Cotidiano em foco

O carioca Marcos Chaves desenvolveu um trabalho nos parâmetros da apropriação e da intervenção fotográfica

 

Wadi Rum

Wadi Rum

O cotidiano é apreendido pela câmera fotográfica de Marcos Chaves e por meio dela vira arte. Chaves nasceu no Rio de Janeiro e iniciou a carreira na década de 1980. Utilizando-se dos parâmetros da apropriação e da intervenção, o artista transita entre a fotografia, produção de vídeos e instalações.

Com todos estes anos de experiência, levou seu trabalho a European Biennial of Contemporary Art (Itália), Bienal Internacional de São Paulo, Bienal do Mercosul (Porto Alegre), Bienal de Cerveira (Portugal), Bienal de Havana, entre tantos outro importantes museus e eventos.

Entre exposições individuais e coletivas, Marcos Chaves posicionou os elementos no espaço e os transformou em arte por meio de sua visão perspicaz. São cenas do dia a dia que ganham um novo olhar e uma nova perspectiva.

Foi assim com a série Pieces, onde o fotógrafo sobrepôs imagens tiradas de suas lentes uma sobre as outras. Em Buracos, fotografias de grandes crateras deixadas pelo descaso nas ruas das cidades.

O Rio de Janeiro, sua cidade, é também seu principal cenário. É das ruas e paisagens cariocas que Marcos tira grande parte de suas imagens. Além da fotografia, Marcos Chaves ganhou espaço no mundo artístico com instalações montadas e museus e mesmo nas ruas das cidades.

Arquipelago

Arquipelago

some Girls

some Girls

Rio 40graus

Rio 40graus

Desculpe o Transtorno

Desculpe o Transtorno

Copo vazio

Copo vazio

Imagens: Marcos Chaves

Léo Romano vence prêmio e terá peça exposta em Milão

Léo Romano vence 1ª edição do Prêmio TOP Design e terá peça exposta no stand A Lot Of Brasil durante a Semana de Design de Milão

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“Criativo e descolado, Leo Romano é um profissional completo” são as palavras escolhidas pela Revista KAZA para descrever o arquiteto e designer Léo Romano que, continuam, “transita com desenvoltura na arquitetura, no design de interiores, no design gráfico e nas artes visuais”. E este reconhecimento não ficou só no papel.

É que Leo Romano foi anunciado o grande vencedor da primeira edição do Prêmio Top Design e sua peça vencedora ganhará o mundo: será exposta na próxima edição do Salão do Móvel de Milão no stand da A Lot Of Brasil que acontece ente os dias 4 e 9 de abril de 2017.

A Lot Of Brasil, Indústria Brasileira de Alto Design, é uma das responsáveis por levar a Milão os grandes designs e designers brasileiros. O trabalho de Léo ficará exposto junto com outros grandes nomes, como dos Irmãos Campana, Pininfarina (Itália), Nika Zupanc (Eslovênia) e outros.

O Armazém da Decoração não poderia deixar de parar o Blog AZ para parabenizar Léo por mais esta conquista. Nos vemos em Milão.

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Imagens: divulgação

De pernas para o ar

Pedreiro aposentado constrói casa invertida no interior do Espírito Santo

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Já que o Espirito Santo é o assunto do momento, decidimos falar do estado só que de uma forma positiva. É que além dos problemas com segurança pública, que colocaram o pequeno estado litorâneo nas pautas jornalísticas de todo o país, outro assunto vindo da cidade de São Mateus, no norte do Espírito Santo chamou a atenção do brasileiro. É a casa construída de cabeça para baixo.

Parece montagem, mas não é. A deia inusitada saiu da cabeça – e do papel – do pedreiro aposentado Valdivino Miguel da Silva. Valdivino conta que sempre quis construir uma casa diferente, e quando teve a ideia, decidiu colocar todo o projeto no papel e torna-lo realidade. O resultado é uma casa com telhado no lugar do piso e porta voltada para o céu.

No teto, que é o primeiro pavimento, Valdivino instalou a cozinha e um lavabo na tentativa de aproveitar ao máximo o que seria o sótão em uma casa normal. No segundo pavimento, foram construídos os quartos. No chão, que é na verdade o telhado, o idealizador da casa maluca instalou uma porta com enfeites invertidos – tudo para dar a sensação completa de que a casa não está no formato padrão.

A casa de Valdivino, que será colocada no mercado para aluguel, não é a única do mundo a ser levantada de cabeça para baixo. A arquitetura invertida também deu vida a casas na Alemanha e em Taiwan.

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Zanini de Zanine / Design é Meu Mundo

Zanini de Zanine lança a poltrona Zina, que mistura aço carbono, linho e madeira maciça

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O design é tão arrojado quanto o designer. Com pouco mais de 35 anos de idade, Zanini de Zanine mergulhou o modernismo herdado do pai – Zanine de Caldas – no contemporâneo criativo de seus desenhos irreverentes. Quando criança, usava a oficina de Zanine de Caldas como seu parquinho de diversões, depois de adulto transformou a brincadeira em profissão e foi muito premiado por ela.

Além do pai, Zanine já trabalhou com figuras ilustres como Sérgio Rodrigues quando ainda estava na faculdade. Formado em Desenho Industrial pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Zanini chamou a atenção do mercado brasileiro e mundial. Seu talento atravessou o oceano e foi parar nas grandes marcas europeias como as italianas Slamp e Cappellini e a francesa Tolix. O designer, e surfista nas horas vagas, coleciona também publicações sobre seu trabalho espalhada por revistas italianas, russas, francesas e inglesas.

Um exemplo claro da irreverência do designer é a novíssima Poltrona Zina, lançada no final do ano passado. Zina nasceu da combinação de três materiais que pouco se misturam: aço carbono, linho e madeira maciça. O resultado é a perfeita harmonia entre os traços modernos com o design contemporâneo. A peça, produzida em tons claros e escuros, está sendo comercializada desde novembro de 2016. Em Goiânia, você a encontra no Armazém da Decoração.

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Haruyoshi Ono morre aos 73 anos

Haruyoshi Ono, Roberto Burle Marx, morre aos 73 anos

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Roberto Burle Marx nos deixou em 1994, mas o paisagismo não tinha ficado completamente órfão de seu trabalho até o ultimo domingo. É que seu escritório permaneceu vivo pelas mãos de seu discípulo Haruyoshi Ono que, juntamente com um grupo de quatro arquitetos paisagistas, continuou levando para os jardins uma linguagem própria criada em uma época em que o modernismo era a única solução em paisagismo.

No último dia 22, entretanto, Haruyoshi Ono morreu no Rio de Janeiro aos 73 anos de idade. Haru, como era chamado pelos amigos, se tornou titular do escritório e comandava a parte de projetos do atelier.

Além dos diversos trabalhos que assinou com Burle Marx entre os anos de 1965 até 1994, Haruyoshi Ono também foi responsável pelo paisagismo do Museu do Amanhã, pelo Eixo Monumental de Brasília e outros importantes projetos arquitetônicos.

Em nota, o escritório homenageou o colega e a importância de seu trabalho: “É com tristeza e saudade que comunicamos o falecimento do nosso querido Haru. Haruyoshi Ono dedicou mais de 50 anos ao Escritório, tendo sido parceiro criativo de Roberto Burle Marx por mais de 30 anos, desenvolvendo projetos de renome no Brasil e exterior. Seus filhos, Isabela Ono e Julio Ono, a arquiteta e esposa Fatima Gomes, e seu sócio, Gustavo Leivas; que trabalham com ele há mais de 20 anos, permanecem à frente dos projetos e do acervo paisagístico, dando continuidade ao seu legado. Informaremos aqui assim que tivermos o local e horário do velório”

Design é Meu Mundo / Poltrona Pull

Charme e conforto da poltrona Pull de Danilo Lopes e Paula Gontijo

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O seleto grupo brasileiro de marca e design assinado de alta qualidade ganhou mais um integrante em 2011. Desde então a dupla Danilo Lopes e Paula Gontijo trabalhou para se inserir no mercado de móveis de alto padrão e conseguiu. Com a criatividade própria daqueles que sabem pensar fora da caixa – ou com uma “nova caixa” – seu mobiliário agradou o público.

Linhas retas, design minimalista e a certeza de que o mais realmente é menos são características marcantes das peças de Danilo e Paula e hoje trazemos uma para protagonizar o design é nosso mundo: a poltrona Pull.

Como de costuma, a Neobox prima pelo metal, o couro e a madeira. Foi com esses mesmos materiais que a Poltrona Pull ganhou vida. Pull possui a finas linhas elegantes que marcam o estilo da Neobox . Com estrutura toda de madeira, a peça possui pequenos detalhes em metal dourado e foi equipada com um puxador na parte traseira que ajuda a movê-la com mais facilidade.

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Netflix lança série sobre design

Netflix lança a série “Abstract – The art of Design”, que conta a história de sete profissionais de vários ramos do design

A forma como as pessoas veem o mundo é criação do design. A Netflix decidiu contar sobre como os designers veem o mundo e o resultado desta visão em seus trabalhos. Essa narrativa fica a cargo da série documental original do canal online “Abstract – The art of Design”, que será lançado no próximo dia 10 de fevereiro.

Para a primeira temporada, o produtor executivo da série Scott Dadich – que é também editor chefe da revista de design e tecnologia Wired – escolheu sete profissionais para serem protagonistas de pequenos filmes.  Cada média metragem marcará um episódio da temporada narrando em forma de documentário a vida e a visão de mundo de profissionais do design.

Os primeiros escolhidos foram o arquiteto Bjarke Ingels, a designer de interiores Ilse Crawford, o ilustrador Christoph Niemann, o cenógrafo Es Devlin), a designer gráfica Paula Scher, o fotógrafo Platon, o designer de carros Ralph Gilles e Tinker Hatfield, designer de produtos da Nike.

“O que importa é a história, a mensagem, o sentimento, a conexão. É o design” narra o primeiro trailer divulgado. O objetivo da série é mostrar a importância e o alcance do design na vida das pessoas, ainda que nem elas percebam.

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Últimos dias de Bota Fora AZ

Aproveito os últimos dias de desconto AZ

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O Bota Fora de fim de ano do Armazém da Decoração não acaba antes que o ano realmente comece… É por isso que nosso BOTA FORA está chegando ao fim apenas agora, que o primeiro mês do ano se despede. Então corre para aproveitar os últimos dias com descontos imperdíveis: até 80% a menor no melhor do design nacional e internacional.

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Cadeira Bo / Paulo Alves

Conheça a banqueta Bo, criada por Paulo Alves para homenagear Lina Bo Bardi

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Paulo Alves é nacionalmente conhecido por seu trabalho com a madeira. O arquiteto se especializou no design de móveis e embora não trabalhe unicamente com a madeira, tornou-se um escultor da árvore – ofício que desempenha com criatividade e, sobretudo, sustentabilidade.

Com pouco mais de 20 anos de carreira, Paulo deu seus primeiros passos no renomado escritório de Lina Bo Bardi. A ítalo-brasileira não foi apenas uma importante influência profissional para Paulo Alves, foi também a inspiração para uma de suas peças.

A banqueta Bo foi a homenagem que o arquiteto fez para a colega Lina Bo Bardi. E não é apenas o nome que ganhou referências de artista e arquiteta. Segundo o designer, as linhas retas que marcam o estilo da poltrona são uma referência à genialidade de Lina no aproveitamento dos materiais e em seus conceitos.

As cadeiras foram confeccionadas em Pinus para habitar o interior do teatro do SESC Pompéia. Perfeita combinação, já que a cadeira acabou fazendo parte do prédio criado por sua homenageada. É que o SESC Pompéia faz parte da lista de obras arquitetônicas deixadas por Lina como um presente para São Paulo.

Bo é uma cadeira para um uso cotidiano, podendo ser usada também como apoio, mesa lateral e até mesmo criado-mudo. Uma peça leve, porém marcante.

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Arte no limite do corpo

A arte e a performance de Marina Abramovic

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Os limites do corpo e da mente são trabalhados constantemente pela artista plástica Marina Abramovic. Marina nasceu em Belgrado, na Sérvia, e hoje sua arte e seu nome são conhecidos em todo o mundo.

Marina Abramovic é um dos nomes mais importantes da arte de performance, uma vertente artística surgida na década de  1960 como um modelo de interdisciplinar de apresentação ao vivo que integrava teatro, música, poesia e vídeo – muitas vezes com a participação da plateia.

Abramovic formou-se em Belas Artes e iniciou suas performances artísticas nos primeiros anos do movimento Happening e das apresentações performáticas que tanto intrigavam o público entre as décadas de 1960 e 1970. Mas sua primeira performance foi feita quando Marina tinha apenas 12 anos.
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Segundo a artista, seu trabalho é uma colaboração entre “as artes, a ciência e a humanidade” – a ideia é despertar sentimentos usando o corpo e a mente. Em sua mais marcante apresentação (O Artista Está Presente), realizada em 2010 durante uma exposição que ocupou todos os seus seis andares do Museu de Arte Moderna de NY (MOMA) com a retrospectiva de seu trabalho, Abramovic ficou durante os três meses de mostra disponível ao público. Quem quisesse chegava e ficava o quanto quisesse sentado olhando para Marina. Alguns riam, outros choravam, outros conversavam e no fim ela passou mais de 700 horas sentada numa cadeira sem se mexer.

Outros trabalhos da artista também marcaram a sua carreira. Em Rhythm 2 (Ritmo 2), realizado em 1974 no Museu de Arte Contemporânea de Zagreb, a artista conseguiu duas pílulas de um hospital – uma para catatônicos e outra para esquizofrênicos – e, diante do público, ingeriu a medicação. Primeiro, Marina Abramovic tomou a pílula para catatônicos e começou a ter espasmos. Cerca de uma hora depois, quando se recuperou dos sintomas, a artista tomou o outro remédio.

Em Rhythm 0, de 1975, a artista se colocou à disposição do público diante de uma mesa com 72 itens – entre eles estavam uma pistola e bala de revólver. Abramovic ficou por seis horas na Galleria Studio Morra, de Nápoles, para que o público fizesse o que quisesse com ela. Neste dia, um dos participantes colocou a arma na mão da artista e apontou para seu pescoço. A arte performática de Marina Abramovic visa despertar emoções e reações, além de estimular o público a questionar sua relação com o mundo.
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Imagens: Divulgação / Instituto Marina Abramovic