal de São Paulo – Afinidades afetivas
De 7 de setembro a 9 de dezembro de 2018Entrada gratuita
Ter, qua, sex, dom e feriados: 9h – 19h (entrada até 18h)
Qui, sáb: 9h – 22h (entrada até 21h)
Fechado às segundas
Pavilhão Ciccillo Matarazzo, Parque Ibirapuera, São Paulo.

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