Poltrona Infinito / Lia Siqueira

ETEL produz peças de Lia Siqueira, como a recém criada poltrona Infinito

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Desde setembro do ano passado a arquiteta Lia Siqueira passou a integrar o time de talentosos designers moveleiros reeditados pela ETEL. Segundo a marca, Lia “influenciada pela sua relação intimista com a madeira e com o design de mobiliário, desenhou itens que celebram a cumplicidade entre os amigos, homenageando grandes mestres da marchetaria”. E completou dizendo que as peças da arquiteta “enaltecem o cerne da vida e brindam a infinitude da nossa existência”.

E por falar em infinitude, uma das peças que entrou a coleção ETEL foi a Poltrona Infinito. Sem começo nem fim, a poltrona foi inspirada no símbolo matemático do infinito e executada em cedro, freijó, imbuia ou sucupira.

Lia Siqueira é formada em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Santa Úrsula no Rio de Janeiro. Morou na Europa até 1986, quando atuou no escritório alemão Weildling, Kettner & Dr. Werner e de volta ao Brasil, abriu a AZUL Arquitetura & Design. Muito premiada por seu trabalho, os móveis de Lia estão expostos na Etel Marcenaria, São Paulo e na Espasso, New York.

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Brasileiro ganha o Pulitzer por fotografias de refugiados

O fotógrafo brasileiro Maurício Lima ganhou nesta tarde o prêmio Pulitzer de fotografia noticiosa por seu trabalho com refugiados sírios

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Uma imagem é capaz de contar história, gerar emoção e noticiar o mundo. Foi assim que as imagens fotografadas pelo brasileiro Maurício Lima, com outros três colegas, para o periódico americano The New York Times foram premiadas com o Pulitzer na categoria Breaking News Photografy (fotografia noticiosa).

O Prêmio Pulitzer, um dos mais prestigiosos do jornalismo e da literatura, anunciou nesta segunda-feira (18) os ganhadores da edição de 2016. O anúncio foi feito durante uma cerimônia na Universidade de Columbia, em Nova York. Entre os premiados estão as fotografias do brasileiro por sua cobertura sobre a crise dos refugiados da Síria.

Maurício Lima é um fotógrafo premiado. Em 2015 foi um dos finalistas do mesmo prêmio que conquistou hoje. Formado pela PUC de São Paulo em Comunicação Social com ênfase em História da Arte e Fotografia, Maurício acabou se especializando em documentar questões sociais e conflitos bélicos.

O fotógrafo já realizou trabalhos em países como Afeganistão, Iraque, Israel, Líbia e regiões palestinas. Suas fotografias têm sido publicadas nos principais veículos editoriais do mundo, como Time, The New York Times Magazine, Der Spiegel, Paris Match, Le Monde, entre outros, e entidades como ONU, Unicef e Unidir.

Seu trabalho lhe rendeu o título de um dos 10 melhores fotógrafos do mundo concedido pela revista Time. As fotografias de Lima fizeram com que o fotógrafo utilize sua câmera para iluminar as pessoas esquecidas pela sociedade.

A dor da guerra, a dificuldade da fuga e a xenofobia da chegada são os enfoques dados pelo fotógrafo para as fotos premiadas hoje. O prêmio foi compartilhado com a equipe da agência Thomson Reuters, contemplado pelo trabalho sobre o mesmo tema.

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Fotos: Mauricio Lima/The New York Times

Brazil S/A realiza sua 7ª edição durante o Salão do Móvel de Milão 2016

Com o tema ‘Brasilidade para todos’ um time de 40 designers nacionais leva a Milão o que o Brasil faz de melhor

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O Brasil para o mundo ou “Brasilidade para todos”. É assim que a Brazil S/A abre suas portas em mais uma edição no Fuori Salone 2016. Este ano o evento completa sete edições como parte das atrações que ocorrem durante a Design Week de Milão.

“Para nós é importante mostrar o que o Brasil tem e o que nós podemos fazer para colaborar com o design mundial”, afirmou José Roberto Moreira do Valle, fundador do Brazil S/A, durante a abertura do evento em 2015. E o Brasil tem muito o que mostrar, já que a nossa delegação é a 3ª maior em número de visitantes durante a Design Week.

O Salão do Móvel de Milão é uma feira composta de vários eventos paralelos que acontecem nos showrooms das marcas, espaços temporários no centro e nos galpões da Tortona e Lambrate e o Brazil S/A é um deles. O evento Brazil S/A é um espaço de exposição e relacionamento entre empresas e profissionais dos setores de inovação e design, além de arquitetura, decoração e artesanato.
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A Brazil S/A acompanha o Fuori Salone até o dia 17 de abril na Università Degli Studi di Milano (Universidade de Milão) em uma área exclusiva de 600 m². Com o tema “Brasilidade para todos”, nossos designers contam ao mundo o que é o Brasil por meio de suas criações. “Queremos focar a apresentação dos produtos como uma janela aberta para o mundo brasileiro, proporcionando assim, não apenas o acesso e exposição do design, mas também da nossa cultura”, explicou José Roberto Moreira do Valle.

Para abrir a janela do Brasil para o mundo, um time de 40 profissionais brasileiros, entre designers e arquitetos integram a exposição 100% nacional. Nesta edição, a LinBrasil expões peças do consagrado Sérgio Rodrigues, pois quando o tema é brasilidade o mestre não poderia faltar.

 

A Lot Of Brasil Milão 2016

A marca brasileira vai para a sua terceira edição no Salão do Móvel de Milão 2016

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A Indústria Brasileira, que produz com alta tecnologia peças assinadas pelos maiores nomes do design nacional, partiu para a sua terceira participação na mais importante semana do design mundial. A Lot Of Brasil está representando bem nossos designers em um estande no Salão do Móvel de Milão 2016.

Este ano, A Lot of Brasil apresentada coleções dos Irmãos Campana e do designer Pedro Paulo Franco, que é diretor de A Lot of Brasil e membro do júri do Salone Satellite deste ano. Dos Irmãos Campana, a empresa leva nossa já conhecida coleção Estrela.

Pedro Paulo Franco representa o design brasileiro com as cadeiras Esqueleto e Jacaré, a poltrona Kaos e o irreverente sofá Underconstruction.  A desconstrução do sofá Underconstruction foi lançada originalmente no Salão de 2010 e volta esse ano para apresentar novas versões da peça.

A cadeira Esqueleto é apresentada pela primeira vez este ano e resume o que a criatividade do design nacional é capaz de fazer. A cadeira foi inspirada em cabides de roupas e no esqueleto do corpo humano. Junto com A Lot Of Brasil, outras marcas brasileiras estão fazendo bonito em Milão. Aguarde que o Blog AZ continua de olho no Salão do Móvel de Milão.

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Milão 2016: harmonia rebelde

A marca holandesa Moooi lança 22 novas peças durante o Salão do Móvel de Milão com o tema harmonia rebelde

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A Design Week mais importante do ano chegou hoje em seu segundo dia e o Blog AZ continua mostrando para o Brasil o que acontece em Milão. Nesta quarta-feira, o centro das atenções é a marca holandesa Moooi.

A holandesa criada em 2001 por Marcel Wanders e Casper Vissers adora surpreender e este ano não poderia fazer diferente. Com o tema Rebelious Harmony (harmonia rebelde), a Moooi trouxe sua nova coleção para a cidade do design com pitadas paradoxais de delicadeza e ousadia – não poderia ser diferente diante do nome dado à coleção.

A marca espalhou suas 22 novas criações em tendas cheias de personalidade, ocupando um espaço de cerca de 1.700 m² em um universo de pura sofisticação. Chegando em seu quarto ano de participação na Semana de Design de Milão, a Moooi embarcou para a capital do design com um tema que rico em possibilidades.

“O tema um tanto paradoxal deste ano, da harmonia rebelde, foi escolhido em perfeita em sintonia com as nossas próprias crenças fundamentais. No Moooi, nós nos esforçamos para abraçar a polaridade entre criatividade e negócios, entre o caos e a ordem”. Explicou Robin Bevers, CEO da empresa. O criativo Marcel Wanders não poderia deixar de destacar o estilo nada comum da marca. “Todas as pessoas são diferentes, mas alguns são mais diferentes do que outros”.

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Beleza plástica agora para crianças

Salão do Móvel de Milão: Kartell lança sua primeira coleção infantil durante a Design Week 2016

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O Salão do Móvel de Milão começou cheio de novidades que podem ser vistas nos quatro cantos da cidade. Um nome forte no mobiliário e com presença sempre marcante na feira aproveita a ocasião para lançar sua primeira linha infantil da história. A Kartell transcende o mobiliário e cria peças que são também brinquedos.

Tudo no plástico e, como de costume da marca, elaborado na mais alta tecnologia, a Kartell Kids apresenta peças feitas em tamanho mirim, bem como móveis que podem ser usados para as brincadeiras de criança. A frente deste projeto estão Philippe Starck, Piero Lissoni, Nendo e Ferruccio Laviani.

“Nossos produtos mantêm a funcionalidade e são intrinsecamente divertidos, lúdicos e atraentes” – Claudio Luti, presidente da Kartell.

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Os designers se uniram para criar a nova linha formada pelo carro Discovolante e o trator Testacalda de Piero Lissoni, os balanços de Philippe Starck, o cavalo de balanço e os bancos Sorriso de Nendo e as mesas Clip Clap por Ferruccio Laviani. A coleção também reedição na versão mirim sucessos da marca, como a Louise Ghost.

“Eu queria fazer algo que fosse como um brinquedo, mas que fizesse sentido em termos de decoração e estrutura”, explicou o designer Nendo. O diferencial da linha foi a capacidades dos designers de poder brincar com suas criações. “Isto é o principal neste projeto, desenhar as peças de forma divertida e todos curtirem aquilo que está sendo feito”, concluiu.

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Frida Kahlo: a conexão entre a mulher e a pintora

Com uma vida cheia de percalços, Frida Kahlo destacou seu nome no mundo artístico

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“Pensavam que eu era uma surrealista, mas eu não era. Nunca pintei sonhos. Pintava a minha própria realidade”. Frida kahlo não teve uma vida fácil, mas conseguiu associar seu nome à força de uma mulher a frente de seu tempo.

Filha de pai alemão com mãe mexicana, Magdalena Carmen Frieda kahlo y Calderón nasceu em 6 de julho de 1907 na cidade mexicana de Coyacán – atual distrito da grande Cidade do México.

Em sua biografia de 47 anos de vida, coleciona dois conturbados casamentos com o mesmo homem, Diego Rivera, um romance com Leon Trotsky, uma grave doença na infância, um sério acidente de trem na adolescência e, principalmente, uma brilhante carreira como pintora.

Frida kahlo não começou a pitar nova. Seu pai usava a arte como passatempo e seu marido, Diego Rivera, era pintor. Após sofrer um grave acidente de trem, kahlo passou por 35 cirurgias e usou o tempo de repouso para criar. Então estudante de medicina, a artista acabou abandonando a ideia de virar médica.

 “O infortúnio não assumiu o caráter de tragédia: eu sentia que tinha energias suficientes para fazer qualquer coisa em vez de estudar para virar médica. E, sem prestar muita atenção, comecei a pintar.”

Assim como suas pinturas, Frida kahlo tinha um estilo cheio de cor e de vida ao se vestir. Ricas em elementos florais, as roupas da artista viraram tendência, mas eram, na realidade, uma forma de esconder suas deficiências provocadas pelo acidente e pela doença. Frida contraiu poliomielite na infância que deixou sequelas em seu pé esquerdo – que acabou sendo amputado quatro anos antes da prematura morte da artista.

Já o seu trabalho artístico foi associado ao surrealismo. Frida dizia que não imaginava nenhum de seus traços, que apenas representava a sua vida. Ela gostava de tudo o que era verdadeiramente mexicano e esta paixão acabou marcando sua criação. Frida usou tintas fortes para estampar em suas telas, na maioria autorretratos, uma vida tumultuada por dores físicas e dramas emocionais.

Frida Kahlo: Conexões entre mulheres surrealistas no México

Idealizada e coordenada pelo Instituto Tomie Ohtake, de São Paulo, a exposição a exposição Frida Kahlo: Conexões entre mulheres surrealistas no México chega em Brasília neste mês de abril. A CAIXA Cultural Brasília apresenta, de 13 de abril a 5 de junho, a exposição que reúne 30 obras da artista Mexicana e cerca de 100 obras de outras 14 artistas mulheres nascidas ou radicadas no México. Com entrada franca, a mostra que já passou por São Paulo e pelo Rio de Janeiro apresenta um amplo panorama do pensamento plástico e o imaginário da artista. Quem passar por Brasília, não deixe de conferir.

Árvore da Esperança, Mantem-te Firme!, 1946

Contagem regressiva para o Salão do Móvel e Milão 2016

Entre os dias 12 e 17 de abril, Milão abre suas portas para a mais importante semana de design do mundo

Chegou a hora de ficarmos todos de olho em Milão. Entre os dias 12 e 17 de abril a cidade italiana abre suas portas para a mais importante semana de design do mundo: o Salão do Móvel de Milão 2016. Falar o que acontece na feira não é fácil – para quem está perto ou longe – já que toda a cidade entra no clima da exposição e eventos acontecem a todo o momento e em toda esquina.

A cidade passa a ser anfitriã, a partir de  terça-feira (12), de uma série de eventos que são realizados em paralelo com o Salão do Móvel de Milão, então quem está de passagem marcada para a Itália, saiba que a visita não ficará restrita ao pavilhão da feira – prepare-se para andar.

Este ano a feira completa 55 edições de um evento dedicado exclusivamente ao conceito de morar, aos clássicos do mobiliário e as novidades da arquitetura. Em 2016, o Salão de Milão acontece em um espaço de 207.000 m² de exposição e conta com 2.310 expositores (30% deles de empresas estrangeiras), reafirmando sua posição como o principal fórum de ideias, criatividade, inovação e tecnologia para as empresas e amantes do design.

A ideia do Salão e o de possibilitar um grande intercâmbio cultural e de negócios. Apenas em 2016, 70% dos operadores da Mostra são provenientes de mais de 160 países. “A 55ª edição será um grande atrativo internacional. Internacionalização e inovação são os principais impulsionadores do evento”, explicou o presidente Roberto Snaidero.

O evento principal do Design Week, o Salone Internazionale del Mobile, contará com mais de 1.300 expositores ao longo de mais de 150.000 metros quadrados, divididos em duas categorias: clássico e Design. Além do evento principal, outras exposições acontecem na cidade: EuroCucina (120 expositores), FTK (Technology For the Kitchen), The International Bathroom Exhibition (200 expositores), SaloneSatellite.

A equipe AZ já desembarcou na Itália para conferir de perto a exposição. Ao longo da Design Week o Blog AZ e o Instragram AZ Decor estarão ligados no mais importante evento de design e decoração do ano. Aguardem…

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Fotos: divulgação

 

SP-ARTE começa amanha

Entre os dias 7 e 10 de abril o Pavilhão da Bienal recebe a 12ª edição da SP-Arte

Sonia Gomes - Mendes Wood DM

A uma semana da semana de design mais importante do mundo – o Salão do Móvel de Milão – o cenário artístico de São Paulo começa a se aquecer. É que por aqui começa a SP-Arte com uma rica programação cultural que tem início amanha (7) e segue até o dia 10 de abril no Pavilhão Ciccillo Matarazzo do Parque Ibirapuera.

Em 2016 a SP-Arte chega a sua 12ª edição com 122 galerias de arte nacionais e internacionais. São importantes nomes como a David Zwirner, Michael Werner e Gagosian (Estados Unidos), White Cube e Lisson (Inglaterra), Continua e Cardi (Itália), Kurimanzutto (México) e neugerriemschneider (Alemanha), além das brasileiras Dan, Luisa Strina, Mendes Wood DM, Fortes Vilaça, Nara Roesler e Luciana Brito.

Além das galerias, a feira conta com a mostra Setor Solo de artistas individuais e a Open Plan, que este ano apresenta obras inéditas comissionadas especialmente para a Feira. Esta edição volta também com o projeto Performances voltado especialmente para investigar o papel do corpo na arte contemporânea. Sob coordenação do Centro Universitário Belas Artes, o projeto conta com performers escolhidos por meio de uma seleção aberta ao público.

Luminária Maneco Quindere

Design

O design terá espaço exclusivo na 12ª edição da feira internacional de arte de São Paulo. O endereço é o terceiro andar do Pavilhão da Bienal, inteiramente dedicado ao autoral brasileiro. Marcas como ETEL e nomes como Zanini de Zanine, Jacqueline Terpins, Carlos Motta e Zanine Caldas terão destaque na mostra.

O novo setor, que abrangerá desde as primeiras peças criadas no Brasil até o moderno design brasileiro, delineará a história do mobiliário nacional. “Queremos mostrar o bom design brasileiro para todos. É para apreciadores, para quem quer conhecer mais, e também para o público internacional”, explica Fernanda Feitosa, fundadora e diretora da SP-Arte.

Durante a mostra, haverá a apresentação de coleções especiais, como a inédita de Claudia Moreira Salles para a ETEL, a Cangaço, assinada pelos irmãos Campana, além de peças especiais de Carlos Motta em homenagem aos seus 40 anos de carreira. Zanini de Zanine apresenta ainda a edição especial do Banco 15, em homenagem aos 15 anos de falecimento de seu pai, Zanine Caldas.

O design modernista das décadas de 1950 e 1960 não foi esquecido. A Feira dá grande destaque para este importante período criativo em que o mobiliário brasileiro se fixou na memória internacional. Peças originais e reeditadas, incluindo algumas raras, de Sergio Rodrigues, Oscar Niemeyer, Jorge Zalszupin, o português Joaquim Tenreiro e a italiana Lina Bo Bardi estarão expostas.

Complementando a programação e com um foco no futuro, o Centro Universitário Belas Artes de São Paulo, que lançou sua primeira graduação em Design em 1984, exibirá em seu espaço trabalhos de destaque de alguns dos seus melhores alunos, especialmente selecionados para a Feira.

Sonia Dias de Souza - Room 8 Liam Porisse - Galeria Rabieh Geórgia Kyriakakis - Galeria Raquel Arnaud

 

Fotos: SP-Arte/ Divulgação 

Piet Mondrian e o movimento De Stijl

Mondrian e o movimento De Stijl influenciaram o design e a arquitetura atual

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Para quem é tão apaixonado por minimalismo, o Blog AZ não poderia deixar de comentar a exposição Mondrian e o movimento De Stijl que ficou em cartaz no CCBB de São Paulo até o início deste mês de abril. Para os que ainda não associaram o nome ao movimento, Piet Mondrian e o De Stijl foram os precursores do minimalismo na primeira década do século 20.

Embora o movimento De Stijl esteja associado principalmente ao abstracionismo neoplástico, ele foi o pai do minimalismo – muito aplicado no design moveleiro atual. O neoplasticismo foi um termo criado por Piet Mondrian para dar nome ao novo modelo artístico que unia todas as artes. Suas principais características eram o uso predominante de linhas retas, formas geométricas e cores primárias; algo simples que acabou por gestar a filosofia minimalista do less is more.

Piet Mondrian foi um artista holandês classificado como modernista. Ele, entretanto, não ligava seu nome a nenhum movimento vanguardista específico. Mondrian foi cubista, neoplasticista, pos-impressionista, precursor do neoplasticismo e dizia que sua arte transcendia as divisões culturais.

A bem da verdade, o artista atravessou por todos os movimentos artísticos que efervesceram o continente Europeu no início do século passado. Mas além das pinturas vivas (ao estilo Van Gogh) e o cubismo de seus coloridos retângulos, seu nome ficou mesmo conhecido após a agitação provocada pela revista De Stijl – O Estilo (1917-1928) e o surgimento de uma nova forma de se fazer arte e design que veio depois dela.

A revista De Stijl surgiu quase que exclusivamente para divulgar o neoplasticismo e por esta razão seu nome é normalmente confundido com o nome do movimento. Além de Mondrian, a revista contou com outros colaboradores, como Doesburg e Gerrit Rietvield. Mondrian contribuiu com o De Stijl por meio da propagação da arte feita com cores primárias. O vermelho vivo, o amarelo berrante ou o azul de giz de criança estavam presentes em seus retângulos coloridos.

O movimento contribuiu imensamente com a arquitetura produzida desde então. A revista foi criada por um grupo de artistas, que incluiu designers e arquitetos, para defender a união de todas as artes e do estilo neoplasticista. Na arquitetura, essa aliança foi a responsável por trazer justamente as cores primárias de Mondrian para dentro das casas. Os princípios do movimento acabaram por quebrar com a convencional estrutura arquitetônica da época. Os projetos privilegiaram espaços abertos, a luminosidade e a funcionalidade – algo comum hoje graças ao De Stijl.

No design, o nome de destaque foi o de Gerrit Rietvield. Criador da cadeira Vermelha Azul, de Gerrit Rietveld levou o movimento De Stijl para a arquitetura e criou diversos móveis seguindo os princípios do neoplasticismo.

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Mostra

A exposição ficou em cartaz no Centro Cultural Branco do Brasil (CCBB) da capital paulista com 70 obras de Piet Mondrian, que narraram sua história desde os primeiros passos vanguardistas do artista, passando pele embarque do holandês no movimento De Stijl. Além de suas obras, a mostra trouxe peças de mobiliário criadas por Gerrit Rietvield.

A maior parte do acervo veio do Museu Municipal de Haia, na Holanda, que reúne a maior coleção mundial de obras de Mondrian com pinturas, desenhos de arquitetura, mobiliário e fotografias.

 

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As pinturas de Piet Mondrian e sua versatilidade. Seus quadros parecem pertencer a artistas diferentes, diante da distância estre os estilos aplicados em casa uma de suas pinturas.

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Os móveis do também holandês Gerrit Rietveld, saídos do movimento De Stijl. Seu apego às linhas retas e cores primárias revela sua forte relação com o neoplasticismo de Piet Mondrian.

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Fotos: Cileide Alves