Kartell Contamination

Contaminação foi o termo escolhido pela Kartell para dizer que seu design está contaminado por vários designs e várias nações em um encontro bem cosmopolita

Kartell
No Pavilhão 20, o mais importante da Design Week, outra importante marca de design expõe seus clássicos e lançamentos na Semana do Móvel de Milão 2017. Sem mais delongas, estamos falando a Rainha dos polímeros, a Kartell. A italiana tem um dos stands mais visitados e esperados da mostra, e este ano escolheu o tema contaminação.

Contaminação foi o termo escolhido pela Kartell para dizer que seu design está contaminado por vários estilos, épocas e gerações. Isto decorre da liberdade que seus designers têm para criar, com os melhores recursos tecnológicos, o melhor do design no plástico.

ContamiNation é também uma brincadeira com a palavra em inglês “Nation”, que significa nação. Na realidade a própria Kartell é uma nação por si só, já que soma a importância e o alcance de seu design com a colaboração de verdadeiros artistas do móvel de diversas nacionalidades. É um design que carrega a qualidade italiana com a diversidade do cosmopolitismo, uma verdadeira contaminação criativa.

Segundo a empresa a “contaminação”, ou melhor, a “diversidade” é a essência do design atual. Por isto que a coleção Katell Milão 2017 foi contaminada para se tornar parte de um universo que é incrivelmente infinito e menos padronizado. O resultado é um projeto que reflete contemporaneidade e autenticidade global.

Este ano a Kartell criou um stand bem colorido, com peças dos protagonistas que desenham para a marca, como Philippe Starck, Patricia Urquiola, Ferruccio Laviani, Fabio Novembre entre outros, que juntos contaminaram o espaço com seus designs novos e já conhecidos do público.
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Imagens:
Divulgação Kartell

Antropofagia da A Lot Of Brasil em Milão

A indústria Lot Of Brasil participa de mais uma edição do Salão do Móvel de Milão para mostrar ao mundo o design brasileiro

Coleção Estrela - Irmãos Campana

Coleção Estrela – Irmãos Campana

A Lot Of Brasil carrega desde 2013 a grande responsabilidade de representar o Brasil na maior mostra de design do mundo: o Salão do Móvel de Milão. Como o próprio nome já diz, A Lot Of Brasil é um Brasil muito plural, e a mensagem que a empresa procura passar com sua mostra em Milão é o orgulho daquilo que é “mede in Brazil”.

A indústria A Lot Of foi  primeira brasileira a ser selecionada para participar do Salão Internacional do Móvel de Milão e em 2017 a empresa leva mais uma vez o pedacinho do Brasil para o mundo em seu stand montado no importante Pavilhão 20 da feira.

O tema original do Brasil permeia todo stand da A Lof Of, com uma área de paredes cobertas pela biodiversidade da flora brasileira. Este ano, importantes peças retornaram a Milhão, como a Coleção Estrela dos Irmãos Campana e a peças Underconstruction e Esqueleto, do diretor da indústria e designer Pedro Franco.

Andrea Borgoni - Cariri Collection

Andrea Borgoni – Cariri Collection

Mas o destaque foi para a Cariri Collection, assinada por Andrea Borgogni, que é uma coleção feita por mestres de ofício e artesões.  “A China massificou muito a produção moveleira, e não só moveleira, e os produtos acabaram perdendo a alma. Quando a gente fala do local, a gente está falando em trazer de volta uma alma. Quando falamos em uma coleção, esta alma está no ponto de partida da criação das peças e este ponto está nas culturas locais”, explicou Pedro Franco em entrevista para a Casa Cor TV.

A coleção Cariri veio para trazer de volta a alma e apresentar peças que conseguiram capturar a o espirito brasileiro, ainda que criada por um italiano. A ideia da A Lot Of Brasil é a de apresentar criações que possibilitam o reencontro do Brasil em outros lugares do mundo. A Cariri Collection é formada por peça de madeira escultórica. Na verdade, a madeira utilizada na coleção é a mesma usada por artesãos para esculpir santos.

A Coleção Estrela, dos Campana, sai com um novo lançamento: a poltrona estrela em balanço e coberta com imãs redondos. Outros clássicos da A Lot Of Brasil também estão de volta em 2017. Para Pedro Franco, diretor da marca, a indústria trabalha com o velho conceito da antropofagia: traz conceitos internacionais para o Brasil, recria com a alma da cultura nacional para, em seguida, devolver ao mundo. A Lot Of Brasil completa mais um ano fazendo o belo trabalho de apresentar ao mundo o respeitadíssimo design nacional.

Sofá Underconstruction - Pedro Franco

Sofá Underconstruction – Pedro Franco

Poltrona Estrela (com ímã)

Poltrona Estrela (com ímã)

Imagens: Divulgação/A Lot Of Brasil

 

SP-Arte acontece entre os dias 6 e 9 de abril

Semana de arte de São Paulo começa a se movimentar com a 13ª edição da SP-Arte, que acontece entre os dias 6 e 9 de abril

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Ontem anunciamos o início da Semana de Design de Milão, mas não é apenas a cidade italiana que respira arte nesse início de abril. Amanhã São Paulo recebe mais uma edição da Festival Internacional de Arte de São Paulo (SP-Arte), feira onde as galerias recebem colecionadores e amantes da arte para mostrar o que artistas brasileiros e internacionais feito de novo no seguimento.

São Paulo é considerada uma das dez cidades mais importantes do mundo quando o tema é arte. Foi por isso que em 2005 foi criada a SP-Arte. Em 2017 a feira completa 13 edições e será realizada entre os dias 6 e 9 de abril no Pavilhão da Bienal Parque Ibirapuera.

Este ano, o evento reúne mais de 120 galerias de arte moderna e contemporânea do Brasil e do mundo. “O nosso trabalho, ao longo de mais de uma década, foi sempre no sentido de democratizar o acesso à arte, trabalhando pela formação de novos apreciadores e colecionadores, fazendo circular ideias e informações, divulgando eventos e exposições, criando prêmios de incentivo e ações como o Gallery Night, que têm como foco ocupar a cidade com arte e convidar o público a transitar por bairros paulistanos, visitando galerias e museus”, afirma Fernanda Feitosa, diretora e fundadora da SP-Arte.

Na abertura da semana do Festival, SP-Arte e Videobrasil unem forças para apresentar no Galpão VB a mostra “Nada levarei quando morrer, aqueles que me devem cobrarei no inferno”, que conta com uma seleção de trabalhos em vídeo de artistas brasileiros centrais da cena contemporânea.
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Design

A feira também dá destaque ao design mobiliário, iluminação, antiquário e objetos, que foi sucesso de crítica e público na mostra de 2016 – ano que a feira estreou na exposição deste seguimento. Este ano, a SP-Arte expõe o melhor da produção nacional em sua segunda edição da SP Design. Estarão presentes galerias como ETEL e Hugo França e ainda o SP Design apresenta artistas icônicos como Sergio Rodrigues, Zanine Caldas, Lina Bo Bardi e Jorge Zalszupin e também novos destaques da geração contemporânea como Zanini de Zanine, Jader Almeida e Irmãos Campana.
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Informações e imagem: Assessoria SP-Arte

Salão do Móvel de Milão começa nesta terça-feira

Milão abre as portas para 56ª edição do Salão do Móvel de Milhão, que acontece entre os dias 4 e 9 de abril

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Em 2017, Milão recepciona a 56ª edição do maior evento mundial sobre design mobiliário: o Salão do Móvel de Milão (Isaloni). Este ano, a feita acontece entre os dias 4 e 9 de abril, ou seja, a cidade já está aberta para o design.

A feira surgiu em 1961, quando o país estava tentando promover a exportação de míveis italianos e divulgar para o mundo a qualidade do design local. A ideia deu certo. Hoje os móveis italianos são prestigiados e a feira se tornou ponto de passagem obrigatório para designes, arquitetos, industriais e comerciantes do ramo. A feira cresceu tanto, que deixou de promover apenas o mobiliário nacional, e recebe peças de designs jovens e renomados vindos de todas as partes do mundo.

O Salão especificamente acontece no distrito expositivo de Rho, mas a cidade é tomada pelo design. Diversos outros eventos, paralelos, acontecem nas mesmas datas e quem desembarca em Milão nesta semana, respira design nos quatro cantos da cidade.

A edição de 2016 atraiu 372.151 visitantes, este ano a expectativa é passar novamente a marca dos 300 mil, que visitarão os 2.407 expositores, dos quais 1.685 são italianos e 722 estrangeiros. A organização espera que o evento faça a cidade faturar cerca de 230 milhões de euros.
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Mostras paralelas

Além do badalado Salão do Móvel, que de terça a sexta recebe profissionais do setor –o espaço é aberto ao público apenas no fim de semana –, a cidade recebe mostras paralelas, como a Euroluce, dedicada exclusivamente ao setor da iluminação, e o Workplace 3.0, que dá espaço às novidades para os projetos de ambientes de trabalho e escritórios.

Mas a festa fica mesmo a cargo do Fuorisalone, evento paralelo que se espalha pelos principais bairros da cidade. É lá que grande parte dos designers brasileiros mostram seus trabalhos. O foco principal da Fuorisalone é abrir espaço e oportunidade para que os jovens designers italianos e estrangeiros se apresentam ao mundo do design.

Mais informações podem ser encontradas aqui no Blog AZ ao longo da semana e também nas paginas oficiais do Fuorisalone e do Isaloni.
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Imagens: Divulgação

O céu ainda é azul, você sabe…

Instituto Tomie Otake recebe obras de Yoko Ono para uma grande retrospectiva da carreira da artista

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Yoko Ono é a vanguarda da arte. Seu trabalho questiona as fronteiras tradicionais entre a obra e público, e o Instituto Tomie Ohtake vai diminuir mais estes dois extremos em mostra retrospectiva da obra da artista. O crítico islandês Gunnar B. Kvaran é o curador da exposição O Céu Ainda é Azul, Você Sabe…, que pretende revelar os elementos básicos que definem a vasta e diversa carreira artística de Yoko Ono.

Pioneira da arte conceitual, ainda hoje Yoko Ono continua a contestar o conceito de arte e do objeto de arte e por isto a exposição se propõe a viajar pela noção da própria arte, com forte engajamento político e social da obra de Yoko.

A exposição foi concebida especialmente para o Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo, e é formada por 65 peças de “Instruções”, que evocam a participação do espectador para sua realização. São trabalhos que sublinham os princípios norteadores da produção da artista, ao questionar a ideia por trás de uma obra, destacando a sua efemeridade enquanto a dessacraliza como objeto.

Yoko Ono é compositora, cantora e artista plástica. Nascida no Japão em 1933, Yoko estudou nas melhores escolas até sua mudança para os Estados Unidos durante a Segunda Guerra Mundial. Foi em Nova York que a artista passou a conviver entre artistas e músicos – incluindo seu segundo marido, o Beatle John Lennon – e, em meio à efervescência cultural da década de 1960 desenvolve seu rico trabalho artístico.

Segundo Gunnar B. Kvaran, curador da mostra, O Céu Ainda é Azul, Você Sabe… é uma retrospectiva de “Instruções” que evidencia as narrativas que expressam a visão poética e crítica de Yoko Ono. São trabalhos criados a partir de 1955, quando ela compôs a sua primeira obra instrução, Lighting Piece / Peça de Acender (1955), “acenda um fósforo e assista até que se apague”. Na exposição, é possível seguir a sua criatividade e produção artística pelos anos 60, 70, 80, até o presente.

A mostra abre suas portas amanhã e fica em cartaz até 28 de maio, então quem passar por São Paulo neste período, não deixe de conferir. A entrada é de 12 reais a inteira e os horários de visitação são das 11h às 13h, das 13h ás 15h, das 15h às 17h e das 17h às 20h.

Informações e imagem: Instituto Tomie Ohtake

Banquetas Helga / Estudiobola

Estudiobola e o minimalismo das banquetas Helga

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Helga ganhou alguns centímetros a mais e se transformou em uma nova peça. Estamos falando das banquetas Helga, parte da família de cadeiras de mesmo nome da Estudiobola. Traços limpos, simples e minimalistas desenharam a peça da marca que investe em tecnologia, matéria prima e muito design.

O Design é Meu Mundo de hoje se derrama pelas banquetas Helga. A peça respeitou os traços de sua irmã quase gêmea, pois o design da cadeira e da banqueta é o mesmo. As banquetas são feitas em madeira de reflorestamento disponível em seis diferentes tonalidades. O acabamento vem do estofado, que pode ser encontrado no couro ou no tecido.

Embora atual, seu desenho se inspirou no design moderno da década de 1950. A Estudiobola, criada por Flavio Borsato e Maurício Lamosa, é conhecida por suas peças de design inovador. Cores, proporções, desenhos e cenografia formam as peças desenhadas e desenvolvidas pela marca. Mas sua identidade é o bom design e este pode vir no formato contemporâneo e inovador ou minimalista, moderno e elegante – como é o caso de Helga.
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Imagens: Divulgação

Met Breuer recria performance icônica de Lygia Pape

Um dos principais trabalhos de Lygia Pape, “Divisor”, é recriado nas ruas de Nova York

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O Blog AZ noticiou na áltima semana que o trabalho neoconcretista da artista brasileira Lygia Pape protagoniza exposição na filial do Metropolitan Museum of Art especializado em arte moderna, o Met Breuer, em Nova York. A cidade recebe a maior retrospectiva de seu trabalho enquanto se encanta pelo movimento de contracorrente concretista criado no Brasil no final da década de 1950.

Esta semana, seu trabalho saiu do museu e ganhou as ruas da cidade norte-americana. É que sua obra “Divisor” foi reproduzida nas ruas da Big Apple. “Divisor” é uma performance criada pela artista em 1968, quando ela propôs uma ruptura nos padrões tradicionais da  arte e uma aproximação entre a obra e o espectador.

À época, Lygia disse que qualquer pessoa poderia reproduzir “Divisor”, o que a tornava uma arte pública da qual as pessoas podem participar. Sábado, as pessoas mais uma vez participaram. Em um lençol de 30 m², que imitam a tela de um quadro, furos foram feitos para que as pessoas colocassem suas cabeças. Juntas elas desceram 5ª Avenida, uma das principais ruas de Nova York.

Esta não foi a primeira vez que “Divisor” foi recriada. A obra já andou, literalmente, em exposições no Brasil depois de sua criação em 1968. A exposição continua em Nova York até 23 de junho, mas obras da artista podem ser vistas também no Museu no Inhotim, em Minas Gerais.
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Imagens: Divulgação/ Facebook Lygia Pape

A vida do inquieto Jean-Michel Basquiat

O artista partiu aos 27 anos de idade deixando um vasto e brilhando trabalho artístico como legado

(Foto: Lizzie Himmel)

(Foto: Lizzie Himmel)

Jean-Michel Basquiat  faz parte do seleto e talentoso grupo de artistas que nos deixou cedo, mais precisamente aos 27 anos de idade, a tal idade que acaba interrompendo a brilhante carreira de roqueiros e artistas de reconhecimento mundial. Assim como Amy Winehouse e Janis Joplin, a causa da morte foi overdose, e assim como os dois, Basquiat também se enveredou pelo campo da música.

Mas sua carreira mesmo foi marcada pela pintura. Além de músico, Jean-Michel foi pintor, poeta e produtor cultural. Americano de ascendência porto-riquenha e haitiana, Basquiat nasceu com uma aptidão incomum para as artes. Com três anos, já desenhava caricaturas. Aos 17 anos, levou seus traços para os muros de Manhattan.

Incentivado por sua mãe, passou a levar a arte a sério quando era ainda criança. Aos seis anos, ganhou carteira de sócio mirim do Museu de Arte Moderna de Nova York, de onde não saia. Com o divórcio dos pais, se mudou para Porto Rico e voltou a Nova York no final da adolescência.
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Não se adaptou às escolas, saiu de casa e foi morar com amigos. Juntos pintavam muros e camisetas, que Basquiat vendia nas ruas da cidade. O grafite de Basquiat vinha com a assinatura “SAMO”, que significava “same old shit” (sempre a mesma merda). Seus desenhos chamaram a atenção e em pouco tempo Jean-Michel ficou famoso.

Seus traços subversores e seu olhar à frente do tempo o consagraram como um importante pintor vanguardista, conhecido posteriormente como neo-expressionista. Fez amizade e atuou ao lado de Andy Warhol até a sua morte, em 1987. Muito abalado com a perda do amigo, Basquiat acaba exagerando no consumo de drogas e morre de overdose no ano seguinte, em 12 de agosto de 1988.

Ao partir, deixou um legado com cerca de 3 mil obras que retrataram a cultura africana e o caos social e emocional que conduziu a criatividade de tantos artistas de renome da década de 1980. Seu trabalho continua influenciando o trabalho de outros artistas na atualidade. Na ArtRio 2016, um autorretrato de Barquiat bateu o recorde de preço ao ser arrematado em leilão por 57,3 milhões de dólares.
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Imagens: Divulgação

Bale da Cidade propõe uma reflexão sobre a cidade e o grafite

A temporada 2017 do Bale da Cidade de São Paulo subiu ao palco com o espetáculo “Risco” para refletir acerca de temas como dança, combate, cidade e grafite

(Imagens: Arthur Costa/ Divulgação)

(Imagens: Arthur Costa/ Divulgação)

O grafite e a ocupação de espaços públicos são temas que se tornaram espinhosos nos últimos anos. De um lado, parte da sociedade não aceita o grafite nas ruas – embora esta percepção venha se alterando na última década – e de outro, o pessoal do Pixo, movimento de pichadores que usam seu spray para subverter – não aceita o grafite como um arte limpa de rua.

Este tema se tornou polêmico em algumas cidades, incluindo Goiânia, como foi mostrado pelo Blog AZ na matéria Um giro pela arte Urbana. Em São Paulo, a polêmica continua. Mas é difícil não ver o grafite como parte integrante do cotidiano das maiores cidades do mundo.

Foi pensando nisto que o Balé da Cidade, em São Paulo, subiu ao palco do Teatro Municipal em uma apresentação que, segundo seu diretor, pretende refletir acerca de temas como dança, combate, cidade e grafite. É que o grafite foi o fio condutor de “Risco”, coreografia inaugural da temporada 2017.

Dirigido pelo consagrado bailarino Ismael Ivo, o novo espetáculo usou a cenografia do diretor cênico Sérgio Ferrara para fazer um elogio ao grafite. No centro do palco, uma imagem do artista americano Jean-Michel Basquiat destacou a figura de um grande grafiteiro  e neo-expressionista.

Cenas filmadas por drones também deram o tom do cenário. Elas projetaram imagens urbanas da capital paulista. Durante a apresentação, os corpos dos bailarinos vão sendo pintados, uma aliança entre o corpo – que representa a dança – e o grafite – que representa São Paulo.

Ismael Ivo explica que “Risco” significa se arriscar na busca por novas soluções artísticas. Quem passar por São Paulo pode conferir a solução encontrada por Ivo para a nova temporada do Bale da Cidade no Teatro Municipal até o dia 1º de Abril.

Maior obra de Mondrian do mundo decora prédio municipal em Haia

O minimalismo é um movimento que ganha força no design mobiliário, na arquitetura e até mesmo na moda, em que as passarelas são famosas pelos excessos. Grande parte dessa influência é devida ao movimento De […]

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O minimalismo é um movimento que ganha força no design mobiliário, na arquitetura e até mesmo na moda, em que as passarelas são famosas pelos excessos. Grande parte dessa influência é devida ao movimento De Stijl  e à obra de Mondrian.

Piet Mondrian foi um artista holandês classificado como modernista. Ele, entretanto, não ligava seu nome a nenhum movimento vanguardista específico: se dizia cubista, neoplasticista, pós-impressionista, precursor do neoplasticismo. Segundo ele, sua arte transcendia as divisões culturais.

Falecido em 1944, sua obra ficou viva não apenas em seus trabalhos. É que Mondrian influenciou designers e arquitetos por todo o mundo, como Charles e Ray Eames e Yves Saint Laurent. Seus quadrados coloridos são inconfundíveis e a cidade de Haia decidiu homenagear seu conterrâneo artista.

A fachada do prédio que abriga a sede da câmara municipal da cidade foi revestida com um grande painel ao estilo Mondrian pelos artistas Madje Vollaers e Pascal Zwart em ocasião da comemoração do centenário do movimento De Stijl – isso há dez anos, quando foi comemoração os cem anos da publicação De Stijl (O Estilo), revista que veiculou as questões ligadas ao neoplasticismo.

Em 2017, o movimento De Stijl completa exatamente 110 anos sem perder a modernidade. Ou seja, se mantém atual. A sede da câmara municipal de Haia mantém o título de detentora do maior painel com obra do Mondrian do mundo.

Foto. Fonte: Blog da Arquitetura