Q de Quilombo

Arthur Mattos Casas

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Arthur Mattos Casas possui projetos espalhados nos quatro quantos do mundo e escritório em Nova York, mas foi em São Paulo que nasceu e pela cidade que se apaixonou. Paulistano de carteirinha, a selva de concreto brasileira é a real fonte de inspiração do arquiteto. “Se você encarar São Paulo com uma visão panorâmica, ela é feia. É preciso olhar curto, que nem índio, para encontrar beleza”, disse Arthur em uma entrevista sobre sua cidade natal.

Além da correria da cidade grande, outro refúgio chamou a atenção do arquiteto na hora de se inspirar para suas criações: o Quilombo. Os quilombos constituíram-se em locais de refúgio dos escravos em todo o continente americano e serviu de nome para uma bela coleção de móveis de Arthur Casas bem à brasileira.

Embora seu trabalho seja predominantemente voltado para a arquitetura residencial, parte da criação do Studio Arthur Casas é na área da decoração de interiores. A linha Quilombo foi um desses. O arquiteto não desperdiça, então Arthur Casas tem um trabalho respeitado a arquitetura sustentável. O charme da madeira de demolição é aproveitado nas peças das linhas Quilombo. A mesa Quilombo foi projetada em madeira maciça com base em inox pintado e funcionalmente finalizada com gavetas. Todo o chame faz o Q do Alphabeto AZ ser de Quilombo, porque Design é Nosso Mundo.

Moda e arquitetura a serviço do design moveleiro

Marcelo Alvarenga e Suzana Bastos uniram a criatividade em uma nova marca de design: Alva

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Enquanto um desenhava projetos a outra desenhava roupas, mas em 2012 os irmãos Marcelo Alvarenga e Suzana Bastos uniram seus lápis em um mesmo papel e lançaram a marca de design Alva. Suzana cursou artes plásticas para seguir a carreira de estilista enquanto seu irmão optou pela arquitetura e criou o escritório Play Arquitetura. Seu nome apareceu entre os jovens talentos selecionados pela revista Wallpaper.

Mineiros de Perdões, os irmãos Marcelo Alvarenga e Suzana Bastos têm pedigree. Netos do Senhor João Alvarenga, o avó da dupla fazia peças de xadrez, vasos e outros utensílios domésticos. Com o design no sangue, Marcelo e Suzana resolveram homenagear o avô no nome da nova marca, Alva de Alvarenga, que estreou com uma linha homônima.

A linha Alva é composta por dois aparadores, três gaveteiros com pés e gavetas de parede. As peças foram pensadas para criar um interessante contraponto de formas e materiais. A união das linhas de Marcelo com a criatividade de Suzana gerou móveis projetados em madeira sólida, rígida e geométrica com adornos em tiras de camurça, maleáveis e coloridas sustentadas por um delicado suporte de metal. A bela mistura da madeira com o couro chamou a atenção de Etel e as peças da dupla fazem parte do acervo oficial da marca.

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Biennale di Venezia

Veneza organiza, a cada dois anos, a Bienal de Veneza com mostras de arte, cinema, dança, música, arquitetura e teatro

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A cada dois anos a bela Veneza abre seus canais para receber a Bienal de Veneza. O evento em 2014 segue cheio de programações até 23 de novembro. Cinema, arquitetura, pintura, escultura, dança, música e teatro são as atrações que atraem turistas e amantes da arte para a região de Venêto na cidade das águas.

A bienal nasceu ainda em 1895 da ideia de um grupo de intelectuais venezianos comandados pelo então prefeito da cidade. O carro chefe das primeiras edições eram as artes decorativas, até que o evento se expandiu, ganhando força internacional nas primeiras décadas do século XX. A partir de 1907, vários países começaram a instalar pavilhões nacionais nas exposições.

A Bienal é composta de seis mostras distintas com exposições em cada área do setor artístico: Mostra Internacional de Arquitetura, Exposição Internacional de Arte, Festival Internacional de Cinema de Veneza (o único com frequência anual), Festival Internacional de Dança Contemporânea, Festival Internacional de Música Contemporânea e o Festival Internacional de Teatro.

Este ano está difícil escolher uma entre todas as grandes atrações da Bienal de Arquitetura, que começou em junho e termina somente em novembro. A exposição Monditalia apresenta a paisagem síria contemporânea na Excavating the Sky. A OMA criou uma sala de cinema de 360°. O modernismo do mundo Árabe pode ser explorado no pavilhão do Barém, e olha que esses são apenas alguns exemplos do que você pode encontrar por lá.

O destaque, porém, está no trabalho do arquiteto japonês Kohki Hiranuma. Kohki projetou uma grande instalação, “Glastectrure”, em forma de concha para cercar os visitantes que circulam pelo pátio do Palazzo Mora, um prédio do século 18. A estrutura, feita com a ajuda de resina, nada mais é que um suporte de vidro dobrado.

Nada como visitar a arte da Bienal de Arquitetura de Veneza, na arte que é a própria cidade com seus palácios bizantinos, suas 100 ilhas flutuantes sobre o mar Adriático, 400 pontes, belos canais e gondoleiros cantarolando apaixonados.

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Da fotografia ao design industrial para a decoração

Os amigos Léo Capote e Marcelo Stefanovicz uniram suas forças e criatividades em trabalhos inusitados que assumem o papel de objetos utilitários e peças de decoração

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Fotografia e design industrial parecem duas áreas distantes, mas os amigos e parceiros Léo Capote e Marcelo Stefanovicz uniram suas formações na criação de peças bem humoradas, lúdicas e cheias de arte. Foi em um galpão de fábrica no bairro paulistano de Santa Cecília que o fotógrafo Marcelo e o designer Léo começaram a trabalhar junto há um ano e meio.

“Penso de maneira prática e gosto de manipular ferramentas, enquanto o Marcelo é mais artista. Temos características complementares”, explicou Leo sobre o trabalho desenvolvido pela dupla. O olhar artístico do fotógrafo casou bem com as técnicas e o olhar industrial do designer. Juntos passaram a desenvolver peças de mobiliário e verdadeiras instalações com um estilo que transita entre o vintage e o contemporâneo.

A primeira linha da dupla foi desenvolvida com peças de ferramentas de obra. Leo e Marcelo possuem uma mesa de picaretas, outra de machados e chegaram a desenvolver fruteira com colher de pedreiro. Dai surgiu o termo “bem humorado” para adjetivar o trabalho da dupla. As luminárias saíram como verdadeiras instalações, dessas que encontramos expostas em museus de arte contemporânea das grandes metrópoles. É como se alguém as tivesse esquecido ali, como que por uma brincadeira.

A maior referência do fotógrafo e do designer são os irmãos campana. “Fernando e Humberto frequentavam a loja de parafusos do meu avô, da qual sou dono hoje, e me convidaram para estagiar no estúdio deles”, contou Léo. Os dois possuem hoje importantes produções independentes com formas e materiais que assumem o papel de objetos utilitários inusitados e peças de decoração.
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Um lugar ao sol com Armazém da Decoração

O Armazém recebe esse calor de primavera verão para repaginar suas VarandAZ

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Nas tardes ensolaradas desse início de primavera quente é sempre bom rever o que o Armazém da Decoração tem para nos fazer companhia neste calor. Cor, qualidade e irreverência são três palavras que definem bem as varandAZ. Com isso, o Armazém da Decoração recebe a primavera de braços abertos e com um convite irresistível, sua varanda de cara nova, com tudo até 15x sem juros*. São cadeiras, sofás e mesas de jantar para deixar a sua casa linda para o final do ano! Estamos te esperando!

 

P de Paulo Mendes da Rocha

Poltrona Paulistano

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Capixaba de nascença e paulistano de vivência, Paulo Mendes da Rocha pertence a um seleto grupo de arquitetos modernistas que movimentaram o design nacional, no Brasil e no exterior. Paulo assumiu uma posição de destaque a partir do premio Pritkzer que recebeu em 2006 e assinou projetos de renome na arquitetura nacional, como museu Brasileiro da Escultura (Mube), o pórtico da praça Patriarca, a reforma da Estação da Luz e o ginásio do Clube Paulistano.

Graduado em arquitetura pela Universidade Presbiteriana Mackenzie de São Paulo, desde o início de sua carreira Paulo valorizou uma arquitetura “crua, limpa e clara”, característica que imprimiu também em seus mobiliários. É por esta razão que Paulo é considerado, ao lado de Vilanova Artigas e Le Corbusier, um dos grandes nomes do modernismo. Um grande exemplo dessa tendência é a Poltrona Paulistano.

Paulo Mendes da Rocha assinou a poltrona como seu primeiro grande projeto após terminar a faculdade. Em 2014, Paulistano completa 57 anos de idade com muita fama e atemporalidade, marca forte do mobiliário modernista. “Imaginei desenhar a cadeira com o desenvolvimento contínuo de uma mesma linha e vestimenta leve. Um lugar para a figura humana, suspensa no espaço”, declarou o criador da poltrona.

Cheia de linhas e curvas, a Paulistano foi repaginada ao típico estilo têxtil brasileiro. Seu tecido, antes em couro, ganhou nova roupagem pelo Comitê Texbrasil Decor, que apresentou as novas Paulistano em uma das edições do Salão Internacional do Móvel em Milão. A oportunidade foi ótima para que o mercado têxtil nacional pudesse mostrar ao mundo sua capacidade. “É um momento importante e uma excelente oportunidade de apresentarmos toda a qualidade e o design dos nossos produtos têxteis a um mercado extremamente exigente”, destacou Ramiro Sanchez Palma, coordenador do Comitê à época.

É com muito charme e design que a Poltrona Paulistano faz parte do Alphabeto AZ. P é de Paulo Mendes, porque Design é Nosso Mundo.

Como se madeira fosse

Woods recria madeira de forma lúdica em várias plataformas, inclusive na própria madeira

Pinturas de Richard Woods

Pinturas de Richard Woods

As fotos parecem ter saído das páginas de uma revista de cartoon, mas esse trabalho é do artista Richard Woods. Richard é pintor, escultor e agora se aventura também pelo design mobiliário, graças aos móveis de sua parceria com a Estableshed & Sons, que levaram pinceladas ao estilo bem lúdico.

Nascido em Chester (1966), Richard vive na Inglaterra e já exportou seu trabalho para todo o mundo. Suas inusitadas chapas de compensado foram temas de artigos nas páginas do New York Times, The Guardian, Vogue e outros periódicos que se encantaram pelas inusitadas texturas do artista.

O designer estiliza texturas lúdicas em várias superfícies. As placas são pintadas individualmente à mão e cada uma recebe uma máscara de acetato, onde os desenhos do designer são ampliados. No design mobiliário, Woods transportou suas pinturas para aparadores, criados-mudos, cômodas e cadeiras.
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Escola na água

Arquiteto nigeriano projetou uma escola flutuante para resolver o problema das enchentes na comunidade de Makoko, interior do seu país

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“A forma segue a função”, foi com esta frase que o arquiteto Louis Sullivan deu origem a um modelo de arquitetura bastante utilizado nos dias atuais. Traduzindo, a frase de Sullivan centra-se na teoria de que o volume, as fachadas e todo o aspecto formal da edificação obedecem à disposição em planta baixa dos ambientes, priorizando a funcionalidade dos espaços.

O simples, porém funcional foi o ponto de partida para que grandes nomes do modernismo desenhassem grandes projetos, como Le Corbusier. Todo esse rodeio tem um objetivo: apresentar o trabalho do arquiteto nigeriano Kunie Adeyemi. Kunie projetou uma escola em estrutura flutuante para minimizar os prejuízos causados aos estudantes em razão das constantes inundações em um lago na comunidade de Makoko, Nigéria.

A escola flutuante de Kunie Adeyemi é uma ótima representação da arquitetura criada para funcionar, mesmo nas adversidades. Utilizando uma estrutura de 32 metros quadrados construída em cima de 256 tambores reaproveitados, a escola conta com playground, área de lazer, salas de aula e espaços para aula ao ar livre.

Devido às enchentes, as escolas de Makoko ficavam fechadas durante dias, mas a ideia funcionou perfeitamente e a escola sustenta até 100 pessoas em sua área. A escola flutuante ainda conta com painéis solares e um sistema de captação para água da chuva sua reciclagem. Resultado: o edifício é totalmente autossustentável, não dependendo de tubulações e fiação para seu funcionamento.
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O de Omar

Rejane Carvalho

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Sabe aquela peça de roupa que você gostaria que fosse eterna por nunca estar fora de moda? O sóbrio trabalho em madeira de Rejane Carvalho é o reflexo no design desse desejo de manter em nossa casa os clássicos atemporais. Rejane é arquiteta e designer. Nascida em Porto Alegre, a designer foi escolhida pelo Politecnico de Milão para participar do Food Experience Design 2008, o único Curso europeu de Alta Formação para Retails Point.

Além da sua atuação no campo de projetos residenciais e comerciais para empresas brasileiras e italianas – a designer assina projetos no Rio Grande do Sul, São Paulo, Distrito Federal, Minas Gerais, Bahia e no interior da Itália – Rejane desenvolve pesquisas em parceria com a Armato & Bua Architetti Associati de Florença para a utilização de materiais alternativos e regionais.

Sua natural curiosidade, aliada a procura de caminhos alternativos aqueles já traçados, lhe permite uma visão diferenciada. As propostas que apresenta fundem funcionalidade e estética. Sentar em uma peça desenhada por Rejane é perceber que o chame de seus traços foram desenhados pensando no conforto do desajeitado corpo humano.

Os produtos que cria são realizados por empresas de renome como a Schuster, Sava, Meber e outras. A atenção prioritária é para um estilo feito de qualidade, utilidade e design diferenciado, sóbrio e muito elegante. Um exemplo célebre desse trabalho desenvolvido pela arquiteta é a Cadeira Omar. Omar é uma mistura de um belo desenho na madeira coberto em tecido. Puro charme, a cadeira entrou para nosso Alphabeto AZ. O é de Omar, porque Design é Nosso Mundo!

Goiânia Mostra Curtas chega a sua 14ª edição em 2014

Acontece entre os dias 7 e 12 de outubro a 14ª edição do festival Goiânia Mostra Curtas

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Com o intuito de formar novas plateias para o cinema nacional, o Instituto de Cultura e Meio Ambiente (Icumam) realiza, entre 7 e 12 de outubro, a Goiânia Mostra Curtas. O evento chega neste ano à sua décima quarta edição com uma programação que inclui, além da eleição das melhores produções audiovisuais, oficinas, seminários, debates, encontros, mostras e homenagens.

O Goiânia Mostra Curtas faz parte dos programas voltados para a valorização e democratização do audiovisual brasileiro. Gratuito, o evento convida estudantes, profissionais, realizadores, parceiros, críticos e entusiastas do cinema para participar de toda sua programação com o intuito de promover e divulgar curtas-metragens produzidos em todo o território nacional.

Em treze anos, o festival atingiu a marca de 221 mil espectadores. Foram, no total, 1482 filmes envolvendo 1674 profissionais com uma média de 779 parcerias. Em busca do acesso ao cinema e da qualificação profissional, a Goiânia Mostra Curtas possibilita um contato único entre produtores e realizadores de todos os cantos do País.

O resultado é um intercambio cultural que possibilita, por meio do fomento à produção, à difusão e à exibição da produção em curto formato, o acompanhamento de filmes que reiteram as transformações, formas e narrativas experimentadas pela produção audiovisual brasileira.

A competição é dividida em cinco categorias: Curta Mostra Brasil, Curta Mostra Goiás, Curta Mostra Municípios, Mostrinha e Curta Mostra Cinema nos Bairros. Este ano, o júri é formado por nomes como Anne Friszman, Michael Warhmann, Sandro Fiorin, Daniel Queiroz, Erika Bauer, Marina Meliande, Alyne Fratari, Getúlio Ribeiro e Raphael Gustavo. Este ano, a mostra foi composta por 102 filmes dos quatro cantos do país que serão apresentados no Teatro Goiânia durante as tardes e a noite.

Serviço
Goiânia Mostra Curta
Quando: de 7 a 12 de outubro
Onde: Teatro Goiânia
Entrada Gratuita
Mais informações no site do evento