E a semana do Design continua em Milão…

No segundo dia da Feira, a Kartell mostra suas peças reinventadas em novas cores, além de alguns lançamentos

Time AZ com o presidente da Kartell e da Feira de Milão Claudio Luti

Time AZ com o presidente da Kartell e da Feira de Milão Claudio Luti

Abriu ontem a 53ª edição do Salão do Móvel de Milão, que esse ano acontece juntamente com a Eurocucina, feira de cozinhas e equipamentos de frequência bienal. O evento acontece com cerca de 2.400 expositores e 300 mil visitantes de 160 países na cidade do design: Milão.

O Blog AZ abre nosso post de hoje com algumas novidades da feira e com fotos do estande “Preciosa Kartell”, tema deste ano para a exposição da marca italiana – exclusividade da AZ – focada na atenção para qualidade de seus produtos, reafirmando o glamour e o luxo das peças de plástico da Kartell.

Este ano com novas peças brilhantes e particularmente sofisticadas, a Kartell apresenta seus produtos ícones nas cores ouro, prata, platina e bronze. “Nossos produtos são o resultado de uma combinação única de inovação tecnológica e artesanato”, explicou o presidente da Kartell Claudio Luti em entrevista para o jornal Estadão.

Claudio Luti é também presidente do Cosmit, órgão promotor do salão de Milão. Para ele a feira tem garantido a indústrias italianas fortaleçam a capacidade de exportação. “É chegada a hora de fazer valer nossa força. Cabe ao Cosmit promover o encontro entre nossos empresários e potenciais compradores de todo mundo”, afirmou.

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Começa hoje a 53ª edição do Salão do Móvel de Milão

O Blog AZ vai acompanhar de perto esse evento que acabou se tornando a maior feira de design do mundo

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Feira de Milão, Salão do Móvel de Milão, Semana de Design… Os nomes são muitos, mas o evento é um só e acontece anualmente na cidade italiana do design. Entre os dias 8 e 13 de abril de 2014, a Semana de Design de Milão chega à sua 53ª edição como o maior evento do setor do mundo. A feira acontece das 9h30 às 18 horas com programações oficiais, mas além das exposições de design e o Fuori Salone, a cidade é tomada pelo evento e toda Milão entre no clima do design.

O Salão acontece no distrito expositivo de Rho onde se pode ver, tocar e provar o melhor que o mobiliário internacional pode oferecer no setor em um passeio entre os estilos clássicos ao design moderno e contemporâneo. Milão abraça o evento com múltiplos projetos de cultura que se abrem em alguns lugares históricos da cidade com numerosos eventos que ocorrem simultaneamente.

O Blog AZ está com enviadas mais que especiais para o Salão do Móvel de Milão que vão nos enviar novidades e fotos durante toda a semana do design. E começamos nada mais nada menos que com Rossana Orlandi.
Rosana Orlandi

Fundadora do Spazio Rossana Orlandi e uma verdadeira autoridade no design de vanguarda mundial, Rossana Orlandi dá a oportunidade e chance, a cada ano, para mais de 60 novos talentos do design exibirem seus trabalhos no espaço Rossana Orlandi durante a Semana de Design de Milão. Então para começar nossa semana de cobertura desse importante evento de design mundial, algumas fotos enviadas direto do Salão do Móvel para o Blog AZ.

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Kartell no Salão do Móvel de Milão

A marca italiana Kartell apresentou seus passos nas atividades que acontecerão durante o Salão do Móvel de Milão, que acontece de 8 a 13 de abril deste ano

SAVE Salone 2014
Começa amanha a semana mais importante do design internacional e, como sempre, a Kartell se apresenta como uma atriz de primeiro plano na cena do design durante o Salão do Móvel de Milão, que acontece de 8 a 13 de abril de 2014. Como uma boa protagonista, a marca italiana apresentou no início deste mês um recapitulativo das apresentações, colaborações e eventos que irá participar na ocasião da Semana de Design de Milão.

O parque de exposição irá brilhar com a “Preciosa Kartell”, tema deste ano para o estande da marca pensado com o objetivo de focar a atenção na qualidade, reafirmando o glamour e o luxo das peças de plástico da marca italiana, que se transformou este ano com novas peças brilhantes e particularmente sofisticadas nas cores ouro, prata, platina e bronze.

O estande acolherá as novidades preparadas pela Kartell especialmente para serem apresentadas na semana mais importante do design mundial. São 15 linhas com revolucionárias famílias de sofás, chaises, mesas e cadeiras de policarbonato transparente Oncles&Tantes de Philippe Starck, com os belos coloridos brilhantes.

Pouco mais de um ano após seu nascimento, a Kartell by Laufen terá seu próprio estande no salão de banho da feira este ano. O projeto do banheiro, com móveis e acessórios, foi assinado conjuntamente pelas designers Ludovica e Roberto Palomba. Além da coleção permanente, o espaço apresentará também novas cores e acessórios inéditos, incluindo espelho modular, carrinho e novas lâmpadas.

Já no Fuorisalone o evento irá girar entorno do tema chave “Kartell à mesa”, que deu nome à coleção de mesas assinadas pelos designers Jean-Marie Massaud, Philippe Starck e Patricia Urquiola, além do Chef Davide Oldani

Serviço
8 de abril de 2014
pré-estréia com a imprensa às 17h30
Cocktail das 19 às 21 horas
Aberto de 09/04 a 12/04 das 10 h às 20 horas
e dia 13/04 das 11 h até às 19 horas
Kartell Flagship Store via Turati angle 1, via Carlo Porta, Milan

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Museu Kartell, NOVIGLIO: Exposição de 14 interpretações únicas da lâmpada pela adoração designers da equipe Kartell.

A zona central do térreo do Museu Kartell, reservado para as exposições temporárias, recebe peças únicas da exposição Kartell goes Bourgie inicialmente apresentada em Paris durante a Maison&Objet. A próxima etapa da exposição será a ICFF de Nova York com a participação de outros designers, artistas e estrelas. As obras únicas da exposição serão vendidas em um leilão on-line no final de 2014 e os lucros revertidos para uma organização de caridade.

As visitas deverão ser agendadas pelo e-mail info@museokartell.it ou pelo telefone +39.02.90012269 para o sábado (12) ou domingo (13). Será colocada a disposição dos visitantes um serviço de transporte gratuito saindo da flagship store Kartell de Milão (via Turati via Porta) às 14h30. O retorno está previsto para às 17 horas. O serviço de transporte e a visita guiada somente serão feitas mediante reserva até o dia 09 de abril.

Exposição Interni Feeding the city with new ideas na Universidade de Milão, 7 via Festa del Perdono

Os arcos do pátio Borromini acolherão uma longa mesa de cozinha dividida em seis grandes décadas (1954-2014) confiadas à seis grandes designers. Vários modelos de cadeiras Kartell serão usados para decorar as mesas.

Mostra D Casa, Teatro Franco Parenti, 15 via Vasari

Para comemorar sua repaginação, a revista organiza uma exposição de peças únicas de grandes empresas de design italianas. Kartell colocou a disposição a LCP Chair Duomo 1992 concebida por Missoni para o projeto de caridade Kartell loves Milano de 2011.

Park Hyatt, 1, via Tommaso Grossi

Para o 10º aniversário do célebre hotel de luxo milanês, a Kartell colocou seus móveis a disposição dentro de um bar interior e no terraço. Magic Hole, One More Please, Top Top e as cadeiras Lenny Kravitz serão as grandes estrelas desse evento.

Mais informações sobre os passos da Kartell no Salão Internacional do Móvel de Milão pelo telefone + 39 02 900121 (assessoria de Marketing e Comunicação)

 

Acontece em São Paulo a Feira Internacional de Arte, Arte SP

Entre os dias 3 e 6 de abril o Pavilhão da Bienal no Ibirapuera abre suas portas para receber a décima edição da Feira Internacional de Arte de São Paulo

'Theresopolis', de Tacita Dean, integra o acervo da galeria Marian Goodman (Foto: Divulgação)

‘Theresopolis’, de Tacita Dean, integra o acervo da galeria Marian Goodman (Foto: Divulgação)

Será inaugurada nesta quarta-feira (2), no edifício desenhado por Oscar Niemeyer, no Parque Ibirapuera, a décima edição da Feira Internacional de Arte de São Paulo, a Arte SP. A programação oficial do evento acontece a partir das 14 horas do dia 3 de abril e segue até domingo (6) com galerias e obras de arte do mundo todo. Entre palestras, bate papos e lançamento de livros e revistas os participantes da feira poderão comprar as obras comercializadas, que até domingo terão isenção de 18% de ICMS (imposto estadual recolhido na comercialização de mercadorias, para galerias estabelecidas em São Paulo e compradores residentes no Estado).

Realizada desde 2005 no Pavilhão da Bienal, dez anos após sua primeira edição a Arte SP tem ganhado mais força e grande presença internacional. Em 2005 a Arte SP contou com apenas 41 galerias, uma única estrangeira. Esse ano somam-se 136 galerias no evento, sendo 40% do exterior. Fernanda Feitosa, diretora da Arte SP, comemora esse ano presença de representantes poderosos do circuito internacional, como os estandes de Marion Goodman, Pace (que exibirá fotografias de Hiroshi Sugimoto por US$ 200 mil), Gagosian (em 2013 apresentou uma escultura do britânico Henry Moore avaliada em US$ 2 milhões), além de White Cube, Lisson, Yvon Lambert, ThaddaeusRopac e Van de Weghe.

Com orçamento de mais de R$ 6 milhões, segundo informações da própria Fernanda Feitosa para a Folha de S. Paulo, a feira ocupará 21 mil m² do edifício no Ibirapuera, tomando conta do piso térreo, 1º e 2º andares do prédio. Das 136 galerias participantes, 78 delas são nacionais e 58 estrangeiras vindas de 17 países diferentes. O evento ainda conta programação de debates, premiações e exposição de seu laboratório curatorial. A melhor parte é que o Pavilhão da Bienal já está garantido como sede das próximas edições da feira, com contrato de aluguel assinado até o ano de 2018.

'Estrela', do artista Saint Clair Cemin, da Bolsa de Arte de Porto Alegre (Foto: Divulgação)

‘Estrela’, do artista Saint Clair Cemin, da Bolsa de Arte de Porto Alegre (Foto: Divulgação)

Serviço
Horário de funcionamento da Feira:
de Quinta a Sábado: das 13h às 21h.
Domingo: das 11h às 19h.

'Castelo de Areia', de Vik Muniz, na Galeria Nara Roesler de São Paulo (Foto: Divulgação)

‘Castelo de Areia’, de Vik Muniz, na Galeria Nara Roesler de São Paulo (Foto: Divulgação)

Pintura de Vania Mignone da Casa Triângulo de São Paulo, que comemora 25 anos (Foto: Divulgação)

Pintura de Vania Mignone da Casa Triângulo de São Paulo, que comemora 25 anos (Foto: Divulgação)

 

“A Butzke deu vida nova para o eucalipto”

Guido Otte, que comprou e assumiu a administração da Butzke na década de 1980, conta um pouco mais sobre a trajetória de uma das maiores empresas de design do país

Sem título
No auge da Belle Époque e dos avanços automobilísticos e industriais o sul do Brasil conheceu a Butzke Design, em 1899. Fundada em Blumenau, no município de Timbó (Santa Catarina), por Emil Butzke, a empresa produzia carroças. Quase cem anos depois, com o mesmo nome e sob a administração de uma nova família, a empresa tomou diferentes rumos. A Butzke se especializou na produção de produtos com eucalipto certificado, deixou de lado a fabricação de carroceria e se consagrou com a exportação de peças de alta decoração. Em um papo descontraído com o Blog AZ, o empresário Guido Otte falou um pouco mais sobre a trajetória incomum de uma das empresas de maior sucesso no design nacional.

A Butzke se modificou muito ao longo do século passado, porque a empresa mudou tanto o foco de atuação?

Eu sou engenheiro civil, atuei por um tempo, mas por uma questão familiar acabei trabalhando em uma metalúrgica. Dessa metalúrgica eu saí e comprei a Butzke. Butzke é um nome familiar conduzido por uma pessoa em uma sociedade de irmãos que estavam enfrentando uma certa dificuldade e me venderam a empresa.

A Butzke foi fundada em 1899 e fabricava no passado carroças. Quando eu comprei a empresa em 1983 ela fabricava carrocerias. Logo que a gente comprou, tinha algo que nos chamava atenção e para o negócio fazer sucesso, devemos nos ater a isto. A carroceria é algo de domínio público, qualquer um com uma serra faz carroceria e nossos concorrentes não eram fortes, então nos planejamos a procurar um novo caminho. Foi ai que começamos a trabalhar com móveis práticos para exportação.

O que são esses móveis práticos? Porque vocês se focaram neles?

São móveis pequenos e dobráveis, pois nós já estávamos pensando em uma vida mais econômica, com apartamentos menores. Por uma coincidência, nós começamos a fabricar também embalagens para empresas de veículos, como a Mercedes Benz, General Motors e a Scania do Brasil e isso foi muito importante porque esse trabalho com as montadoras me fez desenvolver algo que eu tinha de sonho, que era trabalhar com madeira profissional.

A madeira profissional é uma madeira com muita oferta e regularidade e vai para o mercado sem depreciar o meio ambiente. Se eu tinha uma madeira profissional e o conhecimento sobre ela, era mais fácil melhorar o meu domínio sobre essa madeira. Eu costumo falar que eu prefiro trabalhar com algo ruim que eu conheço do que com o bom desconhecido.

Mas onde entra a embalagem para empresas de carro nessa história da Butzke?

Os projetos das embalagens vinham especificados pelas montadoras. Eles escolhiam as madeiras, como o pinos ou o compensado naval, e especificavam até o tipo de prego que deveria ser utilizado. Uma das escolhas deles era uma espécie de madeira que já estava praticamente proibida no mercado, então eu queria introduzir o eucalipto como madeira de embalagem. Enfrentamos uma barreira muito grande, eles não queriam aceitar. Eu passei quatro anos insistindo e recebia um não até que um dia eu resolvi especificar qual o tipo de eucalipto que eu queria trabalhar.

O eucalipto é uma espécie de madeira exótica vinda da Austrália e do Timor Leste. Existem 832 espécies diferentes dessa madeira. Então eu fui em busca de determinar uma espécie que tivesse características próximas das madeiras que eles usavam para que eles pudessem fazer os serviços que eles estavam acostumados a fazer na complementação da embalagem. Eu estudei muito o eucalipto, busquei parceria com o Instituto de Pesquisas Tecnológicas de São Paulo e procurei a Mercedes Benz, General Motors e Scania com a solução. Foi assim que eu consegui mudar a especificação da madeira em duas dessas montadoras. Esse foi o grande momento da minha vida, quando eu conheci bem a madeira e dominei a história do eucalipto, essa foi a base para todo o restante da história da Butzke.

E como que esse trabalho com o eucalipto se aproximou de vez do design?

A Butzke já exportava muito e acabei conhecendo um senhor na Alemanha que tinha uma fábrica de portas e janelas de esquadrias. Ele estava procurando uma parceria para fazer esse trabalho com o eucalipto, algo que ninguém tinha feito no mundo. Ao mesmo tempo estava começando a se fortalecer a necessidade da certificação da madeira, principalmente a certificação FSC (Forest Stewardship Council), um selo que atesta a responsabilidade ambiental da madeira. A Butzke foi a primeira empresa no Brasil que conseguiu se certificar. Então nós lançamos em conjunto as peças, que foram montadas na Alemanha, e todas com certificado FSC. Simultaneamente começamos a produzir móveis de jardim em eucalipto, um trabalho pioneiro no mundo. O eucalipto era conhecido como lenha, a Butzke deu vida nova para o eucalipto.

Como foi a repercussão desse trabalho pioneiro da Butzke?

Foi surpreendente. Com essa questão da certificação FSC e do eucalipto eu acabei virando palestrante, internacional até (risos). A certificação foi importante, pois me abriu o mundo. Havia poucos fabricantes de produtos certificados no nosso meio, então nós fomos bombardeados com pedidos. Nós não vendíamos, nós éramos comprados. Com a estrutura que tínhamos, enfrentamos dificuldades até para responder aos pedidos que chegavam para a empresa.

E como foi a aproximação da Butzke com o design autoral e com designers como Carlos Motta e Sérgio Rodrigues?

Nós começamos a nos dirigir com uma abordagem diferenciada na fabricação de alguns produtos, procurando algo que nos fizesse crescer no cenário com peças mais elaboradas, feitas a partir de designers. Passamos a contratar alguns designers e foi nessa época que conhecemos o Carlos Motta. Houve uma empatia muito grande entre o Carlos e a nossa empresa e disso começou a surgir trabalhos bastante intensos e que ainda vai muito longe. Nós entramos nessa linha de alta decoração já pelos nossos meios, mas se consagrando com os designers de renome também. O primeiro de todos e o que tem a maior identidade com nosso trabalho é o Carlos Motta. Hoje nós trabalhamos com Sérgio Rodrigues, que é o pai de todos, com Paulo Alves, Carlos Alcantarino entre tantos outros bons profissionais. A Butzke tem também designers de casa, como a minha filha, Marina Otte, que desenha grande parte dos nossos produtos.

E se as árvores pudessem falar?

O Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPÊ) promove ação de conscientização sobre o impacto ambiental dando “vida” às árvores da cidade de São Paulo

Árvore que sente
Quem disse que decoração se faz apenas com móveis? E quem disse que design se faz sem responsabilidade ambiental? O Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPÊ), em parceria com o Young&Rubicam, achou um jeito divertido de chamar a atenção dos desatentos ao impacto ambiental e de uma forma bem decorativa. A partir da última quarta-feira (19), as árvores das proximidades do elevado Costa e Silva, o Minhocão, receberam projeções em 3D e ganharam vida.

O objetivo de dar vida para a natureza é fazer com que os que mais sofrem com o impacto ambiental tenham o “poder” de dizer o que sentem. As “Árvores que Sentem” demonstram diferentes expressões faciais de acordo com os índices de poluição local, fornecidos pela Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb). Isso por que são projetados sobre suas folhagens sete vídeos em 3D com diferentes imagens expressivas.
Árvore que sente Feliz Árvore que sente Contrariada

A ação do Instituto IPE visa promover a Semana Nacional da Conscientização sobre as Mudanças Climáticas. Se aumentarem os índices de ozônio, a árvore ganhará um semblante de quem grita ou tosse. Se chover e a qualidade do ar melhorar, ela irá sorrir prazerosamente.

A capital paulista tem uma das maiores frotas de carro do mundo e despeja toneladas de poluentes na atmosfera. De acordo com o IPÊ, a esperança é que ao mostrar como uma árvore se sente em relação a tudo isso, as pessoas se sensibilizem. “Ao direcionar nosso olhar para entender como as árvores se sentem, alertamos não só para a qualidade do ar da cidade, mas para mudanças climáticas resultantes de um modelo de vida que está levando ao esgotamento dos recursos naturais”, explicou Andréa Peçanha, Gerente de Desenvolvimento Institucional do IPÊ. Vamos nos sensibilizar?

Árvore que sente cansada Árvore que sente 1

Elegante, porém normal

Semana da moda de Paris evidencia uma tendência que está tomando conta da moda e do design atual: mais elegância, menos exagero, mais simplicidade

Karl Lagerfeld para a Chanel (Foto: divulgação - Stephane Mahe)

Karl Lagerfeld para a Chanel (Foto: divulgação – Stephane Mahe)

Com a tecla pause no modo on, vamos mudar o foco da pauta de hoje do nosso Blog e fazer um passeio pelo mundo da moda no dia que encerra o Paris Feshion Week. Mas acho que o leitor vai perdoar nosso desvio, pois moda e design têm tudo haver e vamos provar.

A moda das passarelas pode até não estar completamente dissolvida em nosso cotidiano, mas a proposta para 2014/2015 da semana da moda mais importante do mundo é quebrar com esse paradigma. Depois de uma onda de extravagância com muito brilho, cor e estampa, está na hora de tirar do fundo do guarda roupas o jeans há muito tempo esquecido e retomar a normalidade nos padrões das vestimentas.

Foi com o “supermercado da moda” de Karl Lagerfeld que a Chanel deu seu recado. A grife francesa abriu o penúltimo dia da semana de moda de Paris na terça-feira (4) com a reconstrução, sob o telhado de vidro do Grand Palais, de um supermercado em um espaço de 13 000 m² com 100 000 falsos produtos de compra. O estilista deixou bem claro sua dupla intenção: aliviar o peso fashion na moda cotidiana e criticar a forma como a arte tem sido apresentada no mundo pós-moderno.

Supermercado da moda por Chanel (Foto: divulgação - Patrick Kovarik)

Supermercado da moda por Chanel (Foto: divulgação – Patrick Kovarik)

“Eu tive essa ideia em um passeio pela decoração de uma galeria de arte”, contou Karl Lagerfeld. “Eu pensei, já que a arte se tornou um grande supermercado, é melhor fazê-la dentro de um” completou o designer. Mas o tom crítico não foi a única motivação da Chanel, que chamou a atenção para uma tendência que está tomando conta da moda atual, a lógica do conforto. “Falamos em uma igualdade de gênero, mas uma mulher nunca vai se sentir igual ao homem enquanto estiver nos pés grandes e desconfortáveis saltos. Elas precisam de sapatos baixos, e por isso colocamos as modelos de tênis”, explicou Lagerfeld.

(Foto: divulgação - Benoit Tessier)

(Foto: divulgação – Benoit Tessier)

A Chanel não foi a única. A semana de Paris trouxe calças e tops, além das tradicionais jaquetas, leggings e tênis para o palco da moda. A Celine de Phoebe Philo também apostou no conforto com sobreposição de casacos e saias de cintura alta. A inglesa Stella McCartney entrou nos looks esportivos e vestidos curtos. Elegante, porém normal.

Com os pés no chão, os estilistas de todo o mundo entraram 2014 buscado a racionalidade da moda, direto das passarelas para o guarda roupas do século XXI. Mas a pergunta permanece: em que isso tem haver com design e decoração?

Podemos dizer que as tendências da arte caminham de mãos dadas. A moda do design também é ser confortável e elegante, mas de um jeito normal. Os designers estão buscando em suas criações traços mais sóbrios que iluminem um ambiente sem exageros. Tudo muito elegante, tudo muito normal.

Desfile Saint Laurent (Foto: divulgação - Michel Euler)

Desfile Saint Laurent (Foto: divulgação – Michel Euler)

 

Cultura Sergipana em destaque

Inaugurado há três anos em Aracajú, o Museu da Gente Sergipana coloca tecnologia e arte a serviço da valorização da cultura local

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Você tem orgulho da sua cultura? O Sergipe tem. Em 2011 o Banco do Estado do Sergipe, em parceria com o governo estadual, inaugurou um museu de alta tecnologia voltado para a valorização da cultura local. O Museu da Gente Sergipana fez de Aracaju a primeira capital do nordeste a receber um aparelho cultural de alto nível tecnológico.

O projeto âncora do Museu da Gente Sergipana idealizou o espaço para ser um local voltado para expor o acervo do patrimônio cultural material e imaterial do estado de Sergipe por meio de instalações em multimídia interativa e exposições itinerantes. O Museu da Gente Sergipana foi arquitetado aos moldes tecnológicos do Museu da Língua Portuguesa, da capital paulista, ambos projetados por Marcello Dantas.

Fundado pelo então Presidente da província de Sergipe D`el Rey, Graccho Cardoso, o Colégio Atheneu Dom Pedro II iniciou as suas atividades em 1926 e ficou neste prédio até 1969, quando precisou mudar para um outro edifício. Bastante providencial. O histórico prédio sergipano acabou ficando vazio e, em 2009, foi palco de uma grande restauração promovida pelo Instituto Banese.

O novo antigo edifício do Ateneuzinho foi transformado em museu. No térreo foi construído um auditório com capacidade para 100 pessoas, foyer, átrio cultural e galeria para exposições temporárias inserindo Sergipe no roteiro cultural das exposições nacionais. No pavimento superior, foi criado um túnel high tech com projeção em 360 graus de imagens das belezas naturais e dos biomas de Sergipe, além de contar com uma mesa gastronômica com ingredientes e pratos típicos da cultura local.

Criatividade é um requisito que o museu tem e de sobra. São várias as formas encontradas pelos ambientes de contarem sobre origens, personagens, culinária, hábitos e folclore do estado. São 12 atrações permanentes que traçam, em forma de arte, o perfil da cultura do estado. O sucesso do centro cultural foi tanto que durante um ano o museu recebeu a visita de mais de 90 mil pessoas sendo eleito Atração do Ano de 2013 pelo Guia Brasil da revista Quatro Rodas.

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Vida compacta, mas com muito estilo

Arquiteto canadense investe em projeto de apartamentos com pouco espaço e muita criatividade em nome de uma “vida simples e mais feliz”

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Quanto maior a sua casa, melhor você pode aproveitar a decoração, certo? Errado! A correria das grandes cidades exige a praticidade de pequenos espaços e foi pensando nela que construtoras estão cada vez mais investindo em apartamentos compactos.

O conceito não é novo, cidades e países com grandes populações espalhadas em pequenos territórios já inventaram diversas maneiras de aproveitarem melhor seus espaços. Em cidades como Tóquio e Paris, espaço é um luxo que nem todos podem bancar, mas agora arquitetos e decoradores estão trabalhando com esse conceito e mostrando que além de prático e barato, morar em pequenos apartamentos pode ser também charmoso.

O arquiteto e ambientalista canadense Graham Hill criou há pouco mais de um ano o projeto LifeEdited. A vida editada de Graham Hill tem o objetivo de desenvolver diversas soluções para o aproveitamento de espaço em apartamentos que variam entre 20 m² e 40 m² e o faz com o lema Uma vida simples é mais feliz. Segundo Hill quando o lugar em que você mora é menor, você usa menos o aquecedor, tem menos espaço para limpar e gasta menos. É a vida perfeita para um solteiro, um executivo ou um ambientalista – como o arquiteto.

“Por um tempo, morei em várias cidades, sempre em locais pequenos e sempre levando minhas coisas em apenas duas malas. Isso me fez pensar sobre quanto de espaço e coisas eu realmente precisava. Percebi que a vida tem mais a ver com experiências, flexibilidade e tempo”, contou Hill durante uma entrevista para o site da UOL. O arquiteto que morou em uma casa de 300 m² viajou o mundo vivendo em lugares menores até descobrir que não é necessário um grande espaço para ser feliz.

Hill inaugurou o LifeEdited projetando seu próprio apartamento, um imóvel de 39 m² em Nova York. Ele desenhou diversas soluções para aproveitamento de espaço, e conseguiu. Durante o dia ele pode montar uma mesa e receber até 12 pessoas para almoçar e à noite, a mesa é escondida e dá lugar a uma cama de casal.

Em Tóquio, alguns projetos são ainda mais sofisticados. Paredes que mudam de lugar, ambientes que se transformam, tudo em nome da praticidade com bom gosto. Embora o Brasil seja um país com espaço de sobra, o conceito tem chegado com força nas grandes metrópoles. São Paulo está investindo em ambientes pequenos para atrair estudantes e executivos. Com uma bela decoração e um bom aproveitamento de espaço podemos encontrar a felicidade em 30 m².

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“Projeto Seringueira”: um pouco de arte para a madeira da borracha

Cinco designers de peso, em parceria com a madeireira Madeibor, criaram o Projeto Seringueira para produzirem peças de mobiliário com matéria prima inédita no Brasil

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Foi com o conceito do “Projeto Seringueira” que as mentes criativas de Paulo Alves, Fernando Jaeger, Zanini de Zanine, André Cruz e dos irmãos Sergio Fahrer e Jack Fahrer pretendem explorar todo o potencial da madeira da seringueira cultivada, uma das árvores nativas mais importantes da história do nosso país. Com o projeto, os designers pretendem criar seis peças assinadas com a utilização da madeira que serão apresentadas para os lojistas entre os dias 12 e 15 de fevereiro na Marcenaria São Paulo.

Fomentadores do uso ecologicamente correto de materiais orgânicos, Sérgio e Jack Fahrer fazem parte de um grupo de designers que na década de 1990 trabalhou difundindo o selo do FSC (Forest Stewardship Council) no Brasil, que certifica toda cadeia de custódia de extração e comercialização da madeira. “O intuito deste projeto é promover o uso da seringueira, estimulando o reaproveitamento desta espécie de árvore e evitando o desmatamento e extinção de outras espécies ameaçadas”, revelam.

De origem amazônica, a árvore seringueira é usada para a produção de látex e borracha em ciclos de vida que podem durar até 35 anos. Quando seu ciclo chega ao fim, as seringueiras são cortadas para darem espaço a novas mudas. Ou seja, de um produto florestal estabelecido como não madeireiro, onde o objetivo principal é a extração do látex, nasce uma nova fonte de madeira que, além de linda, é ecologicamente sustentável.

Cada designer deu seu toque pessoal à madeira, Paulo Alves, à frente do projeto, explica que por se tratar de uma nova opção de madeira para mobiliário, decidiu trabalhar com o material bruto. “Gosto de explorar o material de várias maneiras para descobrir suas possibilidades”, relata. O resultado dessa exploração é uma namoradeira onde “é possível ver um pedaço da tora em seu estado bruto somente tirando a casca e aproveitando a própria superfície macia do tronco. Nas extremidades da peça é possível ver todos os anéis de crescimento da árvore, sendo que cada um corresponde ao ciclo de um ano que ela passou plantada”, explica Alves.

André Cruz, por outro lado, optou trabalhar com a mistura de materiais. “Usei o concreto, pois vi similaridade com o processo de extração do látex que é líquido ao ser extraído e depois se torna sólido através de diversos processos. Esse material também é inicialmente uma massa líquida, que pode se transformar no shape que quiser”, conta.

O mercado de mobiliário confeccionado com esta madeira já foi estabelecido, há mais de 20 anos, em países asiáticos como a Tailândia, Malásia, Indonésia e Vietnã, tradicionais produtores de borracha natural com imensas áreas dedicadas ao cultivo de seringueira. As árvores chegaram ao continente por meio de sementes recolhidas pelos Ingleses, na Amazônia, ainda no século XIX, e levadas para a Ásia em uma época em que o Brasil era o único produtor de borracha do mundo.

Esse deslocamento fez com que a cultura da seringueira perdesse espaço no Brasil. “Hoje ainda importamos a borracha natural porque temos uma produção muito abaixo do que consumimos. Uma ironia para um país que detinha a produção total do látex”, afirma Fernando Genova idealizador do projeto e presidente da Madeibor, madeireira especializada no plantio e extração da seringueira.

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