Para encerrar o ano dedicado às mulheres, MASP exibe mostra sobre arquiteta e artista Gego

Esta é a primeira exposição no Brasil dedicada à artista

Em 2019, o Museu de Arte de São Paulo (MASP), se dedicou às artistas mulheres. A mostra da pintora Tarsila Amaral, por exemplo, teve 402.850 visitações, quebrando o recorde da exposição de Claude Monet, de 1997, que recebeu 401.201 visitantes. Para encerrar o ciclo feminino, o MASP exibe, até o dia 01 de março, a mostra “Gego: A Linha Emancipada”, sobre a arquiteta Gertrud Goldschmidt.

Continue lendo…

MASP realiza exposição sobre mulheres artistas “esquecidas”

O foco da exposição é valorizar o trabalho de mulheres artistas que trabalharam até o século 19

Entre os dias 23 de agosto e 17 de novembro, o Museu de Arte de São Paulo (MASP) realizará a mostra “Histórias das Mulheres: Artistas até 1900”, que tem o objetivo de reposicionar a obra de artistas que trabalharam até o final do século 19. Além de pinturas que fazem parte do cânone da história da arte ocidental, a exposição apresentará uma série de têxteis de autoria desconhecida, cujos registros permitem afirmar que foram feitos por mulheres. A visitação ocorre de terça à domingo, com ingressos entre R$ 20 e R$ 40.

Continue lendo…

MASP terá ano dedicado às histórias das mulheres

Em 2019, a pauta do programa de exposições do MASP será “Histórias das mulheres, histórias feministas”

Nos últimos três anos, o MASP apresentou exposições coletivas dentro de um eixo temático anual: Histórias da infância (2016), Histórias da sexualidade (2017) e Histórias afro-atlânticas (2018), recorde de visitação da atual gestão, com 180 mil visitantes. Nesse ano, as mulheres serão o foco.

Continue lendo…

Conheça o trabalho do fotógrafo Edu Simões

Em mais de 40 anos de carreira, ele construiu um trabalho que retrata as diversas realidades do Brasil

Edu Simões é um reconhecido fotojornalista brasileiro. Autodidata, iniciou sua carreira no ano de 1976 e três anos mais tarde tornou-se um dos membros fundadores da agência F4, onde permaneceu por seis anos. Continue lendo…

Masp abre exposição de Tunga sobre sexualidade

O arquiteto por formação Tunga dedicou sua vida artística para tratar de temas como sexualidade e erotismo, focos da exposição inaugurada hoje no Masp

 


Desde sua primeira exposição individual no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, intitulada Museu da masturbação infantil, de 1974 que Tunga dedica seu trabalho artístico para tratar da sexualidade e do erotismo. Tunga, ou Antônio José de Barros Carvalho e Mello Mourão, seu nome de registro, foi escultor, desenhista e artista performático.

A mostra de 1974 incluiu desenhos abstratos que, posteriormente, pautariam o raciocínio acerca de temas eróticos na produção do artista. Eram obras cujas formas evocavam imagens eróticas ou processos de gozo, elementos que foram incluídos na exposição Tunga: O corpo em obras inaugurada hoje para convidados no Masp, em São Paulo.

Arquiteto de formação, Tunga transitou por diferentes linguagens, das artes visuais à literatura, incluindo a escultura, a instalação, o desenho, a aquarela, gravura, vídeo, texto e a instauração até a data de sua morte, em 2016. Frequentemente, suas obras se alimentam de um repertório que provém de distintos campos do conhecimento, como a psicanálise, a filosofia, a química, a alquimia, bem como as memórias e as ficções.

Na exposição que segue no Masp até o dia 11 de março de 2018, a sexualidade não constitui apenas um tema da produção do artista, mas um modo de compreender as relações, vínculos, transformações e criações entre corpos, matérias e linguagens. A escolha dos trabalhos e sua disposição no espaço foram definidas a fim de potencializar essas relações e promover diálogos entre obras de diferentes períodos e técnicas, em detrimento de uma organização cronológica.

A exposição Tunga: o corpo em obras, de curadoria de Isabella Rjeille, encerra o programa anual de 2017 do Masp em torno das histórias da sexualidade, que incluiu mostras individuais dos artistas Teresinha Soares, Wanda Pimentel, Miguel Rio Branco, Toulouse-Lautrec, Tracey Moffatt, Guerrilla Girls, Pedro Correia de Araújo e a exposição coletiva Histórias da sexualidade.

Fonte: MASP / Divulgação

Exposição montada por Lina Bo Bardi é recriada no Masp

Lina Bo Bardi viveu sua vida na tentativa de descobrir a essencialidade na inteligência popular. Para homenagear a arte que vem do povo e das ruas, em contra partida com a arte elitista dos caros […]

A mão do povo Brasileiro em 1969

Lina Bo Bardi viveu sua vida na tentativa de descobrir a essencialidade na inteligência popular. Para homenagear a arte que vem do povo e das ruas, em contra partida com a arte elitista dos caros quadros renascentistas, Lina criou a exposição A Mão do Povo Brasileiro para a inauguração do Museu de arte de São Paulo Assis Chateaubriand (Masp) em 1969 – museu projetado por ela.

Sua ideia, quase subversiva, não agradou aos militares no poder, que pretendiam passar ao mundo a imagem de um Brasil moderno. Em 1965, Lina – que é italiana – levou a mesma exposição que montaria no Masp quatro anos depois para Roma, mas foi interditada por ordem dos militares. À época, um jornal italiano publicou matéria dizendo que “a arte dos pobres apavora os generais”.

Agora, 47 anos depois, o Masp traz de volta a exposição de Lina Bo Bardi. O museu, que se cerca das ideias e projetos criados pela arquiteta, recupera as principais ideias da mostra concebida por ela. Uma reencenação, com cerca de mil objetos históricos similares às da exposição de Bo Bardi. Em 1969, Lina contou com a colaboração do cineasta Glauber Rocha e do diretor de teatro Martim Gonçalves, para reunir objetos trazidos do Museu de Arte da Universidade do Ceará, do Museu do Estado da Bahia, do Museu de Artes e Técnicas Populares de São Paulo e de colecionadores particulares.

A exposição foi, e voltou a ser, construída com objetos que remetem à cultura popular brasileira, como carrancas, ex-votos, santos, tecidos, peças de vestuário, mobiliário, ferramentas, utensílios de cozinha, instrumentos musicais, adornos, brinquedos, figuras religiosas, bem como pinturas e esculturas. A nova exposição fica em cartaz no Masp até o dia 29 de janeiro de 2017.
Sem título

A Mão do Povo Brasileiro
Quando: de 1º de setembro a 29 de janeiro de 2017
de terça a domingo, das 10h às 18h;
Onde: Masp, av. Paulista, 1.578.
Quanto: R$ 25,00 (entrada franca às terças-feiras)

Cavaletes de Lina Bo Bardi aproximam arte do público

Masp desaposenta cavaletes de cristal desenhados pela designer Lina Bo Bardi

(Foto: Getty imagens/ Divulgação)

(Foto: Getty imagens/ Divulgação)

A ideia de andar livremente em meio às obras de arte é pouco aplicada dentro dos protocolares museus espalhados pelo mundo. O Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (Masp) adotou uma forma diferente de apresentar a arte.

Inaugurado em 1947, o Masp foi desenhado pela ítalo-brasileira Lina Bo Bardi. A arquiteta encontrou a rara oportunidade de atuar profissionalmente em vários campos profissionais e em um deles teve a chance de assinar o projeto do museu paulista.

Quando desenvolveu a planta do Masp, Lina pensou no museu como um grande vão aberto onde as pessoas circulavam no meio das obras de arte. Para isto, desenvolveu os icônicos cavaletes de cristal – formados por uma base de concreto com grandes chapas transparentes.

O arquiteto Marcos Ferraz explicou, em entrevista para o jornal Folha de S. Paulo, que os cavaletes de cristal faziam parte de um modelo único integrado ao museu. “Assim como o museu, com seu vão livre, flutua pela cidade, as obras flutuam sobre a pinacoteca numa ousadia expográfica que ainda hoje arrepia”, disse.

Os cavaletes tinham sido esquecidos desde 1996, quando foram retirados do museu. De volta ao seu local de origem na tarde de ontem (quinta-feira), os cavaletes rastreiam com a exposição permanente “Acervo em transformação” que comemora seu retorno com 119 obras da coleção, que vão do século 4 a.C até os anos 2000.

Lina Bo Bardi tinha consciência de seu papel social e trabalhava no sentido de descultuar a arte e aproximá-la do público – os cavaletes nasceram para cumprir essa função. “Não existem homens absolutamente incultos, a linguagem do povo não é sua pronúncia errada, mas sua maneira de construir o pensamento”, disse uma vez Lina Bo Bardi no início da década de 1970.