O incrível vazio de Lloyd Wright

Wright projetou, na década de 50, um de seus trabalhos mais espetaculares, as mansões da Ilha particular de Petra, criando um verdadeiro paraíso na terra

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Organismo é tudo aquilo que tem vida e vida é a palavra de ordem para os profissionais da arquitetura orgânica. Pai desse movimento, Frank Lloyd Wright trabalhava no vazio de suas obras. Para o arquiteto estadunidense, o vazio é o ponto culminante da arquitetura, já que é no vazio das paredes que vivemos. Na arquitetura orgânica, uma casa deve nascer para atender às necessidades das pessoas como se realmente fosse um organismo vivo.

O famoso arquiteto americano de ascendência galesa Frank Lloyd Wright começou sua carreira em 1886. Wright via vida na arquitetura e viveu a sua para ela. Influenciou os rumos da arquitetura moderna com suas ideias irreverentes e se consagrou pai da arquitetura do século XX e um dos maiores arquitetos de todos os tempos. Foi com todo esse background que Wright projetou, na década de 50, as mansões da Ilha de Petra criando um verdadeiro paraíso na terra.

Dentre os vários organismos vivos de Lloyd Wright, um em especial chamou nossa atenção. Antes de sua morte, Wright deixou um de seus projetos mais espetaculares construído em uma ilha particular há pouco mais de 80 quilômetros da cidade de Nova York, as mansões da Ilha de Petra.São também de sua autoria o Museu Guggenheim de Nova York e a lendária Casa da Cascata, na Pensilvânia.
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A casa da ilha dos sonhos, construída em 1950, foi um dos últimos projetos do afamado arquiteto que morreu nove anos mais tarde. O projeto possui 1200 metros quadrados de convivência harmônica entre natureza e concreto. Em 2008, a segunda residência da ilha, uma mansão de 5000 metros quadrados, foi levantada tendo como base um projeto que Wright deixou apenas papel. Hoje a ilha encanta com suas duas casas, uma pista de pouso para helicóptero e seus mais de 110 mil metros quadrados de natureza.

Wright abusou ao máximo do que a ilha poderia lhe oferecer e as casas integram a natureza ao seu interior de concreto. O projetofoi construído com mais de 1500 metros quadrados de claraboias e vastas extensões de pedra, cimento e mogno. É como se a mansão tivesse nascido de dentro das pedras e crescido pela força da luz solar. Com três suítes, seis lareiras e a sala principal carcada por janelas em mogno africano, a mansão principal virou sinônimo de sossego e descanso.

A sonífera ilha fica a apenas 80 quilómetros de barco da agitada cidade de Nova York. Após mais de 5 anos a venda no mercado por valores estimados em U$19,9 milhões, saiu em 2013 um boato de que Angelina Jolie arrematou a ilha para presentear Brad Bitt em seu aniversário de 50 anos. Baita presente, não?

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Os traços de Álvaro Siza

O Blog AZ sempre destaca grandes designers e arquitetos e Álvaro Siza é um deles. O português é considerado um dos grandes arquitetos de todo o mundo não só por sua coleção de trabalhos, mas […]

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O Blog AZ sempre destaca grandes designers e arquitetos e Álvaro Siza é um deles. O português é considerado um dos grandes arquitetos de todo o mundo não só por sua coleção de trabalhos, mas por sua facilidade em lidar com as várias linguagens arquitetônicas.

Álvaro Joaquim de Melo Siza Vieira nasceu em 1933 no interior de Portugal.  Entre os anos de 1949 e 1955, estudou na Escola Superior de Belas Artes do Porto, onde lecionou anos depois. Influenciado por nomes como o de Frank Lloyd Wright, Le Corbusier e Alvar Aalto, Álvaro Siza desenvolveu uma linguagem própria próxima daquela desenvolvida durante o modernismo português.

Foi professor visitante na Escola Politécnica de Lausanne, na Universidade de Pensilvânia, na Escola de Los Andes em Bogotá, na GraduateSchoolof Design of Harvard University como “Kenzo Tange Visiting Professor”; e lecionou na Faculdade de Arquitetura do Porto, onde trabalha atualmente. Sua carreira foi consolidada (e coroada) em 1992 quando ganhou o prêmio Pritzkerde arquitetura.
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Sua linguagem própria encantou os jurados que justificaram o prêmio na habilidade e firmeza do arquiteto. “A arquitetura de Álvaro Siza é uma alegria para os sentidos e eleva o espírito”, palavras do júri. Como os primeiros modernistas, suas formas, moldadas pela luz, tem uma simplicidade. “Se uma vista é desejada, uma janela é feita. Escadas, rampas e paredes, tudo parece ser predestinado num edifício de Siza. Esta simplicidade é revelada como uma grande complexidade. Há um domínio sutil sublinhando o que parece ser uma criação natural”, completaram os jurados.

No Brasil, a obra do arquiteto Álvaro Siza Vieira tornou-se conhecida em torno das ideias de regionalismo crítico e identidade nos anos 80. Em 2008 foi inaugurada às margens do lago Guaíba, a Fundação Iberê Camargo, projetado porÁlvaro Siza composta por dois volumes cheios de linhas e curvas – bem ao seu estilo modernista.

“É difícil pensar num arquiteto contemporâneo que tenha mantido uma presença tão consistente na profissão como Álvaro Siza. Que esta presença seja mantida por um arquiteto que vive e trabalha na margem extrema atlântica da Europa só serve para enfatizar a sua autoridade e o seu estatuto”, lê-se no comunicado que destaca os projetos da Casa de Chá Boa Nova e as Piscinas de Marés, obras de Siza em Leça da Palmeira.

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Jardins perdidos da capital

Bosque dos Pássaros e os jardins esquecidos do Setor Sul viram galerias de arte para os grafiteiros goianos

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A capital esconde algumas belezas e o Bosque dos Pássaros é uma delas. O que poucos sabem é que o Bosque dos Pássaros, a versão goiana e com mais natureza da famosa viela de grafites da Villa Madalena em São Paulo, é apenas um exemplo dos inúmeros jardins esquecidos do Setor Sul.

Segunda capital planejada do Brasil, Goiânia nasceu dos desenhos do urbanista Atílio Corrêa Lima (revisado por Armando de Godoy) com o objetivo de fomentar a marcha para o oeste iniciada pelo governo de Getúlio Vargas na década de 1930.

Como tudo que é planejado, a cidade nasceu com grande potencial. A ideia era inspirar o projeto da nova capital na proposta das cidades idealizadas pelo urbanista inglês Ebenezer Howard. Howard propunha o fim da divisão entre o urbano e rural e para isso as cidades foram pensada como pequenas vilas para até 35 mil habitantes cercadas de verde.

A cidade-jardim de Ebenezer Howard norteou a urbanização de várias vilas pelo mundo e de um peculiar setor da capital goiana: o setor-sul. O coração do Setor Sul foi criado para ser uma rede pública de jardins por onde as pessoas caminhariam a pé. As casas ficariam de frente para essa cidade verde com passagens apenas para pedestres e de costas para pequenas vielas feias e frias projetadas para que os carros pudessem passar e estacionar.

Por meio de uma lógica ilógica os jardins se tornaram o fundo das casas e as vielas, a entrada principal; ou seja, os moradores viraram o bairro do avesso e os jardins ficaram esquecidos. Os jardins foram projetados para as ruas, mas as ruas se esqueceram do jardim.Quem já andou pelo bairro, com certeza se perdeu em um número sem fim de vielas sem saída até encontrar um jardim abandonado que nunca imaginou existir na cidade. O problema é que esses jardins são numerosos.

O resultado positivo do abandono foi a reutilização desses espaços pela arte urbana. O Bosque dos Pássaros é o exemplo mais claro do aproveitamento artístico do espaço público. O jardim realmente não admite a entrada de carros, suas ruas estreitas ligam três entradas opostas todas projetadas para a passagem de pedestre. Os muros altos com pequenos portões que ligam as casas ao jardim esquecido – passagens que não devem ser abertas muitas vezes ao ano – são as telas em branco. Os artistas se apropriaram desses espaços e deixaram suas marcas. Hoje os jardins esquecidos merecem fazer parte do circuito cultural da cidade, pois viraram galerias a céu aberto.

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Quando o detalhe faz a diferença

Nas prateleiras das lojas não parecem tão chamativos quanto uma cadeira da Kartell ou uma poltrona Sérgio Rodrigues, mas os objetos de decoração podem mudar a cara de um ambiente. Não precisa ser um entendedor […]

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Nas prateleiras das lojas não parecem tão chamativos quanto uma cadeira da Kartell ou uma poltrona Sérgio Rodrigues, mas os objetos de decoração podem mudar a cara de um ambiente. Não precisa ser um entendedor de decoração para perceber a importância desses objetos de design que muitas vezes parecem caros e desnecessários. Bom, antes de tudo, ele realça os espaços.

O caro pode sair barato, pois repaginar um ambiente não necessariamente significa reformá-lo – a reforma sim sai cara. Apenas trocar as peças de decoração já faz toda a diferença. Porque não um tapete novo, uma luminária diferente ou peças mais ousadas como uma bicicleta exposta como obra de arte? A verdadeira beleza da decoração mora nos detalhes e os objetos de decoração são o detalhe que muitas vezes falta nas decorações.

Em muitos casos a quantidade não é o mais importante, com poucos artefatos – que podem ser alterados de lugar periodicamente – a decoração já ganha uma nova personalidade. É importante lembrar que personalidade é a palavra chave no quesito decoração. Não importa se os objetos são para decorara uma casa ou um escritório, eles devem sempre expressar a personalidade de seu dono.

Coringa na decoração os artefatos podem completar os espaços vazios. Viu e gostou? Compra!! Os objetos podem não se encaixar no ambiente naquele momento, mas estarão disponíveis para um novo espaço ou uma nova decoração. Castiçais, bandejas, porta papeis, jarras e miniaturas de animais são a cereja do bolo e valorizam o espaço.

Os objetos de decoração são a continuação lógica do projeto arquitetônico. Uma decoração contemporânea muitas vezes não combina com objetos medievais, mas esse é o momento para brincar com seu ambiente. Uma casa moderna com um lustre Maria Tereza ou um espaço contemporâneo com um móvel antigo dão um toque diferente ao ambiente. O importante é deixar a criatividade e a imaginação fluírem, pois o espaço é seu.

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Arquitetura pelo mundo: Sunrise Kempinski

Sunrise Kempinski Hotel uniu a cultura tradicional com a arquitetura contemporânea em um impressionante edifício próximo a Pequim

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Na série arquitetura que encanta, o Sunrise Kempinski não poderia ficar de fora. O Blog AZ pode gastar várias linhas para tentar explicar o que é esse edifício contemporâneo localizado a 60 km de Pequim, e ainda assim não seria o suficiente. O prédio oval ficou pronto no final de 2014 para abrigar o Sunrise Kempinski Hotel, rede de hospedagem de luxo.

Nada em seu projeto foi feito por acaso. Além de ressaltar o exímio trabalho de seus arquitetos, o projeto conseguiu preservar a cultura chinesa e, ao mesmo tempo, mostrar ao mundo o que esse gigante asiático é capaz de fazer. Seu formato oval saindo da terra lembra um sol nascendo no horizonte e veio para simbolizar o rápido desenvolvimento da economia chinesa.

Sua construção gigante em formato de sol foi coberta por mais de 10 mil painéis de vidro com o objetivo de refletir o cenário a sua volta e a experiência deu certo: a parte baixa dos painéis reflete o Yanqi Lake, a porção média espelha o Yanshan Mountain e o topo do edifício oferece uma imagem cristalina do céu.

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A cultura chinesa é reconhecida nos pequenos detalhes. A entrada principal do hotel se assemelha à boca aberta de um peixe – sinal de prosperidade na cultura local. Do lado oposto, o hotel foi projetado para se parecer com uma vieira (molusco marinho abundante na Europa e Japão) – representante da fortuna na cultura chinesa.

Enquanto o hotel Sunrise reflete seus arredores durante o dia, à noite uma coleção de incontáveis luzes LED são responsáveis por um show pirotécnico de dar inveja na produção da Fête des Lumières de Lyon – um dos maiores festivais de iluminação do mundo.

O Hotel Sunrise Kempinski alcançou 97 metros de altura e 21 andares com um projeto elaborado para ser a mistura perfeita de elementos de design modernos e tradicionais chineses. Sob o comando do designer Zhang Hai Ao, mais de 60 arquitetos de todo o mundo se uniram para desenvolver o Sunrise. A construção do edifício durou dois anos e contou com 9.300 trabalhadores para completar a obra.

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O modernismo de Gregori Warchavchik

Com peças reeditadas pela ETEL, o arquiteto ucraniano Gregori Warchavchik deixou após sua morte um vasto patrimônio mobiliário, arquitetônico e intelectual

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Gregori Warchavchik já não está entre nós, mas deixou seu trabalho imortalizado pelas reedições da ETEL. Ucraniano por vontade divida e brasileiro por vontade própria, Warchavchik desembarcou no Brasil em 1923 em um momento que não poderia ser melhor para um arquiteto modernista, um ano após a Semana de Arte Moderna de 1922 – ocasião que renovou a linguagem artística na busca de novas experimentações.

“O terreno estava preparado para minhas ideias e meus sonhos”, foi assim que Gregori Warchavchik se referiu à sua chegada ao Brasil em 23. Conhecido como o arquiteto Modernista, principalmente após publicar o primeiro manifesto da arquitetura moderna no Brasil, Gregori Warchavchik defendia em seu trabalho uma modernização do que ele chamava de máquinas de morar.
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O arquiteto queria ver casas e prédios livres das amarras do passado.  Buscou, para conquistar os jovens cheios de ideias da Semana de Arte Moderna, uma estética que pudesse refletir o momento de ruptura com o passado e de liberdade criativa. Antes do Brasil, Gregoriestudou arquitetura em Roma no Regio Istituto Superiore di Belle Arti. Em terras tupiniquins, escreveu seu famoso manifesto Futurismo? publicado em Italiano e traduzido para o português pelo Correio da Manhã.

É de Gregori Warchavchik a primeira casa modernista do país, erguida em 1928 em São Paulo – cidade pela qual se apaixonou. O projeto, construção, decoração, móveis e as peças de iluminação são de autoria do arquiteto e deram matéria prima para a ETEL. As peças que formaram o patrimônio de Gregori na Casa Moderna foram reeditadas pela marca de Etel Carmona. A casa do arquiteto foi tombada após sua morte pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico e pertence ao Estado de São Paulo.

O design da sola vermelha

Objeto de desejo e símbolo de poder, as solas vermelhas de Louboutin conquistaram o mundo da moda e o público feminino

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Luzes baixas com belas dançarinas em salto agulha em um cenário exótico como os cabarés parisienses mexe com o imaginário de muitos homens, imagina o que esse mesmo cenário não faria com a fértil imaginação de um menino de 15 anos de idade. Nessa nossa história, o resultado foi o nascimento da inspiração do artista mais cobiçado pelo público feminino e a razão da cobiça não é a beleza do modelo e sim o poder de suas criações.

Christian Louboutin se diz um exímio conhecedor da alma feminina e não é para menos. O francês nasceu em 7 de janeiro de 1964, em Paris, e foi criado pela mãe juntamente com mais três irmãs. Aos 15 anos começou a desenhar protótipos de sapatos de salto alto inspirados pelas dançarinas do clube noturno chamado The Palace.

Louboutin contou mais tarde que o The Palace foi a inspiração principal para que se tornasse designer de sapatos. “As garotas que frequentavam o local me influenciaram muito. Se você gosta de sapatos de salto alto, aquilo era, realmente, a última palavra em saltos, tinha tudo a ver com pernas, como elas andavam se enfeitavam e gingavam o corpo”.

Christian Louboutin em apresentação no Cabaret de luxo Crazy Horse

Christian Louboutin em apresentação no Cabaret de luxo Crazy Horse

Na época, passou a desenvolver sapatos para as dançarinas com saltos de tamanhos diferentes para deixar as modelos na mesma estatura. Naquele período, suas solas ainda não tinham ganhado a cor escarlate. Na década de 1980, foi arrematado para criar para grandes marcas e assinou modelos na Chanel, Christian Dior e Yves Saint Laurent.

Com uma história que tem o poder de impressionar, Louboutin abandonou o lápis e a criação para se dedicar ao paisagismo – sua segunda paixão. Em 1992 decidiu voltar para os sapatos e lançou sua marca. O resultado do triunfal retorno foi a criação sapatos que figuram há mais de 20 anos como símbolos de poder e sensualidade femininos. Foi já nesse contexto que surgiram as solas vermelhas.

Segundo Louboutin, ele estava trabalhando em uma coleção inspirada no pop art e ao olhar um protótipo sentiu que estava faltando cor. Em meio a esse insight, uma moça ao seu lado abriu um esmalta para pintar as unhas. Não é difícil adivinhar a cor desse esmalte. O estilista pegou emprestado o vidrinho vermelho da moça e pintou todo o solado do sapato.

Mais que uma assinatura, as solas vermelhas se tornaram um legado.  Em 2008, Christian Louboutin conquistou a patente do solado vermelho, embora tenha perdido uma ação judicial contra a Yves Saint Laurent que incluiu em sua coleção de 2011 solados coloridos – entre eles um modelo na cor vermelha. Exclusivos ou não, um Louboutin da sola vermelha é objeto de desejo de mulheres ao redor do mundo e pode chegar a custar U$4 mil.

Arquitetura em HD

Criatividade e tecnologia chamaram a atenção da arquitetura mundial para o projeto do Markthal Rotterdam

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É apenas um mercado, mas parece um sonho em forma de edifício e tecnologia. A arquitetura espalhou em alguns cantos do mundo pedaços de obras de arte que merecem ser destacadas e o Blog AZ fala hoje do maior (e único) shopping coberto da Holanda, o Markthal Rotterdam.

O mercado foi inaugurado em setembro do último ano em uma área pública que aloja restaurantes e tendas de frutas, carnes e peixes e uma área residencial com 228 apartamentos.

Com uma arquitetura contemporânea, o projeto do novo marco da cidade é fruto de um concurso que coroaria a empresa ganhadora com a incumbência de levantar o novo edifício. O escritório de arquitetura MVRDV foi o ganhador do prêmio e os profissionais Winy Maas, Jacob van Rijs e Nathalie de Vries levantaram um prédio de 40 metros de altura.

O que mais chama a atenção no projeto é a fachada interativa em full HD. A psicodelia artística foi obra de arte e criação dos holandeses Arno Coenen e Iris Roskam. A “via láctea” de alimentos – desenhos de frutos do mar, carnes, frutas e vegetais – é uma analogia aos produtos vendidos no local.

A mega produção em HD projeta imagens em movimento por todo o teto do prédio, dando a sensação de uma chuva de imagem e luz. O formato do edifício lembra uma ferradura de cavalo, favorecendo a obra em alta definição que teve disponível um teto em 360º.
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Fotos: Divulgação

Design é Meu Mundo: Poltrona Tonico de Sérgio Rodrigues

Sérgio Rodrigues e Fernando Mendes trouxeram uma criação do mestre do design criada ainda na década de 1960

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Nunca é demais falar de Sérgio Rodrigues, agora falar de desenhos do mestre do design na produção de Fernando Mendes, outro grande nome da arte do mobiliário, é um assunto necessário. Fernando Mendes se descobriu primo de Sérgio Rodrigues quando era ainda estudante de Belas Artes na Universidade Federal do Rio de Janeiro e Arquitetura nas Faculdades Integradas Bennett.

A descoberta uniu a família tanto na vida quanto no trabalho. Sergio Rodrigues abriu espaço em sua criação para a entrada de Fernando Mendes. As formas torneadas da madeira nos desenhos de Sérgio, conhecido por traçar apenas aquilo que queria, não eram nada próximo ao modismo do design mobiliário da década de 1960. Seu estilo único o consagrou e algumas de suas peças foram recentemente produzidas em parceria com Mendes.

Fernando Mendes trabalhou no estúdio Arquitetura e Design de Sergio Rodrigues por sete anos, entre 1993 a 2000, onde colaborou no detalhamento e no acompanhamento de produção de móveis e em 25 construções em madeira. Com atelier próprio, o designer não parou de trabalhar com Sérgio. Peças desenhadas por Rodrigues e produzidas por Mendes trouxeram de volta alguns móveis originais da década de 1960, como a Poltrona Tonico.

A poltrona Tonico é ainda dos tempos quando o designer assinava seus trabalhos pela Oca e Meia Pataca, empresas de Sergio Rodrigues dos anos dourados. Criada em jacarandá maciço com assento e encosto revestido em tecido e apoio de cabeça em couro (de várias cores), a peça é inspirada própria poltrona Mole – possuem uma proposta de conforto semelhante. O nome foi uma homenagem a uma pessoa especialmente querida por Rodrigues, seu cunhado Antonio Mattos, por isso a poltrona foi batizada de Tonico.

(Foto: Marcus Camargo)

(Foto: Marcus Camargo)

Design gráfico em alta

Trabalho de designers como Marina Willer mostra a força que o design digital tem ganhado no mundo contemporâneo

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Marina Willer (Fotos: Divulgação)

A arte pode ser expressa sobre várias plataformas, mas o mundo digital está colocando em alta os artistas que dominam as plataformas virtuais. Um exemplo de competência no campo é a paranaense Marina Willer. Com um rico currículo, a artista conquistou o design gráfico e fez nome também no audiovisual.

Nascida em Curitiba, Marina Willer fez mestrado em design gráfico e cinema no Royal College of Art quando a profissão ainda estava ganhando terreno, entre os anos de 1993 e 1995. No currículo, adiciona a experiência que ganhou ao trabalhar na Wolff Olins em Londres, entre 1998 e 2001 – uma das mais importantes empresas de design gráfico.
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Com o grupo da Wolff Olins, Marina desenvolveu os projetos que marcaram sua carreira: a identidade visual da Tate Gallery, do South Bank Centre e da Oi Telecomunicações. Atualmente Marina é sócia da Pentagram, localizada em Londres e com sede também nas cidades de Nova York, São Francisco, Berlin e Austin. A empresa é a maior representante independente de consultoria digital do mundo.

No campo do cinema Marina não ficou para trás. Também dirige curtas metragens independentes. Seu trabalho como cineasta já foi exibido na Fundação Cartier, em Paris, no Instituto de Arte Contemporânea, em Londres e em vários outros festivais de cinema, incluindo o Clermont Ferrand e o Festival de Cinema de Roterdã. Em 2004, ela recebeu o prêmio de melhor curta metragem na Mostra Internacional de Cinema de São Paulo pelo documentário “Cartas da mãe”, uma crônica sobre o Brasil contada através das cartas do cartunista Henfil escreveu à própria mãe.
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