Metalinguagem do design goiano

Peças de arte e design de goianos em ambiente de outros goianos na Casa Cor Goiás 2016

Fotografia de Naldo Mundim no ambiente de Geovanni Borges

Fotografia de Naldo Mundim no ambiente de Geovanni Borges

Havia um tempo que o trabalho goiano somente era reconhecido em Goiás quando a notícia do talento nascido no Centro-Oeste difundia no badalado circuito cultural do eixo Rio São Paulo. Esse tempo se foi. As barreiras se quebraram em um mundo globalizado, e o que é produzido em Goiânia é valorizado. Ponto.

É neste ponto que podemos falar da metalinguagem do design moveleiro dentro da Casa Cor Goiás. Para materializar essa figura de linguagem, o Blog AZ circulou em alguns ambientes da mostra e percebeu que arquitetos goianos estavam utilizando-se de arquitetos goianos em seus ambientes. Um verdadeiro intercâmbio de ideias e de valorização da arte e do design produzido aqui.

Anna Paula de Melo usa a linha Chuva de Leo Romano no Wine Bar da mostra. O espelho Chuva chama atenção em uma das paredes do ambiente e dialoga com peças de outros designers brasileiros como Sérgio Rodrigues. O nome de Léo aparece em outro ambiente. É que Ana Paula e Sanderson decoraram seu espaço com as criações em porcelana assinadas conjuntamente por Léo Romano e Yeda Jardim.

Mariela Romano também incluiu goianos em sua linha decorativa. Além do artista plástico Marcus Camargo, responsável pelo projeto da escultura de boi em 3D na entrada do Loft Fazenda, o carrinho de Genésio Maranhão e a Chaise Veleiro de André Brandão e Marcia Varizo também marcaram o ambiente.

Por falar em André Brandão e Marcia Varizo, embora o casal não tenha integrado o time de arquitetos que projetou a Casa Cor este ano, seus nomes fazem parte da mostra não só no ambiente de Mariela. A dupla foi a responsável por criar o Buffet Mondrian, uma das peças que decora a Sala de Almoço de Andreia Carneiro.

A arte goiana não ficou esquecida. Além do mencionado trabalho de Marcus Camargo, presente em quatro ambientes da mostra, uma tela de Sandro Torres chama atenção no espaço Café de Genésio Maranhão. Outro artista que entrou para a mostra foi o fotógrafo Naldo Mundim. É que imagens capturadas por suas lentes fotográficas podem ser vistas no 50 tons Urbanos de Geovanni Borges.

Chaise Veleiro no ambiente de Mariela Romano

Chaise Veleiro no ambiente de Mariela Romano

Tela de Sandro Torres no ambiente de Genésio Maranhão

Tela de Sandro Torres no ambiente de Genésio Maranhão

Porcelanas de Yeda Jardim e Léo Romano no espaço de Ana Paula e Snaderson

Porcelanas de Yeda Jardim e Léo Romano no espaço de Ana Paula e Snaderson

Espelho Chuva de Léo Romano no espaço de Anna Paula Melo

Espelho Chuva de Léo Romano no espaço de Anna Paula Melo

 

Ambiente de Andria Carneiro com Buffet Mondrian de André Brandão e Márcia Varizo

Ambiente de Andria Carneiro com Buffet Mondrian de André Brandão e Márcia Varizo

Fotos: Marcus Camargo

Bailarina do palco de papel

Léo, Ba e Dani recebem, nos palcos da Sala Conceito do AZ, convidados para prestigiar a Bailarina – nova coleção assinada por Léo Romano

Casa Cr São Paulo

No palco da arte, design é convidado especial. Talvez seja por essa próxima relação que o arquiteto Léo Romano tenha ampliado, desde o início da carreira, seu campo de atuação. É que Léo não cansa de ousar. Suas criações transitam entre o design visual, de interiores, gráfico, moveleiro, entre a arquitetura e a moda – todas de mãos dadas com a arte, e, em nenhuma delas, Léo Romano deixa de manifestar seu lado inquieto e curioso.

Seu palco principal é uma folha de papel em branco e suas dançarinas são as mãos, que em um perfeito pas de deux, dão vida às linhas que surgem em sua imaginação. “Quando criança queria ser cantor ou bailarino, ficava encantado com os movimentos da dança, mas foi no desenho, timidamente, que busquei o meu caminho” contou o arquiteto. “Me encontrei em folhas brancas”.

A paixão pela dança e a beleza de seus movimentos podem não ter levado Léo para os palcos, mas fez com que o arquiteto os trouxesse para o seu palco particular. Bailarina. Esse é o nome de seu último projeto, um trabalho completo e conceitual que está sendo lançado, simultaneamente, em seus ambientes na Casa Cor Goiás e São Paulo.

Inspirado na dança de um grande balé clássico, os objetos foram construídos com pés que remetem ao formato das bailarinas. Todas de ponta, prontas para dançar em um grande corpo de baile. “A colação Bailarina reflete a busca das minhas lembranças”. Em seu palco de papel, o desenho vira móvel de madeira. “Hoje faço dos meus cadernos o melhor lugar do mundo, me renovo quando uma página vazia revela uma forma”, contou Léo.

Para o arquiteto, a materialização das linhas que dançam harmonicamente em seu palco é a recompensa de seu trabalho. “A Bailarina foi o resultado de um processo no qual artesões esculpem delicadamente uma sequencia de pernas finalizadas com pés em ponta”, explicou. Como resultado, mesa de jantar, aparador, espelho de piso e de parede se materializaram como recompensa de seu trabalho.

Em entrevista ao Blog AZ, Léo Romano explicou que sua nova criação dialoga com a coleção de móveis lançada por ele no último ano. A linha Chuva, também na madeira, trabalhou com pés que lembram os pingos d´agua caídos do céu representando, na obra final, a fluidez que remete ao nome das peças. A nova coleção tem algo de Chuva, mas a fluidez foi substituída pelos movimentos da dança.

Na moda seu trabalho também desperta o público. Há 25 anos o designer desenhava as próprias roupas e tinha uma grife de moda, há 10 lançou sua primeira coleção de joias. Hoje lança, juntamente com sua linha de móveis, nova coleção de joias com os mesmos pés de bailarina que dançam em suas mesas.

Lançamento

O Armazém da Decoração, que é palco conceito para a experimentação dos designers goianos e nacionais, recebe Léo e Bailarina (com as linhas de móveis, joias e porcelana) em um momento de celebração. Léo faz 20 anos de carreira, AZ completa 18 e juntos se unem em um abraço de afeto e ousadia.

A Sala Conceito, perfumada de histórias, afeto e atrevimento, recebe seu criador – Léo Romano assina o projeto que deu vida à Sala Conceito AZ – para mais uma linda estreia. Na noite de hoje convidados serão apresentados à Bailarina ao lado de bailarinos que dançarão a dança da vida, da alma, do design e da arte.

* O evento recebe os convidados a partir das 20 horas – indispensável apresentação do convite. A performance está marcada para as 21 horas. Dress code: preto.
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Memória do que foi

Casa Cor Goiás 2016: o arquiteto, designer e artista plástico Leo Romano assina a Santa Casa Leo em sua 20ª participação na mostra

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Os primeiros passos de Goiânia como “futura capital” do estado de Goiás foram dados ainda no século XIX, mas a capital virou definitivamente “Goiânia” em 2 de agosto de 1935, com o decreto estadual que deu o nome à capital. A história do prédio que habita a Casa Cor 2016 é tão antiga quanto a chegada da administração do estado para a nova cidade. É essa história que o arquiteto, designer e artista plástico Leo Romano quis contar com seu ambiente na mostra.

Desde seus primeiros anos de vida, os três mil metros quadrados que hoje hospedam a Casa Cor serviram à saúde.  Datado de 1930, a construção de número 777 abrigou o primeiro posto de saúde da capital, estrategicamente localizado ao lado da única unidade hospitalar da cidade, a Santa Casa de Misericórdia. Posteriormente o edifício se transformou na Central de Medicamentos de Alto Custo (CMAC) Juarez Barbosa.

O edifício, desocupado desde 2013, traz consigo uma estética de dor e abandono. A dor vem de sua antiga função: receber doentes na tentativa de curá-los; e foi ela, a dor, um dos principais elementos utilizados na construção do espaço. “Eu queria que as pessoas entrassem no ambiente e se interessassem pela história do lugar e para contar essa história, escolhi a linguagem poética”, contou Leo. Para superar a “dor”, o arquiteto se inspirou nos elementos de cura.
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O ambiente é como um ambulatório fantasiado com a beleza do design e da arquitetura e protegido pela poesia que cada um de seus elementos transmite ao visitante. Uma melodia triste, ao fundo, resgata o visitante para os anos que aquele edifício servia de anexo à Santa Casa de Misericórdia. “Eu quis resgatar as memórias que este prédio histórico carrega como algo que representasse, ao mesmo tempo, angústia e leveza”, explicou Leo Romano em entrevista ao Blog AZ.

Inspirado pela aparência das enfermarias pós-guerra, a “Santa Casa Leo” possui uma atmosfera que remete aos ambientes de uma casa, um escritório ou mesmo um hospital. O objetivo do arquiteto não foi criar um espaço com função definida, mas sim um conceito que ultrapassasse um cômodo ou um jeito de morar cotidiano e capaz de despertar sensações. “Você pode me perguntar se isso é um quarto ou uma sala e eu vou te responder que esse espaço é, na verdade, uma referência”, explicou.

O profissional aposta na ressignificação da memória e conserva características originais da construção, somando a elas uma interferência arquitetônica precisa entre volumetrias, revestimentos, iluminação, mobiliários e objetos. Para Leo Romano, nenhuma escolha é feita ao acaso na montagem de uma exposição como a Casa Cor, “todos os elementos que estão aqui servem para despertar um questionamento”.

Leo, que completa juntamente com a Casa Cor Goiás, 20 anos de mostra em 2016, acredita que a exposição serve para mostrar um conceito e não apenas criar um lugar bonito. Esta sua filosofia o levou também para a mostra da Casa Cor de SP (pelo segundo ano consecutivo). Este ano Leo aproveita a exposição – em Goiás e em São Paulo – para fazer o lançamento de sua nova linha de mobiliário Bailarina. Inspirado na dança de um grande balé clássico, os objetos foram construídos com pés que remetem ao formato das bailarinas de ponta. A linha dialoga com seu ultimo lançamento, da colação Chuva.
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Texto: Bárbara Alves
Fotos: Marcus Camargo

Casa Cor São Paulo 2016

A Casa Cor de São Paulo abriu suas portas no último domingo com 70 ambientes para celebrar os 30 anos da mostra

Foto: Casa Cor / Salvador Cordaro

Foto: Casa Cor / Salvador Cordaro

A Casa Cor está em ano de celebração e foi também com esse clima que a mostra de São Paulo abriu suas portas no último dia 17 de maio e com representação goiana na sua escalação de arquitetos. A restrita lista de profissionais inclui em seus nomes Léo Romano, convidado pelo segundo ano consecutivo para participar da edição de São Paulo do evento.

A mostra estreia mais um ano no tradicional endereço da Casa, o Jockey Club de São Paulo. Talvez muitos não soubessem, mas o Jockey Clube ainda possuía uma edificação a ser desvendada, e foi o que a mostra desde ano fez. Exemplar da art déco paulistana dos anos 1940, assinada pelo francês Henri Sejous, o ambulatório passou por um processo de restauração, em razão de seu estado de deterioração, e recebe 70 ambientes da mostra.

Pelo segundo ano consecutivo, Léo Romano foi convidado para integrar a equipe de profissionais responsáveis por levantar a mostra e mostrar ao visitantes as novas tendências da arquitetura e design. Seu ambiente, Casa Braile, foi criado para celebrar os sentidos.

O arquiteto criou painéis em alumínio microperfurados para envelopar o teto e as paredes, entre outras texturas que convidam a estimular o tato. A decoração e os móveis se diluem em gradações de rosa, apresentando peças desenhadas por Romano, como o aparador e a mesa de centro da coleção Bailarina – que está sendo lançada nacionalmente durante a mostra de São Paulo.

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Serviço
Casa Cor São Paulo 2016

Quando: 17 de maio a 10 de julho de 2016.
Onde: Jockey Club de São Paulo – Av. Lineu de Paula Machado, 775 Cidade Jardim.
Quando: os valores do ingresso inteiro variam de R$ 52 a R$ 65
O passaporte único pode ser adquirido por R$ 150

Goianos vencem 20º Prêmio Deca região Centro-Oeste

Karla Cristina, Eduardo Bittar e Léo Romano vencem na etapa regional no 20º Prêmio Deca de arquitetura

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Na última terça-feira (17) profissionais do design e arquitetura se encontraram no Villa Jockey de São Paulo para o anuncio dos vencedores do 20º Prêmio Deca de arquitetura. Em sua vigésima edição, o evento premiou os goianos Léo Romano, Karla Cristina e Eduardo Bittar e o Blog AZ não poderia deixar de parabeniza-los.

O Prêmio Deca avalia os projetos inscritos e a seleção dos vencedores é feita por um júri com grandes nomes do seguimento. No ano de 2015, quando o evento obteve o maior número de indicações, o júri reuniu profissionais de renome de diversas áreas como Washington Olivetto, Bel Lobo, Patrícia Quentel, Roberto Dimbério, Jader Almeida, Clarissa Schneider, Tuca Reinés, Gianfranco Vannucchi, Márcio Kogan, Etel Carmona, Alexandre Ferreira, Marisa Moreira Salles e Ângelo Derenze.

Na etapa regional, a Categoria Profissional premiou Karla Cristina e Eduardo Bittar, do escritório Bittar Arquitetura, na categoria Residencial e Léo Romano na categoria Mostra. Os vencedores das categorias regionais foram premiados com um MacBook.

Casa Cor Brasília abre suas portas para temporada 2015

A Casa Cor Brasília abriu suas portas na noite da última sexta-feira para sua 24ª edição que acontece de 29 de setembro a 10 de novembro de 2015

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Com o tema que vem fazendo designers e arquitetos de todo o país quebrar a cabeça – brasilidade – a Casa Cor Brasília abre suas portas nesta semana que divide os meses de setembro e outubro de 2015. A Casa Cor Brasília chega a sua 24ª edição que acontece este ano no Instituto Nacional do Coração, Comercial da QI 9 do Lago Sul.

“Esta edição apresenta uma Casa mais completa, mais madura e mais alegre e que valoriza ainda mais a arte e o mobiliário brasileiros”, afirma Eliane Martins, uma das organizadoras do evento na capital federal. A arquiteta tem razão, já que este ano a exposição valorizou nossos designers e grandes nomes do mobiliário nacional fizeram sua aparição em peças espalhadas por diversos ambientes da Casa.

Muito se fala em brasilidade, mas cada profissional tem uma definição diferente do que esta palavra pode significar. O resultado? Uma mostra rica em diversidade de estilos. “É um resgate da cultura e estilos brasileiros como o cobogó, elemento marcante na arquitetura de Brasília e que ressurge com força em projetos atuais”, explica Sheila Podestá, responsável – juntamente com Eliane – pela mostra em Goiás e Brasília.
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Para Moema Leão, que também organiza a Casa Cor Brasília, este ano a mostra se destaca dos demais anos. “Os profissionais se esmeraram para fazer da mostra de Brasília em 2015 umas das melhores já realizadas”. Em 2015, a exposição ocupa uma área construída de 6.500 m².

Outro nome nosso que não poderia estar de fora é o de Leo Romano. O arquiteto goiano participa mais uma vez da mostra de Brasília com ambientes nascidos de seu desejo de sempre experimentar o novo. Além do Foyer, que Leo criou juntamente com Ney Lima, o arquiteto desenvolveu a Casa Leo – espaço de 200 m² divididos em pequenos ambientes.

O ambiente de Leo foi criado para dar espaço para diversas peças icônicas de grandes designers nacionais como Oscar Niemeyer, Irmãos Campana, Etel Carmona, Dado Castelo Branco, Isay Weinfield, além de algumas de sua própria criação. Móveis que, em Goiânia, você só encontra no Armazém da Decoração.

CASA COR Brasília 2015
Quando: 
de 29 de setembro a 10 de novembro – de terça a domingo (e feriados), das 12h30 às 22h.
Onde: Comercial da QI 9 do Lago Sul, lote D. Antigo Inacor (Instituto Nacional do Coração).
Quanto: R$ 44 (inteira), R$ 22 (meia para estudantes e pessoas com 60 anos ou mais). Crianças até 11 anos não pagam.

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Fotos: Jomar Bragança

 

Dezenove vezes Léo

Infância perdida inspira Léo Romano na criação do ambiente que leva seu nome e suas peças na Casa Cor Goiás 2015

 

Ieda Jardim, Léo Romano, Abadia Haich e Daniela Mallard (Foto: Marcus Camargo)

Ieda Jardim, Léo Romano, Abadia Haich e Daniela Mallard

Arquiteto de peso na Casa Cor Goiás 2015, Leo Romano não perdeu uma edição da mostra. Já expôs na Casa Cor Brasília e este ano levou sua criatividade para a edição paulista da maior mostra de arquitetura e design do país. Seu vasto currículo ajuda a entender o porquê que Léo sempre dá o que falar. É que sua fonte de inspiração vem não apenas de seu trabalho como arquiteto, mas também por sua formação e atuação como artista plástico.

Este ano o studio que leva sua assinatura, leva também seu nome e não é para menos, muito do que está exposto na Sala Léo foi criado por ele. No espaço de 80 m², a poesia está construída considerando o melhor do design nacional e internacional, bem como na utilização de imagens de fotógrafos artistas e elementos cênicos que proporcionam uma experiência sensorial capaz de despertar o desejo de volta ao passado.

Madeira e preto são os carros chefes do ambiente de Léo, dando ao espaço um aspecto de sobriedade. Inspirado no universo infantil, alguns objetos, como o carrinho na parede, o trenzinho no teto, o balanço de cavalo em tamanho quase real e o revisteiro que lembra uma gangorra são os responsáveis por dar uma quebra lúdica a esta sobriedade.

Outro aspecto da Sala Léo que não pode passar despercebida é sua autenticidade. Léo Romano já afirmou em entrevista para o Blog AZ que uma mostra é o momento que o arquiteto tem para ousar e criar o que muitas vezes não pode em seu trabalho diário, por isso seus ambientes são bastante autorais. Este ano, essa característica ficou ainda mais acentuada pelo fato de que grande parte das peças foi criada por Léo.

A Linha Chuva, lançada este ano por Léo na Decameron, faz parte das peças escolhidas pelo arquiteto para compor o mobiliário do ambiente. Toda em madeira, a mesa Chuva e os espelhos Chuva se uniram a outros móveis para compor os vários tons de bege do espaço responsáveis por colocar em condição de destaque a poltrona vermelha dos irmãos Campana.

Na iluminação, um pendente desenvolvido pelo profissional cria uma atmosfera de efeito. O espaço é adornado ainda por obras de arte de Adriana Duque, Ieda Jardim, Loreta Lux e Oleg Dou. Sua estética deriva da necessidade da poesia para o homem, despertando sensações e reflexões sobre os modos de vida contemporâneos.
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Texto: Bárbara Alves
Fotos: Marcus Camargo

Mesa CHUVA marca presença na Casa Cor 2015

Peça da quinta linha de móveis criada por Léo Romano, a mesa CHUVA faz parte dos móveis expostos na Casa Cor São Paulo 2015

CHUVA

Lembra-se da Linha CHUVA? Pois é, a nova coleção do renomado arquiteto Léo Romano vai estar na Casa Cor e não apenas aqui em Goiás. Léo foi convidado para participar da 29ª edição da Casa Cor São Paulo 2015, que acontece entre 26 de maio e 12 de julho, e vai levar CHUVA com ele. Não necessariamente levar, afinal, as peças de sua nova linha já estão em São Paulo na Decameron.

Léo não cansa de ousar. Suas criações encantam em qualquer área que o designer visual, de interiores, gráfico, arquiteto e urbanista decide se aventurar. Na criação de móveis, Léo não deixa de manifestar seu lado inquieto e curioso.

A linha CHUVA escancarou a veia artística de Léo Romano, que conseguiu imprimir na obra final a fluidez a que remete o nome das peças. A coleção Chuva integra a série Objetos Poéticos, com peças em madeira e cerâmica – estas últimas assinadas pela artista plástica Iêda Jardim.

Segundo o próprio arquiteto, a madeira é trabalhada numa construção artesanal precisa e cuidadosa. O objeto representa imagens plásticas conduzidas por linhas puras e contínuas. É assim que a mesa CHUVA foi construída. Com pés que lembram pingos d´água, a mesa foi desenhada de forma escultural que pode caber tanto na sala de uma casa ou no salão de uma galeria.

O elemento água foi o fio condutor para a criação de toda a linha, inclusive da mesa. Aqui, Léo manteve uma tendência em valorizar os elementos da natureza. A mesa Chuva vai estar exposta na Casa Cor São Paulo, mas aqui em Goiânia pode ser encontrada no Armazém da Decoração, afinal a linha CHUVA é exclusividade nossa.

Design é meu mundo / Linha Chuva

Léo Romano lançou esta semana, na Decameron em São Paulo, sua quinta linha de móveis

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A qualidade da Decameron e a criatividade de Léo Romano já são características familiares do Blog AZ. Não nos cansamos em enaltecer o trabalho tanto da marca de Marcus Ferreira quando da originalidade do arquiteto goiano, por isso não poderíamos deixar de comentar a aliança entre esses craques do design no lançamento da linha Chuva.

A história da Decameron começou há 20 anos quando seu fundador, Marcus Ferreira, abandonou a biologia marinha para desenhar sofás. Na lacuna do mercado brasileiro, que não tinha empresas de design especificamente voltadas para a fabricação de sofás, Marcus lançou sua marca.

Léo Romano começou no design há dezessete anos e sua vasta formação lhe permite transitar entre todos os campos da arte da decoração. Se formou em Artes Visuais, Design de Interiores, Design Gráfico e Arquitetura e Urbanismo, tudo isso coroado com um mestrado em artes visuais. Conhecido pela ousadia, Léo é inquieto e curiosos – qualidades que ajudaram a dar ao seu trabalho o merecido reconhecimento nacional.
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A união dessas duas histórias de vida profissional foi selada na última terça-feira (17) em São Paulo, quando Léo Romano fez o lançamento de sua linha de móveis Chuva para a Decamenron. A coleção ficará exposta até sábado (21) na loja de Marcus Ferreira.

A coleção Chuva integra a série Objetos Poéticos, com peças em madeira e cerâmica – estas últimas assinadas pela artista plástica Iêda Jardim. Como de costume em suas criações, Léo busca trabalhar com os elementos da natureza como um estimulo sensorial. Chuva é uma coleção de móveis com a expressão da fluidez. Segundo o próprio arquiteto, a madeira é trabalhada numa construção artesanal precisa e cuidadosa produzindo imagens plásticas conduzidas por linhas puras e contínuas.

O elemento água foi o fio condutor para a criação de toda a linha, que conta com mesas laterais, bancos, mesas de centro e de jantar, espelhos, aparadores e bancos produzidos em madeira freijó. A linha Chuva é a quinta coleção de móveis assinada pelo arquiteto e exclusividade AZ.

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I Leo You

Leo Romano inova em mais um projeto criado para a Casa Cor Goiás

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Com uma brincadeira usando seu nome e a frase mais dita no mundo em todas as línguas – “I love You” –, a intenção de Leo Romano com o Studio I LeoYou é passar a ideia que a criação de seu ambiente foi uma entrega na hora de projetar, com muito amor e paixão. Leo é o único profissional presente em todas as 18 edições da Casa Cor Goiás e usa a oportunidade para criar novas experimentações. Para o arquiteto, a mostra é uma oportunidade dos profissionais criarem projetos autorais, e disso Leo entende bem.

Suas experimentações são sempre os objetos surpresa que surgem em meio ao ambiente. Na mostra desse ano o destaque foi para a obra de arte em formato de boi, em tamanho natural, pendurado de cabeça para baixo. “A Casa Cor é um momento de inovar e criar o que não pode ser feito dentro de uma casa, pois precisa ser um espaço inspirador e convidativo”, explicou o designer e arquiteto em entrevista para o Blog AZ.
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Como de costume em suas criações, Leo busca trabalhar com todos os elementos da natureza como um estimulo sensorial. O banheiro integrado a uma raia de piscina exibe uma cortina d´água que passeia entre as paredes e o vidro e fica do lado oposto a uma lareira e um jardim. Os elementos fogo, água e verde espalhados pelo ambiente exaltam a relação do homem com a qualidade de vida. Tudo haver com o ambiente, que se propõe a ser um Studio projetado como um refúgio de convívio e relaxamento.

Mas o espaço de Leo chama a atenção pelo todo. Projetado para ser um Studio masculino, não há uma pessoa que não se imagine habitando seus 130 metros de conforto e requinte. “A ambientação foi feita pensando no masculino, mas conseguimos encontrar uma delicadeza para encantar todos os gêneros”, contou Leo.

A pegada sofisticada do espaço de Leo tem o auxilio luxuoso da Etel Interiores com peças de Oscar Niemeyer, Jorge Zalszupin, Claudia Moreira Salles e Guilherme Torres – todos exclusivos do Armazém da Decoração em Goiânia. O arquiteto resolveu declarar seu encanto pelo mobiliário brasileiro e encontrou na Etel os grandes nomes e móveis que precisava para compor seu espaço, que conta também com criações próprias do designer. “Sou apaixonado pelo mobiliário brasileiro e a Etel é uma forte e importante representação desse mobiliário”, explicou.

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Fotos: Marcus Camargo