Cadeira Menna / Sérgio Rodrigues

Design é meu mundo fala mais sobre a cadeira Menna e a reedição do trabalho de Sérgio Rodrigues pelo Atelier Fernando Mendes

 

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As criações de Sérgio Rodrigues são pequenas obras de arte e, como tal, devem ser esculpidas com cuidado. É assim que Fernando Mendes trabalha com as reedições dos clássicos do designer e primo Sérgio Rodrigues.

Fernando é amante da marcenaria tradicional com trabalho artesanal. “A marcenaria dá a oportunidade de a pessoa desenvolver trabalhos incríveis que exigem inteligência e muito estudo elaborado”. É com esse carinho que dirige o Atelier Fernando Mendes e que vê as peças de Rodrigues serem produzidas.

Para Fernando, design atemporal é aquele que cria objetos com uma expressão tão forte que passa pelo tempo. É assim que vê as peças de Sérgio Rodrigues, como a Menna. A Menna é uma cadeira feita de peroba do campo ou freijó natural e tonalizada com assento e encosto de palhinha natural.

A peça foi desenhada por Sergio Rodrigues em 1978 como parte da família de móveis batizada de “Bule”, que se caracteriza pela curvatura anatômica no encosto. A cadeira continua sendo produzida pelo Atelier de Fernando, que trabalhou com Sérgio até a sua morte, em 2014. “Depois de mais de 20 anos de convivência com Sérgio, percebi que sua maior influência na minha vida foi a paixão e emoção que ele tinha com o ofício”, contou o designer.

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Poltrona Five de Jader Almeida

Design é meu mundo / Jader Almeida

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Madeira, sobriedade e muito design são palavras que bem definem o trabalho de Jader Almeida. Jader nasceu Santa Catarina, sul do Brasil, e já aos 16 anos passou a ter contato com a indústria moveleira.

Formado em arquitetura, dedicou sua criatividade para a criação de móveis – especialmente após trabalhar para a LinBrasil. A marca edita coleção de móveis assinados por conceituados arquitetos, o que deu ao designer experiência e muito contato com o melhor do design mobiliário nacional.

Seus desenhos e técnicas de produção o permitiram trabalhar com grandes marcas nacionais e internacionais e as poltronas de Jader competem em pé de igualdade com aquelas de renome nas quais ele trabalhava durante seus anos de LinBrasil.

A estrela do dia é a poltrona Five: elegante, leve e confortável. Five é mais um dos trabalhos que Almeida explora a madeira – certificada, claro – e aproxima sua criação daquelas feitas pelos principais nomes do modernismo brasileiro.

“Busco a racionalidade, a geometria simples, em formas puras com estética atemporal. Busco criar produtos com valores duráveis. Abordar a herança dos mestres, mas com o olhar para frente, pensando que as escolhas de hoje serão o reflexo do amanhã”, explica o designer em seu site.

Design é meu mundo / Poltrona Kei

Marcelo Ligieri para a Doimo Brasil

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Até 1999 a Doimo Brasil era uma marca conhecida por suas camas, após essa data as cadeiras passaram a protagonizar os móveis desenhados e produzidos pela empresa. É que aquele ano o arquiteto mineiro Marcelo Ligieri entrou para o time da Doimo e sua paixão por cadeiras acabou influenciando a marca.

Formado em arquitetura pelo Centro Universitário do Instituto Metodista Izabela Hendrix, em Belo Horizonte, desde os 17 anos Marcelo já trabalhava com o pai, Glebson Marcos Pereira, também arquiteto.

O designer já vendeu mais de 17 mil peças no Brasil e no exterior e credita o sucesso ao reconhecimento do design brasileiro, cada dia mais profissional. “O brasileiro gosta de novidade e o design está se profissionalizando”, garante.

Um de seus móveis que caiu no gosto do público e da crítica foi a Poltrona Kei. Espaçosa e bastante confortável, a Kei possui base produzida em metal folheado em lâmina de madeira, com assento revestido em couro e tecido.

A Poltrona ficou em segundo lugar e levou para casa o Prémio Museu da Casa Brasileira em 2015. “É interessante o balanceamento de peso visual entre a estrutura esbelta dos pés e a concha formada pelas superfícies justapostas do assento e do encosto, ocupando maior área e volume, associada à leveza”, definiu o instituto quando da premiação.

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“Mulher de Vanguarda” Abadia Haich é destaque em revista do Sul

Maria Abadia e o Armazém da Decoração recebem atenção e quatro páginas na Revista Destaque Imobiliário

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A revista Destaque Imobiliário de design e arquitetura, com circulação e reconhecimento no sul do país, dedicou quatro paginas de sua última publicação para falar do entusiasmo de Maria Abadia e do incrível trabalho que o Armazém da Decoração faz no Centro-Oeste.

A publicação destacou o trabalho de Abadia que há quase 20 anos incentiva a multiplicidade de opiniões, ideias e concepções. “Abadia é fundadora do Armazém da Decoração – loja  reconhecida no Brasil inteiro por um estilo novo de vender design”, explicou a revista.

Junto com a publicação, a matéria publicou uma entrevista ping-pong com Maria Abadia, onde a empresária fala dos desafios e das delícias do negócio. Confira  trechos da entrevista aqui no Blog AZ.

A senhora está a frente do Armazém da Decoração, que é muito mais que uma loja de design. Qual a real função do local?

A loja é eminentemente um espaço de conceito. Ela é vanguarda no mobiliário e no pensamento, porque design é o novo projeto. Na verdade o Armazém da Decoração vem de um olhar ligado à forma como fui criada. Eu sou filha de árabe e fui criada dentro de um Secos e Molhados e o espaço do Armazém é uma homenagem ao meu pai. O armazém para mim é sinônimo de prosperidade, porque armazena tudo e pode tudo. Então eu acredito que o Armazém da Decoração nos ensina e aprende ao mesmo tempo, já que essa ideia de criar um espaço diferenciado veio muito da necessidade de se educar para o consumo. Se você não educa a cidade, você não tem como fazer a cidade consumir o seu produto. Como o design era muito novo, tínhamos que dar uma nova forma de usar esse significado de novo projeto. Então o tempo todo recebemos pessoas novas, pessoas que querem aprender.

 

Como fizeram para o empreendimento alavancar?

A gente apostou muito nos arquitetos e nas escolas. Toda vida fizemos parcerias muito grandes com as universidades, porque a gente abriu a loja desde o início para o público, mesmo quando ela tinha apenas 100m². Hoje nosso espaço é de 1800m². Até hoje a loja é muito aberta para experiências com alunos por meio de palestras e papos culturais. Os estudantes de design e arquitetura têm a loja como uma acolhida, eles se sentem a vontade e nos ajudam com a divulgação do design. O Armazém é, na realidade, uma agenda para a cidade. Quando fazemos um evento, estamos promovendo um evento cultural e também social, porque a gente abre a loja para a comunidade. A grande aliança que fizemos na cidade foi com os arquitetos e com os profissionais. O Armazém da Decoração existe por causa deles que apostaram conosco em um novo caminho com um novo olhar.

A matéria completa pode ser lida na Revista DESTAQUE Imobiliário online.

Design é meu mundo / Armários Roxinho

Isabela Vecci

Roxinho

Beleza e comodidade nem sempre andam juntas. No mundo fashion, por exemplo, nós mulheres sabemos muito bem que alguns estilistas reivindicam nosso conforto em troca da beleza de alguns sapatos de salto ou de vestidos tubinhos. Na moda casa não é muito diferente. Em um passado não muito distante, conforto e comodidade ficavam em segundo plano. O importante era criar uma peça de tirar o fôlego. A nova geração de designers do pós-modernismo moveleiro entendeu que comodidade é fundamental e a arquiteta Isabela Vecci está entre eles.

Isabela é arquiteta de formação, mas possui uma mente criativa que funciona a todo vapor e em toda direção. Sua produção é multidisciplinar e está ganhando cada dia mais o reconhecimento que merece. A designer busca inspiração na história e na filosofia e tem lançado linhas de móveis de uma beleza que combina a funcionalidade com a contemporaneidade de seu tempo.

Entre esses trabalhos, encontramos os armários Roxinho. Roxinho é uma família formada por três armários de madeira maciça que podem ser dispostas lado a lado ou separadas nos cômodos da casa.  “Quando o cliente chega à loja, ele já vem com uma ideia pré-concebida do que deseja. Por isso, é fundamental criar produtos múltiplos, mas que possam se adaptar as particularidades de cada um”, defende a arquiteta.

Design é meu mundo / Lattoog

O design de Leonardo Lattavo e Pedro Moog na Lattoog

Poltrona E2 no Armazém da Decoração (Foto: Marcus Camargo)

Poltrona E2 no Armazém da Decoração (Foto: Marcus Camargo)

O hobby da dupla Leonardo Lattavo e Pedro Moog tornou-se profissão oficial em 2004 quando o arquiteto Leonardo e o designer Pedro decidiram juntar seus nomes e criatividades na marca que, além de atuar na área de arquitetura, lança peças de mobiliário: Lattoog. Carioca do mundo, a Lattoog caminha em direção à internacionalização do design brasileiro sem perder o gingado de nossa cultura tão rica.

Arquiteto e Urbanista com mestrado em pela University College of London, Leonardo possui diversos projetos de arquitetura e interiores realizados no Brasil, Inglaterra, Itália, Espanha e Alemanha. Juntou sua experiência e talento com os de Pedro Moog, designer autodidata com formação acadêmica em Administração de Empresas.

Além de atuarem como arquitetos e trabalharem com artes plásticas, Pedro e Leonardo assinam sofás, cadeiras, poltronas, luminárias, mesas e acessórios de casa. Com a filosofia da “antropofagia cultural” que pegaram emprestado de Oswald de Andrade, a dupla cria seguindo as influências externas sem negar, entretanto, a cultura local. O que fazem é uma mistura criativa que é “devorada e transformada em cultura brasileira e revolucionária”.

Dos móveis produzidos pela Lattoog, algumas peças formaram uma família. As coleções Viralata e Praias Cariocas deixam claro essa tendência antropofágica da dupla. A série “Viralatas” traz móveis híbridos, união de dois que resultam num terceiro, diferente e único, trazendo mais uma vez a marca brasileira da miscigenação e mistura. Praias Cariocas é uma série que honra o nome e o verão brasileiro com peças para área externa.

Para Leonardo a Lottoog é sinônimo de criatividade. “Não somos especializados em marcenaria, metalurgia ou estofaria, somos especializados em bom desenho e boas ideias”, confessou. Suas peças são conhecidas do público e do Armazém da Decoração.

 

Poltrona Pantosh (Foto: Divulgação)

Poltrona Pantosh (Foto: Divulgação)

Poltrona Moleco (Foto: Divulgação)

Poltrona Moleco (Foto: Divulgação)

Design é meu mundo / Poltrona Benjamin

Poltrona Benjamin de Sérgio Rodrigues e Fernando Mendes

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Você quer um resumo da obra de Sérgio Rodrigues? O Blog AZ apresenta, então, a Poltrona Benjamin. Resultado de uma parceria entre Sérgio e seu primo e amigo Fernando Mendes, a poltrona foi uma das últimas peças do mestre do design e une, em um só trabalho, os 60 anos do design pensado, desenhado, criado e produzido por Rodrigues.

Segundo o próprio Sergio Rodrigues, Benjamin é um resumo de sua obra. “Quando ele viu o protótipo pronto, disse que era uma síntese de tudo o que fez em poltrona e cadeira, porque tinha vários detalhes e elementos utilizados nas peças que criou”, explicou Fernando Mendes.

A participação de Mendes foi fundamental. Foi junto com ele que Sérgio tirou o projeto inédito da gaveta para lançá-lo em 2014, ano de sua morte. Benjamin é um pouco Mole, um pouco Tonico, um pouco Killin ou Diz e é também a Xibô. Benjamin reúne as características dos móveis que Sérgio produziu ao longo da carreira e fechou com chave de ouro a linha de suas criações.

Embora tenha sido desengavetado apenas em 2014, Fernando Mendes acredita que seu desenho original foi esboçado entre 1995 e 2000. “Essa poltrona, na verdade, é uma certa evolução da Xibô (1990), com um desenho um pouco mais complexo”, contou à época de seu lançamento. Ninguém lembrou ao certo a razão pela qual Benjamin – poltrona batizada em homenagem a Benjamin, neto de Sérgio – não foi produzida quando criada, mas agora faz parte do acervo AZ e pode fazer parte também da sua casa.

(Foto: Marcus Camargo)

(Foto: Marcus Camargo)

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Design é Meu Mundo: Poltrona Tonico de Sérgio Rodrigues

Sérgio Rodrigues e Fernando Mendes trouxeram uma criação do mestre do design criada ainda na década de 1960

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Nunca é demais falar de Sérgio Rodrigues, agora falar de desenhos do mestre do design na produção de Fernando Mendes, outro grande nome da arte do mobiliário, é um assunto necessário. Fernando Mendes se descobriu primo de Sérgio Rodrigues quando era ainda estudante de Belas Artes na Universidade Federal do Rio de Janeiro e Arquitetura nas Faculdades Integradas Bennett.

A descoberta uniu a família tanto na vida quanto no trabalho. Sergio Rodrigues abriu espaço em sua criação para a entrada de Fernando Mendes. As formas torneadas da madeira nos desenhos de Sérgio, conhecido por traçar apenas aquilo que queria, não eram nada próximo ao modismo do design mobiliário da década de 1960. Seu estilo único o consagrou e algumas de suas peças foram recentemente produzidas em parceria com Mendes.

Fernando Mendes trabalhou no estúdio Arquitetura e Design de Sergio Rodrigues por sete anos, entre 1993 a 2000, onde colaborou no detalhamento e no acompanhamento de produção de móveis e em 25 construções em madeira. Com atelier próprio, o designer não parou de trabalhar com Sérgio. Peças desenhadas por Rodrigues e produzidas por Mendes trouxeram de volta alguns móveis originais da década de 1960, como a Poltrona Tonico.

A poltrona Tonico é ainda dos tempos quando o designer assinava seus trabalhos pela Oca e Meia Pataca, empresas de Sergio Rodrigues dos anos dourados. Criada em jacarandá maciço com assento e encosto revestido em tecido e apoio de cabeça em couro (de várias cores), a peça é inspirada própria poltrona Mole – possuem uma proposta de conforto semelhante. O nome foi uma homenagem a uma pessoa especialmente querida por Rodrigues, seu cunhado Antonio Mattos, por isso a poltrona foi batizada de Tonico.

(Foto: Marcus Camargo)

(Foto: Marcus Camargo)

Design é meu mundo: Aparador Bianca

Sérgio Rodrigues deixou uma coleção de criações atemporais que podem ser encontradas no Armazém da Decoração

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Já dissemos aqui que o conceito de brasilidade está estampado na obra de Sérgio Rodrigues e não é mentira. O mestre do design trabalha com criações sofisticadas que deixam transparecer o estilo brasileiro de ser. Seu trabalho começou na arquitetura quando se formou em 1952 pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Entrou no design quando percebeu que arquitetura não pode se restringir apenas aos espaços externos e edifícios. Foi com esse interesse que Sérgio fundou a Indústria Oca em 1954, um dos estúdios de arquitetura de interiores e cenografia mais importantes do mobiliário brasileiro. Suas criações na Oca e após o fim da empresa somam cerca de 1.200 modelos de móveis.

Uma dessas peças, que é tema do nosso primeiro Design é Meu Mundo de 2015, é o Aparador Bianca. O desenho original da peça foi esboçado por Sergio Rodrigues em 1993 e relançado em 2005. O aparador tem estrutura em painel de madeira com encabeçamento e gavetas maciças. A peça pode ser encontrada em duas opções de tonalização. Pés torneados e puxadores em inox com acabamento acetinado fazem de Bianca um mobiliário atemporal.
Comoda Bianca

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Aristeu Pires

ALPHABETO AZ (redes sociais) Y
Foi criando pautado na máxima de que obra de arte na decoração de uma casa é aquela que a gente carrega para toda a vida é que Aristeu Pires conquistou a fama de mago das cadeiras. Seu trabalho, desenvolvido para a marca que leva seu nome, possui traços simples e um resultado bastante sofisticado.

Seu respeitado trabalho com linhas, que vão do design de mesas e bancos à bancadas e poltronas, acabou dando vida a uma maior quantidade de bancos e cadeiras; todas batizadas com nomes de mulheres.

Sem a volatilidade do modismo ou o rebuscado do romantismo, as peças são concebidas com maior preocupação no conforto. Funcionalidade é a palavra chave de seu design. As moças de Aristeu Pires, em madeira maciça, exibem charme sem ostentação. Uma de suas damas da decoração entrou hoje para nosso Alphabeto AZ. Ylla é um banco em madeira maciça desenvolvido em jequitibá, imbuia e freijó.