Design é Meu Mundo / FDC1

Flavio de Carvalho e sua história com a icônica poltrona FDC1

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A empresária Maria Abadia Haich, do Armazém da Decoração, costuma de dizer que Sérgio Rodrigues – juntamente com os modernistas da década de 1950 – ajudaram a formar um exército dos novos e ousados designers nas décadas seguintes. Quando paramos para analisar os nomes do design mobiliário nacional daquele tempo, entendemos o que ela quer dizer. Um desses nomes é Flávio de Carvalho.

Porém a história do artista é quase mais interessante que suas peças. Flavio atuou como arquiteto, pintor e escultor, cenógrafo e figurinista e causou muita polêmica na conservadora São Paulo dos anos 1930 com seu olhar vanguardista. Sem dúvida uma pessoa a frente de seu tempo – assim como seu mobiliário. Ousado e questionador, chamou bastante atenção no cenário cultural paulista ao andar pelas ruas vestindo saia e sandálias de couro.

Sua obra herdou estas mesmas características. Ousada e questionadora! As poltronas vão além de suas funções de mobiliário. Com um estilo muito avançado para a época, entraram para a história do design brasileiro. As peças de Flávio de Carvalho não são apenas a frente do tempo, elas não possuem tempo algum.

A icônica FDC1, desenhada em 1939, permanece atual e provavelmente continuará por muitas décadas. Seu projeto nasceu para mobiliar a residência e principal projeto arquitetônico do designer: a fazenda Capuava. Executada no couro misturado ao aço inox pintado a poltrona é um chame que brilha perfeitamente na sala de uma casa, de um escritório ou de uma galeria de arte.

Toda a elegância da FDC1 foi uma forma encontrada pelo artista de mostrar que o design interior era tão importante quanto a arquitetura externa. Seu estilo e ousadia, assim como os de Rodrigues, encorajou o trabalho autoral daqueles que criam e não copiam.

Revista-Arc-Design

Design é meu mundo / Linha Chuva

Léo Romano lançou esta semana, na Decameron em São Paulo, sua quinta linha de móveis

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A qualidade da Decameron e a criatividade de Léo Romano já são características familiares do Blog AZ. Não nos cansamos em enaltecer o trabalho tanto da marca de Marcus Ferreira quando da originalidade do arquiteto goiano, por isso não poderíamos deixar de comentar a aliança entre esses craques do design no lançamento da linha Chuva.

A história da Decameron começou há 20 anos quando seu fundador, Marcus Ferreira, abandonou a biologia marinha para desenhar sofás. Na lacuna do mercado brasileiro, que não tinha empresas de design especificamente voltadas para a fabricação de sofás, Marcus lançou sua marca.

Léo Romano começou no design há dezessete anos e sua vasta formação lhe permite transitar entre todos os campos da arte da decoração. Se formou em Artes Visuais, Design de Interiores, Design Gráfico e Arquitetura e Urbanismo, tudo isso coroado com um mestrado em artes visuais. Conhecido pela ousadia, Léo é inquieto e curiosos – qualidades que ajudaram a dar ao seu trabalho o merecido reconhecimento nacional.
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A união dessas duas histórias de vida profissional foi selada na última terça-feira (17) em São Paulo, quando Léo Romano fez o lançamento de sua linha de móveis Chuva para a Decamenron. A coleção ficará exposta até sábado (21) na loja de Marcus Ferreira.

A coleção Chuva integra a série Objetos Poéticos, com peças em madeira e cerâmica – estas últimas assinadas pela artista plástica Iêda Jardim. Como de costume em suas criações, Léo busca trabalhar com os elementos da natureza como um estimulo sensorial. Chuva é uma coleção de móveis com a expressão da fluidez. Segundo o próprio arquiteto, a madeira é trabalhada numa construção artesanal precisa e cuidadosa produzindo imagens plásticas conduzidas por linhas puras e contínuas.

O elemento água foi o fio condutor para a criação de toda a linha, que conta com mesas laterais, bancos, mesas de centro e de jantar, espelhos, aparadores e bancos produzidos em madeira freijó. A linha Chuva é a quinta coleção de móveis assinada pelo arquiteto e exclusividade AZ.

Chuva

Design é Meu Mundo: Poltrona Tonico de Sérgio Rodrigues

Sérgio Rodrigues e Fernando Mendes trouxeram uma criação do mestre do design criada ainda na década de 1960

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Nunca é demais falar de Sérgio Rodrigues, agora falar de desenhos do mestre do design na produção de Fernando Mendes, outro grande nome da arte do mobiliário, é um assunto necessário. Fernando Mendes se descobriu primo de Sérgio Rodrigues quando era ainda estudante de Belas Artes na Universidade Federal do Rio de Janeiro e Arquitetura nas Faculdades Integradas Bennett.

A descoberta uniu a família tanto na vida quanto no trabalho. Sergio Rodrigues abriu espaço em sua criação para a entrada de Fernando Mendes. As formas torneadas da madeira nos desenhos de Sérgio, conhecido por traçar apenas aquilo que queria, não eram nada próximo ao modismo do design mobiliário da década de 1960. Seu estilo único o consagrou e algumas de suas peças foram recentemente produzidas em parceria com Mendes.

Fernando Mendes trabalhou no estúdio Arquitetura e Design de Sergio Rodrigues por sete anos, entre 1993 a 2000, onde colaborou no detalhamento e no acompanhamento de produção de móveis e em 25 construções em madeira. Com atelier próprio, o designer não parou de trabalhar com Sérgio. Peças desenhadas por Rodrigues e produzidas por Mendes trouxeram de volta alguns móveis originais da década de 1960, como a Poltrona Tonico.

A poltrona Tonico é ainda dos tempos quando o designer assinava seus trabalhos pela Oca e Meia Pataca, empresas de Sergio Rodrigues dos anos dourados. Criada em jacarandá maciço com assento e encosto revestido em tecido e apoio de cabeça em couro (de várias cores), a peça é inspirada própria poltrona Mole – possuem uma proposta de conforto semelhante. O nome foi uma homenagem a uma pessoa especialmente querida por Rodrigues, seu cunhado Antonio Mattos, por isso a poltrona foi batizada de Tonico.

(Foto: Marcus Camargo)

(Foto: Marcus Camargo)

“Um olhar muda tudo”

Com o conceito nacional “Um olhar muda tudo”, Casa Cor estreia em maio de 2014 em Goiânia com peças AZ Decor

 

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A mais completa mostra de arquitetura, decoração e paisagismo das Américas acontece entre 5 de maio e 11 de junho de 2014 na Rua 34, quadra 17, lotes 5 a 10, no futuro Edifício DNA Goiânia da EBM na Avenida T-10 com a T-37, Setor Marista. “Sonhos aqui se tornam realidade”. É com esse objetivo que a Casa Cor lança mais uma edição da mostra em 2014.

Segundo as idealizadoras da mostra em Goiás, Eliane Martins e Sheila Podestá, a Casa Cor é a experiência de morar em versões surpreendentes e inovadoras. “Nossa proposta é retratar a arquitetura e a decoração como um estilo de vida que será trabalhado de diversas maneiras por profissionais altamente selecionados e qualificados”, afirma Eliane Martins.
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“Queremos oferecer ao visitante diferentes pontos de vista sob um mesmo ambiente, objeto ou design. Ao mudar o jeito de se ver, é possível ampliar perspectivas e reescrever conceitos, o que é determinante para o estabelecimento de uma relação viva e apaixonada com o lugar onde moramos”, acrescenta a organizadora.

A mostra, que foi lançada dia 25 de fevereiro, contará no ano de 2014 com 46 ambientes assinados por 68 arquitetos, decoradores, designers e paisagistas do Estado em 3,5 mil m² com peças como a cadeira Vegetal Stacking, criada por Ronan e Erwan Bouraullec, a poltrona Heart, criada por Verner Panton, a poltrona Copacabana, criada pelo estúdio de design Lattoog e o banco Butterfly, criando por Sori Yangi.

Durante um brunch promovido para profissionais, patrocinadores e jornalistas no Espaço EBM/DNA Style, a 18ª edição da Casa Cor Goiás abriu suas portas para restaurantes, o Bar e o Café e também a Sorveteria Amaretto que comporá o espeço da mostra. Durante o evento será realizado o Prêmio Jovem Profissional, que tem como objetivo estimular a inovação no mercado por meio do incentivo aos novos talentos.

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