Tidelli 2016/2017

O frescor do verão com o frescor das novidades da Tidelli

13557905_1112758765432629_4140050629281250868_n
Natureza é a inspiração da baiana Tidelli, e a marca do outdoor living não cansa de inspirar decoradores em todo o Brasil. Na edição 2016 da Casa Cor Goiás, o mobiliário Tidelli integrou a coleção de móveis em vários ambientes da mostra.

Direto de Salvador, a empresa mostra que a coleção 2016/2017 da marca continuará inspirando. O mobiliário traz referências da fauna e da flora nas cores, texturas e tramas. Os modelos em cordas náuticas ganharam novas referências e os tecidos, novos revestimentos.

Na coleção 2016/2017, a Tidelli inova sem abrir mãos de suas já consagradas linhas. São releituras das nossas queridas peças da marca, como a Painho, assinada pelo estúdio Rosenbaum e o Fetiche, que ganha nova cadeirinha de balanço e concha de balanço.

A linha Soft ganhou um módulo canto e as poltronas da coleção agora têm novos revestimentos. Na linha Veleiro a Chaise, assinada pelos goianos Andre Brandão e Márcia Varizo, ganharam a companhia da Poltrona Veleiro feira em rede de corda nautica.

A linha Goa também está sendo reeditada. É que a poltrona giratória vem em novas versões de cordas náuticas, assim como a poltrona da linha Mesh. A linha Bora Bora também vem com novidades. É que ela ganhou a versão Estar em sofá, poltrona e modulado, em alumínio, madeira e cordas náuticas.

Sempre em busca de novos elementos, a Tidelli mescla a inovação com tradição. A marca baiana se consolidou no mercado nacional e tem conquistado outras fronteiras, já abriu sua flagship store na Califórnia. O Armazém da Decoração acompanha todas as novidades e traz a Goiânia o frescor do verão em móveis in e out da Tidelli.

Fome de conhecimento

Geladeiras ganham nova função nas praças de diversas cidades brasileiras: guardar o conhecimento

5da377bd-9bac-4d41-84fa-e6728ea61a8d

Há pouco mais de um ano, na Capital Federal, uma iniciativa para lá de inusitada chamou a atenção das pessoas. Uma geladeira exposta no meio de uma praça e instalada para conservar conhecimento. É que no lugar de comida, a geladeira estava cheia de livros. O projeto de biblioteca de rua começou com a instalação de prateleiras nas paradas de ônibus de Brasília, mas com as geladeiras – batizadas de Gelateca, Geladeirotecas  ou Geladeira Biblioteca – foi possível unir arte e literatura.

As bibliotecas receberam intervenções artísticas dos grafiteiros e ganharam o gosto do público. Por ser um “armário fechado”, as geladeiras protegem os livros do tempo ruim. “Me inspirei no açougue T-Bone que disponibiliza livros nas paradas de ônibus há alguns anos. Porém, quando chove ou venta demais, as obras ficam danificadas. Como já usava a geladeira em casa para guardar documentos, coloquei alguns exemplares e disponibilizei para a população na QE17”, contou o professor Lucas Rafael, morador do Guará e idealizador do projeto.

Brasília deu então um pontapé inicial. Outras cidades aderiram à ideia. Em Blumenau, a Universidade Regional FURB lançou o projeto “Não deixe a cultura na geladeira!” e instalou três geladeiras em locais movimentados dos campis da instituição, com todos os livros etiquetados pelo projeto disponíveis para qualquer aluno, servidor ou frequentador da universidade.

A cidade de Araraquara , no interior de São Paulo, fez algo parecido. A geladeira foi instalada em uma praça com regras simples: retire, leia e devolva. Caruaru, Recife e, agora, Goiânia: um ano após o surgimento das primeiras Geladeiras Bibliotecas, é difícil acompanhar a evolução do projeto. Na nossa capital, a primeira geladeira que refresca o conhecimento foi instalada na C-107, no Jardim América. Para os jovens que trouxeram a ideia a Goiânia, a intenção é crescer e instalar geladeiras em novos espaços públicos da capital. É arte, literatura e é cidadania.

Foto: Diomício Gomes / Opopular

Foto: Diomício Gomes / Opopular

Vamos às ruas?

Flic debate arquitetura urbana com arquitetos que defendem maior intereção do homem com as cidades

Sem título

A 14ª edição da Festa Literária Internacional de Paraty (Flip) começou na noite de ontem (29) e nem sempre o assunto da festa é literatura. O arquiteto italiano Francesco Careri e a arquiteta pernambucana Lúcia Leitão assumiram no primeiro dia de evento a mesa Cidades Refletidas com o desafio de incentivar a tomada dos espaços públicos e da arquitetura urbana.

Os arquitetos falaram sobre a importância de mudar radicalmente a maneira de explorar a cidade em que moram como um exercício para uma “prática democratizante”. A plateia saiu com uma missão: deixar de lado os carros e literalmente tomar as cidades.

Francesco Careri, autor do livro Walkscape: O caminhar Como prática Estética, é professor na Universidade Roma Ter e Lúcia Leitão, autora de Onde Coisas e Homens se Encontram, é professora na Universidade Federal de Pernambuco. Ambos defendem que a relação do homem com a cidade é responsável pela construção de uma sociedade melhor e mais igualitária.

“Um autor americano diz que cidade que não tem lugar para caminhar também não tem lugar para a alma”, lembrou Lúcia. “Vivemos negando a rua”, lamentou a arquiteta. “Há lugares que nós apagamos do nosso mapa mental ao andar de carro, por exemplo. É o que chamo de “amnésia urbana”. É preciso entender que existem regiões de sombra, uma parte escondida no inconsciente da cidade, que, aliás, sempre foram usadas pelas vanguardas artísticas”, explicou Careri quando desafiou a plateia a conhecer suas cidades.

E você? Conhece a sua cidade? Vamos tomar as suas e viver a arquitetura urbana?

Design é meu mundo / Poltrona Kei

Marcelo Ligieri para a Doimo Brasil

lowres_15433_CREDITOS__Marlon_Xavier__3_

Até 1999 a Doimo Brasil era uma marca conhecida por suas camas, após essa data as cadeiras passaram a protagonizar os móveis desenhados e produzidos pela empresa. É que aquele ano o arquiteto mineiro Marcelo Ligieri entrou para o time da Doimo e sua paixão por cadeiras acabou influenciando a marca.

Formado em arquitetura pelo Centro Universitário do Instituto Metodista Izabela Hendrix, em Belo Horizonte, desde os 17 anos Marcelo já trabalhava com o pai, Glebson Marcos Pereira, também arquiteto.

O designer já vendeu mais de 17 mil peças no Brasil e no exterior e credita o sucesso ao reconhecimento do design brasileiro, cada dia mais profissional. “O brasileiro gosta de novidade e o design está se profissionalizando”, garante.

Um de seus móveis que caiu no gosto do público e da crítica foi a Poltrona Kei. Espaçosa e bastante confortável, a Kei possui base produzida em metal folheado em lâmina de madeira, com assento revestido em couro e tecido.

A Poltrona ficou em segundo lugar e levou para casa o Prémio Museu da Casa Brasileira em 2015. “É interessante o balanceamento de peso visual entre a estrutura esbelta dos pés e a concha formada pelas superfícies justapostas do assento e do encosto, ocupando maior área e volume, associada à leveza”, definiu o instituto quando da premiação.

13512234_1108278612547311_3294808521052946617_n

A força da Etel

A Casa Cor chegou ao fim, mas alguns importantes nomes do design brasileiro se destacaram e é importante lembrar-se deles

 

Ambiente na Casa Cor São Paulo

Ambiente na Casa Cor São Paulo

No último dia 22 de junho a Casa Cor Goiás começou a se desfazer. O prédio que antes abrigou o centro de distribuição de medicamentos e o anexo de apoio à Santa Casa retoma seu curso para assumir sua próxima função na vida pública: vai abrigar a Goiás Turismo.

Os 51 profissionais que projetaram a mostra esse anos começaram a desfazer os 36 ambientes que compuseram a Casa Cor e a força de cada um dos mobiliários escolhido para Celebrar – tema da exposição em 2016 – mostrou que mais uma vez o Brasil está em voga.

É que no ano passado o tema era Brasilidade. Móveis brasileiros ganharam um espaço especial em cada um dos ambientes para lembrar a força e a beleza das produções genuinamente brasileiras. Este ano uma empresa que mostrou sua importância no design nacional dentro da Casa – não só na mostra de Goiás como também em São Paulo – foi a ETEL.

A Etel Interiores é uma das maiores expressões em móveis de luxo do Brasil. Criada pela autodidata Etel Carmona, a marca reedita peças de designers como Claudia Moreira Sales, Isay Weinfeld, Lia Siqueira, Arthur Casas, Dado Castello Branco, Carlos Motta, Sérgio Rodrigues, Oscar Niemeyer e outros nomes de peso do design mobiliário.

A marca passou a fazer parte do design brasileiro ao resgatar a história do país em suas peças e como mostrar o que o Brasil faz de melhor é o objetivo de muitos arquitetos, o nome Etel não falta em mostras e exposições. O trabalho artesanal da Etel resgata as técnicas milenares de marcenaria na produção de móveis na Fábrica Mágica Etel na cidade de Valinhos, interior de São Paulo.

Em Goiás peças da Etel estiveram presentes em vários ambientes da mostra, como no de Ana Paula de Castro e Sanderson Porto, Aline Torres e Thiago Cardoso, Heitor Arrais e Ogawa, Karla Cristine Oliveira e Cláudia Zupani. Em São Paulo, peças da Etel também abrilhantaram alguns ambientes.
13407096_1099914783383694_6506366553716584109_n 24. Cozinha (2) - Crédito Jomar Bragança 10. Biblioteca (1) - Crédito Jomar Bragança

Hanazaki: o crescimento da flor

Alex Hanazaki, um dos maiores nomes do paisagismo brasileiro, e seu trabalho poético com as plantas

 

Sem título
Paulista de descendência japonesa, Alex Hanazaki formou-se em arquitetura, mas transformou-se em paisagista – por vocação. O profissional atribui à sua infância e juventude em Presidente Prudente, local de muita agricultura, a capacidade que possui de transfazer o simples em algo sofisticado.

Alex extrai da natureza  formas, cores e texturas que pelas suas mãos se traduzem em paisagem moderna. Jardins particulares de alma e linguagem poética. Seus ambientes são minimalistas, no conceito e no cuidado, feitos de detalhes que flertam com o purismo e seus significados. “O desafio de criar o jardim é fazer com que a pessoa permaneça nesse espaço”, explica o paisagista.

Por uma coincidência do destino, seu nome e profissão possuem uma forte ligação. “Hanazaki”, na origem japonesa, significa flor (hana) e crescimento (zaki). Não é atoa que Hanazaki é considerado  um dos grandes nomes do paisagismo moderno no Brasil. Exemplo disso é que o jardim desenhado pelo paisagista para a casa da arquiteta Debora Aguiar, em São Paulo, foi eleito o mais bonito do mundo pela Sociedade Americana de Arquitetos e Paisagistas (Asla) em 2014.

Seu objetivo é criar jardins como obra de arte, sem deixar de lado a importância desses espaços na vida das pessoas. “Questões como acessibilidade e harmonia botânica nas calçadas são preocupações que se os novos empreendimentos hoje tiverem, já é uma mudança de cenário, isso só tende a deixar a cidade muito mais bonita, muito mais permeável e muito mais acolhedora”. A frente de um escritório em São Paulo afinado com seu perfeccionismo, Alex trabalha com projetos comerciais e residenciais.
g455727s g455724s g455725s

Metalinguagem do design goiano

Peças de arte e design de goianos em ambiente de outros goianos na Casa Cor Goiás 2016

Fotografia de Naldo Mundim no ambiente de Geovanni Borges

Fotografia de Naldo Mundim no ambiente de Geovanni Borges

Havia um tempo que o trabalho goiano somente era reconhecido em Goiás quando a notícia do talento nascido no Centro-Oeste difundia no badalado circuito cultural do eixo Rio São Paulo. Esse tempo se foi. As barreiras se quebraram em um mundo globalizado, e o que é produzido em Goiânia é valorizado. Ponto.

É neste ponto que podemos falar da metalinguagem do design moveleiro dentro da Casa Cor Goiás. Para materializar essa figura de linguagem, o Blog AZ circulou em alguns ambientes da mostra e percebeu que arquitetos goianos estavam utilizando-se de arquitetos goianos em seus ambientes. Um verdadeiro intercâmbio de ideias e de valorização da arte e do design produzido aqui.

Anna Paula de Melo usa a linha Chuva de Leo Romano no Wine Bar da mostra. O espelho Chuva chama atenção em uma das paredes do ambiente e dialoga com peças de outros designers brasileiros como Sérgio Rodrigues. O nome de Léo aparece em outro ambiente. É que Ana Paula e Sanderson decoraram seu espaço com as criações em porcelana assinadas conjuntamente por Léo Romano e Yeda Jardim.

Mariela Romano também incluiu goianos em sua linha decorativa. Além do artista plástico Marcus Camargo, responsável pelo projeto da escultura de boi em 3D na entrada do Loft Fazenda, o carrinho de Genésio Maranhão e a Chaise Veleiro de André Brandão e Marcia Varizo também marcaram o ambiente.

Por falar em André Brandão e Marcia Varizo, embora o casal não tenha integrado o time de arquitetos que projetou a Casa Cor este ano, seus nomes fazem parte da mostra não só no ambiente de Mariela. A dupla foi a responsável por criar o Buffet Mondrian, uma das peças que decora a Sala de Almoço de Andreia Carneiro.

A arte goiana não ficou esquecida. Além do mencionado trabalho de Marcus Camargo, presente em quatro ambientes da mostra, uma tela de Sandro Torres chama atenção no espaço Café de Genésio Maranhão. Outro artista que entrou para a mostra foi o fotógrafo Naldo Mundim. É que imagens capturadas por suas lentes fotográficas podem ser vistas no 50 tons Urbanos de Geovanni Borges.

Chaise Veleiro no ambiente de Mariela Romano

Chaise Veleiro no ambiente de Mariela Romano

Tela de Sandro Torres no ambiente de Genésio Maranhão

Tela de Sandro Torres no ambiente de Genésio Maranhão

Porcelanas de Yeda Jardim e Léo Romano no espaço de Ana Paula e Snaderson

Porcelanas de Yeda Jardim e Léo Romano no espaço de Ana Paula e Snaderson

Espelho Chuva de Léo Romano no espaço de Anna Paula Melo

Espelho Chuva de Léo Romano no espaço de Anna Paula Melo

 

Ambiente de Andria Carneiro com Buffet Mondrian de André Brandão e Márcia Varizo

Ambiente de Andria Carneiro com Buffet Mondrian de André Brandão e Márcia Varizo

Fotos: Marcus Camargo

A arte em suas várias facetas

O artista, fotógrafo e designer Marcus Camargo conta um pouco mais sobre seus trabalhos na Casa Cor Goiás 2016

13267837_1023406747713133_2168968569678936464_n
A arte ganha forma no papel de Marcus Camargo assim como ganhou em sua vida. O designer é formado em Artes Visuais/Design de Interiores pela Universidade Federal de Goiás e atua como fotógrafo, cenógrafo e designer de produtos. Mas as artes sempre estiveram presente na vida de Marcus desde a sua infância com a pintura, a fotografia e a dança. Bailarino, Marcus Camargo dançou por três anos no elenco jovem da Quasar Cia. de Dança e no Grupo DasLos. Atualmente, seu trabalho que ganha maior destaque está nas linhas do desenho e da pintura.

“O desenho começou pra mim como um diário pessoal, nele eu desenhava tudo que estava vivendo e queria colocar para o mundo”, explicou o designer em entrevista ao Blog AZ. Com o desenho, Marcus conquistou uma forma de libertação pessoal. “A estética do desenho vinha em forma de signos, tudo muito “abstrato”, orgânico e intuitivo. Quando percebi que esse meu desenho ultrapassou o meu diálogo pessoal e começou a comunicar com outras pessoas, vi que realmente a minha arte era capaz de tocar”, concluiu.

Quando o trabalho artístico se aproxima do design, podemos encontrar uma conexão desta arte com a arquitetura. No trabalho de Marcus Camargo esta conexão se materializou em quatro ambientes da Casa Cor Goiás 2016. Não é a primeira vez que Marcus expõe suas criações na mostra. Em 2012, criou a mesa Reflexus e uma instalação de vidro no bar projetado por Larissa Maffra e Marina Bastos e o revisteiro Asa para bilheteria de Ozair Riazo e Vanessa Garcia. No ano passado, participou da mostra em Goiás, com painel de quase 7m pintado manualmente no ambiente de Adriana Mundim e Fernando Galvão, e Brasília – projetou uma parede pintada no restaurante projetado por Marcela Passamani. Desde 2012, o profissional fotografa ambientes para arquitetos durante a Casa Cor.

Este ano, Marcus teve o privilégio de mostrar suas várias facetas em uma só edição da mostra, pois em três trabalhos usa o desenho de formas diferentes – na parede, em pratos e em quadros – e outro que trabalha com instalação artística.
DSC_1373

Loft da Fazenda

No Loft da Fazenda, projetado pela arquiteta Mariela Romano, Marcus projetou uma escultura em 3D usando sua identidade de desenho. “A arquiteta já queria uma cabeça de boi na entrada do ambiente, mas não sabia qual e não encontrava algo diferente, foi aí que ela me chamou para conversar”. Da conversa, surgiu a ideia de tridimensalizar o trabalho de Marcus na forma de uma cabeça de boi. “Topei na hora o desafio, pois sempre quis mostrar meu desenho aplicado em outro formato, agora em escultura, que é a evolução de uma técnica que teve início em 2014 com a série de desenhos que criei intitulada Desenho Táteis”, explicou. O boi tem 2m de largura, feito em aço corten, e dividido em três camadas recortadas a laser, criando um volume que se modifica dependendo de onde a pessoa o observa.
21

50 Tons Urbanos

Para o ambiente de Giovanni Borges, o loft 50 Tons Urbanos, Marcus criou um desenho na parede com caneta permanente. “Sinuoso e sensual, o desenho vem para unir os ambientes, começando pelo dormitório e terminando na varanda”, explicou o designer. O objeto Crânio King, também projetado por Marcus está no ambiente.

giovanni4

Refúgio do Benjamin

Para o espaço Refúgio do Benjamin de Karla Oliveira, Marcus produziu uma série de 12 quadros intitulada “Cardíaco”. Os quadros, que foram desenhados para o ambiente de um médico que ama as artes, tem o coração como elemento inspirador em todas suas variações, tanto no lado científico quanto poético. “O coração é visto em estéticas diferentes, assim como a reverberação do movimento de pulsação do sangue no corpo”, analisou o artista.
DSC_2158ed

Sala de Almoço

Na Sala de Almoço de Andreia Carneiro, Marcus Camargo criou uma instalação de pratos esmaltados populares, com algumas fotografias de viagens da nutricionista Carol Moraes, que serviu de inspiração para o projeto. “A ideia era usar esses registros de viagens da nutricionista. Selecionei somente fotos que mostrava a mão dela segurando algum elemento da gastronomia popular de cada região que passou”. O resultado, segundo o artista, é um grande mapa orgânico que ilustra esse passeio sensorial na diversidade cultural.

andreiacarneiro4

Sofisticação e leveza

Casa Cor Goiás: os arquitetos e urbanistas Eduardo Bittar e Karla Bittar assinam a Sala de Banho da mostra 2016

karlabittar1

Karla Bittar e Eduardo Bittar retornaram após um período sem participar da Casa Cor Goiás e nos lembraram do porquê de sentirmos a sua falta. É que os veteranos de mostra, este ano marcou a 8ª participação do casal na exposição, voltaram em grande estilo. O ambiente parece não dar muita asa para a imaginação, afinal, como inovar em uma sala de banho? O casal aceitou o desafio e transformou os 35m² reservados para o banheiro em um verdadeiro spa: sofisticado, mas com a leveza necessária para um espaço de descanso.

A proposta do projeto foi dar um novo conceito para os banhos, que na maioria das vezes são tímidos e escondidos, transformando-os em um refúgio dentro de casa. Para fugir do estresse nada melhor que um banho de banheira cercado de livros, não? É que a banheira, uma das atrações principais do ambiente, funciona como uma chaise para ler um bom livro da pequena biblioteca instalada na sala de banho, junto da charmosa penteadeira e do pequeno jardim.

Na escolha dos acabamentos foram priorizados materiais mais naturais, ecológicos e sustentáveis; ajudando a reforçar o aconchego e relaxamento do ambiente, como réguas e lâminas de bambu no piso e no teto. Na área molhada, com chuveiros e banheira, há uma plataforma elevada revestida de porcelanato emoldurada por um mosaico cimentício que se assemelha a uma pedra bruta.

As luminárias e mesas de apoio dão suporte para esse uso e sua beleza denunciam sua origem: todas do Armazém da Decoração. A bancada tradicional dá lugar a uma mesa de madeira onde são apoiadas as cubas, abajures e alguns outros objetos necessários em um banheiro. A decoração contemporânea e cosmopolita aposta no bem-estar, com um toque simples e poético do genuíno mobiliário brasileiro moderno, com a poltrona Oscar, de Sérgio Rodrigues; Banco Trinco, de Lia Siqueira; além da série de fotografias do Amazonas, da artista Adriana Bittar.
karlabittar4 karlabittar3 karlabittar2 karlabittar5 karlabittar6

Fotos: Marcus Camargo

 

Acima do branco, abaixo do preto

Casa Cor Goiás: o arquiteto Giovanni Borges assina o estúdio masculino batizado de 50 tons urbano

giovanni4

Foi entre o branco e o preto que Giovanni Borges encontrou o tom de seu ambiente na Casa Cor Goiás 2016. O arquiteto, veterano de mostra, apresenta este ano um ambiente masculino inspirado em um morador cosmopolita, que ousa no seu estilo de viver, com discrição e sofisticação.

É o loft de um verdadeiro Christian Grey, personagem do livro “50 tons de cinza” da autora britânica E. L. James. “O personagem que me inspirou a criar o ambiente, assim como o personagem do livro e filme, é um homem culto e viajado que gosta do luxo e da sofisticação sem abrir mão de um ambiente design”, explicou Giovanni Borges ao Blog AZ.

O ambiente foi batizado de “50 tons urbanos”, mas a escolha se deu pelos vários tons de cinza que colorem o loft de 101 m2. Afinal, como bem lembrou o arquiteto, a cidade vive sob os diversos tons de cinza.  O conceito de bem viver aliado ao desejo de espaços integrados, uma característica nos projetos assinados pelo profissional, também estão presentes no estúdio.

O espaço é composto de uma suíte, com uma generosa sala de banho que recebe a luz natural como protagonista, um closet, além de uma varanda para receber amigos ou relaxar. O projeto luminotécnico privilegia os focos pontuais de luz para valorizar os objetos de decoração e criar uma atmosfera intimista, confortável, aconchegante ao espaço, estimulando e convidando o visitante a direcionar seu olhar e a tocar o produto.

A paleta de cores enfatiza os tons de cinza e a cor preta. O mobiliário apresenta-se em linhas retas em materiais nobres e high tech com peças assinadas por designers nacionais e internacionais. Irmãos Campana e Patrícia Urquiola figuram entre eles. A arte de fotografar de Kazuo Okubo e Naldo Mundim estão retratadas em quadros para compor a decoração do espaço.
giovanni7 giovanni6 giovanni5 giovanni2 giovanni1

Fotos: Marcus Camargo