Design é meu mundo: Desafio Mocho

Banco Mocho/ Sérgio Rodrigues

Banco Mocho de Matt Peuler

Banco Mocho de Matt Peuler

Com o frescor de seus 60 anos, o Banco Mocho é mais um exemplo do trabalho de Sérgio Rodrigues que ultrapassa gerações. A peça é simples e elegante, como tudo criado pelo mestre do design brasileiro.

Mocho é uma interpretação do banco popular usado na ordenha de vacas e cabe em todos os cantos de uma casa. Para homenagear esta belíssima peça, o Armazém da Decoração lançou em seu instagram @azdecor o Desafio Mocho para mostrar as várias possibilidades que o banco de Sérgio Rodrigues é capaz de proporcionar. Confiram:

Banco Mocho de Rafael Chaves

Banco Mocho por Rafael Chaves

 

Banco Mocho de Rafael Chaves

Banco Mocho por Rafael Chaves

Banco Mocho de Naldo Mundim e Franco Loutero

Banco Mocho por Naldo Mundim e Franco Loutero

Banco Mocho de Karen Feldman

Banco Mocho por Karen Feldman

Banco Mocho de Fabio Cherman

Banco Mocho por Fabio Cherman

Banco Mocho por Andréia Rocha Lima

Banco Mocho por Andréia Rocha Lima

Dismaland: a Disneylândia distópica de Banksy

O sombrio parque de diversões de Banksy

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“São proibidas facas e tintas de spray”, explica o Mickey horripilante na entrada da “Nova atração mais decepcionante do Reino Unido” – segundo explica seu próprio slogan. Estamos no caminho de entrada para a nova atração de Banksy. A crise de imigrantes na Europa, a degradação do meio-ambiente e a corrida pelo lucro a todo custo substituíram as princesas e as montanhas russas neste parque de diversões às avessas.

O Blog AZ adora se aventurar pelo incompreendido, polêmico e encantador mundo da arte de rua, mas é o anônimo mais conhecido do movimento underground do street art que gosta de mergulhar o público em sua arte cheia de significados. Banksy, o misterioso famigerado artista britânico, inaugurou este mês seu mais novo trabalho: a Dismaland.

Ao som melancólico de uma ininterrupta trilha sonora cantada por um balão de hélio que sussurra “Eu sou um imbecil”, os visitantes são convidados a se divertir no parque distópico criado por Banksy – uma versão subversiva da Disneylândia. O projeto do artista é mais uma de obra que veio para incomodar.

A exposição foi inaugurada no final deste mês em Weston-super-Mare, litoral oeste da Inglaterra, e já recebe mais de 4 mil pessoas por dia. O grotesco parque de diversões de Banksy critica o capitalismo da sociedade contemporânea tendo como alvo o maior clichê capitalista norte-americano.

O artista brincou com o nome “Dismal” (que significa sombrio em português) para fazer um trocadilho remetendo ao nome do parque das princesas e dos contos de fadas norte-americanos.

Nas atrações, o parque inclui um passeio de barco de imigrantes ilegais e a brincadeira consiste em pilotar a patrulha que persegue e atira nas pessoas que viajam na embarcação. Qualquer semelhança com a realidade vivida pelos imigrantes europeus não é mera coincidência.

Um banco dentro do parque oferece empréstimos a juros de 5.000%… Está bom de realidade? Segundo informou um porta-voz do misterioso artista, o parque é um tipo diferente de passeio em família. “O conto de fadas acabou”, explicou ele.

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A vertente experimental da arquitetura escandinava

A vertente experimental da arquitetura escandinava da Reiulf Ramstad Architects

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A arquitetura é um terreno fértil para a experimentação e aqueles que têm coragem suficiente para ousar nunca passam despercebidos. Nesta linha, a criação ousada de uma arquitetura simples e de conceito forte do escritório Reiulf Ramstad Architects vem sem aproveitando da bela paisagem da Noruega para levantar edificações com uma abordagem bastante conceitual.

O trabalho da Reiulf Ramstad Architects despertou o interesse dos profissionais da área e o escritório já levou para casa uma dezena de prêmios ao longo da carreira. A receita do sucesso é deixar os traços saírem livres no papel, mas sem de despir completamente da forte ligação ao contexto escandinavo da arquitetura.

No design, os escandinavos não pararam de atrair fãs. Primeiro, que o clima nada tropical do trópico norte possibilitou com que os escandinavos dessem mais atenção para o interior de suas construções. Os nórdicos passaram então, principalmente a partir do início do século XX, a criar de projetos de forma integrada conhecidos como Gesamtkunstwerk – uma obra de arte total.

Segundo que a arquitetura escandinava representa um campo extenso de manifestações e linguagens bastante ideológicas – e a ideologia é marcante no trabalho da Reiulf Ramstad Architects. Sua arquitetura equilibra uma vertente experimental muito acentuada e cada um de seus trabalhos levanta juntamente com a estrutura um novo conceito de construção. Cada novo projeto é uma oportunidade para afirmar um novo conceito.

Sem título Jardim de infância de Oslo Igreja Knarvik

Design é Meu Mundo: Cadeiras Rio

Cadeiras Rio de Carlos Motta para a Butzke

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A paixão de Carlos Motta pela marcenaria uniu seu trabalho ao da Butzke, mas a preocupação tanto do designer quanto da marca pela responsabilidade ambiental fez dessa aliança um encontro de vidas. “A Butzke e eu nos pautamos em uma responsabilidade social e ambiental e, para mim, essa duas responsabilidades são os primeiros pré-requisitos para um bom design”, explicou Motta em entrevista para o Blog AZ.

Desse encontro, o mundo do design acabou ganhando algumas joias do mobiliário nacional. Em 2011 foi a vez da Cadeira Rio. A Butzke lançou com Carlos Motta uma peça inspirada na geografia da capital fluminense que exibe linhas simples e marcantes. Carlos Motta, que é um surfista apaixonado pela natureza, acerou na escolha da cidade maravilhosa como inspiração.

“Ter o Rio de Janeiro como inspiração, lembrar sua doçura, sua beleza, o cheiro da maresia, as construções coloniais e a alegria do carioca, foram a minha fonte para criar esta cadeira leve, atual e moderna”, explicou o designer.

Rio foi revestida com PET reciclado e está disponível nas versões bege, prata, amarelo, vermelho, verde, azul e preto. Há ainda uma opção toda em madeira – eucalipto certificado, claro.

Mais do que apenas grafite

O mundo da arte incompreendida ganhou espaço nos muros da cidade e na parede das galerias. Alguns nomes começaram a se destacar e diferenciar o bom grafite dos simples traços que se desprenderam do universo […]

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O mundo da arte incompreendida ganhou espaço nos muros da cidade e na parede das galerias. Alguns nomes começaram a se destacar e diferenciar o bom grafite dos simples traços que se desprenderam do universo artístico – ainda que seja um terreno muito perigoso diferenciar a arte boa da ruim.

Entre esses nomes, temos Erni Vales. O artista se disse encantado pelo grafite, já que é uma forma de arte que nos cerca em todos os cantos da cidade. Com a formação técnica educacional recebida na High School of Art and Design, em Nova York, Erni Vales teve contado com o pop art, as cores e o Hip Hop.

Foi a partir de então que seu trabalho começou a aparecer no coração da Big Apple. Erni passou a pintar vagões de metrô na década de 1980 na cidade de Nova York enquanto criava, simultaneamente, peças sobre tela. Foi nesse período que fez sua primeira aparição com a Graffiti Productions Inc., uma das primeiras galerias a apresentar o autêntico trabalho de grafite na época.

Suas obras não ficaram adstritas apenas à pintura. Vales realizou trabalhos com vídeo e fotografia. No grafite, fez nome e chamou atenção de outros artistas após desenvolver um estilo bem particular e introduzir o 3D e os murais coloridos no design de produção criativa.

Atualmente, seu ultimo trabalho tem chamado a atenção.  Erni Vales com a EVL Productions Inc., sua empresa, abriu agora galeria própria em Miami, onde Erni embarcou em uma viagem incomum. Seu objetivo foi produzir 13 séries de pintura em 13 meses. Cada mês, ele lançou uma coleção completa de peças e seu trabalho foi parar Art Basel Miami.

Copan e suas histórias

Marco histórico da capital paulista tem muitas histórias para contar e o Blog AZ vai narrar algumas

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Entre cada tijolo não cabe apenas o cimento, mas algumas histórias pra contar. O edifício Copan coleciona uma centena delas. A construção foi levantada seguindo o projeto de Oscar Niemyer e acabou se tornando um marco histórico da capital paulista.

A construção foi iniciada em 1952, mas a falência da investidora Roxo Loureiro S.A e a quebra do Banco Nacional Imobiliário interromperam o andamento da obra. Em 1957, o Bradesco comprou os direitos da construção e conseguiu concluir o alicerce do prédio em 1967.

O edifício Copan foi um projeto da Companhia Pan-Americana de Hotéis e Turismo por ocasião das comemorações do IV Centenário da cidade de São Paulo. O projeto original compreendia em um edifício residencial de 30 andares e outro que abrigaria um hotel com 600 apartamentos. Os prédios seriam ligados por uma marquise no térreo com cinema, teatro e comercio.  Entretanto, no final, apenas o edifício residencial foi construído.
Foto do edifício Copan, em São Paulo, de Oscar Niemeyer

O resultado final da geometria sinuosa acabou por não agradar seu projetista. Niemeyer relacionou a obra em sua autobiografia, mas nunca escondeu insatisfação quanto ao resultado final que não seguiu o projeto piloto desenvolvido por ele. Com a não construção da torre do hotel, a ideia original da Companhia Pan-Americana de Hotéis e Turismo de construir um edifício que explorasse o setor turístico da cidade perdeu o sentido e o setor imobiliário se aproveitou da situação.

Durante as décadas de 1950, 1960 e 1970 o edifício se tornou a imagem da “São Paulo moderna”, mas chamou atenção mesmo pelos números suntuosos: o edifício tem 115 metros de altura, 35 andares incluindo três comerciais, além de dois subsolos, e cerca de dois mil residentes. É considerada a maior estrutura de concreto armado do Brasil e seus 1160 apartamentos distribuídos em seis blocos ganharam o título de maior edifício residencial da América Latina.

Em 1994 a escritora Regina Rheda lançou o livro de contos Arca sem Noé – Histórias do Edifício Copan, ganhador do prémio Jabuti. O edifício Copan faz parte da história e da vida de São Paulo e o Blog AZ vai contar algumas dessas histórias.

Promoção varandAZ

Hoje o Armazém da Decoração apertou start no verão 2016 com promoção especial pensada para repaginar sua varanda

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Muita cor, muito sol e muito céu aberto. Goiânia é uma cidade que vivencia o verão quase que o ano todo, então temos um terreno muito fértil para que nossos designers e arquitetos criem e experimentem nos espaços externos.

Utilizamos a palavra experimentar de proposito, porque a varanda é um ambiente onde tudo é permitido. Mistura de cores e plantas ou de móveis in e out podem definir a identidade de um espaço, bem como de quem passa seus dias nele.

Foi pensando nesse espaço tão valorizado dentro de uma casa ou mesmo um apartamento é que o Armazém da Decoração começou a promoção VarandAZ. Nossos produtos voltados para a área externa como espreguiçadeiras, sofás, mesas e cadeiras estão com 10% de desconto em até 10 vezes… porque varanda é nosso mundo!!

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Design é meu mundo: Maneco Quinderé e Paulo Alves

Paulo Alves se uniu ao light designer Maneco Quinderé para criar uma linha de luminárias bem ao estilo brasileiro

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A iluminação faz parte do cenário cultural tanto quanto qualquer outra forma artística, no design moveleiro não seria diferente. Durante a Design Weekend, que aconteceu entre os dias 12 e 16 de agosto em São Paulo, dois feras da arte se uniram para mostrar ao Brasil o resultado da parceria. O designer Paulo Alves juntou-se ao iluminador Maneco Quinderé para criar uma linha de luminárias.

Quinderé utiliza as fontes de luz como fontes de inspiração para o seu trabalho, que aliou técnica à intuição na criação de projetos de iluminação. Suas criações vagam entre a natureza e o mundo das artes numa combinação de minimalismo e brasilidade, por isso aliar seu trabalho com o de Paulo Alves deu samba bem ao jeitinho tupiniquim.

Paulo Alves trabalha a madeira e a cultura brasileira como ninguém. Desde 2004, quando criou a Marcenaria São Paulo, Paulo Alves vem desenvolvendo peças de forte caráter e linguagem brasileira. Agora com Quinderé, o designer desenvolveu uma linha de luminárias com três modelos: a Tuiuiú, de mesa; a Curupi, para pendurar; e a Jabuticaba, de piso.

A primeira peça projetada por Paulo Alves foi justamente uma luminária. Em 1994, o designer pegou um ralador de milho para fazer pamonha e colocou no interior uma lâmpada incandescente. Sua criatividade lhe rendeu o título de menção honrosa do prêmio Museu da Casa Brasileira. Mais de 20 anos depois, Paulo resolver adicionar um novo ingrediente em sua obra: o light designer Maneco.

O Blog AZ destaca no post de hoje a luminária Jabuticaba. A primeira das três luminárias da coleção surgiu de uma lâmpada esférica de aço criada por Maneco. A semelhança da lâmpada com a fruta fez com que Paulo utilizasse a leveza dos galhos para criar a “arvore”. A luminária de chão tem sua iluminação fixada por imãs que prendem as lâmpadas ao “tronco”, proporcionando que seu foco de luz seja orientado para qualquer direção.

Luminária Jabuticaba (Foto: Victor Affaro)

Luminária Jabuticaba (Foto: Victor Affaro)

Projeto Luz para a Coexistência ilumina as paredes grafitadas da Vila Madalena

Projeto de luz urbana tomou conta da Vila Madalena na noite de hoje para estudar a sensação provocada pela iluminação nos espaços públicos

(Adriano Vizoni / Folhapress)

(Adriano Vizoni / Folhapress)

A sensação provocada pela iluminação nos espaços urbanos foi o objeto de estudo do Projeto Luz para a Coexistência. O projeto faz parte das ações realizadas pelo encontro brasileiro de Lighting Designers que, em 2015, chega a sua sexta edição. Este ano a Associação Brasileira de Arquitetos de Iluminação, em parceria com o Social Light Moviment, criou um projeto de intervenção de arquitetura em contexto urbano.

Cerca de 30 arquitetos, light designers e artistas plásticos participaram de um workshop para pensar em como transformar os espaços urbanos por meio da iluminação. O resultado do trabalho foi visto na noite desta quarta-feira (19) na Vila Madalena, em São Paulo.

A intervenção espalhou projetos de LED, filtros coloridos, lanternas de isopor e de garrafas pet por um percurso que vai da Praça Beco Niggaz da Hora, na Rua Belmiro Braga, passando pela Inácio Pereira da Rocha e pelo Beco do Batman, até chegar à escadaria do Palápio.

A escolha do bairro não foi aleatória. A Vila Madalena é conhecida por ser um reduto boêmio da capital paulista, mas agora virou também uma espécie de museu a céu aberto. Os grafiteiros da arte urbana tomaram conta das paredes do bairro e não é difícil imaginar o belo resultado que gera da aliança entre o street art e um bom projeto de iluminação.

O projeto durou vários dias e algumas horas. É que embora os organizadores tenham despendido alguns dias para pesquisa de campo e criação do projeto, as luzes ficaram acesas por apenas algumas horas. Após o horário legal do silêncio, 22 horas, os becos coloridos da Vila voltaram ao seu breu costumeiro.

A ideia principal do projeto este ano foi o de incluir a sociedade na discussão sobre o poder que a luz exerce no ambiente público e a sua vocação em transformar espaços degradados e a vida da comunidade que o circula. O Social Light Moviment, rede internacional de designers, já havia começado com esse enfoque no ano anterior em Frankfurt, quando uma de suas fundadoras, Elettra Bordonaro, apresentou as diversas intervenções de luz em todo o mundo.

O mexicano universal

Luis Barragán e sua arquitetura mexicana mundial

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“A arquitetura popular dos povos de qualquer parte do mundo vemos que é sempre bela e resolve o problema da vida comunitária. O interessante seria analisar em que consistirão essas soluções tão boas. Para poder dar, na vida contemporânea, ao ser humano essas doses de sabor que lhe evitem a angústia das cidades modernas”. É nessa clara explicação de Luis Barragán que podemos entender a importante da arquitetura no bem estar social.

Luis Ramiro Barragán Morfin foi um dos mais importantes arquitetos mexicanos da história moderna, tendo sido o único de sua nacionalidade a ganhar um Prêmio Pritzker de arquitetura. Nascido em Guadalajara em 1902, ele formou-se em engenharia hidráulica pela Escola Livre de Engenheiros de Guadalajara em 1919 e em arquitetura alguns anos depois sem nunca ter retirado seu diploma.

Como presente por sua graduação, ganhou de seu pai uma viagem pela Europa, para que ele tivesse “uma visão do Velho Mundo” e foi no velho mundo, mais especificamente na Espanha, que ele encontrou aproximações com a arquitetura mexicana – muros altos, janelas pequenas, pátios internos e casas voltadas para o interior. Em Paris, visitou a Exposition Internationale des Arts Décoratifs et Industriels Modernes, um evento que popularizou o Art Déco – estilo usado por ele no Parque Revolução de Guadalajara.

Barragán uniu o estilo arquitetônico e urbanístico que conheceu na Europa, com suas próprias ideias do que deveriam ser as soluções alternativas para a angústia das cidades modernas. Nesse interim, encontrou o que acabou conhecido como arquitetura mexicana universal. Seu maior legado está em um enorme número de residências particulares que tridimencionalizou seus traços e imortalizou seus projetos.

A casa de Luis Barragan House, construída em 1948, representa atualmente uma das obras arquitetônicas contemporâneas de maior importância no contexto internacional. Tombada pela UNESCO em 2004 como património histórico mundial, é a única propriedade privada na América Latina que alcançou tal distinção. O título é merecido, pois sua influência na arquitetura mundial continua a crescer.

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